Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 32
Capítulo 7 - A Volta


Notas iniciais do capítulo

Er... Desculpem o atraso... Mas! Antes que você falarem que eu sou uma autora muito má, eu já vou avisando que hoje ainda sai mais um capítulo, se eu tiver pelo menos três comentário, ok?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/205228/chapter/32

Foi impagável a cara de Ranhoso quando ele contou para Dumbledore sobre Remus e o diretor apenas assentiu, dizendo que sabia disso desde o começo. James, que estava atrás dele, tentando impedi-lo de cometer um erro pior ainda, apenas riu do sonserino. Mas não parou por aí. Para o maior contentamento do de óculos, Dumbledore ainda fez Ranhoso jurar não contar nada nunca a ninguém.

Com isso, James estava quase agradecendo a Sirius por ter contado. Mas, não podia. Não podia, porque pensava em Remus e em como o amigo reagiria ao ficar sabendo de tal acontecimento.

Ele voltou para o dormitório, onde Sirius e Peter esperavam acordados para terem notícias sobre o que tinha acontecido. James contou tudo a eles. Falando em código sobre a licantropia do amigo, com medo de acordar Frank. Felizmente, o outro não acordou, e depois de ter atualizado os amigos, os três também foram dormir.

Agora, a consciência de Sirius pesava. Tinha agido impulsivamente antes, se deixando cegar pela raiva do momento, pelo ódio profundo e sem motivo que sentia por Ranhoso. Ele não teria feito nada disso se tivesse medido as consequências dos seus atos.

Mas, pelo menos, eles tinham estudado alguma coisa sobre animagos. Eles estavam aproveitando as transformações de Remus para se aprofundar no assunto, sendo poupados, assim, de ouvir um sermão do outro, que achava que eles tinham desistido. Porém, sabia que seria impossível enganar Remus para sempre, já que as suas notas estavam, progressivamente, começando a se tornar as melhores da classe. Até mesmo Pam e Peter estavam melhorando.

Uma semana se passou. E, nessa uma semana que se seguiu, Sirius evitou, de todas as maneiras, o assunto Remus. Não queria falar sobre o amigo porque fazê-lo lhe lembrava que logo teria que enfrentar a fúria do amigo, quando esse soubesse que agora Ranhoso sabia de todo, graças a ele.

Mas, finalmente o dia tão temido chegou. Sirius sabia que teria que encarar Remus, e achou melhor não adiar a mentira por mais uma noite. Seria inútil. Então, quando os outros foram dormir, Sirius esperou na Sala Comunal, pensando no que falaria para o outro, como tocaria no assunto.

_Olá, Sirius. – disse um cansado Remus, que tinha acabado de passar pelo retrato da Mulher Gorda sem que o outro percebesse, e estava agora bem próximo a ele.

Ele se levantou em um pulo, assuntado.

_Remus! Me desculpe. Eu estava pensando em outras coisas e não vi você entrando!

_Tudo bem.

_Você está bem? – Sirius perguntou, percebendo que o amigo estava pior do que normalmente estaria.

_Melhor agora – Remus deu um sorrisinho fraco para o amigo e virou-se para subir as escadas para o dormitório.

_Remus, escute… - ele chamou o amigo de volta, aparentemente dividido entre o certo e o fácil.

O lobisomem parou, de costas para Sirius.

_Escute, eu… Eu fiz algo… Algo…

_Tudo bem, Sirius, eu já sei.

O garoto arqueou as sobrancelhas.

_Já sabe?

_Já sei. A Madame Pomfrey me pediu para ir falar com Dumbledore antes de vir para cá e ele me contou.

_Contou?

Remus virou-se de frente para o amigo e deu alguns passou para frente, encurtando a distancia entre eles.

_Contou. – Ele repetiu. – Sobre o Ranhoso… E James… Na Casa dos Gritos.

Sirius fechou os olhos longamente e esperou o impacto, tinha certeza de que Remus ia lhe socar naquele momento.

_E eu não lhe culpo por nada.

O outro abriu os olhos. As palavras do amigo tinham o atingido de um jeito que um soco não teria.

_Acho que eu preferiria levar um soco. Dói só na hora.

_Me desculpe? – Remus arqueou as sobrancelhas.

_Nada. Estava… pensando alto. Mas, voltando ao assunto… O que você disse? – perguntou Sirius, surpreso.

_Que eu não lhe culpo. Eu sou uma ameaça para tudo mundo ao meu redor…

Sirius rolou os olhos. Lá ia Remus com esse papo de novo!

