Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 37
Capítulo 5 - Depois do Natal


Notas iniciais do capítulo

Eu avisei que ia demorar um pouco. Mas, aqui estou eu. E o capítulo também! Então, boa leitura!



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_Você sabe que é linda não sabe, Krista? – sussurrou James no ouvido da afro-descente lufana.

            Ela gemeu enquanto sentia um frio na espinha.

            Lá estavam os dois, encostados em uma das paredes da sala desocupada de Astronomia. Tirando durante as aulas, que eram durante a noite, quase nunca tinha ninguém lá.

            James se afastou um pouco e então voltou a se aproximar, deixando que seus lábios fizessem contato e que as línguas se tocassem.

            Ele tinha acabado de voltar de um encontro bem sucedido com Lucy, a amiga mais bonita de Krista. E as coisas entre ele e a segunda estavam ficando tão quentes quanto tinha ficado com Lucy e seu belo par de peitos.

            Com os olhos fechados, James imaginou que Krista era Lily.

            Não era tão difícil.

            Afinal, ele conseguia fingir que a mão era Lily, então fingir que outra garota era ela não era nada complicado.

            Ele pensava na ruiva desde o primeiro ano. Desde o primeiro ano ela tinha chamado á atenção dele de uma forma que as outras meninas não tinha feito.

            E então, quando finalmente ele tinha criado coragem para chamá-la para sair, ela tinha dito bem alto:

            “Não!”.

            E aquilo tinha sido suficiente para fazê-lo cair aos pedaços.

            Não apenas por ficar triste, mas também se encantar definitivamente por ela.

            Desde então, ele tinha trabalhado arduamente em conquistá-la, fazendo de tudo para que ela saísse com ele.

            A resposta sempre era “não”.

            E ela não sabia como o deixava louco.

            Ela era bonita, inteligente e vivia lhe dando patada.

            O que mais ele podia querer?

            É talvez ele devesse rever seus motivos do porque gostar de uma garota.

            As mãos de James correram ágeis, pelo corpo bem delineado de Krista. Era a segunda vez que fazia isso com uma garota, mas parecia que ele tinha feito isso a vida inteira, tamanha era sua habilidade. Tinha um talento especial para isso.

            As mãos de Krista estavam envolta do pescoço dele, puxando-o para mais perto, fazendo sua nuca se arrepiar e despenteando mais ainda seus cabelos pretos e rebeldes.

            Os lábios dos dois se separaram por algum tempo, enquanto eles recuperavam o fôlego, isso foi tempo o suficiente para ela sussurrar, fazendo o seu hálito quente bater nos lábios de James, dando uma sensação engraçada, quase como cócegas:

            _Faz de conta que eu sou um pomo de ouro.

            _Um pomo de ouro?

            _Isso, e me pega de jeito.

            James segurou sua cintura com firmeza e a puxou para ele.

            _Te peguei. E não vou soltar.

            Ela deu uma risadinha irritante antes segurar o rosto de James entre as mãos e voltar a beijá-lo.

*~~*~~*~~*~~*~~*

            James estava voltando para o dormitório. Ele não sabia exatamente que horas eram, mas tinha certeza de que já tinha se passado muito do horário de dormir. O que quer dizer que ele não devia estar perambulando pelos corredores e que devia tomar cuidado.

            Por isso, seus passos eram tão silenciosos quanto os de um fantasma.

            Ele ia sorrindo com as mãos enfiadas nos bolsos. Tinha tido uma bela noite com Krista. A lufana tinha ótimos beijos e pequenas mãos hábeis que percorriam seu corpo nas horas certas.

            Apesar de Lucy ser mais bonita, tinha gostado mais de Krista, que tinha mais encantos do que a amiga.

            James teve certo trabalho para acordar a Mulher Gorda, que reclamou e ameaçou contar tudo para Filch.

            Mas, ele sabia que era mentira. Ela sempre dizia que ia contar. Mas nunca contava.

           O de óculos subiu as escadas e tentou entrar sem fazer barulho no dormitório do quarto ano, mas, mal tinha entrado e já tinha sido bombardeado por perguntas e mais perguntas de Sirius, que estava louco de curiosidade para saber como tinha sido.

            James falou que contaria tudo no outro dia, mas que precisava dormir.

