Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 62
Capítulo 8 - Natal Quente


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem. Para os que não gostam de ler romance, uma boa notícia, esse é o penúltimo capítulo em que o esse vai ser o tema principal e eu já comecei a colocar algumas outras características que tinham nos capítulos anteriores a isso.
Esse capítulo foi betado pela Mabhye.



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Logo dezembro chegou naquele ano. E a visita a Hogsmeade, tão costumeira algumas semanas antes do Natal, também chegou. As pessoas faziam suas compras para o feriado e tomavam bebidas quentes no Três Vassouras. James e Sirius estavam sentados no balcão. Tinham acabado de pedir um hidromel para cada um e esperavam que Remus e Peter voltassem do correio, onde o mais baixo tinha ido para mandar uma carta para os pais.

Eles estavam conversando sobre qualquer coisa banal, mas para ter alguma coisa para dizer do que qualquer outra coisa.

_Não olhe agora. – disse James, depois de um tempo. – Mas adivinhe quem acabou de entrar aqui?

Sirius fez menção de virar a cabeça e ver quem era, mas James o impediu.

_Disse para não olhar.

O outro deu de ombros.

_Pam e Michael. – sussurrou James, em tom de segredo.

Sem conseguir se conter, Sirius espichou o pescoço por cima das cabeças das outras pessoas e então viu o casal. Michael com seu braço enlaçando a cintura de Pam como se ela pertencesse a ele.

Sirius quase espumou de raiva.

_Eu disse para não olhar. Por que sempre que a gente disse para não olhar a pessoa olha? – perguntou James, dando um tapa na própria testa.

Mas Sirius quase não ouvia o que James falava. Estava ocupado demais controlando seu lado canino e tentando não rosnar.

_Vamos falar com eles - disse por fim, levantando-se, sem esperar por James.

James rolos os olhos. Sirius era idiota ou coisa parecida? O que iam falar com Michael e Pam? Certas pessoas são realmente masoquistas. Pois, sim, sabia que Sirius sentia falta de bem junto com eles. Talvez até certa atração. Isso era óbvio. Não seria mais óbvio nem que ele escrevesse isso na testa.

_Eu disse para não olhar. – James lamentou, se levantando contrariado e seguindo o amigo. – Agora vai ficar todo esquisito. A Marlene é linda, cara. Esquece isso. Por favor.

Mas os protestos distantes de James não chegaram aos ouvidos de Sirius, que tentava achar chegar a Pam o mais rápido possível, passando por várias pessoas e empurrando outras tantas.

Finalmente conseguiu ter uma boa visão de Pam e Michael juntos e essa visão não o agradou. Não por eles estarem juntos, mas sim pela roupa que a garota estava usando.

Ele arregalou os olhos, tirou a capa grossa e correu até ela.

_Pam! – ele disse. – Não está com frio? – e colocou a capa sobre os ombros dela.

O fato era Pam estava quase nua enquanto a neve caia lá fora. Usada um vestido que não ia nem até seus joelhos e que era ainda mais curto do que o que ela estava usando no dia da Festa do Slugue. Isso para não falar do decote que mais mostrava que escondia suas partes femininas.

_Ah, Sirius, - ela sorria para ele enquanto se livrava da capa. – Me deixe. Está tudo bem.

Nesse momento James chegou, esbarrando levemente em Sirius.

_Oi, Pam. Oi, Michael.

_Tudo bem, Jay? – a garota o cumprimentou alegre.

_Olá, cara. – Michael estendeu a mão, que James apertou. E logo depois a estendeu para Sirius, que a apertou brevemente.

Alguns segundos de um silêncio constrangedor.

_Hum… Eu acho que vou buscar um suco de abóbora. – disse Pam. – Alguém mais quer?

_Pega uma cerveja amanteigada para mim, por favor? – pediu Michael.

_Claro, mas alguém?

E, como ninguém disse nada, ela deu de ombros e partiu para o balcão, desfilando, e deixando os três garotos sozinhos.

Michael virou-se para admirar Pam enquanto ela andava.

_Ela é linda, não? – perguntou, sorrindo como um idiota.

Se ele não estivesse com Pam, Sirius teria dado um soco em Michael naquele momento. Mas ela parecia feliz e quem era ele para estragar toda a sua felicidade? Além disso, agora Sirius também tinha namorada.

Então ele apenas concordou com a cabeça.

_O cabelo castanho escuro dela, a pele clara… - enumerou Michael, e sinceramente, Sirius não precisava o ouvir dizer isso. – Os olhos azuis brilhantes como… Como… Como vaga-lumes.

_Vaga-lumes? – James fez uma careta.

