Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 74
Capítulo 9 - Tia Anastacia


Notas iniciais do capítulo

Espero que esse capítulo esteja bom. Ele provavelmente está cheio de erros de gramática, mas é que eu não levei a beta.



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Sirius corria em desespero em direção a ela. Pam, sua Felina, sua Botão de Rosas… Ela era frágil demais para conseguir lutar contra tantos comensais, não ia aguentar por muito tempo. Tinha que salvá-la. Tinha prometido que nunca mais a deixaria sozinha desde que tinham voltado a falar no sexto ano, prometido que nunca mais ninguém machucaria a ela ou seus sentimentos se ele pudesse evitar.

Porém, não só ele que parecia preocupado. Tinha consciência dos amigos correndo atrás dele e a noção de que em algum momento enquanto corriam Alice tinha pedido para alguém mandar Dumbledore e os professores para a Floresta Negra o mais rápido possível. Outra coisa que Sirius sabia, enquanto abria passagem entre as folhas e galhos da floresta, era que por mais que reforços provavelmente estavam a caminho, por um momento eles teriam que se virar sozinhos. Na verdade não tinha muita ideia do que fariam, mas tinha em mente que isso não importava muito, desde que todos continuassem vivos.

Foi naquele momento, porém, que ele avistou um grupo de pessoas estranhas e encapuzadas ao longe e soube que Pam estava entre eles, então correu um pouco mais rápido e saltou no meio do círculo que os Comensais formavam, começando a atirar feitiços para todos os lados, então viu uma Pam tonta e com o braço que não segurava a varinha, ele a abraçou, tentando impedir seus joelhos de falharem e ela ir ao chão.

_Sirius? - ele ainda a ouvir murmurar. - Não…

E então ele tinha todo o peso de Pam sobre si, ela tinha acabado de desmaiar e sabia que isso se devia a algum feitiço ou ferimento que os Comensais tinham causado nela. E isso o fez se encher de raiva.

Logo Alice, Frank, James, Peter, Lily, Lene e Dory também tinham chegado ao lugar e eles começar a atacar os homens encapuzados também. Mas era óbvio que estavam em desvantagem. Tinha pelo menos dois Comensais para cada um deles e eles não sabiam tantos feitiços quanto os que usavam magia negra, mas, mesmo assim, continuaram lutando, como bravos grifinórios devem fazer.

Sirius via as luzes dos feitiços voando para todos os lados. O próprio Sirius se preocupava em sustentar o peso de Pam e ao mesmo tempo proteger os dois. Em certo momento ouviu um grito de agonia que só podia pertencer a Alice, mas não teve como olhar para ver o que tinha acontecido. Não conseguia ter uma visão muito boa de como estavam indo as coisas, mas estava começando a ter a impressão de estavam perdendo.

A única Comensal que não estava usando uma máscara era Anastacia e Sirius olhou bem para ela, tentando memorizar bem seu rosto e voltar toda a raiva que tinha do que estava acontecendo para ela. Era pálida, tinha os cabelos quase tão claros quanto a pele e olhos azuis e grandes que não deviam fazer sentido naquele rosto mais que surpreendentemente faziam. E apesar de serem olhos arrepiantes e frios como gelo, Sirius não pôde deixar de perceber uma certa familiaridade neles, que o deixou assustado.

Porém, ele continuou lutando, como todos os outros. Logo foi possível ver uma voz azul se formando ao lado de Anastacia e então um homem tinha aparecido ao lado dela, sorrindo cruelmente com suas feições ofídicas e pouco humanas, pela breve curvatura que Anastacia fez para ele, Sirius deduziu que aquele homem era o tão temido Lorde Voldemorte.

Podia parecer loucura, mas Sirius não sentia nada pelo homem que não nojo.

Pôde ver Lily e James atacando Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e Anastacia, respectivamente e o bruxo das trevas se livrou tão rapidamente de Lily, que Sirius teve que arregalar os olhos. James se atirou da frente da amada caída valetemente, deixando Anastacia para Alice e Frank que corriam em socorro dos amigos.