            Meio relutante, Sirius foi dormir.

            James suspirou aliviado. Ele sabia que não fazia diferença, mas podia prolongar o momento constrangedor em que tornaria o particular em público, já que Sirius não sabia guardar segredo e saia contando o que sabia para todo mundo.

            No outro dia, Sirius tinha se esquecido de tudo e James não precisou contar sobre as suas intimidades para o outro. E, como consequência, os únicos que ficaram sabendo dos momentos de James, foram Lucy, Krista, ele próprio e quem mais elas tinha resolvido contar.

*~~*~~*~~*~~*

            _Oi, Remmy! – Sorriu Pam, entrando na mesma cabine onde ele já estava lendo um livro.

            Eles estavam voltando para Hogwarts depois das férias de Natal.

            Remus colocou o livro de lado enquanto Pam guardava seu malão e se sentava de frente para ele.

            _Como foi seu Natal? – Ela perguntou.

            _Ótimo. E o seu?

            _Legalzinho. Meio entediante, confesso. Não tinha nada de legal para fazer.

            Remus sorriu.

            Pam não demorou muito para perceber que Remus estava abatido. Tinha um novo corte em seu rosto e ele olhava pela janela, cansado. Então ela se lembrou que tinha tido uma lua-cheia durante o Natal e entendeu.

            Ela estendeu a mão e pegou a ele, acariciando-a de leve.

            _Calma, meu bebê. Vai ficar tudo bem.

            _Eu estou bem, Pammy, não se preocupe.

            Ela o repreendeu com o olhar. Seus olhos azuis brilhantes quase diziam: “Não minta para mim. Você não me engana”.

            Remus abriu a boca para falar alguma coisa quando a porta da cabine foi aberta bruscamente.

            Era Frank, ladeado por Alice, Dory e Michael Fox.

            Pam e Remus se afastaram rapidamente, olhando sobressaltados para a porta.

            _Hum… - Começou Frank, um pouco tímido. – Será que podemos sentar aqui? O resto do trem está lotado.

            _Você pode, Frank. – Pam sorriu amavelmente para o garoto. – Os outros não. – Ela cruzou os braços, seriamente.

            _Não pense que me agrada sentar do seu lado, Porter. – Disse Dory, irritada. – Eu estou gostando disso tanto quanto você, mas essa é a única cabine em que ainda tem lugares.

            _Difícil acreditar. – Retrucou Pam. – Já que tem menos gente do que no começo do ano e não me lembro de ter tido que vou dividir a minha cabine com aberrações.

            _Escute aqui, Porter… - Começou Dory, entrando na cabine e colocando o dedo na cara de Pam.

            _Escute aqui você, Meadowes…

            _Chega, vocês duas. – Disse Remus. – Pam, pare de agir como um bebê. Dorcas, Alice, Frank e Michael vocês podem entrar com certeza.

            Pam passou emburrada o resto da viagem. O que não a impediu de perceber os olhares que Remus lançava de tempo em tempo para Dory.

*~~*~~*~~*~~*~~*

            Sirius viu quando Pam e Remus descendo de uma das carruagens e andaram lado a lado, conversando, até o castelo, sem perceber que ele, James e Peter os esperavam.

            Com uma das mãos, Pam segurava a gaiola de Athena e o malão, a outra estava agarrada firmemente ao braço de Remus, enquanto ela ria de alguma coisa que ele tinha tido.

            Sirius esperou pacientemente os amigos se aproximarem e ficou feliz quando Pam o viu e saiu correndo em sua direção, pulando em seu pescoço e o abraçando com força.

            _Oi, Sirius! – Ela sorriu para ele.

            _Tudo bem?

            Mas, ela não disse nada, virou-se para James e o abraçou também, animada.

            _Como tem passado, James? – ela perguntou.

            Sirius soltou sua risada canina.

            _Bom, - Ele começou. – Deve ter cantado a Lily umas trezentas vezes, mandou um ursinho mais do que ridículo para ela e então finalmente entendeu que ela não quer nada e foi cantar outras meninas. – Então Sirius virou-se para James. – Quantas garotas você pegou?

            _Duas…

            Sirius riu de novo.

            _Aposto que podia fazer melhor.

            _Você só beijou uma cara!

            _ Uma que vale por mil!

