Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 36
Capítulo 4 - James se Inspira no Natal


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. E tenho paciência comigo se eu demorar a escrever o próximo capítulo. Quebrei a perna na sexta e agora não consigo mais para em casa. Meus amigos acham que eu estou incapacitada para fazer qualquer coisa e eu estou meio que morando na casa de cada um deles em um dia. Hoje eu fiquei com a Eva. Amanhã vou ficar com Vi. Depois com a Juno... Enfim, não consigo parar em casa.



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Mesmo com os últimos acontecimentos, Sirius não havia se esquecido do dinheiro de Kim. Ele iria pagá-la com prazer. Iria ficar com cinquenta galeões não importando o que acontecesse. E ainda tinha conquistado o respeito definitivo de Peter, que começara a admirá-lo como um herói. Ou melhor, mas do que já fazia antes.

_Oi, Kim. – Ele cumprimentou se aproximando da mesa da Corvinal, sem nem sombra da timidez e nervosismo inicial com que falara com ela. – Será que podemos conversar em particular?

A loira sorriu para ele e assentiu, se levantando.

Os dois foram mais para o canto do salão, perto da mesa da Lufa-Lufa.

Sirius lhe estendeu os cinquenta galeões.

_O dinheiro que a gente combinou. – Ele disse.

Kim olhou para a mão de Sirius e olhou para o rosto do menino, finalmente pegando a mão dele e a fechando, empurrando-a.

_Não. Fique com o dinheiro. O beijo foi bom. Eu me divertido. Você beija muito bem, Sirius. Chame-me se algum dia quiser repetir a dose.

E, dizendo isso, ela se afastou, indo para longe, cantarolando alguma coisa com a boca fechada.

Sirius sorriu.

Tinha conseguido cem galeões por beijar uma menina bonita que tinha gostado do seu beijo.

Era mais do que ele podia pedir.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Não aconteceu nada de muito especial no dia das bruxas. James apenas criou coragem o suficiente para pedir para Lily ir com ele a Hogsmeade e levou um “não” na frente de todo mundo, que apenas observavam James Potter, o herói do Quadribol, tentando chamar a ruiva para sair.

O garoto ficara bastante chateado, mas disse que não desistia enquanto não conseguisse convencer Lily a sair com ele.

James também tinha adquirido o habito um pouco irritante de sempre espetar mais ainda os cabelos já naturalmente desarrumados. Isso porque fazia com que parecesse que ele acabara de desmontar da vassoura e todas as garotas gostavam dele por causa do Quadribol. As garotas estavam começando a perceber que ele existia e algumas, as mais atiradas, vinham conversar com ele, pediam para dar uma volta na sua vassoura e algumas até sugeriam que eles poderiam sair juntos algum dia. Mas, James ainda não tinha aceitado nenhuma das propostas.

Pam estava cada vez mais empenhada em fazer marotagens. Em aprontar com todo mundo, em preparar brincadeiras. Ela nunca tinha estado assim antes, mas aprontar começou a tomar grande parte do seu tempo e ela quase não falava mais com os amigos sobre outra coisa. As exceções eram quando ela estava treinando para o Quadribol ou em aulas.

Os cinco amigos estavam começando a se tornarem conhecidos pela escola. As pessoas estavam começando a respeitar seu desrespeito pelas autoridades, suas habilidades no Quadribol e o poder que Sirius e James estavam exercendo cada vez mais sobre as garotas.

E, até mesmo os professores estavam ficando cada vez mais impressionados com eles. Eles estavam fazendo verdadeiros progressos em Transfigurações. A missão T.A.I. ainda estava de pé, para desagrado de Remus, que não tinha desistido de desencorajar os amigos a fazerem tal loucura, mas os quatro estavam determinados e nada poderia fazê-los mudar de ideia.

Defesa Contra as Artes das Trevas tinha se tornado uma das matérias em que todos os alunos mais prestavam atenção. Isso por causa do tal de Lorde Voldemort e sua crescente influencia no mundo da magia.

Sem quase nenhum tempo livre, os cinco amigos quase não viram quando o Natal chegou. Nem teriam percebido que estavam tão próximos da data se a Prof.ª McGonagall não tivesse passado á lista para quem ficaria na escola durante o Natal.

James, Sirius e Peter assinaram a lista. Pam iria para casa ver o pai. Remus iria para casa, já que a semana de férias coincidia com a semana de lua cheia.