Você-Sabe-Quem e Anastacia derrubaram um a um os três amigos que ousaram desafiá-los e ainda estavam de pé. Sirius queria poder correr até eles para ver se eles estavam bem, mas já tinha Pam nos braços e estava ficando cada vez mais difícil sustenta-la com um braço só.

Ele se abaixou enquanto um feitiço passava em cima de sua cabeça.

Continuou fazendo cada vez mais feitiços, embora achasse que cada vez mais que com Lily, Alice, James, Frank e Pam caídos, eles não podiam fazer muito mais, considerando o número de comensais.

Porém, foi nesse momento que Sirius viu a salvação dele. Da mesma direção que eles próprios tinham vindo, ele viu os professores se aproximando, McGonagall inabalável enquanto lutava com dois ou três comensais de uma vez; Slughorn com sua imensa barriga e a expressão neutra; Madame Pomfrey com seus cabelos saindo de seu coque sempre tão bem feito; Sprout atirando feitiços verdes, sem parecer se importar com quem iria atingir; Flitwick pequeno como sempre e parecendo até um pouco ridículo perto das outras figuras tão imponente; Hagrid imenso com uma arma esquisita na mão; e por fim Dumbledore com seus cabelos e barba prateadas, o rosto furioso, empunhando a varinha com tanto heroísmo e importância, que nem parecia o bondoso diretor que eles estavam acostumados a ver, parecia mais uma figura que acabara de sair de um livro de magia sobre a Idade Média.

Sirius viu quando Você-Sabe-Quem e seus seguidores começaram a partir em retirada e em pouco todos os homens encapuzados tinham desaparecido em ar e os professores e alunos estavam sozinhos.

O de olhos cinzas sorriu enquanto percebia que estava tudo bem e então voltou sua atenção para Pam, tentando reanimá-la, mas quando olhou para ela, percebeu que havia alguma coisa gosmenta entre eles e foi quando viu o sangue manchando sua camisa branca. 

O sangue de Pam.

_Madame Pomfrey! - ele chamou. - Por favor, me ajude aqui. Acho que a Pam está ferida! Por favor, me ajude!

A enfermeira correu até ele, no que foi copiada por Remus, Hagrid e McGonagall, que ajudaram Sirius a deitar a garota no chão enquanto os outros foram ver se Lily, James, Frank e Alice estavam bem.

Remus sentiu um bolo em sua garganta quando viu o corpo de Pam, e entendeu que tinham que correr, ou perderiam a garota para sempre.

E isso nenhum deles podia permitir.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~

_James, Lily, Frank e Alice estão bem. Não aconteceu nada demais com eles, só apagaram. - Remus contava para uma preocupada Emmeline, que tinha ouvido a história apenas pela boca dos outros estudantes de Hogwarts, e adolescentes sempre faziam a coisa parecer maior o que realmente era. Remus não se surpreenderia em nada se em pouco tempo as histórias falassem sobre gigantes ou raios lazers. - É só com a Pam que eu me preocupo. Ela ficou um tempo sozinha com os Comensais e eu não sei bem o que aconteceu com ela, mas quando chegamos ela tinha um corte profundo na barriga e vários arranhões nos braços e pernas. Não sabemos direito o que aconteceu, mas ela desmaiou assim que chegamos lá e não acordou ainda. Estamos nos revezando para ficar com ela, não queremos que ela esteja sozinha quando acordar. Alice e Dory devem estar com ela agora, depois Lene e Sirius devem ir para lá e então vai ser minha vez de ir para lá junto com o Frank.

_Ela pode morrer? - perguntou Emmeline, preocupada.

_Não, não. - Remus balançou a cabeça. - Não, ela não vai morrer. Vai ficar tudo bem.

