Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 28
Capítulo 3 - Na Floresta Negra


Notas iniciais do capítulo

Não tem desculpas para o meu sumiço. Eu sei. Espero que não tenham ficado bravos de mais e que deixem comentário. Se eu tiver pelo menos sete comentário amanhã eu posto outro capítulo.



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Vinte pontos a menos de cada um. Mais uma detenção somada às inúmeras. Isso era o que eles ganhavam por ter dado uma lição necessária em maus sonserinos.

            Mas, tudo bem.

            O problema, na verdade, foi quando a McGonagall achou que Peter e Remus também tinham participado da travessura. Os seis sonserinos tinham dito que eles tinham participado também e não adiantou de nada Pam, James ou Sirius protestarem e argumentarem, a versão valida foi dos sonserinos.

            Remus tinha ficado muito bravo com eles. Como assim? Ele, que nunca tinha feito nada antes, tinha pegado uma detenção? Isso era completamente injusto! Mas, na final a raiva passara, depois de Pam ter falado com ele e lhe convencido de que seria divertido ir até a floresta atrás da planta rara que o Professor Slughorn tinha lhes falado para pegar na floresta, como detenção.

            Era onde eles estavam agora. Nas profundezas da escura floresta, no meio das árvores de tronco alto e contorcidos.

            Assim que encontrassem a planta rara que só crescia no coração da floresta, deviam atirar faíscas em direção ao céu para Hagrid ir buscá-los.

            Pode-se imaginar o qual assustador era entrar na floresta no meio da noite, já que o Professor Slughorn não tivera coragem de ir buscar e mandou pedir para os alunos da Grifinória entrarem.

            Mas, por piores que fossem os sons que a floresta produzia e a escuridão que dominava o lugar, Pam ia saltitando à frente, indicando o caminho com a varinha em punho.

            Sirius sorriu para a outra, embora soubesse que provavelmente ela não podia vê-lo sorrir na penumbra. Ela olhou para trás, fazendo seus cabelos voarem no rosto.

            _Vamos logo com isso? – ela perguntou. – Quero voltar logo para a Sala Comunal.

            Nenhum dos quatro garotos se atreveu a contrariá-la, apenas se olharam sorridentes como se dissesem “É tão divertido ver ela irritada” e continuaram atrás de Pam.

            Eles estavam na trilha, chegando bem perto do destino final, quando um grito terrível cortou o ar.

            Os cinco marotos se entreolharam e concordaram silenciosamente, iriam ajudar quem quer que fosse.

            Eles dispararam em direção ao grito, as arvores ao seu redor passando rapidamente enquanto os cinco corriam em direção ao grito que não cessava.

            Quando finalmente pararam, foi para ver um filhote de centauro preso em uma armadilha estranha. Ele lutava para se libertar, mas não fazia nada que não se prender ainda mais nas cordas.

            James e Sirius pensaram mais rápido do que os outros, que apenas admiravam o estranho animal, metade cavalo metade humano, assim, tão de perto.

            Com alguns feitiços básicos, eles conseguiram cortar as cordas e o pequeno centauro caiu no chão, logo depois se levantando e sacudindo a cabeça.

            _Obrigado. – ele disse, olhando para cada um dos cinco.

            Se o centauro fosse humano, provavelmente seria bem mais novo do que eles, mas, eles não sabiam ao certo como funcionava idade para os centauros.

            Pam se aproximou um pouco receosa.

            _Olá. – ela disse. – Meu nome é Pam. E quem é você?

            _Meu nome é Firenze. – ele disse uma voz infantil e aguda.

            _Esses são meus amigos. – ela continuou. Era de conhecimento geral que ela era a mais habilidosa com animais do que os amigos. – James, Sirius, Peter e Remus. – Pam apontou para cada um deles.

            O centauro abaixou levemente a cabeça para cada um deles, que retribuíram o gesto.

            _Como foi que você se prendeu naquilo? – perguntou a garota, apontando para cima.

            _Eu estava seguindo a Via Láctea. – ele disse, olhando para cima. – Queria ver onde ela iria acabar… E me distraí.

            Os cinco amigos olharam para o céu e encontraram um belo espetáculo da natureza. As estrelas brilhavam de tal modo e o Via Láctea era perfeitamente visível. Eles nunca tinham parado para admirar os céus noturnos de Hogwarts que não nas aulas de Astronomia. Foi nesse momento que eles perceberam o quanto estavam perdendo por se prender a coisas bobas como travessuras e Quadribol.

            _Uau! – exclamou Pam, baixinho.

            Depois de um tempo admirando a beleza noturna que era o céu estrelado, os cinco finalmente se lembraram de Firenze.

            _Devem existir mais de você. – disse James. – Quero dizer, você é um filhote! Onde estão os adultos?

            _Na aldeia… - ele disse. – Que fica… - Firenze olhou para os lado e aparentemente não achou o caminho, então olhou para o céu, o estudou por um tempo e apontou em direção a algumas árvores de troncos contorcidos. – Para lá.

