Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 55
Sexto Ano - Capítulo 1 - Cartas Tarde da Noite


Notas iniciais do capítulo

Gente, aí está o primeiro capítulo do sexto ano! Ah, estamos chegando ao fim dos anos em Hogwarts... Mas, não se preocupem. Eu vou escrever depois disso. Afinal, o Reinado dos Marotos não acaba no sétimo ano.



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Não demorou muito para uma carta de Hogwarts chegar com os resultados das N.O.M.s. Pam correu ansiosa para pegar a coruja que trazia os resultado. Rasgando envelope de qualquer jeito, ela pegou a carta e foi com grande prazer que leu suas notas, o sorriso aumentando cada vez mais á medida que seus olhos corriam pelo papel.

RESULTADOS DOS NÍVEIS ORDINÁRIOS EM MAGIA

Notas de aprovação:         Notas de reprovação:

     Ótimo (O)                             Péssimo (P)

     Excede Expectativas (E)   Deplorável (D)

     Aceitável (A)                         Trasgo (T)

RESULTADOS OBTIDOS POR PAMELA PORTER

Adivinhação                                        P

Astronomia                                          A

Defesa contra as Artes das Trevas     O

Feitiços                                               O

Herbologia                                           E

História da Magia                                D

Poções                                                  O

Transfiguração                                      P

Trato das Criaturas Mágicas                 A

Runas Antigas                                     A

Pam gritou. Tinha conseguido sete N.O.M.s. E tinha conseguido passar em todas as matérias que queria! Era uma aluna de N.I.E.M.s agora! Só tinha se esforçar um pouco agora e tudo ficaria bem. E ela tinha conseguido três “O”. Era bem mais do que podia esperar. Tinha conseguido “O” em Poções! Isso era motivo para comemorações.

_Mãe! – Ela gritou. – Mãe, corre aqui!

A Sra. Porter não demorou a aparecer na cozinha, onde Pam estava. Ela parecia um pouco confusa e desnorteada, mas estava bem, de um modo geral.

_Onde é o incêndio? – Brincou se aproximando de Pam e beijando-lhe a testa.

_Nas minhas notas. – Disse a garota. – Olhe só. – Ela passou o papel para a mãe ler.

_Tudo bem. – Ela disse, sorrindo. – Você não passou em Adivinhações, mas ninguém precisa disso. Vamos combinar que História da Magia é um tédio. Eu ainda me lembro de quando o Binns morreu… Finalmente achei que fosse ter aula com um professor que não tivesse visto todas aquelas histórias que ele contava aconteceram…

Pam riu. Às vezes a Sra. Porter era mais criança que ela.

_Transfigurações… Achei que você fosse ir bem!

_Eu fui, mãe. No exame escrito. Mas fiz um rolo completo e não consegui transformar nada direito.

_Mas eu pensei… - A loira olhou para os lados e deu uma espiada na sala, verificando que o Sr. Porter não se encontrava perto. – Que depois do que aconteceu no verão passado…

Pam riu. Sabia ao que a mãe estava se referindo e achava graça de a Sra. Porter zelar tão bem pelo seu segredo, quando ela própria não se importava muito com isso.

_Sirius teve que me ajudar, lembra?

_Eu sei. Mas depois de um tempo… - Ela fez um gesto de impaciência. – De qualquer jeito, você passou no resto. Parabéns! Conseguiu mais notas do que eu. Uau. – A loira olhou o papel assustada. – Três “O”? Nem eu consegui isso!

Pam riu. Talvez a mãe não soubesse o quando lhe custaram aqueles “O”.

_Martin! – A Sra. Porter gritou para o marido no andar de cima, que iria passar apenas uma semana com a família antes de voltar para a América. – Sua filha é um gênio!

_Isso porque você não viu as notas do Remmy ainda… - Murmurou Pam, rindo.

Foi ao pensar nisso que Pam lembrou que, como ela, os outros Marotos também deviam ter recebido suas cartas com os resultados das provas. Curiosa, ela subiu as escadas e escreveu cartas quase iguais, mudando apenas o nome do destinatário, contando que tinha sido aprovada em tudo, menos Adivinhações, História da Magia e Transfigurações e perguntando no que eles tinham passado.

Não demorou a receber cartas dos quatro amigos.

James conseguira dois “O” e só fora reprovado em História da Magia. Remus passara em tudo com honras. Peter não tinha conseguido nenhum “O” e tinha apenas passado em quatro matérias. Sirius disse que tinha conseguido passar em tudo menos Poções e História da Magia, mas que não se importava e também reclamou do tédio que estava em sua própria casa.

