Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 51
Capítulo 6 - Coração de Gelo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Com a magia que Pam achou em um dos livros da Seção Reservada, que ela invadiu em uma noite que os garotos estavam dormindo e sem que os mesmo soubessem, os cinco começaram a fazer o mapa que James tinha proposto desde o começo.

Tudo o que eles sabiam de novo sobre a escola e até mesmo os lugares que eram conhecidos, tudo foi anotado em um mapa. A magia que era usada para isso era bem simples.Tudo o que você precisava fazer era apontar a varinha para um pergaminho, pensando no lugar que queria, dizer algumas palavras mágicas, então o desenho do lugar em que você estava pensando aparecia.

Era bem simples.

Assim foi sendo feito e no final das contas, Remus foi vencido pelo cansaço, já que os amigos tanto insistiram que ele finalmente concordou em darem algumas voltas pelos arredores do castelo e de Hogsmeade.

E foi divertido. O cervo e o cão eram tão grandes que podiam controlar o lobisomem. E o rato em que Peter se transformava era pequeno o bastante para passar entre as raízes e galhos do Salgueiro Lutador e apertar o nó, fazendo-o paralisar e chegando a Casa dos Gritos com Remus antes que a Madame Pomfrey os visse. Ser animagos era um segredo deles.

Os meses tinham passado. Eles tinham encontrado mais duas passagens secretas. Uma ia do banheiro masculino do sexto andar até perto da Sala Comunal da Grifinória, que era no sétimo andar, então essa passagem não era muito útil. Mas, a outra passagem era das estufas até uma loja de roupas em Hogsmeade chamada Trapo belo Moda Mágica.

Ambas as passagens foram anotadas no novo mapa.

Com isso, reduzia para duas as passagens que eles tinham que encontrar.

E já era tinha esfriado. A neve tinha tomado conta de quase tudo. Já era dezembro e logo chegaria o Natal.

Desta vez, os cinco conseguiram permissão para ficar na escola. Não tinha sido nada fácil, mas, como era a oportunidade perfeita para procurar novas passagens secretas, eles tinham convencido os pais a os deixar ficar.

Dory, Alice e Frank também iam ficar no Natal. De resto, todos os outros conhecidos iam embora para casa.

Era bom saber que eles ficariam uns tempos sem ver Ranhoso, mas James se entristeceu ao perceber que Lily ia embora.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

Era véspera de Natal. Todos estavam comemorando o feriado no castelo e estava quente e aconchegante lá dentro. Isso tirando três ou quatro casais que estavam perto do lago congelado, um em cada ponta, aproveitando um tempo sozinhos.

Estava nevando e mesmo com os fortes casacos, os seis ou oito alunos ainda sentiam frio, mas eram aquecidos por seus respectivos amores, então estava tudo bem.

Entre esses jovens casais, estavam Dory e Remus, Frank e Alice.

Desde o ano anterior que os quatro sabiam que aquele era um lugar para apaixonados durante o Natal e finalmente resolveram experimentar. Era um mistério o que atraia os casais para aquele lugar tão frio. Uma coisa era certeza. Se estivessem juntos no próximo Natal, não voltariam mais ali.

Uma garota alta e um garoto um pouco acima do peso foram os primeiros a entrar, de volta para o castelo. Agora só restavam Dory e Remus, Frank e Alice e um casal oculto pelas sombras de uma árvore que estavam se beijando ardentemente fazia algum tempo.

Dory olhou para o lado. Alice e Frank estavam juntos um pouco distantes. Pareciam felizes em estar um do lado do outro e ocasionalmente trocavam selinhos e carícias.

A loira estava abraçada a Remus, mas nem de longe se sentia tão bem quando a amiga e o namorado pareciam.

Fazia meses que estava confusa entre terminar ou não com o garoto. Sentia-se péssima ao lado dele, como se não devesse estar ali, mas ao mesmo tempo não se sentia capaz de ir embora e partir seu coração. Sabia que Remus nutria um amor sincero por ela.

E não queria se tornar a vilã da história.

Mas, não suportava mais ver os outros casais felizes enquanto ela tentava desesperadamente sair de um colo que não lhe pertencia. Era bom estar junto de outro alguém, mas talvez fosse melhor ficar sozinha no caso dela.

E ver como Alice e Frank pareciam tão bem foi a gota D’ água para Dory.

Já não aguentava mais.

Ela resmungou, tentando se afastar de Remus para poder dizer o que queria olhando para o rosto dele.

_Dorcas? Alguma coisa errada? – A voz dele, os olhos dele, tudo nele partia o coração dela quando ela pensava no que estava prestes a dizer.

Se sentia tão culpada!