            Conforme James e Sirius iam falando sobre meninas e discutindo quem era melhor, o sorriso de Pam foi se desfazendo progressivamente.

            Não esperava voltar para Hogwarts e encontrar os dois transformados em perfeitos idiotas.

            Não esperava que os amigos fossem se transformar em pegadores babacas como alguns alunos mais velhos eram.

            _Jay, Sirius… - Ela chamou baixo, olhando de um para o outro e tentando reconhecer os amigos que tinha deixado antes do Natal.

            De repente ela pareceu tão inofensiva e frágil quanto um botão de rosa, exatamente do jeito que James a chamava no primeiro ano.

            Mas, logo ela se recuperou.

            E riu.

            _James, Sirius, por favor, parem com isso, por favor. – Ela sorria. – Não importa quem pegou quem, desde que vocês não tenham se pegado.

            Os dois se viraram ao mesmo tempo para encará-la.

            _O que foi? – Ela continuou. – É verdade, não é?

            _Bom, nisso ela está certa. – Disse Sirius, virando-se para James e sorrindo divertido.

            _Talvez esteja mesmo…

            _Claro que estou. – Ela fez uma pausa. – Escutem eu estive pensando durante o Natal e tive uma ideia genial para uma nova marotagem com o Ranhoso. Vai ser hilário.

            _Verdade? – Sirius franziu a testa. – E o que vai ser?

            Pam sorriu misteriosa.

            _Ah, isso você vai ver…

            E ela passou no meio de Sirius e James, os deixando tão curiosos que a única coisa que puderam fazer foi seguir Pam até a Sala Comunal e ouvir o que ela tinha a dizer.

*~~*~~*~~*~~*~~*

           

            Entre todos os risos que soavam no salão, o de Sirius com certeza era o mais alto.

            O plano de Pam tinha sido colocado em prática. Eles tinham encantado as roupas de Ranhoso, que agora fazia uma dançinha estranha, corria e batia a cabeça contra a parede. Depois fazia tudo de novo, para o divertimento todos os presentes.

            Apenas uma pessoa parecia não estar muito feliz. A ruiva se aproximou de Pam, Sirius e James como um furacão, seu rosto tão vermelho quanto o cabelo.

            _Deixem-no em paz! – Ela gritou.

            _Oi, Lily, tudo bem? – Disse James, a mão voando em direção ao cabelo e a voz se tornando mais profunda e madura.

            _É, Evans para você, Potter.

            _Certo, Li… - Ele fez uma careta e Pam poderia jurar que ele tinha mordido a própria língua. – Evans.

            _Deixem o Sev em paz! – Ela sibilou cada palavra, tentando parecer assustadora.

            Pam apenas riu.

            _Calma, Lily. Não se estresse. Estresse dá rugas sabia?

            _E rir de mais também dá. – Retrucou a ruiva, fazendo Pam fechar a cara rapidamente.

            _Calma, Evans! Você está muito nervosa. Devia relaxar. Que qual relaxar comigo? Eu poderia fazer uma massagem em você… – Disse Sirius, usando e abusando do seu charme.

            _Afaste-se, Black. – Ela deu um passo para trás quando ele se aproximou demais. – Não quero que me toque. Você é um idiota!

            Agora todas as atenções estavam voltadas para a discussão dos quatro.

            Houve alguns risos na platéia, mas foram poucos e baixos.

            _Evans, me escute. – Disse James. – O Ranhoso…

            _Eu estou avisando, se vocês não soltarem o Sev…

            _Se não soltar ele o que você vai fazer? – Perguntou Pam, maldosamente. – Você só saber ficar enfiada nos seus livros o tempo todo. Não poderia fazer nada contra nós.

            _Não, é? Você quem pensa. – E Lily sacou a varinha.

            A mão de Pam procurou ágil a sua própria e a apontou para a outra.

            _Meninas, meninas. – Disse Sirius, que estava parado ao lado delas e empurrava as varinhas para baixo. – Vamos parar com isso. Nada de violência, ok?

            _Nada de violência, Black? – Disse Lily, irritada. – Nada de violência? O que vocês e seus amiguinhos fazem com o Sev é o que?

            _Uma brincadeira bem humorada e é assim que você devia ver isso. – Respondeu James, parando ao lado do amigo. – Considera que o Ranhoso é nosso… bichinho de estimação.