_ Isso mesmo. – o corvinal concordou. – A Pam tem olhos de vaga-lumes. Não há outra maneira de descrever.

As palavras que Michael tinha usado eram estranhas, mas, a bem da verdade, era isso mesmo. Pam tinha olhos que brilhavam como estrelas, como… vaga-lumes em uma noite escura. Talvez essa fosse a característica da garota que mais lhe rendia pontos quando se tratando de beleza.

Eles ficaram em silêncio enquanto viam Pam se aproximar com dois copos descartáveis. Um com suco de abóbora e outro com cerveja amanteigada.

_Pronto. – ela entregou um dos copos para Michael e com a mão livre pegou o braço dele. – Vamos?

O corvinal concordou.

_Tchau, garotos. – disse Pam para Sirius e James. – Legal encontrar vocês.

Os quatro se despediram e o casal saiu para a rua coberta de neve. Como Pam não sentia frio usando um vestido tão curto e decotado só podia ser explicado por magia. Com certeza a garota tinha usado algum feitiço.

_Foi ótimo encontrar a Pam. E, – disse James, voltando um assovio. – o Michael está certo. Ela está mais linda do que nunca, não acha?

_Claro que acho – disse Sirius, um pouco infeliz, sem que James percebesse a tristeza em sua voz. – Posso estar namorando, mas ainda assim sei quando uma garota é bonita.

_Para ser bem sincero, às vezes eu gostaria de poder olhar embaixo da saia dela. – James confessou. – Ver o que tem lá…

_Cochas, igual você, James. – disse uma voz que veio de trás dos dois amigos e ao se virarem assustados para ver quem era, encontraram Remus e Peter, que deviam ter voltado do correio sem que percebessem.

James forçou uma risada, irônico.

_Ha ha ha. Muito engraçados. Mas eu estava me referindo ao que ela tem de diferente de mim.

_Eu sei. – o lobisomem continuou. – Mas você já não viu isso o suficiente por uma vida inteira?

_Não. – James sorriu com malicia. – Nunca será o bastante.

_Isso só até você finalmente arranjar uma namorada. Daí você só vai querer um. – disse Peter, sabiamente, mostrando que não era um completo débil.

_Eu só quero a Lily, mas ela não me quer, então… - James disse cabisbaixo e suspirou. – Mas, - ele encheu o peito. – um dia eu vou conquistar ela. Não ainda, mas um dia ela vai ser minha, escrevam minhas palavras.

Remus riu.

_Nesse dia vai chover canivetes.

_Não por isso. – James continuou. – Posso fazer chover canivetes agora, se esse fosse o problema.

E os quatro amigos procuraram uma mesa, onde se sentaram e continuaram conversando, agora sobre a derrota da Grifinória no jogo de Quadribol contra a Sonserina na semana anterior, graças ao goleiro não tão bom quanto Pam que tinham conseguido.

~~*~~*~~*~~*~~

Lene estava chupando um pirulito enquanto andava ao lado de Lily e Dory. Alice não se encontrava a vista por estar junto com o namorado.

_E então, garotas. – a morena perguntou. – O que querem fazer?

_Hum… Eu tenho que comprar alguma coisa para os meus pais e para Túnia de Natal. Não posso chegar em casa de mãos abanando.

_Nisso você está certa. – Lene concordou. – Talvez eu compre alguma coisa para os meus pais também. Tem que ser alguma coisa muito boa. Para acalmar os nervos deles depois que eu contar que estou namorando o Black renegado. – ela sorriu. – Eles não vão gostar muito.

_Ainda não acredito que esteja namorando um Maroto. – a ruiva continuou. – Sei que gosta do Sirius desde o segundo ano, mas mesmo assim…

_Sh! – Lene brigou. – A Dory pode ouvir e nem ela nem a Alice sabem disso.

_Ah, - Lily olhou para a amiga, que não prestava atenção à conversa delas – verdade. Desculpe.

A verdade era que nem Alice nem Dory sabiam ainda que Lene gostava de Sirius desde o segundo ano. Na verdade, não sabiam que Lene sentia algo a mais por Sirius. Achavam que o namoro deles não passava de um truque para irritar os pais de ambos. E não sabiam, é claro, apenas para evitar que Dory e Alice zumbassem de Lene, já que como Lily, elas consideravam os Marotos idiotas e ridículos, mas ao contrário da ruiva tirariam sarro de Lene para o resto de sua vida.

Era melhor assim.

_Dory! – Lily gritou, quando viu que a garota estava completamente imersa em pensamentos e que não fazia ideia do que se passava na vida real, apenas andando avoada pelas ruas de Hogsmeade, sem um destino certo. – Em que mundo você está? Ei!

