Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 69
Capítulo 4 - Encontros Casuais


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem. :)



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A garota agora começara a andar cada vez mais rápido no corredor quase vazio e escuro e Sirius, na espreita, sorriu. Gostava quando a caça percebia sua presença. Apenas tornava tudo mais excitante.

Acha que era o momento certo de agir. Era agora ou acabaria perdendo a menina, que estava quase na dobra do corredor.

Tá certo que não sabia ao menos o nome dela. Mas ainda não tinha sido capaz de ver o seu rosto para saber se a conhecia ou não, só sabia que ela tinha um belo par de coxas.

Andou rapidamente atrás dela, e o mais silenciosamente possível. Mas tinha certeza de que ela tinha percebido sua presença no momento em que parou de andar.

Sirius tocou o ombro dela e o que lhe deu um susto e a garota girou nas pontas dos pés, virando-se de frente para ele.

_Ah, Merlin! – ela exclamou, levando as mãos aos peitos. Não eram tão grandes, Sirius tinha que confessar, mas aproveitáveis. – Você me assustou!

_Me desculpa, gata. Mas é que eu te vi e… Bom… Ainda bem que beleza não é crime, pois se fosse, você pegaria prisão perpetua em Azkaban.

_Obrigada. – ela sorriu falsamente. – E ainda bem que idiotice não é crime, porque se fosse, você ganhava o beijo de um dementador.

E ela se virou, fazendo seu cabelo preto e chanel balançar.

Sirius sorriu, adorava um bom desafio.

Continuou atrás dela.

_Ah, eu posso até ser idiota, mas mesmo assim você ainda me ama, não é verdade?

_Você acha que todas as garotas te amam, não é verdade?

_Euseique todas as garotas me amam.

_Sinto lhe dizer que você não está com essa bola toda.

_Ah, vai me dizer que você não quer me beijar?

A garota riu alto antes de virar para Sirius com seu sorriso irônico e dizer:

_Se você não se importar de eu ser uma sonserina…

Ele piscou levemente. E foi só então que ele percebeu de quem se tratava. Lucinda Talkalot, sétimo ano, Sonserina, artilheira. E, além disso, é claro, puro-sangue e uma das únicas alegrias de Sirius quando ele tinha seis anos.

A verdade era que Lucinda sempre ia para a casa de Sirius junto com a família. Isso, é claro, até que os Talkalot terem mudado de Londres e o tempo ter passado. Mas, durante todas as visitas da garota, ela e Sirius tinham aprontado muito e quase enlouquecido a Sra. Black e a Sra. Talkalot.

_Lucinda! – ele disse, dando-lhe um sorriso alegre e debochado. – Quase não te reconheci. Você cresceu bastante, não?

_Você também! Ah, e agora é Lucy. Todo mundo me chama assim.

_Para mim vai ser eternamente Lucinda.

Ela riu dele.

_Idiota como sempre. – a garota disse.

_Virou sonserina então?

_E você grifinório.

_Sim. – ele disse, jogando o cabelo para trás. – Resolvi quebrar as tradições da família.

_ Como eu disse. Idiota. - Ela riu. – Então… - continuou, um pouco mais sedutora. – Ainda quer me beijar?

_Só se você quiser, querida.

_Várias garotas dizem que seu beijo é o melhor do mundo. – ela mordeu o lábio inferior. – Mas nunca achei que você fosse vir atrás de mim. Agora me diga, quão bom é seu beijo?

_Não sei… - ele soou misterioso. – Já sei. Por que você não vem descobrir? Faz assim. Eu te dou um beijo. Se você gostar, dou outro.

_Hum… - ela considerou a ideia. – E se eu não gostar?

_Se não gostar, me devolve.

Ela sorriu. Sirius era impossível mesmo.

_Bom… Parece-me um bom jeito de dizer olá a um velho amigo.

E ela começou a se aproximar dele. Porém, antes que eles estivessem próximos demais, ambos ouviram um miado e ao olhar para o lado, viram a Madame Nor-r-ra, como quem ronrona, a nova gata do Filch.

A gata estava ali a não mais do que algumas semanas e todos já a odiavam. Era um bicho magrelo, cor de poeira, que tinha os olhos saltados como lanternas. Ela patrulhava os corredores e a menos que os alunos lhe dessem algum petisco suculento e estivesse fazendo alguma coisa errada, ela corria chamar Filch que aparecia ofegante tão rápido que era impossível fugir para onde quer que fosse.

Lucinda e Sirius se olharam. E logo os dois entenderam silenciosamente. Nenhum deles tinha qualquer coisa para dar à Madame Nor-r-ra.

Sirius olhou fixamente para a gata durante um tempo. Acha que se transformar em um cachorro tinha que valer para alguma coisa. Então soltou um latido alto o que fez a gata sair correndo.

