Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 24
Capítulo 9 - Boa Sorte, Ranhoso!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, mas eu não consegui os cinco comentários que eu queria! Fiquei chateada! Mas tudo bem. Boa leitura!
OBS: Penúltimo capítulo do segundo ano!



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Pam abriu os olhos. Ela olhou em volta e percebeu que estava na enfermaria. Tentou se levantar, mas a dor em sua cabeça a impediu.

Ela se esforçou para se lembrar o que tinha acontecido. Estava no campo de Quadribol, jogando contra a Sonserina e então alguma coisa a acertou e…

A garota não se lembrava de mais nada.

O que teria acontecido?

Ela ouviu passos e conversas.

_Eu já disse, Sr. Black, você não pode ficar agora com ela. Só no horário de visitas, que é daqui a três horas. – era a voz da Madame Pomfrey.

_Ah! Por favor, Madame Pomfrey! Deixa-me ir ver ela! Eu não posso esperar três horas. E se ela acordar?

– A minha resposta final é não, Sr. Black. A propósito, você não devia estar em aula agora?

_Bom, devia sim, mas o Peter explodiu uma poção e a sala de Poções está intoxicada. Ninguém pode entrar lá. Então tenho esse horário livre. Por favor, me deixa ver a Pam! Ela é minha melhor amiga!

Fez-se alguns momentos de silêncio e então finalmente Pam ouviu a Madame Pomfrey suspirar, vencida.

_Mas só por alguns minutos.

_Pode deixar. Serei rápido.

Logo depois a porta da enfermaria se abriu e Pam viu quando o garoto e a enfermeira entraram.

Sirius correu para o lado de seu leito. Pam fechou os olhos e fingiu que estava desacordada.

O garoto pegou a mão dela e ficou a encarando. Como ela era bonita quando estava dormindo! Parecia um anjo. Nada de sorrisos ou risadas, apenas a paz e a tranquilidade.

Mas, por mais bonita que fosse, essa não deixava de ser uma cena triste. Era como se ela estivesse apenas aguardando o momento em que descansaria em paz para sempre. Sirius afastou essa ideia.

Ela ia ficar bem, é claro. Logo ela iria se recuperar e tudo ficara bem. Logo ele voltaria a ver seus olhos azuis brilhantes…

Madame Pomfrey se afastou, indo para o fundo da enfermaria, provavelmente mexer em algum remédio ou poção.

Pam ouviu os passou da enfermeira morrerem à distancia e abriu apenas o olho direito, o olho do lado que estava Sirius.

_Ela já foi? – a morena sussurrou.

Os olhou de Sirius se arregalaram tanto que Pam achou que eles fossem cair do rosto do menino, sua boca se abriu em um sorriso radiante.

_Pam, você acor…

_Shh! – a garota pediu silêncio. – E se a Madame Pomfrey aparecer e te expulsar daqui?

O garoto ficou quieto imediatamente.

_Mas, o que aconteceu? – Pam perguntou.

E Sirius lhe contou tudo. Contou que ela estava jogando Quadribol e que de repente um balaço tinha a atingido na cabeça. Ela tinha despencado da vassoura e caído no chão. E, quando Pam não se mexeu, Sirius contou que entrou em pânico. O que teria acontecido à amiga? Ela estaria bem? Teria morrido… Sirius não se permitiu completar a pergunta. Ele disse que logo depois Dumbledore, Minerva e Madame Pomfrey tinham ido socorrer a menina. Ela foi levada para a enfermaria.

_Me falaram que você quebrou o braço direito, a perna direita, teve traumatismo craniano, cortes e machucados variados.

_Meu Merlin!

Pam começou a procurar qualquer machucado no seu corpo. Como não encontrou nada olhou para Sirius com desconfiança.

O moreno apenas riu.

_Você acha que Madame Pomfrey ia te deixar toda quebrada? Não. Em menos de dois dias você já estava inteira. Só que não tinha acordado ainda.

_Ganhamos? – perguntou a menina.

_Me desculpe?

_Ganhamos? O jogo de Quadribol?

