Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 64
Capítulo 10 - De volta às Marotagens


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo do sexto ano! Espero que gostem!



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O Natal não foi nada feliz para Pam naquele ano. Ela teve que assistir ao enterro da mãe e sofreu junto ao pai por isso. A casa já não tinha a mesma magia alegre sem Beth. Tudo parecia ter perdido o sentido por um bom tempo. Mas ela precisava se reerguer e antes de voltar para Hogwarts, procurou se recompor. Então, ao voltar para a escola, como já não tinha mais Michael nem qualquer plano maluco, ela voltou com o cabelo desarrumado, uma penugem crescendo nas pernas, saias longas, roupas amassadas e sapatilhas. Tinha voltado a ser a Pam de sempre, tirando o fato que desta vez preferiu continuar com a franja longa ao invés de cortá-la novamente.

Com as duas semanas de férias, Remus teve tempo o suficiente para conversar com Peter, Sirius e James e contar sobre Pam. Então, quando ela voltou os amigos a acolheram como se nunca tivessem se distanciado. O de óculos ofereceu a ela a posição de goleira de novo e Sirius prometeu que fariam várias travessuras. Enquanto que os seus outros “amigos” ao verem que ela tinha voltado a ser a antiga garota de sempre, deixaram-na completamente. Isso serviu para ver quem eram seus verdadeiros amigos.

E novamente Pam estava integrada completamente nos Marotos. Era bom ser uma marota novamente, apesar de agora receber olhares hostis de várias outras pessoas talvez por ter voltado para os Marotos, talvez por ter terminado com Michael. Mas já não importava. Os Marotos não estavam em alta e muitos achavam que o reinado deles tinha acabado, mas com a volta de Pam, todo perceberam que estavam erradas.

O que não tinham feito no começo do ano, foi feito naquela segunda metade. Aranhas no banheiro feminino do quarto andar, estátuas que xingavam, gosma nos corredores, bombas de bostas por todos os lugares, salas de aula destruídas, sapos nas masmorras, pó de mico no meio de livros, pimenta super ardente na comida, pessoas sendo transformadas em animais, o feitiço Levicorpus em alta, penas que escrevinham errado, cartas de amor falsas, bolinhas de gude trouxas nos corredores e tantas coisas que era impossível enumerar.

Sirius e Pam também estavam bem próximos, já que tinham ficado afastados por muito tempo. Sempre eram vistos juntos, às vezes abraçados e rindo como crianças.

Não é preciso dizer que Lene começou a ficar com ciúmes. Começou a tomar raiva de Pam e as vezes em que ela tomava o seu namorado, seu homem. Não era justo, simplesmente não era justo. Lene era namorada de Sirius, não Pam. E, por fim, e aconselhada pelas amigas, Lene resolveu dar um ultimato para Sirius:

_Ou eu ou ela. – a garota disse.

_Não pode me fazer escolher entre você e minha melhor amiga! Eu amo as duas. De jeitos diferentes, mas amo.

_Sirius, desta vez é sério. Não estou brincando. Você vai ter que escolher.

Sirius suspirou. Sabia que esse era um momento crítico. Pensou um pouco e por fim fez uma escolha. Abraçou Lene e disse:

_Você sabe que eu te amo, não?

_Claro que eu sei, Sirius. – Lene sorriu.

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Mais tarde, naquele mesmo dia, Sirius foi se encontrar com Pam. Depois de alguns rodeios finalmente contou a verdade para a amiga.

_E ela me disse para escolher entre vocês duas.

_Ah… - Pam disse, tristemente. – Eu entendi. Tudo bem. Eu vou me afastar. – ela se lembrou de alguns dias antes das aulas começarem e Sirius ter dito que achava que estava apaixonado por Lene. E, no momento, não podia mais o impedir de ser feliz, se fosse isso mesmo que queria.

A garota começou a ir embora, quando Sirius colocou a mão no seu ombro e sorriu.

_ E eu terminei com ela.

Os olhos de Pam se arregalaram. Primeiro com raiva e ela gritou alguma coisa sobre Sirius tê-la assustado e que nunca mais devia fazer isso, depois ficou feliz e agradeceu por ele tê-la escolhido, abraçando-o apertado. Nem tudo estava perdido.