Já fazia dois dias desde que houvera aquele ataque dos Comensais a Hogwarts e aquilo provava que a segurança do castelo não estava lá das melhores e Remus tinha ouvid dizer que o próprio Dumbledore já tinha dado um jeito nisso. Agora os alunos não podiam sair dos dormitórios mais sozinhos e tinham adiantado o toque de recolher, ninguém tinha dito ainda, mas Remus achava que era um adeus aos finais de semana em Hogsmeade também. Percebera como as coisas estava ficando realmente perigosas e isso era realmente assustador. Não acreditava que Você-Sabe-Quem tivera mesmo a capacidade de entrar em Hogwarts. Bem que ouvira dizer que Dumbledore era o único que ele temia, e agora sabia que isso era verdade, depois de ter visto os bruxos das trevas recuarem apenas pelo fato de que Dumbledore aparecera. 

_Ah, Remus, você deve ter sido tão corajoso! - exclamou Emmeline, avançando para um abraço. - Mal acredito que você fez isso, meu herói!

Remus agora se lembrava do primeiro encontro deles, em que quase faltara quando Sirius apareceu e começou a contar sobre a nada discreta Srta. Moore. Mal podia acreditar que sido tão divertido fazer um piquenique a meia noite ao lado do lago…

Emmeline se afastou dele lentamente. Quando já estava a certa distancia dele, começou a ir para a frente novamente, mas desta vez não lhe deu um abraço.

Ela fechou os olhos e avançou lentamente para seus lábios, dando-lhe um beijo rápido. Remus colocou a mão no rosto dela, parecendo encantado, e a puxou para mais um beijo.

_Eu… - ela disse, parecendo confusa. - Sinto alguma coisa por você.

_Eu também. - ele falou, dando-lhe um sorriso e mais uma vez beijando-lhe os lábios.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~

Quando Pam acordou, estava com uma sensação estranha em todo o corpo, uma sensação de leveza, quase como se flutuasse. Não abriu os olhos imediatamente, desfrutando daquela sensação tão esquisita e ao mesmo tempo tão prazerosa. Teria morrido e agora estaria no paraíso?

Abriu os olhos devagar, e ao ver os olhos acinzentados de Sirius, ela entendeu o que tinha acontecido. Não estava morta. Os amigos tinham ido salvá-la a tempo.

_Não deviam ter feito isso. - ela fechou os olhos de novo. - Era perigoso.

_Para você também. - era a voz de James. - Se não fossemos por nos, estaria morta agora.

_Apenas diga, Pam. - Sirius pediu, pacientemente e interrompendo James. - O que aconteceu.

Pam abriu os olhos e olhou irritada para eles.

_Vocês não precisam saber - disse.

_Claro que sim, Pam! - James exclamou. - Somos seus melhores amigos, claro que temos que saber! Não seja burra, podia ter morrido lá, nós podíamos ter morrido lá…

_Vocês não deviam estar lá! - ela exclamou. - Eu podia me vir sozinha!

_Eles iam matá-la! - James gritou. - Se não fossemos por nós…

_Pare de tentar bancar o grande herói, James. Você nem sabe o que aconteceu, não sabe com quem estava lidando. Não devia ter se metido, aquilo era coisa minha, eu podia fazer aquilo sozinha!

_Não, Pam, você…

_Parem, os dois! - Sirius gritou, irritado com os dois. - Estão sendo completamente imaturos!

_Eu estou sendo imaturo? - James reclamou. - Pam está sendo imatura. Ela se meteu com Comensais da Morte e acha que está tudo bem, que não devíamos ter nos metido, que era coisa dela… Ela teria morrido se não tivéssemos feito nada, isso quer dizer mesmo que não tem nada a ver com nós?

_Cala a boca, James! - Sirius exclamou irritado. - Pam, será que você pode contar o que aconteceu, exatamente?

Ela suspirou.

_Já disse que não deviam ter se metido.

_Mas, agora que nos metemos… - Sirius disse, antes que James pudesse dizer qualquer coisa. - Acho que nos deve uma explicação.

