Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 27
Capítulo 2 - Quem quer mais um soco?


Notas iniciais do capítulo

Devo confessar que esse não foi um dos meus melhores capítulo, mas aí está.



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James agora exibia com orgulho o formulário assinado por seu pai que lhe permitia ir à Hogsmeade em alguns finais de semana.

Pam e Sirius o olhavam se corroendo de inveja.

Isso porque nem todos os cinco tinham conseguido a assinatura. Sirius por motivos óbvios, Pam porque simplesmente se esquecera de pedir para a mãe assinar.

Eles estavam no Expresso Hogwarts. Já estava escurecendo e os bancos da cabine que os cinco tinham conseguido só para eles estavam cheios de papeis de doces que tinham a muito sido comidos.

Logo chegariam a Hogwarts e tudo ficaria bem, eles estavam retornando para o lugar a qual sabiam que pertenciam.

_Eu nem queria mesmo uma autorização. – disse Sirius, com falso desdém. – Afinal, tudo o que é proibido é mais divertido.

_Verdade. – concordou uma irritada Pam. – O que é a vida sem riscos?

O trem parou, eles pegaram uma carruagem que andava sozinha e chegaram ao castelo, indo até o Salão Principal.

Ele parecia mais bonito do os cinco garotos podiam se lembrar. O teto, magicamente enfeitiçado para parecer o céu lá fora, tinha estrelas brilhantes e não tinha nuvem nenhuma; as chamas das velas que flutuavam pareciam mais vivas e dançavam alegremente naquela noite. Tudo estava perfeito, como se anunciasse um ano cheio de marotagens e diversões.

A Seleção foi encerrada e o banquete servido. Os cinco amigos conversaram sobre tudo um pouco e então, finalmente, foram para a Sala Comunal da Grifinória, onde se despediram quando Pam teve que ir para o dormitório das meninas e os outros quatro foram para o dos garotos.

Quando os quatro entraram no dormitório, em que a placa agora mostrava que os alunos do terceiro ano dormiam ali, encontraram Frank Longbottom, o garoto que dividia o dormitório com eles.

_Oi, Longbottom! – cumprimentou James, animado. – Como foram suas férias?

_Ótimas! – o menino parecia mais feliz do que de costume.

Sirius ergueu uma elegante sobrancelha.

_O que foi que aconteceu? – ele perguntou.

_Como assim? O que aconteceu? Não aconteceu nada! Nada mesmo!

_Certeza, Frank? – perguntou Remus, para um saltitante Longbottom.

_Claro que sim. E agora, se vocês me permitirem, eu vou dormir. – e dizendo isso, ele fechou as cortinas da sua cama.

*~~*~~*~~*~~*~~*

As semanas tinham passado e tinha chegado o primeiro jogo da temporada de Quadribol. Sonserina versus Grifinória.

Davi virou o novo capitão do time, o que não foi surpresa para ninguém, mas ele estava no sétimo ano, o que indicava que no ano seguinte eles precisariam de um novo capitão.

Pam já não estava tão nervosa quanto nos outros jogos. Na verdade, ela parecia bastante confiante, apesar de que o apanhador da Sonserina ter mudado e o irmão de Sirius, Regulus, ter assumido essa posição. O capitão da Sonserina também tinha mudado, Steve tinha deixado Hogwarts no ano anterior e Emma Vanity tinha assumido sua posição, além do que, é claro, Lucinda Talkalot, do mesmo ano que eles, tinha entrado no time como artilheira.

Já fazia algum tempo que eles estavam no ar. A Grifinória estava ganhando graças às excelentes defesas de Pam, que parecia ter aceitado a mudança com prazer, já que Lucinda não tinha tanta pratica quanto Steve.

Eles estavam jogando muito bem até que James percebeu que Regulus tinha mergulhado e estava na cola do pomo de ouro. O grifinório foi em direção ao outro, mas acabou chegando tarde demais, a tempo apenas de ver quando Regulus pegou a bolinha com asas.

James parou amtes de bater no chão, mas em estado de choque. Ele ouvia os vivas da torcida da Sonserina, mas era como se as vozes viessem de outra dimensão. Pam voou até ele, irritada, gritou alguma coisa que ele não conseguiu entender e então desceu, jogou a vassoura com força no chão e andou, pisando duro, até o vestiário.