_… e o que você fez me ajudou a enxergar isso. Eu devia ir embora de Hogwarts agora, mas…

_Não. Pare com isso, Remus. – exclamou Sirius, levemente irritado com o outro. – Quando é que você vai colocar na sua cabeça que você não é uma ameaça para ninguém? Que é inofensivo? Que não machucaria nenhuma mosca? Por Merlin, Remus, você tem cérebro para alguma coisa, está na hora de usá-lo!

Remus riu do amigo, sempre tentando convencê-lo de que ser um lobisomem não era algo tão ruim assim. Ele sabia que era o contrário.

_Eu disse “mas”, Sirius. – Remus lembrou.

_Disse? Eu já falei que sou apaixonado pela palavra “mas”? – os olhos de Sirius agora brilhavam ansiosos por saber o que o amigo tinha a dizer.

Remus riu de novo.

_Mas Dumbledore me convenceu do contrário…

_Bendito seja, Dumbledore! – exclamou Sirius, jogando as mãos para cima.

_… eu vou ficar em Hogwarts, desde que você não faça isso de novo.

Sirius ficou contente em saber que Remus não ficara nem magoado e que o seu erro não fora tão grave assim.

Ele sorriu.

_Fechado. – ele estendeu a mão para o outro e apertou a dele, como se fechasse um negócio.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril… O ano passou com uma velocidade assustadora. E agora o último jogo de Quadribol se aproximava. A final, Grifinória versus Lufa-Lufa.

Com as defesas de Pam, as jogadas dos artilheiros, as rebatidas dos batedores, e as habilidades de James, não foi muito difícil ganhar o jogo. Naquele ano, o time mais forte era o deles. Mas, no ano seguinte, quando Davi saísse, eles estariam em desvantagem. Davi era realmente muito bom. Diziam que ele iria jogar no time da Irlanda quando saísse de Hogwarts.

A comemoração foi em Hogsmeade. James, Remus e Peter tinham autorização para ir até o vilarejo, mas Sirius e Pam precisaram pegar a capa da invisibilidade de James e passar pela passagem secreta do espelho no quarto andar.

Eles beberam quantas cervejas amanteigadas o dinheiro que levaram pudera pagar.

Quando voltaram ao dormitório naquela noite, estavam tão cansados que quase não conseguiram encontrar as escadas para ir para os dormitórios, com suas pálpebras quase se fechando. O resultado disso foi que James achou as escadas, mas foram as escadas erradas. Ele subiu para o dormitório feminino, o que fez o alarme soar e as escadas se transformarem em rampa, o fazendo cair de cara no chão, arrancando vários risos dos outros.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Lily acordou um pouco tonta por causa da festa da noite anterior. Tinham chegado ao final mais um ano e a festa de encerramento fora na noite seguinte. Depois do café-da-manhã, eles estaram indo para casa.

Casa, que ironia!

Ela iria voltar para casa, para onde era considera estranha, era motivo de piada e onde sofria com o ódio gratuito de sua irmã. Estava indo para casa, deixando Hogwarts, que era o lugar onde ela se sentia perfeitamente normal, onde tinha amigos e se divertia.

Lily não saberia dizer se esse raciocínio estava certo.

Acordar Lene, Dory e Alice não foi um trabalho muito complicado. Elas nem se dignaram a mexer nas cortinas de Pam, que ficaram fechadas o tempo todo. Era impossível dizer se a morena ainda dormia ou se estava apenas esperando que as colegas de quarto fossem embora para não ter que esbarrar com elas.

Assim, as quatro amigas desceram as escadas do dormitório, passaram pelo Quadro da Mulher Gorda, se despedindo dela, e descendo as escadas para o Salão Principal, para sentar-se à mesa da Grifinória.

Lá Sev, que estava sentado na mesa da Sonserina, acenou para Lily, que retribuiu.

Lene curvou para que ninguém pudesse ouvir o que elas estavam falando, e sussurrou para Lily:

_Não sei por que você continua andando com ele. Quero dizer, os amigos dele são tão idiotas! Mulciber, Avery, Rosier… Eu não os suporto.

_Eu também não. – Lily garantiu. – Mas o Sev é diferente. Ele é meu amigo e é muito legal. Vocês deviam andar com ele também, assim saberia.

_Hum… Não sei não, Lily. Acho que a Lene está certa. Os sonserinos todos são farinhas do mesmo saco. – Dory concordou.

_Isso não é verdade! – Lily protestou. – E quanto à Andrômeda Black, a prima do Sirius? Fiquei sabendo que ela foi deserdada e que está namorando Ted Tonks, da Lufa-Lufa. Ela é diferente. Igual ao Sev. Ser da Sonserina não quer dizer que você é mal.

