Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 33
Quarto Ano-Capítulo1-Família Black e Família Evans


Notas iniciais do capítulo

Sei que eu falei que eu ia postar ontem. E eu ia mesmo, até perminei de escrever ontem, mas não tive tempo de mandar para minha beta ontem. Então, aí está o primeiro capítulo do quarto ano!



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Naquele verão houve uma reunião de família na casa de Sirius. Ele não suportaria ficar no mesmo lugar que vários membros da família, que com certeza iria falar mal dele. Então, ele enviou usou o espelho de dois lados (tinha finalmente o recuperado!) para perguntar se a amiga não queria jogar beisebol com ele, um jogo trouxa.

A amiga concordara na hora e, quando avisou para os pais que iria ir jogar beisebol com Sirius, a única condição que eles impuseram fora que o garoto tinha que ir buscar Pam na casa dela. Os Porter não queria a filha andando sozinha por Londres, apesar de saber que Londres devia temer mais a Pam do que Pam temer a Londres.

Sirius não tardou a aparecer na casa de Pam e tocar a campainha. Fora ela própria quem atendera a porta, levando no colo um gato enorme e com um boné de beisebol na cabeça.

_Oi, Pam. – cumprimentou Sirius, e depois apontou para o gato – Quem é esse?

_Ah! – ela sorria. O sorriso mais lindo do mundo. – Eu ainda não lhe apresentei ao Peixe? É o amasso da minha mãe. – ela disse, então pegou uma das patas dele e o fez acenar para o amigo, imitando uma voz que o bichano não tinha. – Oi, Sirius.

Sirius sorriu para a amiga.

_Mas, não precisamos do Peixe, certo? Nós vamos jogar bolbeise. – ela colocou o amasso no chão e ele saiu correndo para dentro da casa.

_É beisebol, Pam. – Sirius a corrigiu.

_Tanto faz. – ela virou-se para dentro e gritou: - Mãe! Pai! O Sirius chegou! Estou indo!

Então ela saiu, fechando a porta e pegando o pulso de Sirius, o arrastando para longe.

Eles foram para a praça que ficava a apenas três quadras da casa de Pam e na metade do caminho entre as casas dos dois amigos.

Sirius usou um graveto para demarcar as posições no chão. As proporções do campo eram bem menores do que as de um campo normal, mas não tinha problema, só os dois iam jogar de qualquer jeito.

Ele tirou a mochila das costas, de onde pegou um boné quase idêntico ao de Pam, a luva, o bastão e a bolinha típicos.

Pam tomou o bastão nas mãos e saiu correndo para sua marcação, enquanto Sirius colocava a luva e arremessava a bolinha.

As primeiras jogadas foram desastrosas. Os dois riram durante a tarde inteira, enquanto tentavam jogar beisebol, correndo pelas marcações e jogando a bolinha de um lado para o outro.

Finalmente, quando o sol já estava quase se pondo, Pam se cansou do jogo, deitando no chão para descansar. Sirius deitou-se ao seu lado.

_Como tem sido com a sua família? – perguntou ela.

_O mesmo de sempre. O meu sentimento de ódio é recíproco.

Pam riu.

_É só mais um mês, você aguenta. – ela virou-se de lado para ele. – E as expectativas para o quarto ano?

_As melhores possíveis. Até consegui que os “monstros” assinassem minha autorização para Hogsmeade.

_Desta vez eu não me esqueci. – ela garantiu. – Foi a primeira coisa que fiz assim que cheguei em casa.

_Ótimo saber que sua memória está melhorando. – ele riu e ela deu-lhe um tapa de leve no braço. – Você tem falado com o James? – ele perguntou.

_Para ser sincera, não. – ela franzira a testa. – Estou tentando falar com ele desde o começo do verão e nada. O que será que aconteceu?

_Não faço ideia. Será que ele foi viajar e esqueceu-se da gente?

_Dependendo de onde, é bem provável. – Sirius disse. – Sabe, meu amor pelo James não tem fim. – ele ironizou.

Pam riu.

Eles ficaram um tempo em silencio até que Sirius se levantou.

_Tenho que ir para casa. – ele disse. – Ou perco minha autorização para ir à Hogsmeade.

Pam sorriu enquanto ele oferecia a mão para ajudá-la a se levantar.

_Tudo bem. Então acho que já vou para a minha casa. – ela voltou a colocar o boné e estava indo para a direção contrária a de Sirius, quando esse a chamou de volta. Ela se virou.

_Hum… Será que se não for pedir demais, você pode ir comigo até minha casa? Quero dizer para me dar forças para aguentar tantos idiotas reunidos no mesmo lugar?

Pam fechou a cara para ele.

_Eles não gostam de mim.

_Eles também não gostam de mim, mas eu moro com eles. – Sirius olhou suplicante para Pam. – Por favor…

Ela se manteve séria, inflexível durante algum tempo, mas finalmente cedeu.

