Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 48
Capítulo 3 - Reencontrando os Amigos




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O dia tão esperado da Copa de Quadribol tinha chegado. Depois do dia em que tinham se reunido na casa de Pam para realizarem o feitiço de animagos, eles não tinham mais se visto.

Remus estava lá. A semana das transformações tinha acabado e ele pode ir. E foi ele o primeiro dos amigos que Pam viu.

_Remmy! – Ela correu para um abraço. Estava louca de ansiedade para contar o que tinha acontecido em sua casa dias antes. Louca de vontade de usar o feitiço que a transformaria em um animal e ver a reação do amigo. Remus ficava tão fofo quando estava irritado!

_Pammy! – Ele disse, enlaçando a cintura dela.

 Ela teve que ficar na ponta dos pés para alcança-lo, apesar de ele já estar levemente inclinado. E Remus se surpreendeu com que facilidade conseguiu segurar a cintura da menina.

 Eles estavam crescendo. Ela estava ganhando formas e ele estava cada vez mais alto. Era impressionante como os dois meses que ficaram sem se ver fizeram tanta diferença.

_Oh, Merlin! – Exclamou Pam. – Você está mais alto do que um arranha-céu!

Remus riu.

_Olhe para você, então? Está… uau!

 Foi a vez dela rir. Ela deu uma volta enquanto ainda ria e deixava que Remus observava o que era o começo de um belo corpo.

 _Uau!– Ele repetiu. – Pammy, eu juro, se eu não tivesse namorada…

 Toda a felicidade de Pam se foi quando lembrou que o amigo tinha uma namorada. E que a namorada era Dorcas, a idiota.

 Porque, sim, Pam tinha ciúmes dos amigos. Não importava qual deles era ou com quem estavam, Pam sentiria um eterno ciúmes dos amigos. Queria os ter só para si.

 _Onde estão os outros? – Perguntou Pam, mudando de assunto rapidamente.

 _Não sei. Não os vi ainda. Mas poderíamos ir procura-los, se você quiser.

_Ah, claro. Só me deixa ir guardar minhas coisas. Tenho que ajudar minha mãe a armar nossa barraca.

_Só estão vocês duas? Ei, eu vou ajudar vocês. – Remus ofereceu-se.

Pam sorriu.

 _Séria ótimo. Ele passou os braços por sobre os ombros dela e os dois foram em direção a mãe dela.

  ~~*~~*~~*~~*~~

  Sirius estava terminando de arrumar suas coisas na barraca onde ficaria durante o tempo em que aconteceria a Copa de Quadribol. Por fora podia parar uma simples barraca de tecido, mas for dentro era uma replica reduzida da sua casa no Largo Grimmauld.

Não suportava mais ter que ficar em lugares como aqueles. Mas, não podia fazer muito mais do que ficar irritado e brigar um pouco.

Mas, que fique bem claro. Por enquanto.

 Que seus pais esperassem o dia em que ele completasse 17 anos e iriam ver. De um jeito ou de outro ele iria embora e cuidaria para que todos soubessem dos podres da família e que fossem punidos por seus erros.

 E quem poderia dizer que era mentira vindo de um Black que morara com os Srs. Black por quase toda a vida, mesmo que a história o fosse?

Sirius sorriu. Gostava de pensar que poderia manipular tudo e todos contra seus pais, apesar de saber que isso não era uma completa verdade, já que eles que tinham o dinheiro e dizer que o filho estava enlouquecendo não seria nada difícil.

 Ele suspirou. Apesar de ter certeza de que suas fantasias nunca se concretizariam, valia a pena sonhar.

 Nesse momento, ele ouviu alguém entrando na barraca e olhou para ver quem era, pensando que eram os pais ou Regulus e já se preparando para a briga. Mas, não era. Era outra pessoa.

Sirius sorriu.

Era James.

Era bom ver um rosto amigo no meio de tantas trevas.

_James! – Ele exclamou, se aproximando do amigo e lhe dando um abraço fraterno. – Tudo bem, cara?

_Sim. – O de óculos confirmou enquanto continuava, mais baixo. – Eu já achei os outros. Estava só te procurando. Pam me pediu para te chamar. Disse que não vai chegar perto demais da barraca de puros-sangues tão babacas!

Sirius riu. Era tão típico da amiga dizer isso!

_Ok, então. Eu vou para lá. Gosto da mãe dela de qualquer maneira. Eu não tenho nada contra a família dela.

 James sorriu também, entendendo o que o amigo queria dizer.

Os dois saíram da barraca, esbarrando com a mãe de Sirius no caminho e dizendo que iam até a barraca de James, mas, quando o caminho não se fazia o mesmo, tomaram o rumo da barraca de Pam, perdida no meio de tantas outras milhões.

Chegar até a barraca da morena e encontrar os outros três amigos todos reunidos foi um momento de felicidade para todos eles. Nunca tinham se reunido todos durante o verão que achavam que teriam que esperar até a volta as aulas para fazê-lo. Mas ali estavam. Os cinco. James, Sirius, Pam, Remus e Peter.