Ante a resposta de Sirius e as suas reclamações, Pam enviou outra carta ao amigo, convidando-o a ir para sua casa no dia seguinte e não demorou a receber uma resposta positiva, dizendo que daria uma desculpa qualquer e que ela o esperasse. A garota sorriu, pensando em como seria bom ver o amigo no dia seguinte.

*~~*~~*~~*~~*

A campainha dos Porter tocou logo depois do almoço. A Sra. Porter, que estava na sala, logo abriu a porta e encontrou Sirius do lado de fora.

_Ah, oi, Sirius! Tudo bem? Entra.

_Obrigado, Beth. – Ele disse, usando o apelido da mãe da amiga. No ano anterior tinha aprendido que ela não era uma senhora como as outras e que não parecia ter a idade que realmente tinha. Além do que ela conhecia seu maior segredo, então não havia formalidades entre eles.

_A Pam sabe que você veio? – Perguntou a loira.

_Sabe. Ela quem me convidou.

_Certo. Senta-se no sofá, ela vou chamá-la.

Sirius sentou enquanto a Sra. Porter berrava para o andar de cima, chamando pai e filha. Pedindo para ele se apressar e avisando a ela que o amigo chegara.

_Ah, que droga. – A Sra. Porter resmungava, enquanto mexia na blusa em cima da mesa. – Se ele não ir logo vamos nos atrasar…

Sirius observou a mãe da melhor amiga. Era tão bonita quanto Pam e estava usando uma roupa que favorecia suas curvas.

_Nossa, Beth. – Ele disse. – Como você está gostosa hoje.

A Sra. Porter olhou para Sirius, sobressaltada por um momento, mas depois sorriu.

_Ouviu isso, Martin? – Ela gritou para o marido. – Ele me acha gostosa!

Não demorou muito para os passos serem ouvidos, descendo as escadas. O Sr. Porter segurava uma mala em uma mão e terminada de abotoar o casaco com a outra.

Se aproximando da esposa, deu um selinho rápido nela.

_Ele me acha gostosa. – Ela repetiu.

O Sr. Porter avaliou Sirius com o seu olhar crítico por um momento então sorriu.

_Essa aqui é minha. – Ele falou. – Mas vou deixar minha filha com você. Cuide bem dela, ok?

Sirius assentiu.

_Não poderia fazer de outro jeito.

_Resposta certíssima. – Disse o homem. – Gostei de você rapaz.

_Ah, Sirius, eu vou levar o Martin para a chave do portal. Ele vai voltar para os Estados Unidos hoje. A Pam vai ficar. Cuide dela, ok? Eu quero dizer… Com o tal de Você-Sabe-Quem por aí…

_Você-Sabe-Quem? – Sirius franziu a testa, confuso. Então um sinal de compreensão passou por seu rosto. – Ah! Você quer dizer, Volde…

_Não fale! – Gritou a Sra. Porter apavorada. – Dizer o nome do mal atrai ele para onde você está. Mas sim. Ele mesmo.

_Certo, sem problemas.

_Ah, obrigada. – A Sra. Porter disse, parecendo aliviada. – Eu volto logo.

_Adeus, Sirius. Foi um prazer te ver. – Disse o Sr. Porter.

E então os dois adultos passaram pela porta e foram embora.

Nesse exato momento Pam desceu a escada saltitante.

_Almofadinhas! – Ela exclamou, antes de se pendurar ao pescoço dele. – Que saudades!

Sirius sorriu também, ante o rosto radiante de Pam, que não conseguia esconder a alegria em ver o melhor amigo.

Ele não demorou muito para perceber que Pam estava um pouco diferente do que ele estava habituado. A roupa estava um pouco mais curta do que o usual e ela parecia feminina como nunca tinha estado antes. Os cabelos estavam penteados perfeitamente e a franja alinhada pela primeira vez.

_Eu consegui um “O” em Poções! – Ela disse feliz. – Quase não acreditei quando vi.

_Que bom, mas… - Ele olhou brevemente para o lado. – Me diga, porque você queria tanto tirar uma nota boa em Poções? Não serve de nada.

_Porque a profissão que eu quero seguir exige N.I.E.M.s em Poções.

_E qual a profissão que você quer seguir?

_Curandeira. – Ela disse.

Sirius ficou surpreso. Curandeira?

_Tem certeza? Quero dizer… Curandeira? Felina, você é melhor do que isso. Poderia escolher um emprego grande dentro do Ministério se quisesse…

Ela riu.

_Não é como se eu fosse me candidatar a Ministra da Magia, Almofadinhas. Eu quero ser curandeira. Minha mãe é uma e salvar vidas, cuidar de pessoas e com cada vez mais pessoas feridas por causa de Você-Sabe-Quem… O St. Mungus vai precisar de ajuda.