Pam suspirou.

_Ok. Eu vou com você, mas só até a rua.

Sirius sorriu.

_Como você quiser, Srta. Porter.

Pam agora andava em sua direção.

_Não me chame assim - ela brigou.

Sirius riu.

_Ok, Pam. Você quem manda.

Os dois foram para o Largo Grimmauld, e, infelizmente, quando estavam na frente da casa dos Black, Sirius teve a “brilhante” ideia de pegar a bola de beisebol, a atirar no ar e usar o bastão para arremessá-la longe.

Houve um momento de terror, em que a bolinha voou para dentro do número doze do Largo Grimmauld, quase acertando quebrando o vidro de uma janela, mas, felizmente, ela passou por uma janela aberta.

Sirius olhou para Pam, aterrorizado.

_Pam… Aquela… Aquela janela…

_Por favor, não me diga que aquela janela…

_É a janela do quarto dos meus pais.

*~~*~~*~~*~~~*

Depois de uma breve discussão, Sirius finalmente conseguiu convencer Pam a entrar junto com ele para recuperar a bolinha. A condição dela era que ele teria que pagar um sorvete para ela depois. Ele concordou.

Os dois entraram na casa, sorrateiramente, tentando passar despercebido pelos puros-sangues na sala de visitas, que tomavam hidromel e vinhos caros, conversando sobre negócios e ouro.

A casa pareceu sombria e mal-iluminada para Pam. Era estranha. Como se estivesse tentando banir cada um que entrasse ali. Tão diferente da sua casa na Rua Solstício, sempre tão acolhedora!

Foi com certo receio que ela subiu as escadas, que rangiam com forme eles pisavam em cada degrau. Para a felicidade dos amigos, ninguém percebeu ou, se percebeu, não mostrou ter percebido.

Quando chegava ao segundo andar, tinha um corredor extenso com várias portas que dava para várias salas e quartos, uns mais estranhos do que os outros. Havia uma coleção de cabeças decapitadas de elfos domésticos, vários quadros que fingiam dormir e não ver a garota Porter que não devia estar ali.

Finalmente, Pam passou na porta do quarto de Sirius. Sabia que era o quarto dele porque seu nome estava entalhado em letras de ouro. A porta estava entreaberta, a permitindo espiar o quarto do amigo.

Havia várias bandeiras da Grifinória e pôsteres de motos trouxas. Como ela sabia que eram trouxas? Nenhuma delas se mexia. Pam admirou a ousadia do amigo. Mas, o que mais lhe chamou atenção fora ás fotos espalhas no chão.

Fotos que ela não podia ver, mas que sabia que se mexia. Sua vontade de se aproximar e ver quem estava ali foi crescendo cada vez mais.

Ela estava quase dando o primeiro passo em direção ao quarto… Só mais um pouco… Talvez Sirius nem percebesse…

_São as fotos que você me deu no segundo ano. Aquele álbum de fotos lembra? – sussurrou a voz macia de Sirius, em seu ouvido.

Pam assentiu, sem tirar os olhos do chão.

Como ele sabia que ela queria tanto saber quem estava nas fotos? Como ele conseguia ler a mente de Pam com tanta facilidade?

Pam não achava que fosse um livro aberto, apenas esperando para ser lido. Era justamente o contrário, um mistério para ser decifrado.

Finalmente desviando o olhar do quarto de Sirius, os dois continuaram andando pelo corredor, até o final, onde se encontrava o quarto dos Srs. Black.

Os dois entraram. A diferente entre o quarto de Sirius e o quarto de seus pais era berrante. O armário grande e antigo, colado na parede, do lado da vasta cama e as paredes em tons verdes e prateados, reforçando a ideia de que eles pertenciam a Sonserina.

A bolinha de beisebol repousava bem em cima da cama majestosa.

Sirius a apanhou e a enfiou no bolso, quebrando todo o encanto sombrio do lugar.

Pam piscou, como se acordasse de um sonho, ou pesadelo, nesse caso.

_Vamos sair logo daqui. – ele disse. – Eu odeio esse lugar.

Pam apenas assentiu, incapaz de falar qualquer coisa.

Os dois deixaram o quarto, Sirius à frente com Pam logo atrás, eles desceram as escadas e estava passando em frente á porta da sala de visitas, quando foram obrigados a parar.

Foi impossível não ouvir quando a mãe de Sirius falou, em alto e bom som, sobre um tal de Lorde das Trevas, o poderoso Voldemort.

Os dois amigos tentaram ouvir a conversa que se seguiu entre os adulto, mas foi impossível mesmo quando eles apuraram os ouvidos.

E então, tão sorrateira quanto um gato na escuridão, Bellatrix pulou das sombras atrás deles, dando um gritinho e apontando a varinha diretamente para Sirius.