Ela suspirou mais uma vez.

_É, talvez deva mesmo. - ela disse, infeliz. - Sabe aquela Comensal, Anastacia Bennett? Foi ela quem matou minha mãe. Mandou um bilhete para mim essa manhã, me pediu para encontrá-la na meio da floresta, era o ajuste de contas. Achei que ela estava sozinha, mas tinha vários comensais junto, as coisas acabaram saindo um pouco do controle.

_Eu só não entendo uma coisa. - Sirius disse. - Por que ela veio atrás de você, porque veio falar que matou sua mãe.

_Eu… - Pam cruzou os braços, parecendo desconfortável. - Digamos que já nos conhecíamos.

_Se conheciam? - agora James parecia mais calmo e até interessado na história de Pam.

_Foi antes de nós nos conhecermos. - ela disse, virando-se de lado, de costas para eles. - Eu só não quero falar sobre isso, tá legal?

_Ah, não, Pam. - disse Sirius. - Você disse que conheceu uma Comensal antes de nos conhecer e agora não quer contar como? Vamos lá!

_Tá vendo? - ela continuou, voltando a se virar para eles. - Eu não devia ter dito nada!

_Mas agora que falou… - disse James, em sua melhor expressão de anjo.

_Não é algo que eu goste de falar… - ela disse, parecendo chateada. - Na verdade eu nunca contei isso para mim…

_Sabemos guardar segredos. - Sirius disse, encorajando-a.

Ela suspirou mais uma vez, fechando os olhos e finalmente tomou uma decisão.

_Aconteceu algo terrível comigo quando era criança… - Pam disse, abrindo os olhos. - Os médicos disseram que era um milagre não estar morta. Eu não devia estar viva. 

_ O que aconteceu? - perguntou James, agora ansioso como uma criança impaciente para saber o que tinha acontecido com a amiga. - Por favor, nos diga… - ele quase implorou.

Pam suspirou de novo, sentindo as lágrimas virem aos olhos.

_Por que estão fazendo isso comigo? - ela falou. - Pensei que éramos amigos…

Sirius colocou a mão encima dela, não era bom em consolar as pessoas, mas com aquele gesto pelo menos ele mostrava que estava ao lado dela para o que desse e visse.

_Não precisa falar nada. - disse ele, sério. - Mas quero que saiba que estávamos aqui se você quiser falar qualquer coisa.

Pam olhou para os dois por um bom tempo, enxugou as lágrimas com as costas da mão e então disse:

_Acho que vocês tem o direito de saber pelo menos uma parte. - ela disse. - Ou James vai ter um colapso nervoso. Bom… - continuou. - Ela me seqüestrou e me torturou quando eu tinha três anos, felizes? - ela disse, em um choro contido.

_O quê? - perguntou James, surpreso.

_Por quê? - perguntou Sirius, mais espantado ainda.

_ Como vocês sabem, meus pais abandonaram as famílias para se casarem. - Pam começou a falar, depois de um bom tempo. - Muita gente não aprovava o casamento deles e eles passaram por um período bem difícil. Então minha mãe ficou grávida e meu pai conseguiu um emprego e tudo pareceu estar começando a melhor… Mas não estava, não ainda. A maioria das pessoas olhava estranho para os meus pais por eles terem abandonado as famílias puro sangue, mas nenhum deles foi tão longe. Anastacia Bennett se sentiu particularmente incomodada com isso e fez mais do que apenas olhar feio e torcer o nariz. Quando eu tinha uns três anos, ela me sequestrou. Quando os aurores e meus pais me acharam, ela fugiu, mas já tinha usado várias torturas e magias negras em mim. Eu estava quase morta. Até hoje ninguém sabe exatamente como eu sobrevivi… E ano passado… Ela matou minha mãe. Atacou nossa casa com mais seis Comensais e matou ela.