Sirius sorriu, mesmo toda machucada a preocupação da amiga era o jogo contra a Sonserina.

_Claro que sim. O James não tinha visto que você tinha sido atingida pelo balaço e continuou atrás do pomo.

Ela sorriu.

_Mas, onde estão os outros? – Pam perguntou.

_No dormitório com o Remus. Ele não está muito bem. Acabou de voltar de mais uma lua-cheia.

Ela tentou se levantar rapidamente, murmurando algo como “Meu bebê não”, mas Sirius, sorrindo, a fez ficar deitada.

_Ele está bem. Acredite. Você está pior.

Pam resmungou alguma coisa e jogou a cabeça dolorida de volta para o travesseiro.

_Que dia é hoje?

_Sexta-feira.

_Então eu fiquei apagada por só uma semana, não é?

Sirius olhou para ela e sorriu amarelo.

_Certo? – ela insistiu.

_Hum… Pam? Nós não estamos mais em janeiro.

_Como assim, Sirius Orion Black? – ela disse, fechando os olhos longamente.

Isso não era um bom sinal. Ela tinha o chamado pelo nome completo.

_Pam, eu…

_Em que mês estamos Sirius?

_Na última semana de fevereiro.

_Sirius Black, eu… - ela começou, mas foi interrompida pela chegada da Madame Pomfrey, que fora atraída pelo som das conversas.

Sirius respirou, aliviado. Tinha escapado de um ouvir um sermão da amiga

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Os meses tinham passado. As férias de páscoa, que não eram bem férias já que os professores passavam toneladas de lição de casa, passaram rapidamente e logo maio chegou. Os cinco amigos estavam andando pelos corredores do castelo. Pam ia saltitando ao lado de Sirius, lhe segredando alguma coisa que os demais não podiam ouvir e com um sorriso radiante.

_Com certeza, Pam. Com certeza. – resmungou Sirius, com um sorriso de canto de boca nos lábios.

A curiosidade de James chegou ao limite e ele andou mais rápido que os outros, entrando no caminho dos amigos e fazendo os quatro pararem.

_O que é tão interessante, assim afinal? – ele perguntou levemente irritado.

Sirius sorriu e olhou para Pam, que retribuiu o gesto.

_Duas palavras, James. – disse Sirius, travesso. – Ranhoso vai se dar mal.

James olhou confuso para o outro.

_Mas dão cinco palavras, Sirius. – disse Remus, racional.

O moreno deu de ombros.

_Qual a diferença? Bom, se vocês nos derem licença, eu e a Pam temos algo muito importante a fazer.

Sirius ofereceu o braço para Pam, o qual ela pegou com prazer, e os dois foram embora, deixando os outros três amigos confusos.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

James sorriu maldoso, quando terminou de ouvir o plano de Pam e Sirius.

_Desta vez vai ser legal! A Lily vai enlouquecer!

_Acho bons termos bons feitiços de defesa, certo? – disse Pam, rindo de James.

_Oh, sim, com certeza. Desta vez a ruiva pira! – concordou Sirius, sorrindo.

_Você quer dizer, se ela descobrir. – disse Peter, com o mesmo sorriso maroto que os outros três.

­_Se. – James repetiu. – Gostei disso!

_Mas você sabe que isso é quase impossível, não é James? – disse Pam. – Quero dizer, a Lily feiosa e o Ranhoso são grudados! Chega a ser nojento! E acredite, eu sei. Estou no mesmo dormitório que ela.

James fez uma careta ao ouvir isso. Não gostava de Ranhoso. Mas, não era pelo menos motivo que os outros. Não gostava de Ranhoso porque ele tinha uma coisa que James não tinha. A atenção de Lily. E, por mais que James tentasse negar, essa era a mais pura verdade. Tinha algo na ruiva que o encantava.

Mas, ele sabia que nunca poderia confessar isso para ninguém.

Nunca.

Se aquilo era amor ele achava que jamais chegaria a saber. Não importava na verdade.

Era… Um sentimento. Um sentimento que crescia com o passar do tempo.