_No mundo em que eu posso torturar certa corvinal idiota. – respondeu a garota, olhando irritada para Lily e Lene.

_Credo. – a morena disse, jogando o pirulito em um cesto de lixo próximo. – Que mal humor. – ela fez uma careta.

_Eu simplesmente não aguento o Remus olhando para ela como se fosse capaz de se atirar de uma ponte por ela. – Dory reclamou, olhando para o lado, onde Emmeline Vance estava junto com algumas amigas, conversando e rindo.

E o olhar que Dory lançou para a loira seria capaz de assustar os mais corajosos.

_Para com isso, Dory. – Lily disse, calma e um pouco cansada, colocando a mão no ombro da amiga. – O Remus nem está aqui. Esse ódio exagerado não vai levar a nada.

A aspirante a loira soltou uma risada irônica.

_Quem é você para falar sobre ódio? Vejo você e o James por todos os lugares e não acho que seja um bom exemplo de harmonia.

Apesar de saber que é verdade, Lily se sentiu um pouco ofendida pela escolha de palavras da amiga.

_O que você quer dizer com isso? – perguntou ela.

_Ei, ei. – disse Lene, entrando no meio das amigas e evitando uma catástrofe. – Não vão brigar no meio da rua. Sem escândalo, ok?

Depois de alguns momentos de incerteza, em que as duas pareceram tentadas a ignorar Lene e pular uma em cima da outra, finalmente sorriram, percebendo como estavam sendo ridículas.

_Certo. – disse Lily. – Sem brigas. Já temos inimigos demais para enfrentar para ficar brigando umas com as outras.

_Verdade, - Dory concordou enquanto elas continuaram andando. – Como… - elas passaram na frente de uma banca e ao avistar a notícia principal do Profeta Diário cerrou os dentes irritada e disse: - Como Você-Sabe-Quem.

_Sai da frente. – disse Lily, avançando para o jornal. – Me deixa ver.

E a ruiva pegou o jornal nas mãos, amassando-o ao fazer isso e então leu em voz alta:

_Ataque de bruxos das trevas resulta em tortura de família trouxa.

_Que horror! – exclamou Lene, levando as mãos à boca.

A foto principal era trouxa. Um casal jovem com seus dois filhos. Os dois tinham menos de três anos.

_Continue lendo, Lily. – pediu Dory.

_Na última sexta-feira, sete ou oito bruxo que se autodenominam Comensais da Morte e que dizem seguir Você-Sabe-Quem atacaram uma fazenda trouxa onde moraram um casal com seus dois filhos. Os corpos dos quatro foram encontrados pela manhã com marcas de torturas e…- Lily afastou o jornal. – Chega. Não quero ler mais nada.

E então ela saiu andando sem esperar as amigas. Lene e Alice foram atrás dela.

A ruiva estava visivelmente perturbada. Não podia deixar de imaginar que aquilo podia acontecer com sua própria família a qualquer momento e era terrível pensar nisso.

_Ei, Lily, calma. – pediu Dory, colocando a mão no ombro da amiga. – Está tudo bem. Ninguém vai te machucar.

_Mas e quanto a todos os trouxas e nascidos-trouxas que já morreram por causa disso? Esses maníacos… Eu queria saber quem são só para poder matar todos eles. Aposto que o Snape sabe. Deve ser um deles agora. Ah, meninas, vocês tinham razão, as pessoas da Sonserina são terríveis! – ela começou a chorar, virando para as amigas e as abraçando.

Um pouco assustadas no começou, as duas passaram os braços pelas costas de Lily e a consolaram.

_Vai ficar tudo bem. Você-Sabe-Quem vai ser detido. Você vai ver. Ele com certeza é só um psicopata louco que vai acabar em Azkaban.

_A Lene tem razão. No final tudo vai ficar bem. É sério.

Mas, mesmo as palavras de incentivo de Dory e Lene não foram o bastante para impedir que Lily chorasse. Porém, quando parou de chorar, se sentia renovada e cheia de uma estranha energia.

_Eu vou lutar. – ela disse. – Vou lutar e vou destruir todos esses malucos. Não quero saber como, mas eu vou impedir eles de continuarem a fazer isso.

_E você não vai estar sozinha, amiga. – Lene concordou, decidida. – Vamos estar você.

_Isso mesmo. Todas nós. Vamos lutar até que não haja mais ninguém de pé! – concordou Dory animada. – Logo depois de matar a Emmeline.

Lily e Lene riram da outra enquanto continuavam a andar sem rumo, apenas conversando e se divertindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E deixem comentários!!
BBK,
Cassie