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Algumas vezes é preciso fazer algumas coisas sozinho, se você quiser manter o título de líder dos Marotos que tão arduamente conquistou.

E, agora ele tinha o plano perfeito. Carregando o material de que precisava em um dos braços e andando sorrateiramente embaixo da capa da invisibilidade pouco antes do anoitecer, James estava realmente se sentindo como um verdadeiro espião em ação.

Desta vez estava sorrindo e se sentia orgulhoso de si mesmo. Apesar de ser muito bom em colocar marotagens em ação, não costumava ser muito bom em planejá-las, normalmente deixava essa parte para Pam e Sirius. Mas desta vez tinha feito tudo e achava que tudo iria sair como o planejado.

Não o melhor plano do mundo, mas salvo que era o primeiro de James, então devia contar para alguma coisa.

Fantasiar a estátua de Salazar Slytherin com uma saia e maquiagem devia deixar os Sonserinos bem irritados, James tinha certeza.

Finalmente James chegou onde estavam as quatro estátuas dos fundadores e sorriu ao ver o bruxo que tinha uma expressão perversa.

_Olá! – ele disse, apesar de saber que a estátua era incapaz de ouvir. – Pronto para virar Suzanna?

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Pam estava voltando para o dormitório feminino depois de ter passado algumas horas brincando como uma criança com sua vassoura. Afinal, tinha a deixado tempo demais dentro do baú e agora sentia que precisava se aquecer novamente antes de voltar para os campos no treino no dia seguinte, quando o time da Grifinória iria se preparar para o jogo no sábado, já disputando o terceiro lugar com a Corvinal, após ter perdido de todos os jeitos imagináveis no primeiro semestre.

Terceiro lugar era melhor do que último, pelo menos.

Mas, antes que pudesse chegar ao sétimo andar, uma coisa chamou a atenção de Pam e ela teve que desviar o seu caminho para ver o que se tratava.

Ao chegar mais perto, confirmou que suas suspeitas eram verdadeiras.

_Pontas, seu traidor! – exclamou, sorrindo levemente.

James olhou para ela e ao reconhecer a amiga sorriu também.

_Quer dizer que agora vai nos abandonar? Vai fazer as marotagens sozinho? Ficar com o melhor da diversão só para você? – as palavras podiam soar duras, mas vinham em tom de brincadeira.

Porém, Pam mal teve tempo de se aproximar muito de James antes de ouvir outra voz, vindo do corredor oposto.

_O que é isso? Uma reunião e vocês nem me chamaram? – Sirius se aproximava também.

_Ah, qual é, gente. – James brincou. – Você tem que sempre ser a minha sombra? Não posso fazer mais nada sozinho? Logo vou ir ao banheiro e lá vão estar você, cuidando para que eu sente certinho no vaso sanitário.

Todos riram.

_Bom, de qualquer forma. – Pam admirou a obra de James. Salazar usava uma mini-saia rosa com uma maquiagem exagerada e ridícula. – Ficou legal. Os Sonserinos vão adorar.

_É, Pontas. Dessa você vai fez alguma coisa boa. – Sirius concordou.

Porém, as conversas e risadas não duraram muito tempo, pois justo nesse momento a Professora McGonagall se materializou do nada, como se fosse um fantasma.

Horrorizada com a cena, ela tudo o que ela conseguiu dizer foi:

_Sr. Potter, Srta. Porter, Sr. Black. Na minha sala. Agora.

E os três sabiam que estavam encrencados.

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_Eu vou perguntar só mais uma vez… Quem fez aquilo? – a Professora gritou.

_Quem sabe? – Pam deu de ombros, indiferente.

_Pode ter sido qualquer um… - Sirius emendou.

Agora McGonagall estava tão vermelha quanto era possível ficar. Irritação, raiva e impaciência se misturando dentro dela.

­_Chega de brincadeiras! Eu sei que foi um de vocês. O que resta saber… Quem?

_A senhora acha mesmo que vamos entregar um amigo? – perguntou James.

_Exato. É para isso que servem os amigos. Um deve apoiar e defender o outro. – Sirius continuou.

_A amizade é a coisa mais importante de todas! – Pam finalizou.

Pam, Sirius e James estavam entediados e calados como túmulos. Nenhum deles estava disposto a falar quem tinha transformado Salazar em Suzanne.