James sacudiu a cabeça e saiu de seus pensamentos, vendo Remus franzir a testa.

_Não acho que isso vá dar certo.

_Não? Por que não? – perguntou James. – Acho que essa é a melhor ideia que já saiu da cabeça de vento do Sirius! Sem ofensas, amigo. – ele se virou para o outro.

_Tudo bem. –Sirius deu de ombros. – Não foi eu quem inventou isso de qualquer forma. Foi a Pam.

_Ah! Então está explicado porque é tão bom! – disse James, divertido.

Sirius sorriu, sabia que era uma brincadeira, mas deu um soco fraco no ombro de James.

_Ainda acho que isso não é uma boa ideia. Nós vamos nos meter em uma bela encrenca!

_Ah! Não seja estraga-prazeres, Remmy! – exclamou Pam.

Remus fechou a cara.

_Isso não tem graça, Pammy.

_Claro que tem! Vai ser divertido! – ela estalou a língua. – Quer saber? Se você não quer ir, não precisa. Mas vai perder toda a diversão!

James olhou para trás, para a margem do lago onde Lily e as amigas sempre ficavam. As quatro estavam lá. Isso era ótimo. Ranhoso devia estar dentro do castelo. Mas provavelmente nas masmorras, rondando a sala de poções como tinha feito nos últimos dias.

_Peter? Remus? Vocês vão ficar aqui? – perguntou James.

_Eu vou com vocês! – grunhiu Peter. – Vai ser divertido.

_Ótimo! – Sirius sorria. – Remus?

_Não, muito obrigado. Vou ficar aqui quieto, estudando para o teste de Transfiguração.

_Para quê você quer estudar isso? – disse Pam, pegando o livro do amigo, enojada. – Por Merlin, Remmy! Você é um lobisomem! Transforma-se todo o mês!

_Fale baixo, por favor! – o outro pediu e então acrescentou, sussurrando: - Sim, eu me transformo todo o mês. Mas não é por isso que eu tenho que deixar de estudar tudo! Tenho que ir bem nos testes. E você também devia estudar Pammy.

_Eu já sei tudo isso. – ela disse, lançando a ele um de seus irritantes olhares de superioridade.

_Não pelo que dá para perceber nas aulas de Transfigurações. – ele disse e Pam se zangou. Não por ele ter dito, mas porque ela sabia que ele estava certo.

_Mas na parte teórica eu vou bem e muito. – ela reclamou.

_Sim, mas e a prática?

_Eu acho que o problema é essa varinha estúpida! – ela disse, pegando a varinha de castanheira e a sacudindo. – Ela não consegue transfigurar as coisas!

Remus abriu a boca para falar. Ia sugerir que ela usasse a varinha dele então e ela iria revidar dizendo que a varinha só obedecia ao dono. Essa era uma discussão antiga que os outros já estavam cansados de ouvir.

_Chega! – exclamou James. – Vamos, Pam. Remus tem certeza de que vai ficar? Ótimo.

Pam, Peter, James e Sirius adentraram o castelo, deixando Remus embaixo da faia, lendo o livro de Transfigurações.

A ideia de Pam era realmente engraçada. E maldosa. Bastante maldosa na verdade, mas era mais engraçada que maldosa. Bom, pelo menos para eles.

Como o esperado, Ranhoso estava andando de um lado para o outro perto da sala de Poções. Nenhum dos quatro fazia ideia do porque de o garoto estar ali, mas na verdade, não lhes importava nenhum pouco.

_Olá, Ranhoso! – começou James, que estava alguns passos na frente dos outros.

O sonserino deu um pulo para trás, como se não esperasse encontrar ninguém ali.

_O-o que vocês q-querem? – ele gaguejou.

James sorriu maroto.

Ranhoso puxou a varinha e começava a murmurar algum feitiço quando Pam gritou:

_Expelliarmus!

A varinha do sonserino voou para longe.

_Boa, Pam. – elogiou Sirius.

A menina sorriu feliz.