_Nossa, Pam… Mas, por que? Eu não entendo? Por que essa mulher fez essas coisas com vocês? Meu Deus, Pam, isso é terrível! Devia ter nos contato antes, devia…

_Não podia, Sirius. - ela começou a chorar e Sirius apertou sua mão com mais força. - Não podia contar isso para vocês. Meus pais conseguiram abafar isso na mídia e nossa família vem mantendo segredo desde então. É algo de que nos orgulhamos…

_A culpa não é sua, Pam. - Sirius disse, - Está tudo bem, vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar disso, tudo vai ficar bem…

_Anastacia Bennett… - James murmurou. - Eu ainda não entendo. O que aconteceu? Por que ela está tão fascinada com vocês? Primeiro matou sua mãe. É óbvio que quando disse para você ir a floresta pretendia te matar, mas por que?

_Talvez quisesse "podar" a árvore genealogica e cortar o "galho bichado"? - Pam sugeriu com raiva e ironia, enquanto se livrava das lágrimas?

_O que você quer dizer? - perguntaram Sirius e James em coro.

Pam fechou os olhos e suspirou.

_Anastacia Bennett… - ela disse devagar. - É minha tia.

James arregalou os olhos tanto quanto era possível. Sirius também estava surpreso, mas para ele era como se alguns pontos que tinham sido deixado sem explicação se resolvessem. O porquê de sempre ter a sensação de que Pam estava escondendo alguma coisa quando ela falava da família, o porquê dela ter ficado tão alterada quando fizera aquela pegadinha com ela no Final de Semana Maroto, em que enchera seus braços de machucados falsos.

_Se ela é sua tia - começou James. - Por que nunca ouvimos falar dela antes? Sua família é famosa Pam, mas eu nunca tinha ouvido falar sobre nenhuma Anastacia Bennett.

_Ela é irmã da minha mãe. - Pam disse. - Fez um casamento que foi considerado honroso, ao contrario da minha mãe. Mas o marido dela morreu dois meses depois do casamento. No começo ninguém desconfiou de nada. Mas depois que descobriram que ele tinha morrido por envenenamento, ela foi considera a principal suspeita. Descobriram que ela estava mexendo com magia negra, e ela fugiu para algum lugar no Sul, onde ninguém podia encontrá-la. Meus avós prezam muito a imagem, como deve imaginar, então acho que aconteceu mais ou menos a mesma coisa que quando alguém é queimado da tapeçaria dos Black, eles trataram de esquecê-la, como se ela nunca nem tivesse existido. Agora sei por onde ela tem andando. - Pam disse, com certo nojo.

_Por que não nos contou antes? - perguntou Sirius. - Toda a minha família…

_Não, Sirius, você não entende. - ela disse, interrompendo-o. - Tia Ana olhou para minha cara e riu. Ela confessou que tinha matado minha mãe e então riu. Ela não é como sua família, é pior. Tia Ana matou a própria irmã, a minha mãe, e acha que isso é engraçado. Pela primeira na vida, quando peguei minha varinha, foi para atacar sem ser uma brincadeira, foi para matar.

_Mas você não conseguiu. - James completou.

_Não. - Pam disse, parecendo irritada. - Aquela vaca veio acompanhada e os outros Comensais me ataram de uma só vez. Vi tia Ana pegar a varinha, dizendo que ia chamar alguém. Mas eu não tinha tempo para isso, estava lutando todos os outros Comensais ao mesmo tempo.

_Era Você-Sabe-Quem. - disse James.

_Desculpe? - Pam piscou enquanto se voltava para ele.

_Quem ela estava chamando - ele repetiu, - era Você-Sabe-Quem.

_Você-Sabe-Quem? - a garota disse, enojada, - Quer dizer que aquela vaca trouxe Você-Sabe-Quem para dentro da escola?

_Já está hora de chamá-lo pelo verdadeiro nome, não acham? - disse Sirius.

_Voldemort? - James arriscou, pronunciando o nome em um sussurro baixo, incerto.