Alguns dias antes do natal e antes de Pam e Remus voltarem para casa, Sirius recebeu uma carta e correu para mostrar aos amigos.

Remus, Pam, James e Peter estavam na sala comunal, conversando, quando o outro chegou, balançando a carta como uma bandeira.

_Gente! Gente! Olhei isso!

_O que é isso, Sirius? – Perguntou Pam.

_É uma carta da Andie! – Ele exclamou, animado com a carta da prima.

O rosto de todos eles se iluminou, só desejavam o bem a Andie, que tinha acabado de passar por uma fase difícil.

_Então leia em voz alta. – Pediu James.

Sirius assentiu, colocando a carta embaixo do nariz e lendo:

_Oi, querido primo. – Ele interrompeu a leitura. – Esse sou eu.

_Jura, Sirius? – Disse James, rolando os olhos. - Não importa. Continue, continue.

_Ok. – E Sirius voltou seus olhos para o pergaminho. – Obrigada pela sua carta. Sim, eu estou ótima e Ted também. Não podíamos estar mais felizes. Apesar do orçamento apertado, estamos nos virando muito bem até. Eu mal posso me conter para lhe contar essa notícia. O bebê nasceu! Sim, nossa menininha veio ao mundo ontem. Saudável, mas me deu um grande susto. Nasceu com os cabelos castanhos alguns tons mais claros que os meus e alguns tons mais escuros que o de Ted. Mas, não tinha nem completado três minutos de vida e seus cabelos começaram a ficar azuis. E depois verdes. No momento, eles estão rosa-chiclete. Eu fique assustada com tal mudança, mas a enfermeira do St. Mungus me tranquilizou. Minha filha é uma metamorfomaga! Você sabe o quanto eles são raros? É muito difícil existir alguém assim, é um dom com que se nasce. Caso desconheça o termo, ficarei feliz em explicar. A metamorfomagia é um dom que permite que a pessoa que o tem transforme qualquer parte do corpo no que quiser, podendo mudar de raça, idade ou sexo à vontade, sem precisar do auxílio de poções ou feitiços.

Nisso, Pam, que olhava para Sirius com os olhos arregalados, interrompeu a leitura do amigo.

_Isso é muito legal! Imaginem se todos nós pudéssemos fazer isso? – Ela olhou para cada um deles, empolgada. – Poderíamos nos transformar no animal que quiséssemos para acompanhar o Remmy no “probleminha peludo” dele.

Remus a repreendeu com o olhar, gesto que foi ignorado por ela.

Sirius riu da empolgação da amiga, mas logo encontrou uma falha no seu plano.

_A pessoa tem que nascer com o dom. Não é qualquer um que o tem.

Pam abriu a boca, mas, não encontrou argumento nenhum então se calou.

_Mas, qual o nome do bebê da Andie? – perguntou Remus, curioso.

_Bom… - Sirius procurou o nome e, quando finalmente achou, fez uma careta. – É um nome impronunciável. – Ele anunciou.

_Deixe-me ver. – E Remus arrancou a carta da mão de Sirius, não a rasgando por pouco. – É… Nym… Nymphadora?

_Nympha-o-quê? – O rosto de James se contraiu em uma careta enquanto ele tentava falar o nome da garota.

_Nymphadora. – Repetiu Remus. – Nymphadora Tonks.

_O que sua prima quer Sirius? – Perguntou Pam. – Traumatizar a menina antes mesmo de ela começar a falar?

Sirius sorriu.

_Andie tem um gosto bastante… excêntrico para nomes.

_E põe excêntrico nisso. – Peter garantiu.

_Eu gostei. – Remus disse. – É diferente. Original.

_Só você então. – Pam disse.

_Bom, tirando o gosto do Remus e da Andie para nomes estranhos… - Começou James. – Quem quer jogar snap explosivo?

As mãos de Pam e Sirius voaram no ar, enquanto James subia as escadas para buscar o jogo no dormitório deles. Aquela foi uma tarde divertida em que eles jogaram diversos jogos, deixando, pela primeira vez em muito tempo, de fazer pelo menos uma marotagem.

*~~*~~*~~*~~*~~*

_Lily, acorde! – Gritou Lene da sua cama. – É Natal!

A ruiva abriu os olhos devagar, resmungando alguma coisa incompreensível. Não queria levantar. Queria ficar deitada no aconchego de sua cama, sempre tão convidativa.