James deu mais alguns passos e então gritou, em alto e bom som:

_ Incarcerous!

No mesmo momento cordas voaram como cobras da ponta da varinha de James. Elas se enrolaram no corpo de Severus e prenderam seus braços, pernas e boca, o fazendo perder o equilíbrio e cair no chão.

Pam, Peter, Sirius e James gargalharam.

_E agora? – perguntou James para Pam.

A garota sorriu travessa.

_Vamos nos divertir!

*~~*~~*~~*~~*

_Oi Remus. – disse Lily ao se aproximar, timidamente, do garoto.

Remus levantou a cabeça, tirando seus olhos do livro pela primeira vez em muito tempo.

_Ah! Olá Lily. Tudo bem?

Ela sorriu gentilmente para ele.

_Sim e você?

_Ótimo. Obrigado por perguntar.

Fez-se silêncio por um tempo.

_Hum… Remus? Será que você não viu o Sev, viu? Quero dizer, já faz um tempo que eu não o vejo e como também não vi seus amigos… Eu pensei…

_Eu não sei de nada. Sinto muito, Lily. – mentiu Remus. Ele podia até não concordar com os amigos, mas jamais os entregaria.

_Certo. Obrigada de qualquer jeito. – ela disse se afastando.

Remus era o único daquele grupo com quem ela era capaz de conversar sem elevar a voz. Ela até gostava do garoto e eles poderiam ser amigos, se não fossem os amigos dele. Lily odiava Potter, Black e Porter. Potter em especial. Ele era arrogante, mimado, idiota… Tinha algo nele que a irritava e muito!

A ruiva voltou para juntos das outras três. Alice, Dory e Lene não gostavam de Sev. Não gostavam dele, mas ela sabia que era porque elas não o conheciam e o julgavam apenas pela sua casa. Sonserina. A casa dos bruxos das trevas.

Era claro que Lily não concordava. Mas, iria, uma hora ou outra, iria acabar com esse preconceito das amigas, elas tinham que conhecer Severus melhor.

No final, ela sabia tudo ficaria bem.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Agora Peter, Pam, Sirius e James riam tanto que começavam a ficar sem ar. Ranhoso se remexia como um peixe fora da água, mas era claro que seus esforços eram inúteis, as amarras estavam firmes demais.

Pam, que era ótima com feitiços, convocou um espelho e deixou que Ranhoso visse como ele tinha ficado.

_Uma obra-prima! – exclamou James, entre uma risada e outra.

Ranhoso arregalou os olhos ao ver sua imagem refletida no espelho.

Ele estava usando uma maquiagem de palhaço. O batom vermelho estava borrado e tinha pouco realmente em sua boca, a sombra azul forte era excessiva e em suas bochechas o vermelho do bush lhe deixava horrível. Seus cabelos também não tinham escapado. Estavam presos em dois pequenos rabos-de-cavalo muito malfeitos.

Ranhoso tentou gritar, mas seus gritos saíram abafados por causa das cordas.

James agora tinha caído no chão de tanto rir, no que foi seguido por Peter. Pam soltou uma risada gostosa. A risada que Sirius tanto gostava de ouvir.

Eles estavam fazendo barulho demais para perceber quando passos ecoaram pelo corredor, mas, nenhum deles foi louco o suficiente para continuar rindo quando viram quem tinha acabado de dobrar o corredor.

Pam engoliu em seco, levemente assustada.

O Profº. Misallen, que lecionava Defesa Contra as Artes das Trevas, estava parado, olhando para eles com um olhar desaprovador.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom. Tenho algumas coisas a dizer:
1- Quem já viu que o Pottermore lançou para o público? Eu vi! E já me cadastrei! Quem tiver conta lá ou resolver fazer uma me adiciona como amiga, ok? Eu sou a QueenLumos3910
http://www.pottermore.com/
2- Gente, você podem me fazer um favor e ler a história da minha irmã? É muito legal, juro.
https://www.fanfiction.com.br/historia/203387/A_Lenda_Dos_Cristais
E é isso. Obrigada por tudo! BlueBerryKisses!