Provavelmente esse era o momento certo de contar para Remus o que eles tinham feito, mas como ninguém queria dar o primeiro passo e começar a confessar tudo, nenhum deles disse nada, e o segredo permaneceu oculto, ansioso para se revelar.

 ~~*~~*~~*~~*~~*~~

  O resto da Copa de Quadribol passou rápido demais para que qualquer um deles fosse capaz de piscar os olhos duas vezes antes de ela ter terminado.

De fato, tinham se divertindo bastante nas barracas uns dos outros, rindo e conversando, contando piadas e planejando marotagens. Mas, o assunto licantropia e animagos permaneceu intocado até porque eles não queriam que ouvidos indesejados ouvissem a conversa.

No final, quando eles de fato foram assistir ao jogo, separando-se para irem para camarotes e arquibancadas diferentes, os cinco vibraram, mesmo que sozinhos, aos assistirem a vitória da França.

O Sr. Black conseguiu levar os filhos até a barraca onde estavam os jogadores da França e todos eles (inclusive Danielle Poésy) assinaram uma camiseta que Sirius tinha levado especialmente para isso. Não é preciso dizer que o garoto ficou babando na camiseta por dias, especialmente na assinatura delicada de Danielle, que era mais bonita pessoalmente.

  Quando todos voltaram para casa, foi só após terem combinado um dia de irem todos juntos até o Beco Diagonal.

 O pai de Pam ainda fez uma breve visita a família, de apenas uma semana, a última de férias, que foi quando eles foram ao Beco Diagonal.

As família de Sirius e Pam acabaram passando a noite no Caldeirão Furado e quer seja coincidência, quer não, ficaram em quarto lado a lado, nos quartos 4 e 6, respectivamente, permitindo que os dois se encontrasse no meio da noite e preparassem uma pegadinha leve para os pais de Pam. Nada mais do que o clássico chantili no rosto para a Sra. Porter e as bolinhas de gude no chão para o Sr. Porter.

Alguns dias depois, o primeiro de setembro chegou. E, junto com ele, o dia tão esperado em que os bruxos de 11 a 17 anos vão para Hogwarts. E lá estava Pam agora.  Que, surpreendentemente, tinha sido a primeira dos seus amigos a chegar, acabara de guardar o seu malão e agora estava sentada com a gaiola de Athena do seu lado, enquanto acenava para o seus pais que esperavam o trem partir. Provavelmente a presença de seu pai esse ano, tinha influenciado para ela não se atrasar, já que ele era bem mais organizado e pontal que a mãe.

 Mas, Pam não teve que esperar muito tempo sozinha. Logo ela ouviu a porta da cabine se abrindo e viu Peter entrando.

Ela sorriu para o amigo, enquanto ele colocava seu malão na parte de cima e se sentava em frente a ela.

_Tudo bem? – Ela perguntou.

 _Sim e você?

_Também.– Ela fez uma breve pausa, enquanto olhava rapidamente pela janela. – O que você espera para esse ano? Acho que vai ser divertido! Quero dizer, esse ano tem que ser divertido. Não pode ser de outro jeito, pode?

 Peter sorria de Pam. Ela parecia frágil no momento, como um passarinho curioso, os olhos azuis brilhavam com uma intensidade fora do comum.

_Vai ser demais. – Ele disse, sem perceber o que ela queria dizer.

 _Eu não acredito que finalmente conseguimos! – Ela disse em um grito surdo. – Somos animagos, Peter! Isso é emocionante!

_Ah! Era sobre isso que estava falando?

 _Claro que era! Sobre o que mais você achou que fosse? – Ela perguntou, agora um pouco irritada. – Como consegue ser tão obtuso, Peter?

 Pam voltou a olhar pela janela. Agora pensava em como achava fácil a metamorfose de humana para gata, mas que a ação inversa era quase tão impossível quanto lamber o cotovelo. A partir desse ponto, não demorou até que os outros três garotos chegassem. E, logo, a cabine era a mais animada do trem.

Os risos e conversas altas podiam ser ouvidos mesmo das cabines próximas que se sentiam incomodadas, mas tinham medo de pedir silencio e ter que enfrentar uma azaração.

 Mas, certa ruiva não tinha medo deles e não demorou para ir até o cabine deles, com um pose levemente superior e decidida.

_Será que dá para vocês calarem a boca? – Perguntou Lily.

_Vem me fazer calar, ruiva. – Disse James. – Me beije e eu juro que paro de falar.

Sirius e Pam sorriam divertidos. Remus não parecia muito feliz. Peter admirava a cena com entusiasmo.

_Argh! Será que você não poderia ser um pouco menos ridículo?

_Só se você me beijar, minha ruiva.

_Ah! – Ela bufou com raiva, almejando torcer o pescoço dele. – Não sou sua! E é Evans, Potter! 

_Não, Lily querida. – James disse, e estava tão calmo quanto ela irritada. – Você só vai ser Potter quando nós nos casarmos. Por enquanto você é apenas Evans.