Lucinda olhou para ele e os dois riram, antes de Sirius pegar a mão dela e a puxar para longe, onde podiam ter mais privacidade.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~

Aquela era a primeira noite em que Lily e James estavam juntos como monitores-chefes desde o começo do ano. Tinham instruído os monitores mais novos e lhes ensinado o que tinham que fazer e separado as tarefas de cada um. Agora, tudo o que tinham que fazer era esperar até as dez e resolver os problemas de qualquer monitor que aparecesse ali até lá, depois podiam dormir.

Mas, James agora só queria saber quando iriam conseguir sair com Lily.

_Lírio… - ele começou e logo soube que tinha começado mal.

_Quer parar de me chamar de lírio? Isso realmente é irritante.

_OK, então. – James suspirou. – Mas você vai sair comigo, não vai?

_Olha, Jay… - ela disse, fitando os olhos dele.

James se assustou.

_Você me chamou de “Jay”?

_Não. – ela negou. – Claro que não. Foi Potter. Você que não ouviu direito.

_Eu acho que foi Jay…

_Não. Não foi. Foi Potter.

_Certo, certo. – ele sorriu com malícia para ela. Sabia o que tinha ouvido. E não tinha sido Potter. – Mas vamos ao que importa. Você quer sair comigo?

Lily rolou os olhos.

_Você sempre quer que eu saia com você.

_E você sempre recusa!

_Já pensou que isso quer dizer que eu não quero sair com você?

_Acontece… - ele sorriu. – Que eu não aceito um “não” como resposta.

_Ah, Potter, você é impossível mesmo.

_Vamos lá, Lily! Saia comigo. Eu juro não vai doer, e ano passado você disse que ia pensar. Teve tempo durante as férias.

_Mas e se a minha resposta for não?

_Eu vou te fazer mudar de ideia. – ele falou. – Acredite. Eu não vou desistir enquanto não conseguir. Eu realmente te amo. Não estou de brincadeira. Além disso, se você sair comigo e não gostar, eu não volto a te procurar. Juro. Vou sair da sua vida para sempre e você não vai ter que me aturar nunca mais.

_É uma promessa? – ela olhou para ele, parecendo apreensiva.

_É uma promessa. – ele confirmou.

_Certo. – e ela voltou a mexer em alguns papeis.

_Certo? – ele repetiu. – Certo o quê?

_Eu vou sair com você. – ela disse, sem se virar.

Os olhos de James brilharam. A felicidade foi lhe consumindo por dentro. Não era possível. Aquele era um sonho. Um sonho maluco e logo tudo ia voltar a fazer sentido. Depois de três anos… Três anos insistindo sem parar… E Lily dissera sim? Isso era sério mesmo?

Ele deu um passo para trás atordoado.

_Você vai sair comigo?

_Sim. – ela disse, finalmente olhando para ele. – Além de idiota ainda é surdo? É, eu vou sair com você. Mas que fique bem claro que é só para você parar de encher o meu saco. Não te aguento mais no meu pé!

Desta vez, James não resistiu. Correu em direção a ela e abraçou sua cintura, a tirando do chão e dando algumas voltas, sorrindo como se tivesse acabado de ganhar um grande premio.

_Ah, obrigado, obrigado. Eu juro que não vou te decepcionar. Eu juro, juro, juro. Vai ser o melhor dia da sua vida. Eu juro que vou fazer tudo certinho. Obrigado, obrigado, obrigado.

_Certo. – ela disse, sorrindo levemente e James percebeu que ela nunca tinha sorrindo para ele antes. Não daquele jeito. – Mas me coloque no chão agora antes que mude de ideia.

_Ah, tá certo, tá certo. – ele disse, se apressando em colocá-la no chão e começar a sair da sala rapidamente.

_Ei! – ela gritou. – Onde você pensa que vai? O nosso trabalho não terminou ainda!

_Ah, verdade! – e James voltou para junto dela. Porém, não conseguiu mais se concentrar em nada. Estava animado mais para isso. Animado mais até para perceber que não tinham marcado lugar, dia nem horário para o encontro deles.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

Peter acordou assustado. Estava agarrado à coberta com toda a força e a respiração estava ofegante e desigual. Tinha tido um pesadelo horrível! Ficava feliz que tudo não passara de sua imaginação.

No seu sonho tinha uma fada. Uma fada… verde. E estava tudo bem com essa fada até que um cão negro, o agouro de morte das aulas de Adivinhações, vinha por trás dessa fada.

E a fada não vinha seu próprio agouro de morte. Continuava a voar gentilmente com suas asinhas de papel de ceda. E Peter tinha que salvá-la. Tinha que protegê-la para sempre.