O susto que o garoto levou não pôde ser colocado em palavras. Estava completamente distraído com as conversas dos adultos que não percebeu a presença da prima antes de ter sua varinha de nogueira apontada para seu nariz.

Por um momento horrível, Sirius achou que ela fosse lançar alguma maldição, mas, quase tão misteriosamente quando tinha aparecido, Bellatrix foi para junto dos adultos, dando risadinhas incomodas e pulinhos animados, como uma criancinha feliz.

Sirius olhou para Pam com olhos arregalados. A amiga tinha passada despercebida aos olhos de Bellatrix.

_Tem alguma coisa muito errada com a sua família, Sirius. – disse Pam.

_Um dia, - disse Sirius, os olhos ainda arregalados e começando a se recuperar do susto – ela ainda vai ser responsável pela minha morte.

Pam rolou os olhos.

_Não seja ridículo, Sirius.

E os dois saíram da casa do garoto. Eles se despediram e Pam voltou para sua casa, ainda pensando na estranha e sombria casa e família do amigo.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Lily acordou naquela manhã animada. Estaria indo para Hogwarts dentro de poucas horas.

Ela levantou-se e se trocou, no exato memento em que estava pronta, a voz de sua mãe a chamou do andar de baixo.

A ruiva desceu as escadas, contente.

_Boa dia! – ela cumprimentou a todos.

A Sra. Evans estava colocando panquecas na mesa, o Sr. Evans lia o jornal sentado confortavelmente, e Petúnia estava com sua típica carranca.

Lily sorriu enquanto abraçava o pai por trás, tudo estava como devia estar.

A Sra. Evans e a filha se sentaram à mesa, se juntando ao Sr. Evans e Petúnia.

Ele colocou o jornal de lado.

_Com a minha filhinha bruxa está se sentindo em voltar para Hogwarts, á escola de Magia e Bruxaria?

Lily sorriu, animada.

_Ótima, papai. Vou mandar uma coruja assim que chegar lá.

_Uma coruja, ouviu isso, querida? – perguntou o Sr. Evans, se virando para a esposa. – Ela vai enviar uma coruja, isso não é mágico?

Petúnia se mexeu, desconfortável na cadeira.

Apenas a mais velha conseguia ver que irmã na verdade era uma aberração que estava bem longe da perfeição, como seus pais achavam. Fazer magia era estranho, não legal.

_Vamos nos entrar com os Snape na estação, não vamos? – perguntou Lily, ansiosa por ver Sev.

_Eileen e o filho, você quis dizer. Duvido muito que Tobias vá aparecer. – o Sr. Evans falou.

Fez-se silencio por algum tempo.

_Você deve estar animada, não, querida? Vai rever seus amigos bruxos. – disse a Sra. Evans.

_Claro que sim, mamãe. Ver a Lene, a Dory e Alice.

_E o Severus.

_Sim, o Sev, papai. Mas, as meninas não gostam muito dele.

_Não gostam é? E por quê? – perguntou o Sr. Evans, franzindo a testa.

_Porque ele é um sonserino e nós somos grifinórias. E os sonserinos e grifinórios normalmente não se dão bem.

_Ah, sim. Você já disse isso. – lembrou a Sra. Evans. – A divisão por casas da escola, não é verdade? Qual a característica marcante da Grifinória, mesmo?

_Coragem, mamãe.

O Sr. Evans riu.

_Nossa filha é tão corajosa, querida. – ele virou-se para a Sra. Evans.

A mulher assentiu e logo em seguida olhou no relógio.

_Estamos atrasados! Lily pegue seu malão e vamos logo para a estação de trem!

_Mas eu ainda não terminei de comer!

_Nesse caso… Túnia, pegue o malão da sua irmã, por favor. – a Sra. Evans pediu.

_Não. Ela é uma aberração! – a mais velha resmungou.

Lily sentiu os olhos se encherem de lágrimas quando a irmã falou isso. A Sra. Evans percebeu.

_ Ah, não, querida. Não chore. – ela virou para a outra filha. - Petúnia, peça desculpa para sua irmã.

_Não! Ela é uma aberração, mãe!

_Não fale assim da sua irmã! Vá para o seu quarto, mocinha! Conversaremos quando voltarmos.

Petúnia encarou feio a família por algum tempo. Pareceu que ia começar a brigar, mas finalmente se levantou e subiu as escadas, batendo os pés com força no chão.

_Não fique assim, Lily. – A Sra. Evans olhou para a ruiva. – Ela não acha que você seja realmente uma aberração. Túnia está apenas chateada porque só você vai para Hogwarts.

_Eu sei, mamãe. – e a ruiva se esforçou para limpar as lágrimas sem que ninguém percebesse.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do contraste óbvio entre os Black e os Evans que eu quis expor nesse capítulo.
Vidente o Sirius, não?