“Não” gostaria de ser sincera ao dizer isso. Poder dar mais uma chance para o amor deles. Afinal, dizem que o amor vem com a convivência. Talvez se eles ficassem mais um tempo juntos pudessem finalmente se apaixonar de verdade.

Mas, não era o certo. Ela já tinha tentado dar essa chance e… Nada. Ela não sentia nada por Remus que não fosse amizade. Talvez pudesse continuar a serem amigos… Depois que ele conseguisse juntar os pedaços do coração que ela ia quebrar.

Dory suspirou. Sentia-se como um monstro…

_Sim. – Ela disse, por fim. Remus arregalou os olhos para ela. Provavelmente não esperava essa resposta. Mas antes que ele pudesse falar, ela continuou: - Remus tem uma coisa… Uma coisa que eu… Bom, uma coisa que eu tinha que ter te dito ah muito tempo e não disse.

Ele a encarou. Não ia a interromper. Era o momento dela. Só ela mesma podia parar-se.

E, por um momento, ela desejou tapar a própria boca com a neve que caía. Mas, prolongar o momento da separação só ia machucar mais quando ela chegasse.

Ela suspirou mais uma vez. Era isso que ela tinha que fazer. Era o certo.

_No começo, foi tão bom ficar com você… - Droga! Ela não sabia como terminar com um namorado! Ia acabar falando besteira. Tinha certeza – Mas, agora… Não sei. Acho que a chama tenha simplesmente se apagado.

Ele segurou as mãos dela. Ia argumentar. Tinha entendido a que ponto essa conversa ia levar e queria poder mudar o rumo.

_Não foi isso. – Ele disse. – A chama apenas esfriou. Com todo esse frio de dezembro… Mas espere a neve passar. E tudo vai ficar bem. Eu prometo.

_Mas eu temo… - Agora Dory sentia as lágrimas nos olhos. – Que essa neve não passe.

Uma lágrima rolou pela bochecha de Dory e Remus a pegou com a ponta do dedo.

Era a primeira vez que ele a via chorar. E mesmo que ela estivesse terminando com ele, mesmo assim ele ainda queria pegá-la no colo e cuidar dela, a impedir de chorar.

Dory virou o rosto, se esquivando das mãos de Remus.

_Me desculpe… - Ela pediu em um sussurro, olhando para o garoto com seus olhos molhando. – Eu queria poder te amar tanto quanto você me ama. – Ela se lamentou.

Ela fechou os olhos com força, e desta vez duas lágrimas rolaram, mas, desta vez, foi ela mesma quem as secou.

_Dory, eu… - Ele ainda olhava para ela. Sentia-a escapando por entre seus dedos como se fosse água e ele a estivesse tentando segurar.

_Me desculpe! – Ela disse um pouco mais alto antes de sair correndo. Mas ele ainda tentou a impedir de ir, pegando a mão dela.

Dory sentiu a mão do outro segurando a sua própria, mas não parou de correr. E logo tudo o que Remus tinha era a luva de Dory. Ela estava longe de mais para que ele pudesse impedi-la de ir agora.

O garoto a observou partir, correndo para o castelo e entrar, sem fazer nada. Ela tinha ido embora, já não pertencia a ele e ele não podia fazer mais nada.

O laço que havia entre eles fora cortado e ele tinha ficado com nada que não neve e vento, exatamente do mesmo jeito que antes de ter Dory.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

Superar a separação, tanto para Dory quanto para Remus foi difícil.

Para Dory por se sentir péssima toda a vez que encontrava o garoto e ele forçava um sorriso para ela. Sentia como se tivesse estragado alguma coisa preciosa. Remus era tão gentil e tão carinhoso! E terminar com ele era quase um pecado. Pam a irritando e a xingando também não ajudava em muito, mas Alice e Lily e Lene também, quando elas voltaram depois do Natal, estavam dando apoio para ela superar tudo e não se sentir tão culpada.

Já para Remus, a dor de perder o primeiro amor foi terrível. Ele tentava não demonstrar isso, mas estava mais abatido que o normal. Nas semanas seguintes, Pam mimou-o tanto quanto podia. James e Sirius riam e diziam que se ele quisesse poderiam arrumar uma nova namorada para ele, bem melhor do que Dory, mas o lobinho não queria. Não queria ninguém mais.

No final das contas, com passar dos meses, tudo começou a voltar para seus devidos eixos e a Missão M.P.S. (Mapa das Passagens Secretas) teve progresso. No final de março eles já tinham achado as sete passagens secretas e as anotado no mapa.