E o garoto corria e corria e corria. Mas quanto mais corria, mas a fada parecia distante e menos ele se aproximava de salvá-la. Lembrava que ele estava gritando e suando muito no sonho enquanto tentava chegar até a fada, mas então por fim, ela era devorada pelo agouro, o cão negro imenso.

Peter entrava em desespero. Como podia ter falhado em salvar a fada verde? Como podia tê-la deixado morrer?  E aquele agouro maldito… Quem ele pensava que era para devorar asuafadinha verde?

Mas, fora só um sonho, só um sonho… Peter ficava repetindo para si mesmo. Apensa um sonho e mais nada.

_Rabicho? – a voz veio da escuridão e Peter levou um susto ao ouvi-la, como se alguém pudesse ler seus pensamentos e descobrir tudo sobre a fada verde, que ele queria proteger de todos.

_Aluado? – ele disse, depois de um longo tempo.

_O que aconteceu? – perguntou a voz sonolenta do lobisomem da cama ao lado.

_Nada. – ele disse, voltando a se deixar e cobrir-se com o lençol. – Eu tive apenas um pesadelo. Nada com o que se preocupar.

E então ele voltou a dormir, torcendo para voltar a encontrar a fada verde em seus sonhos e desta vez ser capaz de salvá-la do agouro da morte.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~

Sirius empurrou Lucinda e ela bateu as costas contra a parede, mas não pareceu ligar para isso. Estava animada demais para ligar.

Ela gritava palavrões enquanto Sirius encontrava o caminho para o corpo dela, mas mesmo assim não parecia deixar de estar gostando. Logo depois Sirius avançou para sua boca, as línguas se tocando com desespero e ânsia, como se nunca mais pudessem fazê-lo na vida.

Lucinda acariciava a nuca de Sirius e ele tinha as mãos perfeitamente instaladas na cintura dela.

_Sirius! – ela gemeu, as unhas compridas e pintadas de preto arranhando as costas do garoto.

Ele se sentiu arrepiar enquanto começava a abrir os botões da blusa da garota e então a derrubar no chão, junto com a saia que já jazia esquecida.

Eles aproveitaram o momento para mudar de posição e passaram para a próxima parede do armário onde ficavam as vassouras do Quadribol.

Sirius mordiscou a orelha dela e ela gemeu alto, o apertando mais ainda.

_Merlin! – ela gritou. – Oh, céus!

Alguma coisa caiu no chão com um enorme baque.

Ele tateou as escuras em busca do fecho do sutiã. Foi um pouco complicado tirá-lo, mas quando finalmente conseguiu achar o que procurava abriu-o com uma habilidade impressionante para um homem.

Logo o sutiã também tinha caído no chão.

E eles não pararam. Apesar de estarem suando, cansados e apertados no armário estreito, era bom demais para que parassem.

Tudo cessou apenas vinte minutos depois, após duas horas seguidas.

_Uau! – ela disse, ofegante, enquanto terminava de abotoar o penúltimo botão da blusa. – Eu nunca tinha feito nada parecido! As garotas estavam mesmo certas! – ela disse.

Sirius apenas sorriu para ela enquanto colocava a calça de volta, a testa inteiramente suada.

_Podíamos repetir isso, não acha? – ele falou. – Se você gostou…

_Claro que sim. Por mim… Quando você quiser é claro… Mas, tem uma condição. – ela disse, colocando-se ereta e Sirius observou sua bela curvatura. – Você não pode contar para ninguém que eu estou ficando com o Black deserdado, principalmente para os meus pais.

_Certo. – ele disse. – Mas o que eu ganho em troca disso?

_Eu não conto para os seus amigos que você está saindo com uma sonserina.

Sirius sorriu observando o sorriso safado dela. Ela sabia exatamente o que ele queria.

_Te encontro aqui de novo em dois dias? – ela perguntou.

Sirius assentiu e ela saiu do armário, fazendo uma corrente de ar fresco entrar ao abrir a porta ao que Sirius foi muito agradecido.

E, se sentia como se tivesse ganhado na loteria. Estava junto com uma tremenda garota, que era ótima em todos os sentidos e apesar de ser sonserina os amigos nunca iriam saber. Tudo o que tinha que fazer era não contar para ninguém e isso ele podia perfeitamente fazer.

Finalmente ele voltou para o dormitório com um sorriso no rosto. Uau, que noite grandiosa!


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Hum...
Finalmente Lily! Já não aguentava mais você nessa enrolação! É difícil entender que o James gosta mesmo de você?
E o sonho do Peter? Só um sonho ou tem algum significado...?
Ah! E a Lucinda? O que vocês acharam dela? Parece que a Pam não é a única amiga que ele teve na vida...