Mas James permaneceu imóvel. Era a primeira vez que ele perdia um pomo. Era a primeira vez que ele não seguia pegar um pomo em toda a sua vida! O choque era imenso, ele simplesmente não conseguia raciocinar direito e nem ao menos se mexer. O mundo inteiro parecia passar em câmera lenta. A comemoração da Sonserina, o time de verde abraçando o Black mais novo, seus colegas cabisbaixos.

Seria possível que o irmão de Sirius fosse melhor do que James? James, o infalível, que tinha capturado todos pomos até então, mesmo que eles não tivessem ganhado o jogo, podiam contar com James para pegar o pomo e lhes garantir cento e cinquenta pontos.

Desta vez… Ele tinha simplesmente… Perdido.

Não, isso não podia acontecer.

Mas tinha acontecido. Eles tinham perdido.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Os próximos dias que se seguiram foram provavelmente os piores da vida de James. Pam parara de falar com ele, apenas lhe lançando olhares raivosos vez ou outra e James sabia que era por ele ter feito o time todo perder. As pessoas da Sonserina tiravam sarro dele o tempo todo, irritando-o sempre, mas James não reagiu. Ele não fez nada. Ele entrou em um estado mecânico, na verdade, ele só fazia as coisas porque tinha que fazer.

Ele e os outros quatro tinham escolhido as mesmas aulas novas. Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação, que eram as matérias mais fácies, então James e Pam sempre se encontrava e era difícil para ele não falar com ela.

James também não fazia ideia de como Pam se sentia em relação a isso, já que ela não estava apenas ignorando ele, estava ignorando Remus, Sirius e Peter também.

Na verdade, Pam só voltou a falar com os meninos quanto eles se esbarram no corredor certa vez, fazendo com que todos os livros da menina caíssem no chão.

_Olhem por onde andam! – ela reclamou irritada, se abaixando para pegar todo o material.

A morena recolheu tudo bastante rápido, mas foi impedida de continuar por Sirius, que segurou seu braço.

_Agora chega, Porter! – ele exclamou.

_Me larga, Black.

_Black? – ele indagou, elevando a voz. – Black? Desde quando você me chama de Black?

_E desde quando você me chama de Porter?

Ele olhou para os olhos dela e ficou surpreso quando ela sustentou o olhar dele. Qualquer outra garota já teria começado a chorar e corrido até o banheiro. Mas então ele se lembrou que ela não era qualquer garota. Ela era Pamela Porter, sua melhor amiga.

Ela o olhava com tanta superioridade que ele foi obrigado a desviar o olhar, e soltou o braço dela quando fez isso.

Ele! Sirius Black! Black! E estava se sentindo intimidado por uma menina!

Com certeza Pam não era qualquer garota.

Ela já estava indo embora, com o nariz empinado impetuosamente, quando Remus tocou-lhe o ombro.

Pam olhou para trás, irritada, mas sem perceber a compostura.

_Pammy, por favor, para com isso. Chega ok? Vamos parar de brigar.

Ela ainda sustentou a pose de superioridade por algum tempo antes de colocar todas as armas de lado. Era impressionante como Remus conseguia a desarmar.

A morena suspirou, vencida.

_Ok. – ela procurou os olhos avelã de James. – Me desculpe? Estou sendo uma idiota. Sei que você não tem culpa. Estava apenas irritada e deixasse que isso tomasse conta de mim. Eu sou uma idiota.

James sorriu fracamente para a amiga.

_Tudo bem. – ele sussurrou. – Você tem razão. Tem sido uma idiota.

Pam soltou uma breve risada e abraçou o amigo.

_Certo. – ela disse, sorrindo. – Vamos dar um jeito naqueles sonserinos malvados? – ela perguntou, olhando para todos os quatros amigos. – Eles não podem continuar fazendo mal para o Jamezito. – E logo depois ela apertou a bochecha do amigo e bagunçou seus cabelos, o que fez rir.

_De que jeito, general Pam? – brincou Sirius, sorridente.

Ela sorriu, cheia de malicia.

_Ah! De um jeito que eles nunca vão esquecer!

*~~*~~*~~*~~*~~*

Ficou combinado que Remus e Peter não iriam participar desta vez. Eles não queriam se meter em encrencas. E Sirius tinha insistido para Pam não participar também, mas ela negou fervorosamente.

Se eu não participar, como vocês vão conseguir?”

Sirius riu quando Pam disse isso, mas teve que concorda que a garota já não era mais a frágil Botão de Rosa e que podia fazer isso perfeitamente.