E, como bônus, ainda tinham achado uma passagem que eles nunca tinham ouvido falar antes. Depois de pesquisar um pouco, descobriram que aquela era a Sala Precisa, mas ficaram frustrados ao descobrir que a Sala não podia ser mapeada, já que toda a vez que tentavam a colocar no mapa, o desenho dela se mantinha por alguns segundo e então simplesmente sumia, como se tivesse sido absorvido pelo papel.

Mas, a Sala Precisa não deixava de ser um ótimo esconderijo para quem quisesse se esconder sem ser encontrado, já que a mesma só se abria se não tivesse ninguém lá dentro ou se a pessoa de fora visualizasse a mesma sala que a pessoa de dentro.

Era divertido imaginar salas que os professores nunca iriam imaginar também para que eles não pudessem entrar lá.

No momento os cinco amigos estavam reunidos no dormitório masculino. Como tinham finalmente acabado o mapa, que lhes custou bastante pergaminho e trabalho, eles podiam o animar, fazendo com que o modelo menor se modificasse de acordo com o que o modelo real fazia. Mas, antes, precisavam de uma capa para o Mapa.

_Eu acho que nós devíamos assinar nossos nomes no mapa. – Opinou Pam. – Assim, no futuro, vão saber que fomos nós que fizemos esse mapa genial. Os primeiros a consegui-lo.

_Eu concordo. – James disse. – Mas e se algum professor pegar o Mapa? Não duvido nada que fazer isso seja ilegal e se eles descobrissem o mapa, veriam que sabemos sobre as passagens secretas e isso não rende uma detenção ou perda de pontos. Vamos ser expulsos se isso acontecer, porque eles vão querer saber como sabemos sobre as passagens e então vão descobrir sobre sermos animagos.

_Nisso você tem razão. – Sirius pensou um pouco. – Ah, já sei. E se a gente assinasse com nomes falsos? Apelidos, vocês sabem. Nomes que só nós e algumas pessoas conhecem. Afinal, o Ranhoso tem um apelido, o tal Lord Voldemort tem um apelido, porque não podemos ter um também?

_Bem pensado. – James concordou. – Mas, os apelidos seriam referentes ao que?

_Aos nossos animagos. – Pam sentenciou. – Brincadeiras sobre os animais que nós transformamos. Coisas que só quem sabe a verdade entenderia e quem não sabe acha que não passa de uma brincadeira boba.

_Gostei. – James disse. – Só precisamos decidir quais vão ser os nossos apelidos. O meu vai ser…

_Viado! – Sirius exclamou, sem perder a oportunidade de alfinetar James.

_É um cervo! C-E-R-V-O!

Todos riram, menos James, por motivos óbvio, e Pam, que não achava graça nas implicâncias de Sirius.

_E o Remus vai ser o Sr. Lua Cheia. – Peter brincou, fazendo todos menos o próprio Remus rir.

_Então eu vou ser a Gatinha. – Pam comentou, sorrindo.

_Gatinha? Ta mais para Bichana Feiosa! – Disse James.

Todos riram alto. Até mesmo Pam entrou na brincadeira.

_O Peter vai ser o Dentinho, então. – Sirius comentou. – E eu vou ser o…

_Sarnento! – James gritou antes que o outro pudesse acabar a frase.

Os cinco riram e passaram o resto da tarde inventando os mais loucos e engraçados apelidos. Muitos deles não faziam sentido, mas era óbvio que todos pretendiam zoar uns aos outros.

Quando o estoque de apelidos e risadas tinha acabado, Sirius subiu em uma das camas e pediu silencio.

_Certo, certo. – Ele começou. – Isso tudo foi muito legal, mas nós temos que decidir logo qual vai ser o nosso real apelido. Eu acho que o melhor é…

Eles discutiram os apelidos por mais um tempo até que finalmente chegaram a um acordo. Quando tudo ficou decido, Remus disse que eles precisavam de um nome para o grupo também e, depois de mais um tempo de discussão, o nome foi escolhido.

Por fim, Sirius, ainda em cima da cama, disse:

_Então, senhores… e James.

_Ei! – Pam e James protestaram. Sirius tinham acabado de chamar ela de garoto e ele de garota, mas os protestos deles foram ignorados, havendo apenas alguns risinhos baixos.

_Eu lhes apresento os novos Reis de Hogwarts, – Sirius continuou, sem se deixar abalar. – Os Manda-Chuvas, os melhores, os mais lindos, maravilhosos e gostosos de todo o mundo…

_Fala logo, Sirius! Pare de se gabar! – Exclamou Remus.

_Eu lhes apresento… Os Marotos!


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Notas finais do capítulo

Gente, eu já tenho o quinto ano inteiro pronto. E vou postar um capítulo de cada vez, mas vale lembrar que quantos mais comentário eu receber, mas cedo eu posto, os capítulos, ok?
BBK,
Cassie