_Eu estava pensando em Tom Riddle, mas Voldemort também serve. - o outro disse, arrancando sorrisos de James e Pam e mudando rapidamente de assunto logo depois disso, tentando evitar que a amiga voltasse a cair no choro e tentando amenizar a aura sinistra que o local tinha ganhado desde que começaram a falar de Anastacia e Voldemort.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

Anastacia caminhava lentamente pelos corredores frios e mal-iluminados. Tinha sido uma péssima ideia no final sugerir que atacassem sua sobrinha tola, mas achara que estaria matando dois coelhos com uma cajadada só. No final, só conseguira piorar tudo, e agora andada com calmamente, mas estava apavorada por dentro, preparando-se para o pior enquanto ia encontrar o tão temido Voldemort.

Tinha em mãos um espelho, que pretendia entregar a Bella, uma de suas melhores amigas, depois de ver o Lorde das Trevas. Um pequeno presente pelo aniversário de casamento da outra. Não um espelho normal, é claro, mas sim um espelho que a ajudaria a se livrar do marido, como ela própria tinha feito antes.

_Milorde? – a loira abriu a porta da sala escura, fazendo seu logo vestido azul como o céu à noite arrastar levemente no chão.

_Entre, Anastacia, por favor. – ele disse. Estava sentado de costas para ela, virado para a lareira, e continuou onde estava apesar da presença da comensal.

Anastacia abriu a porta grande e pesada de madeira escura, que rangeu. Assim que entrou, ela voltar a fechar a porta, que rangeu mais uma vez.

_Milorde? Mandou me chamar? – ela perguntou.

_Sim, minha querida. Aproxime-se, não tema.

Ao ouvir a voz dele, os cabelos de sua nuca se arrepiaram e um frio percorreu sua espinha.

Passo após passo, que ressoavam pela sala, Anastacia andou até o homem, parando a dois passos de sua cadeira.

_Estou aqui, milorde, para servi-lo.

A risada debochada pôde ser ouvida.

_Sim, minha querida. Claro que sim.

Finalmente ele se levantou. Anastacia encarou o homem, que ainda olhava a lareira, a única fonte de luz da sala escura.

Ele esperou alguns segundos que não queriam passar antes de se virar para a loira e ela pôde ver, finalmente, seu rosto ofídico.

_Eu não consegui minha horcrux, Anastacia, como você me garantiu que conseguiria.

As mãos brancas de dedos longos dela apertaram o espelho que segurava com mais força. Ela achou que ele poderia se partir a qualquer momento.

_Eu não contava com os Dumbledore ou outros, milorde.

_Não, não contava mesmo… - ele andou em volta dela. Porém, Anastacia permaneceu parada. - Mas, eu ainda preciso da minha horcrux.

_Poderemos escolher outra pessoa, ou atacar outra vez.

A risada fria do homem foi como gelo para ela. Seus dedos apertaram mais ainda o espelho.

_Outra pessoa? Outro ataque? Por que ir tão longe?

_ O que você quer dizer com isso, milorde? – ela perguntou, virando para encará-lo, seu vestido rodando enquanto fazia isso.

_Quero dizer que, minha doce Anastacia, eu já escolhi meu novo alvo. – ele segurou o rosto dela entre seus dedos. – Tão bonita… É uma pena que tenha que morrer.

O homem voltou a ficar de costas para a lareira, dando uma volta completa ao redor dela.

Ela também se virou para encará-lo.

_Milorde, eu…

Mas, ela não pôde dizer mais nada, porque as palavras amaldiçoadas já tinham sido ditas.

_Avada Kedrava!

Um grito escapou por entre seus lábios, antes de ela cair no chão.

E o último barulho que pôde ser ouvido, foi o do espelho caindo e se partindo.


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Notas finais do capítulo

Bom... Me digam, o que vocês acharam da tia Ana, o lado sombrio da família da Pam?