_Lily! – Gritou Lene, mais uma vez. – Você ganhou um monte de presentes! Vem ver!

Ela resmungou mais uma vez, mas Lene já estava preparada para isso.

_Lily! – Ela gritou de novo. – James Potter está tentando invadir o dormitório!

_O quê?

O efeito foi instantâneo. Lily caiu da cama enquanto tentava pegar a varinha e colocar a capa da Grifinória ao mesmo tempo.

Lene riu.

_O Potter não está aqui, esta?

_Não. – A morena deu de ombros. – Eu só queria te fazer levantar.

Os olhos verdes da garota correram por todo o dormitório. Tirando a sua cama e a de Lene, as outras estavam perfeitamente arrumadas. Isso porque Alice, Dory e Pam tinha ido para casa no dia anterior, passar o Natal com as famílias.

Lily não tinha ido porque o último natal tinha sido horrível. Tinha tido que suportar a desagradável presença de Túnia, que estava se tornando cada vez mais irritante e insuportável.

Desta vez a ruiva resolvera ficar em Hogwarts.

_Ei, - Lene chamou. – Vem logo abrir seus presentes. Não fique aí parada como uma idiota.

_Ok, ok, estou indo, estou indo.

Lily olhou para a sua pilha de presentes. Era um pouco menor que a de Lene, que já tinha aperto boa parte dos presentes.

Ela começou a mexer na pilha, procurando um presente cujo embrulho lhe agradasse.

Finalmente, encontrou um que lhe chamou a atenção. Era um embrulho pequeno e cor de rosa, cheio de coraçõezinhos.

_Uau! – Exclamou Lene, vendo o presente nas mãos de Lily. – De quem é?

_Hum… - Lily procurou o cartão e leu o nome do remetente, rolando os olhos logo em seguida. – É do Potter.

E a ruiva atirou o presente longe, perdendo o interesse instantemente.

Lene riu enquanto engatinhava até o embrulho e o pegava nas mãos.

_De James Potter para Lily Evans, o lírio da minha vida. – Riu Lene, lendo o cartão em voz alta. – Ele está muito apaixonado por você.

_Apaixonado… Conta outra. Ele não pode ver um rabo de saia para ir correndo atrás. – Murmurou Lily, enquanto abria o presente dos seus pais.

_Isso porque ele está tristinho por você não aceitar sair com ele… Imagine como foi para o James, o grande astro do Quadribol, levar um fora logo na primeira vez que tentou chamar uma menina para sair. – Lene fez falsa cara de choro e então caiu na risada.

Lily bufou.

_Por favor!

_Vamos abrir o presente. – Cantarolou Lene. – Quem sabe o que pode ter aqui dentro?

Lily se sentou sobre as pernas e virou para trás para ver a amiga desamarrando o laço rosa e então se deparando com um ursinho, em que as frases “Sai comigo, Lily?” e “Feliz Natal!” se revezavam para aparecer escritas em sua camiseta rosa.

_Oh! – Ela riu debochadamente. – Ele é tão brega! Sai comigo, Lily? Sai comigo? – Ela imitou a voz de James saindo do ursinho.

_Ah! Marlene pare com isso! Você consegue ser mais irritando do que o Potter!

Mas, Lene ignorou a amiga. Agora ela estava deitada no chão, rindo tanto, que o ar lhe faltava nos pulmões.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Enquanto a neve fria caia do lado de fora do castelo, no Salão Principal tudo estava completamente aquecido. James, Peter e Sirius estavam sentados na mesa da Grifinória junto com as poucas pessoas que tinham ficado em Hogwarts para o natal.

James olhava de um lado para o outro, apreensivo. Ele estava procurando certa ruiva que ainda não tinha aparecido.

Sirius riu da atitude do amigo.

_O que você está fazendo James? – Ele perguntou, apesar de já saber a resposta.

_Nada. – O de óculos voltou a olhar para frente, tentando esconder a o quanto estava ansioso, mas falhando completamente, já que suas pernas começaram a se mexer incansavelmente.

Sirius soltou sua típica risada que mais parecia um latido.

James fechou a cara.

_Não tem graça.

_Claro que não. Você ficar esperando a Evans com essa atitude patética não tem graça nenhuma. – Ele voltou a rir.

_Eu te odeio e você sabe disso, certo? – Falou James, ainda irritado com o outro.

_Eu também te amo, James. Também te amo. É uma pena que você prefira a Evans. – Sirius brincou.