            _Certo. – continuou Sirius. – Acha que pode achar o caminho sozinho?

            _Eu… - começou Firenze, mas foi interrompido por Pam.

            _Mas é claro que nós vamos levar ele até a aldeia dele! Não seja idiota, Sirius. – ela deu um tapa na nuca do amigo e partiu em direção a Firenze, passando o braço pelos seus ombros. – Nós vamos com ele.

            Firenze bateu com os pés no chão e se desvencilhou de Pam, parecendo irritado.

            _Sei achar o caminho para casa sozinho. – ele disse, cruzando os braços sobre o peito nu. – Não preciso da ajuda de ninguém. Quanto mais da ajuda de humanos.

            Pam riu.

            _Claro que sim, querido. – ela disse, se aproximando lentamente dele e acariciando seu rosto com as costas da mão. – Mas é sempre bom ter amigos por perto. – ela virou-se então para os outros quatro e, juntando as mãos, disse. – Está decidido. Vamos levar o Firenze para a aldeia dele!

*~~*~~*~~*~~*~~*

            O dormitório feminino do terceiro ano da Grifinória estava escuro. Mas, é claro, que como Pam estava em uma detenção, não estava silencioso.

            _Ah, Alice. – disse Dory. – Sabe o que eu acho? Que você fica muito bem com o Frank.

            _Claro que não, Dory! – disse Alice, que já estava começando a se irritando com as inúmeras tentativas da amiga de juntá-la com algum garoto. Parecia que a outra só pensava nisso!

            Lene riu.

            _Mas, Alice! O Frank até que é bonitinho!

            _Será que dá para você três calarem a boca? – perguntou Lily, sentada em sua cama, com a ponta da varinha acessa em cima de alguns livros, aos quais ela lia incessantemente. – Tem gente tentando ler aqui!

            _Sério? – perguntou Dory, olhando para os lados como se procurasse por alguma coisa. – Quem?

            Alice e Lene riram brevemente.

            _Há há. – disse Lily, sem humor. – Muito engraçado, Dory!

            Dory empinou o nariz no ar, sorrindo.

            _Sei que eu sou engraçadíssima. Ninguém pode me superar! Isso porque eu sou uma Black! – ela falou, com uma voz levemente anasalada. – Quem sou eu? – Dory perguntou depois, voltando a sua voz e posição normal.

            Lene e Alice riam abertamente, e nem mesmo Lily conseguiu se conter.

            _A Narcisa, é claro! – exclamou Lene.

            Dory bateu palmas.

            _Isso mesmo. Sua vez, Lene. – disse para a garota.

            _Certo. Hum… - então ela pareceu ter uma ideia. – Eu sou demais. Eu jogo no time de Quadribol da Grifinória e gosto de ver os outros sofrerem, por isso eu sou melhor do que todo mundo. – ela disse, em uma voz abafada que provavelmente imitava uma voz masculina.

            _Esse é fácil. – disse Lily, séria. – Você é o arrogante do Potter.

            Lene, Alice e Dory riram da repentina raiva da ruiva.

            _Ah, Lily, não seja tão rabugenta! Sabia que ficar brava faz mal para a pele. – disse Dory.

            _Mas ele é o Potter e o Potter é tão… - seu rosto ficou repentinamente vermelho iluminado pela luz da varinha. – Argh!

            As outras três riram da amiga.

            _Querem saber? Chega desse jogo de adivinhação. Já não basta eu ter que aguentar o Gelles com aquelas estúpidas adivinhações sobre mortes e catástrofes.

            Gelles era o professor de adivinhações e tinha previsto em sala que Alice iria enlouquecer, que Lily se casaria com a pessoa que atualmente mais odeia, que todos pensariam que Pam estava morta enquanto ela não estaria, e que Sirius seria culpado pelo crime de outro.

            Tudo bobagem, na opinião de Lily.

            Meio irritada, a ruiva fechou os livros com força, os colocou de lado, fechou as cortinas com fúria e finalmente apagou a luz da varinha, falando um “boa noite” rude.

            Dory, Lene e Alice se entreolharam, a primeira fez um sinal com a mão esquerda que indicava que achava que Lily era louca.

*~~*~~*~~*~~*~~*

            Depois de andaram consideravelmente, James, Pam, Sirius, Remus, Peter e Firenze chegaram à aldeia dos centauros.

            Era realmente engraçado ali.

            Tinham várias cabanas e outras coisas, mas tudo adaptado para cavalos. Ou, no caso, centauros.

            Quando viram os cinco garotos, os centauros foram parando de fazer o que quer que fosse e olharam para eles, cochichando assustados.

            Não demorou muito e foi possível ver que os centauros abriam caminho para alguém, que passaram entre eles e que finalmente parou na frente dos grifinórios.

            _Quem são vocês? – perguntou ele, com uma voz grave.