Assim que eles avistaram o primeiro grupo de Sonserinos, do qual faziam parte Ranhoso, Avery, Mulciber, Rosier, Wilkes e Regulus, Remus e Peter se afastaram e deixaram que os outros três prosseguissem o caminho, apesar do primeiro ter dito que ainda dava tempo de mudar de ideia e que o que eles iam fazer era perigoso.

Mas Pam, Sirius e James o ignoraram completamente, estavam irritadíssimos com os sonserinos e precisavam de vingança.

Quando os seis sonserinos começaram com as brincadeiras e imitações maldosas, Pam, James e Sirius sorriram, o que os deixou desnorteados por um momento. Momento o suficiente para os grifinórios começarem a colocar o plano em ação.

Antes que eles entendessem o que estava acontecendo, Wilkes já tinha um olho roxo, Rosier tinha levado um soco no queixo, Avery um na barriga que o deixou sem ar, Regulus tinha outro olho roxo, o nariz de Mulciber sangrava e Ranhoso tinha levado tantos socos que mal podia respirar.

Nenhum dos grifinórios se lembrava de já ter distribuído tantos socos, pontapés, cotoveladas ou tapas na vida. Eles simplesmente baterem em todos os lugares que conseguiram alcançar dos sonserinos.

_Gente! – gritou Pam, que na verdade era o sinal para eles pararem com os socos e partirem para a magia.

Os três pararam lado a lado, puxando as varinhas e lançando diversos feitiços estuporantes antes de saírem correndo e rindo, mas a graça durou pouco tempo, porque assim que dobraram o corredor, encontraram a rigorosa Profª. Minerva, que lhe encarava com olhos severos.

_Aonde os senhores pensam que vão?

_Para a biblioteca. – disse Pam, com falsa inocência.

A professora continuou os olhando, os avaliando de baixo a cima.

_Isso é que veremos.– ela disse, continuando caminho, passando por eles.

_Hum… Professora! – chamou James. _ Você tem certeza de que quer ir por aí?

_Claro que sim, Sr. Potter. Por aonde mais eu iria? – Ela disse, virando o rosto brevemente para encará-lo e então voltando a andar.

Pam olhou para Sirius e para Remus, que estavam ao seu lado e ao que tudo indicou, o primeiro teve a mesma ideia que ela, porque os dois correram para o encontro da professora, se colocando em seu caminho.

_Sabe como é, professora. A senhora não pode ir por aí. – disse Sirius.

_Posso saber por que não, Sr. Black? – ela o olhou desconfiada.

_Porque… Por que mesmo, Pam? – perguntou o moreno, olhando para a amiga em busca de ajuda.

_Porque… porque… - ela disse tentando pensar bem rápido. – Porque um aluno vomitou lá!

_É… - concordou Sirius, como se já soubesse disso o tempo todo. – Tá a maior nojeira.

A professora os olhou, preocupada.

_Bom, nesse caso eu tenho que ir lá! – ela tentou se desvencilhar de Pam e Sirius, mas não conseguiu.

_Não! – gritaram os dois ao mesmo tempo, apavorados com ideia de que a professora podia ir lá e encontrar os seis sonserinos desacordados. Isso não lhes renderia só uma detenção como também vários pontos a menos, já que a Profª. McGonagall, diferente dos outros professores, não tinha problema nenhum em tirar pontos de sua própria casa.

Pam e Sirius olharam um para o outro e ela entendeu o que ele queria.

Os dois pegaram nos braços da professora e tentaram a guiar para o lado oposto.

_Vem, professora. Vamos chamar a Madame Pomfrey.

_Isso mesmo. Vamos logo. – concordou Pam.

_Me soltem, Sr. Black, Srta. Porter! Parem com isso! Até parece que vocês fizeram alguma coisa!

Você não sabe o quanto está certa. Pensou Sirius.

A professora conseguiu se soltar e foi em direção ao corredor em que estavam os sonserinos desacordos, apesar de Pam e Sirius ainda terem feito mais uma tentava de impedi-la de ir por aquele caminho.

Mas agora era tarde mais, ela tinha visto os garotos desacordados.

Tudo o que pôde ser ouvido foi um grito que cortou o castelo inteiro e eles tinham certeza de que até Dumbledore, em seu escritório, tinha ouvido.

_BLACK! POTTER! PORTER! LUPIN! PETTIGREW!

E os cinco amigos correram. Correram como se suas vidas dependessem disso. E talvez dependessem mesmo.


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Notas finais do capítulo

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