Mas, eles não tiveram que esperar muito mais para finalmente verem a ruiva entrando no Salão Principal, acompanhada por sua bonita amiga.

A mão de James voou para os cabelos e ele os despenteou.

As duas passaram por eles, foram se sentar mais adiante, Lily lançando um olhar de desprezo obvio para James, e Lene olhando dos garotos para a amiga e dando risadinhas incomodas.

Sirius riu sonoramente.

_ Você ainda tem um longo caminho a percorrer se quiser mesmo sair com a Evans. Mas, caso não queira levar foras o resto da sua vida, eu sugeriria que você partisse para outra. Existem várias garotas no castelo que estão apenas á sua espera.

E o garoto virou para trás, piscando para algumas garotas da Corvinal, que se entreolharam, sorrindo animadas.

_Viu só? – Perguntou Sirius, jogando o cabelo que caia nos olhos de lado.

_Será que você quer parar com isso? – Perguntou James. – É tão… gay.

_Mas as garotas adoram.

_Verdade. – Concordou Peter, com sua voz aguda. – Ele fez isso uma fez perto de algumas garotas da Sonserina e elas começaram a se abanar.

James franziu a testa.

_Sonserina?

_O que eu posso fazer se todas as garotas são bonitas? – Ele deu de ombros. – Para mim, não existe garota feia. Ou é garota, ou é feia.

_Ou é a Pam. – Acrescentou James. – Que é uma espécie ainda não identificada.

Peter e Sirius riram.

_Você tem razão, cara. Ela não é feia, mas eu não tenho certeza se é uma garota. Considerando todo o que ela faz…

_Contudo, Sirius. – James interrompeu o amigo. – Você também não está com essa moral toda para falar de meninas. Você só beijou uma até agora.

_E você nenhuma. – Recrutou Sirius, o que fez James ficar levemente vermelho e Peter rir. – Mas, a questão não é a quantidade. – Continuou Sirius. – E sim a qualidade. Eu beijei Kim McGreen, coisa que muitos não conseguiram.

_Não fique se achando demais, cara. – Advertiu James.

_Como se você pudesse falar qualquer coisa sobre isso. Você nem se acha o melhor no Quadribol nem nada parecido.

Instintivamente, James voltou a arrepiar os cabelos.

_Mas, vocês são incríveis. – Disse Peter. – São os melhores de Hogwarts.

_Isso aí. – Disse Sirius sorrindo - Nós somos os caras.

_Somos mesmo. Ninguém supera a gente. – James pensou um pouco. – Quer saber? Quem precisa da Evans? Eu posso ter quem eu quiser.

E então ele se levantou e andou em direção a mesa da Lufa-Lufa e começou a conversar com as lufanas do mesmo ano que ele, Krista e Lucy. Pela expressão delas, James não precisaria de muito para conseguir sair com uma dela.

Sirius olhou para Peter e sorriu.

_Vamos ver como o James se sai.

*~~*~~*~~*~~*~~*

_Não acredito. – Disse Lily irritada.

_O que foi?

_O Potter! Olha lá ele, se exibindo para aquelas lufanas. Ele é tão idiota! Hoje de manhã ele me manda aquele ursinho, agora ele já está atrás de outras.

Lene riu.

_Lily, vamos lá, confesse, você está morrendo de ciúmes.

_Por favor! Eu? Com ciúmes? Jamais! Que o Potter fique com quem ele quiser, isso é um direito dele, eu só não acredito que ele possa ser tão cafajeste. Ele se acha o rei do Quadribol, não é verdade? Pois saiba que ele não é. Ele é apenas arrogante e idiota, arrepiando os cabelos para parecer que acabou de descer da vassoura.

Lene riu mais ainda.

_Certo, já terminou de declarar seu amor… Ou melhor, “ódio” pelo James? – Ela fez aspas com as mãos.

_O que você quer dizer com isso?

_Quero dizer que você está apaixonada pelo James. Está escrito na sua testa.

_Não estou não! – Lily protestou, virando o rosto para não ter que olhar para a outra.

_Não claro que não. – Lene disse lentamente, percebendo que Lily não estava olhando e olhou de soslaio para Sirius, na outra ponta da mesa, agora conversando animadamente com Peter.


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Notas finais do capítulo

Oi! Espero que tenham gostado!! Comentem! Eu estou esperando o comentário de vocês!