            Esse centauro tinha cabelos, barbas e corpo escuros, com um aspecto bem mais selvagem do que o pequeno Firenze, que tinha cabelos loiros e o corpo baio.

            Além do que, esse novo centauro, era muito mais alto que todos ali.

            _Eu perguntei: Quem são vocês? – ele repetiu.

            Firenze percebeu que os novos amigos nada iriam falar então se colocou na frente deles e esclareceu todo o mal entendido.

            _Bom, nesse caso… Bem-vindo, meus amigos. Meu nome é Agouro, e eu sou o líder dos centauros da Floresta Negra. Por terem salvado um de nossos membros, nós ficaremos em divida com vocês, se partirem agora das nossas terras. Caso contrário iremos matar os cinco.

            Diante de tal ameaça, eles nada puderam fazer, senão agradecer e partir.

            Já estavam andando a algum tempo quando James se lembrou de uma coisa.

            _Mas e a planta do Slughorn? – ele perguntou, parando repentinamente.

            _Ih, é verdade! – exclamou Pam. – Nós nos esquecemos completamente!

            Os cinco tiveram que voltar, fazendo o mínimo de barulho possível, não tinham se esquecido da ameaça de Agouro.

            Quando finalmente voltaram para o coração da floresta, encontraram a moita com a flor que o professor tinha mostrado em uma figura para eles.

            Remus a recolheu com cuidado e a guardou no bolso interior das vestes.

            Logo depois eles saíram da floresta, chegando a casa de Hagrid respirando com dificuldade, depois de terem andado tanto.

            O meio-gigante perguntou por que eles não tinham atirado as faíscas para ele ir buscá-los e os cinco explicaram a história sobre os centauros e Hagrid disse que a armadilha era dele e que ele tomaria mais cuidado da próxima vez.

            Logo depois, os cinco foram convidados para tomar um chá, ao qual eles aceitaram com prazer, mesmo que a muito tivesse passado da meia-noite e eles estarem com sono. Apesar de tudo, um chá cairia bem para acalmar os nervos.

            Caninos repousou a cabeça no colo de Pam, enquanto eles estavam sentados na mesa, esperando pelo chá, e babou em suas vestes.

            Sirius começou a rir da amiga e acabou ganhando um segundo tapa em uma noite só.

            Desta vez foi a vez de Remus, Peter e James rirem dele.

            _Quem ri por último ri melhor. – disse Sirius. – E eu vou rir por último.

            _Não é o que está parecendo, Black. – disse Pam, assumindo sua típica pose de superioridade quando ficava brava.

            _Você não perde por esperar, minha cara Pam. – ele disse, sorrindo divertido.

            Pam arqueou as sobrancelhas, mas ela também sorria, como se soubesse que tudo não passava de uma brincadeira.

            _Isso é uma ameaça?

            _Não.

            _Tem certeza? Porque soou como uma ameaça. – disse Pam, erguendo mais ainda as sobrancelhas e fazendo com que parecesse que elas iriam fugir de sua testa.

            _Acho que soou mais como um desafio… - refletiu James.

            _Na verdade, pareceu uma ameaça mesmo. – disse Remus.

            _Não, é uma… - Sirius pensou um pouco. – Espere. Sim, é uma ameaça.

            A discussão dos grifinórios provocou risos em Hagrid.

            _O que vocês estão aprontando dessa vez, garotos?

            _Ah, isso você vai ver, Hagrid. – disse Pam. - Do mesmo jeito que o Sirius vai. – e ela arreganhou os dentes em um sorriso cruel, como se estivesse pensando no melhor jeito de matar o amigo.

            Sirius engoliu em seco.

            _Tenho medo do que a Pam é capaz de fazer quando está com todos os problemas misturados. – ele sussurrou para James.

            O de óculos riu.

            _ Ela não pode fazer muita coisa, Sirius. É apenas uma garota sozinha.

            Para a infelicidade do moreno, Pam ouviu.

            _Não posso? É o que vocês verão. – ela sorriu, mirando agora James.

            Ele engoliu em seco.

            _Ok, agora eu também estou com medo.

            Pam sorriu mais ainda, se ajeitando melhor na cadeira.

            _Façamos assim. No final de semana que vem, cada um fez uma travessura para o outros, a melhor travessura, que será julgada pelo Remmy e pelo Peter, – ela apontou para os outros. – ganha.

            _E o que vai ganhar hein, Pam? – perguntou Sirius.

            _Bom, ainda não pensei nisso, mas vou pensar até lá, acredite.

            _Fechado. – disse Sirius.

            _Contem comigo. – disse James, sorrindo, enquanto pensavam em alguma coisa.

            Pam sorriu para os amigos.

            _Certo. Que o que melhor apronta marotagens vença.

            _Ou melhor. – disse Remus, rindo da ideia mirabolante de sua “mamãe”. – Que o mais maroto vença.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E desculpem mais uma vez o atraso.



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