E a professora percebeu isso. Já tinha ameaçado os três com tudo. Tinha tirado pontos, interrogatórios, dever extra… Nada parecia abrir a boca dos três alunos, que não negam ou afirmavam nada, resistentes como rochas.

Foi quando ela teve uma ideia que lhe pareceu infalível.

_Certo então, garotos. Eu ia dar um castigo leve para quem fez aquilo… Mas pelo visto os três querem ajudar o Hagrid com o trabalho dele no próximo sábado.

Percebendo a data que a professora fala e seu sorriso de triunfo, os três arregalaram os olhos.

_Você não pode fazer isso, professora. É crueldade.

_Não só posso, Sr. Black. Como vou.

No próximo sábado, teriam o jogo contra a Corvinal. E não podiam deixar de ir a uma partida da Grifinória no Quadribol.

_Amigos a parte, foi ela.

_Amigos a parte, foi ele.

As palavras de James e Pam fizeram corou enquanto um apontava para o outro como culpados. Encarando-se brevemente e entendendo o que um queria dizer para o outro, os dois apontaram para o terceiro.

_Foi o Almofadinhas. – os dois falaram juntos.

_Ah, sim. Culpem o Black. É fácil, não? Olhem só a família dele! Eles são maus. Sirius deve ter puxado a eles. Tudo se encaixa perfeitamente… E daí que ele cortou laços com a família? Melhor ignorar pequenos detalhes. Nós precisamos de um culpado e Sirius foi encontrado na cena do crime… Não sozinho, é verdade, mas quem se importa? É a resposta mais fácil, não? – ele disse, a voz carrega com ironia e sarcasmo.

James sorriu amarelo para a Profª. McGonagall, pediu um minuto e então puxou a gola da camisa de Sirius, o aproximando de si e impedindo que a professora ouvisse a conversa dos dois.

_Cala a boca, seu imbecil e me escuta. No próximo sábado nós vamos ter um jogo de Quadribol. Não podemos perder o apanhador ou a goleira. Você tem que ser o culpado!

_Por que eu?

_Porque você era o único que estava lá além de nós dois.

_Mas eu quero assistir o jogo! – Sirius protestou.

_Pequenos sacrifícios tem que ser feitos.

Sirius suspirou, vencido.

_Certo. – ele disse, voltando-se para a professora McGonagall. – Fui eu. A culpa é toda minha. O James e a Pam estavam tentando me impedir, mas eu achei que seria divertido fazer isso para tirar uma com a cara do Regulus.

A falsa confissão não foi lá das melhor, mas a professora deu por satisfeita, precisava apenas de um culpado e não ligava que Sirius estivesse disposto a assumir a culpa.

Depois de tirar mais cinco pontos de cada um por mentir, ela disse que Sirius teria que passar a tarde de sábado polindo troféus e então libertou os três.

_Vocês me pagam. – Sirius disse. – Polir troféus? Vocês sabem quantos troféus tem essa escola? Alguns milhares? Essa escola é mais antiga do que Dumbledore! Quantos alunos que ganharam troféus não devem existir por aqui? Ah, que droga!

James riu, mas pediu para Sirius considerar isso como um pagamento por deixá-lo morar na casa dele e Pam prometeu pagá-lo com a sua “doce” companhia.

_Vocês são chatos, hein? Mesmo que eu não tivesse feito isso, ainda ia morar na sua casa e ainda ia ter a sua companhia. – disse um mal-humorado Sirius, o que só provocou mais risos em Pam e James.

_Calma. – Disse James, colocando a mão no ombro do amigo. – Você vai sobreviver.

_Acho bom vocês ganharem aquele jogo. – ele resmungou entre os dentes.

Pam arreganhou um sorriso.

_Pode deixar, nós vamos vencer.

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E, no sábado seguinte, a Grifinória ganhava da Corvinal por 240 a 130, graças as defesas excepcionais de Pam e James ter pegado o Pomo de Ouro, cumprindo a promessa a Sirius. E naquela noite, mesmo que tendo fica em terceiro lugar, a Grifinória festejou.


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Notas finais do capítulo

Capítulo betado pela Liin N. Nyx, se você puder, estou enviando o próximo capítulo para você betar.