 _Seu…seu… - Ela tentou pensar em um nome feio o bastante, mas não conseguiu encontrar nada que descrevesse James, então simplesmente bateu a porta da cabine com força e saiu pisando duro.

Todos riram, menos Remus.

 _Ela me ama. – Disse James.

 _Ama, sim. – A voz de Sirius era irônica. – Ama tanto que esse amor chega a se transformar em um ódio mortal. Fala sério, cara. Senti as radiações nocivas de puro ódio da Evans daqui!

_Mas, assim fica melhor. Gosto quanto elas resistem. Mas, não se preocupe. Até o fim do ano, ela é minha. Pam riu alto.

 _Fim do ano? Você quer dizer até o fim do ano de São Nunca, não? Quero dizer, eu conheço a Lily. As ouço conversando quando elas acham que estou dormindo. Ela te odeia completamente. Nenhum sinal de qualquer sentimento bom por você. Sinto muito, James.

James murchou com as palavras de Pam. Tinha qualquer esperança de que Lily gostasse dele, mas tentou fazer parecer não ele não se importava nenhum pouco, quando era óbvio que era o contrário.

Ele tentou falar alguma coisa, mas foi interrompido por Remus.

_Pam! Você não devia ficar ouvindo a conversa dos outro! É feio fazer isso sabia?

_Ah, a culpa não é minha. Eu estou tentando dormir e elas ficam conversando. Odeio isso.

 _Bom. – Disse Remus, olhando para seu relógio de pulso. – Por falar nisso, eu tenho que ir ver a Dorquinhas. Combinamos que íamos ficar juntos por um tempo. Antes de eu ter que ir até o vagão dos monitores.

_Vagão dos monitores? – Perguntou Peter, surpreso. – O que você vai fazer lá?

_Ah, eu não contei para vocês? – Ele deu um tapa na própria testa. – Eu fui escolhido como o monitor da Grifinória do nosso ano.

_Nossa! Mas isso é demais! Que bom para você, Remus! – Peter disse, animado.

Pam, Sirius e James sorriram brevemente antes de se entreolharem e então negarem, reprovadores.

_Que coisa feia, Remus! – Disse James. – Que vergonha!

 _Você é a vergonha do grupo sabia? – Agora era Pam.

_Horrível, horrível! – Sirius acrescentou.

 _Como assim…? – Perguntou Remus, entristecido e confuso.

_Ora, um monitor como amigo! – Exclamou Sirius, tentando ao máximo parecer com a mãe.– Eu não merecia isso, não merecia!

_Ter um amigo tão certinho que ele virou monitor? Que mal eu fiz? – Perguntou Pam, olhando para cima.

_Uma vergonha, uma vergonha.

 _Quero dizer. – Continuou Pam. – Nós, tão travessos e divertidos e marotos e adoradores de quebrar todas as regras… E o nosso melhor amigo uma autoridade? Que vergonha! Onde foi que erramos?

Percebendo a brincadeira, e sorrindo, Remus continuou entrando na dos amigos:

_Bom, - Ele sorria, então era óbvio que não falava sério. – Se eu sou uma vergonha assim tão grande, vou me retirar da presença de vocês, então.

_Sim! Faça isso! – Agora Pam ria. – Por favor, não nos obrigue a olhar para tamanha vergonha!

 _Oh!– Disse Sirius, exagerando na dramatização. – Não posso olhar para você! Meus olhos ardem!

 Todos eles riam agora. Era divertido brincar com Remus.

 _Mas, agora é sério, gente. – Disse James. – Parabéns, Remus. Espero que use seu novo poder a nosso favor.

 Outra onda de risos antes que Remus dissesse.

 _Não conte com isso. Mas agora eu tenho que ir, mesmo. Vejo vocês depois.

E ele saiu da cabine, fechando a porta logo em seguida.

Os outros quatro ainda demoraram mais algo tempo para recuperar o folego definitivamente e só então começaram a conversar.

 _Nossa, achei muito legal essa história do Remmy ser monitor! – Disse Pam. – Eu tinha até esquecido que eles escolhendo os monitores no quinto ano… Mas era óbvio que eu não tinha chances desde o começo. – Ela deu de ombro.

_Fico me perguntando quem será que foi a garota escolhida. – Disse James, pensativo.

 _Eu ouvi dizer que foi a Evans. – Peter comentou. – Mas não tenho certeza.

_Faz sentindo. – Pam disse. – Porque de longe ela é a mais responsável do nosso dormitório.

 _Bom, se isso for verdade, vão ter muitas brigas esse ano. – Disse Sirius, atraindo a atenção de todos e ele só continuou quando os outros estavam olhando para ele, curiosos. – Verdade. Com o Remus e a Lily como monitores… Ele tentando proteger a gente e ela tentando fazer a gente se danar… Esse ano vamos ver quem tem mais influencia. O lobinho calmo ou a ruiva estressada. Nossa… Vai ser um mar de sangue!


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