_Ah… Ok, então. – Ele disse um pouco contrariado. – Você quem sabe, eu acho.

_Mas, o que você quer fazer? – Ela perguntou. – Estou tão animada para o sexto ano!

_Eu nem tanto assim. Acho que vou enlouquecer. Tenho a impressão que a McLanche vai ficar perto de mim o tempo todo. Meus pais só falaram dela durante todo o verão e eu não aguento mais ouvir o nome dela. Ainda não falei com ela, é verdade, mas acho que o único jeito de eu me livrar dela vai ser se eu cortar laços com a minha família. Caso contrário, Marlene é a futura Sra. Black. – Sirius fez um careta. Pam riu.

_Ah, não se preocupe. Vai ficar tudo bem. Eles não podem te obrigar a se casar.

_Não tenho muita certeza disso. Estou pensando seriamente em fugir de casa, sabe?

_Pode vir para cá se for realmente fugir. Não tem problema nenhum.

_Ah, não. Eu acho que iria para a casa dos Potter se precisasse. – Ele disse. – Quero dizer… A casa deles é maior. Não acho que vão se importar com uma pessoa a mais.

_Nisso você está certo. – Disse Pam. – Mas, me diga, como vai sua moto? – Ela mudou de assunto.

Sirius tinha finalmente comprado á moto que tanto queria fazia uma semana e estava trabalhando nela para fazê-la voar. O resultado certamente seria divertido.

_Ah, estou quase conseguindo alguma coisa. Vai estar pronta antes do começo das aulas, eu espero. – Ele disse.

Os dois continuaram conversando e não pararam mesmo quando a Sra. Porter voltou. E teriam conversado noite adentro se Sirius não tivesse que voltar para casa.

_Ah. – Disse Pam, olhando para o amigo que já estava do lado de fora da casa. – Volte mais vezes. É sempre divertido conversar com você.

_Claro que vou voltar, Felina. Isso se eu sobreviver a amanhã a noite. A McLanche vai ir jantar amanhã em casa. – Sirius fez um careta.

Pam sorriu para ele, divertida.

_Vai ficar tudo bem. Boa sorte com isso!

E Sirius foi embora, de volta para sua casa, para o pesadelo vivo de sua mente, sua prisão.

~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~

Pam não acreditava que estava acordada às três da manhã, mas agora andava meio tropeça para a sala, graças á insistência da coruja nova de Sirius, Scar, que tinha trazido uma carta do amigo, dizendo que estava chegando em poucos minutos a casa dela por causa de uma emergência.

A campainha tocou e Pam foi abrir a porta.

_Recebeu minha coruja? – Perguntou Sirius, os olhos saltando da cara e parecendo apavorado.

Visto que eles tinham se visto fazia menos de três dias e que tinham se falado no dia anterior, Pam não fazia ideia do que poderia ter feito o amigo se levantar de madrugada para ir a casa dela com tanta pressa.

_Não estaria acordada às três da manhã se não tivesse visto. – Ela bocejou.

_Prepare um chá. – Disse Sirius, passando por ela e entrando na casa.

_Ow, espera um pouco aí. – Ela virou-se brava para ele. – Não pode ir entrando na minha casa e me mandando fazer as coisas assim. Eu pelo menos tenho que saber o que está acontecendo.

Sirius olhou para ela na defensiva por um momento, então suspirou.

_Você é menina, não é?

_Sou, ou estou comprando a roupa errada. – Ela respondeu um pouco ofendida.

Ele apenas riu sua típica risada canina.

_Eu podia ter procurado qualquer um dos garotos, mas… Preciso de conselhos mais femininos, se é que me entende. – Ele disse, coçando a cabeça.

_Sirius, por favor, não me fala que você é gay. – Pam se encostou à porta, fechando os olhos e se preparando para ouvir qualquer coisa.

_Não! – Ele balançou a cabeça. – Não, claro que não.

_Então qual o problema?

_Felina, acho melhor você se sentar. – Ele disse.

_Estou confortável aqui. Pode falar o que quiser.

_Tem certeza?

_Ah, o que pode ser tão terrível assim? Fala logo. – Ela abriu os olhos, encarando-o com seus grandes olhos azuis.

_Certo, então… - Ele respirou fundo mais uma vez. – Eu acho que estou apaixonado pela Marlene.

Os olhos de Pam se arregalaram como se fossem saltar da cara e começar a dançar a macarena, conforme seu cérebro ia captando o que Sirius tinha dito.

Então, em meio a toda a sua surpresa e descrença, todo o que Pam conseguiu dizer foi:

_Eu vou preparar um chá.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E estão vendo esse espaço branco aí embaixo? É para comentários. Então, comentem!