_É, mas todos os bruxos das trevas pertenceram à Sonserina. – Alice garantiu.

_Isso não é lá bem verdade, vocês sabem. Existiram bruxos das trevas de todas as casas…

_Mas existiram mais bruxos das trevas da Sonserina! Nenhum grande bruxo da Sonserina tem uma fama muito boa…

_Merlin pertenceu a Sonserina, Dory! – Lily exclamou quase se levantando.

_Ok, ok, um grande bruxo pertenceu a Sonserina. – Lene continuou. – Mas a maioria era perversa…

_O Sev é diferente. – Lily disse, em tom de quem encerra um assunto. Não queria ouvir falar mal do primeiro amigo que já tivera na vida.

Lene, Alice e Dory trocaram olhares engraçados, como se elas já tivessem discutido sobre isso na ausência de Lily.

_Se você disse… - murmurou Lene, pouco convicta.

Depois de um logo silencio, elas voltaram aos pouco a falar sobre assuntos variados.

*~~*~~*~~*~~*~~*

_Então… - começou Andie. – Vamos voltar para a sua casa?

Ted assentiu.

Agora eles estavam em uma cabine que os levaria de volta a Londres, e de lá, para a casa de Ted. Eles não sabiam ainda o que viria a seguir. O mais provável é que eles se casem ainda naquele ano, já que, com os estranhos assassinatos e desaparecimentos acontecendo em todo o lugar, em especial com nascidos trouxas e traidores do sangue, Andie e Ted eram alvos fáceis.

E nunca se sabia quando se estaria vivo ou morto no dia seguinte.

Eles não retornariam à Hogwarts no ano seguinte. Tinha acabado o sétimo ano e começariam a trabalhar. Ted iria entrar no Ministério. Andie ainda não tinha muita certeza, mas tentaria arranjar um emprego de qualquer jeito pelo Profeta Diário. Duvidava muito que conseguiria entrar para o Ministério, com a família sempre tão presente comandando o lugar. Seria uma vida difícil, mas, pelo outro, eles estavam dispostos a vencer os obstáculos.

A porta da cabine rangeu e Andie e Ted olharam para ver quem era.

Sirius Black, o primo dela, olhava timidamente para dentro.

_Hum… Desculpe… Andie… Será que tem alguém naqueles lugares? – ele apontou para o banco vazio na frente deles.

Andie assumiu a típica posição de superioridade que todo o Black sabe usar quando precisa.

_Pensei que um nobre Black não se misturava com os de sangue indigno. – ela disse cruel.

As palavras tiveram um efeito assombroso em Sirius.

A verdade, era que, desde que Andie fugira de casa, Sirius não tinha falado com ela. Estava ocupado demais aprontando o ano inteiro para poder dar atenção á prima, que estivera em um estado terrível durante todo esse tempo.

Para ela, Sirius era como o resto da família, mas, isso era porque ela não sabia o que ele tinha feito quando ficara sabendo que Andie fora queimada da tapeçaria da família, antes do início das aulas.

_Andie, por favor, pare com isso. Você é minha prima preferida e sabe disso.

_Onde você esteve durante o ano inteiro? – ela perguntou ainda fria, sibilando cada palavra com maldade.

_Andie…

_Não me chame de Andie. – ela aumentou o tom de voz.

_Por favor… - seu tom era suplicante, quase como se ele implorasse.

Andie olhou para ele, para seus olhos de cachorrinho que caíra da mudança e não conseguiu sustentar o olhar frio por muito tempo antes de ceder, se lembrando de toda a boa lembrança que tinha do primo.

_Ok. – ela suspirou, vencida. – Você pode entrar.

Sirius sorriu, porém não entrou.

_Meus amigos também?

_Seus amigos também.

E, antes que Ted ou Andie tivessem tempo de perceber o que estava acontecendo, cinco grifinório falantes e animados tinham entrado na cabine.

Estar com os cinco, que contava piadas e faziam brincadeiras, era bom tanto para Andie quanto para Ted, que se divertiram pela primeira vez em um grupo de amigos desde o começo do ano.

Não era como voltar a andar com os sonserinos, Andie pensou. Não, era diferente, era…

Melhor.

Sem preconceitos, apenas cinco amigos que procuravam se divertir.

A sonserina, que de sonserina já não tinha nada, não pôde deixar de rir com cada piada do primo e de seus amigos, durante todo o percurso até Londres, o tempo em que lhes era permitido fazer as últimas magias antes de terem que voltar para a realidade, antes do verão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Fim do terceiro ano. Espero que tenham gostado.
Obrigada por lerem, e espero comentários!!