            _Isso mesmo. – Sirius concordou. – Um bichinho de estimação.

            _Eu não sou bichinho de estimação de ninguém! – Gritou o irritado sonserino, que já tinha manchas roxas na testa de tanto bater a cabeça na parede.

            _Deixe-o em paz! – Gritou Lily.

            _E se nós não quisermos Evans? – Perguntou Pam.

            _Então eu vou chamar a McGonagall e vocês vão pegar uma detenção.

            _Não ligamos para detenções. – Pam cruzou os braços. – Só eu já tive 102 detenções. E eu sei disso. Porque eu contei.

            _Então, se vocês não ligam, eu vou ir contar para Dumbledore.

            _Não faz a mínima diferença. – Disse Pam, quase como se a desafiasse.

            _Ótimo! Então eu estou indo.

            _Vá! Eu não ligo.

            Lily virou-se de costas, mas foi impedida de ir embora por Sirius, que a segurou pelo braço.

            _Lily, calma. – Ele disse, então virou para a amiga. – Pam, controle-se.

            _Tá me chamando de descontrolada? – Ela perguntou irritada.

            _Sim.

            _Me solta, Black! Ou eu vou contar para…

            James finalmente suspirou, vencido.

            _Ótimo, pode ter seu amiguinho de volta, Evans.

            E o de óculo apontou a varinha para Ranhoso, murmurando o contra-feitiço. Com um feixe de luz, o sonserino parou de dançar.

            Lily correu até ele e o abraçou como se ele fosse o herói dela.

            James se corroeu de ódio por dentro.

            Ranhoso murmurou algo que só Lily pode ouvir. Ela negou com a cabeça e murmurou algo que soou como: “Não vale a pena…”, antes de puxá-lo para longe.

            _Vai fugir, Ranhoso? – Gritou James, fazendo uma concha com as mãos para sua voz sair mais alta.

            Porém, Lily não pode impedir Ranhoso de virar a cabeça para trás e falar:

            _ Por ora, Potter. Mais acredite vocês não perder por esperar. Afinal, o melhor oponente é aquele que analisa a situação, pensa e depois age, diferente de você.

            James riu.

            _Nós nos vemos em uma próxima vez. E então vamos ver quem é o melhor oponente.

            _Eu vencerei.

            _É o que veremos.

            O moreno olhou para Sirius e depois para Pam. Então, os três começaram a rir. Ranhoso ganhar de James era algo tão possível quanto Remus não se transformar no próximo mês.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

            Lily estava cuidando dos hematomas de Sev. Ela não se conformava com o fato de o outro não ir dizer nada para nenhum professor.

            _Você devia falar com Dumbledore. – Disse ela, pela centésima vez.

            _Não vou dar esse gostinho a eles. – Ele falou entre os dentes.

            _Não, vai dar outro gosto a eles. Vai deixar que eles te azarem. Não seja ridículo, Sev.

            _Não estou sendo. Da próxima vez, vão ser eles que vão acabar mal, acredite Lily.

            _E você vai mesmo esperar a próxima vez? – Ela suspirou. – Se você não contar, eu conto.

            _Não! Você não pode fazer isso.

            Ela rolou os olhos.

            _Mas isso é ridículo, Sev.

            _Lily, por favor.

            Ela suspirou.

            _É sério. Prometa.

            _Tudo bem… - Ela continuou passando a poção no rosto dele.

            _Lily, por favor. – Sev segurou o braço dela, a impedindo continuar a cuidar de seus ferimentos. – Prometa.

            Os dois se encaram por longos segundos. Negros encontrando verdes.

            _Lily…

            Ela rolou os olhou enquanto bufava.

            _Eu prometo, prometo. Feliz agora?

            O sonserino finalmente soltou o braço da amiga.

            _Bem melhor.

            _Agora posso continuar passando a poção?

            Ele assentiu, colocando as mãos no colo e deixando que a amiga terminasse seu trabalho sem interferir mais nenhuma vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Amanhã tem mais um capítulo, eu juro, mas só se eu tiver 15 comentáios, se não, só na quinta. 15 comentários não é muito! Eu tenho 52 leitores. 15 comentários não é quase nada.
BBK,
Cassie