Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 2
Capítulo 2 - Somos da Grifinória!


Notas iniciais do capítulo

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A cada segundo James gostava menos daquela menina. Ela era realmente irritante. Lembrava-se dela ter entrado na sua cabine no trem e pedido para entrar e depois, sem esperar resposta, ir embora. 

Apesar de não bater em garotas, se ela continuasse a rir, Sirius teria que segurá-lo para ele não a atacar. 

-Desculpe._disse ela, se recuperando._ É só que é tão engrado!!

_O que é engraçado? Meu nome?_ disse ele, grosso.

_Em parte._ ela respondeu, tinha parado de rir._ A outra parte é o meu.

James ficou realmente confuso com essa revelação. Como assim? Talvez ela fosse simplesmente maluca. 

Mas antes que a garota pudesse dizer mais alguma coisa, a porta se abriu. A Professora McGonagall tinha voltado. 

_Por favor, façam fila e me sigam.

Embora James odiasse ter que obedecer, ele entrou na fila, na frente de Sirius e atrás de Remus. Peter Pettigrew estava atrás de Sirius.

_O que é que temos que fazer?_James perguntou para Sirius.

-Eu não sei. Minha prima, Bellatrix, disse que doía muito, mas eu acho que é mentira. Sabe, ela nunca gostou muito de mim.

Então eles entraram no Salão Principal.

Era um lugar surpreendente.

O teto estava cheio de estrelas...

_ É enfeitiçado para parecer o céu lá de fora._sussurrou Remus._ Li em Hogwarts, uma História.

_Nerd._disseram Sirius e James ao mesmo tempo.

Havia quatro mesas compridas, uma para cada casa, onde os
outros estudantes estavam sentados e no fundo tinha mais uma mesa, para os professores. A Professora Minerva levou os alunos de primeiro ano até ali, de modo que eles pararam enfileirados diante dos outros, tendo os professores às suas costas.

Todos os outros alunos os encaravam.

_Nossa, estou me sentindo tão famoso!_ disse Sirius, sorrindo.

James não pode deixar de dar uma leve risadinha.

_Eu podia me acostumar com isso.

_Eu também._ Sirius concordou.

A professora colocou um banquinho de quatro pernas na frente dos alunos do primeiro ano e em cima, um chapéu velho e imundo, remendado em alguns lugares.

_Essa é uma escola famosa, não podiam comprar um chapéu mais novo, não?-sussurrou Sirius.

Remus, que estava na frente deles, olhou para os dois e sorriu.

_Você está certo nisso._ E então voltou a olhar para frente.

_Como foi que ele ouviu?_ sussurrou Sirius de novo.

_Cara, você não sabe ficar quieto?_ disse James, irritado.

O garoto se calou.

Durante alguns segundo ninguém em todo o salão falou nada, então finalmente o chapéu começou a cantar:

Eu sou o Chapéu Seletor

E chapéu mais esperto não há

Há muitos séculos atrás

Eu fui criado pelos fundadores

Só eu poderei dizer

Em que casa você deve ficar

Não tem nada em sua cabeça

Que eu não possa encontrar

Talvez seu destino seja a Grifinória

Casa dos corajosos e de valente coração

Ou então será Corvinal

Onde estão os de maior inteligência e saber

Ou quem sabe Sonserina

Casa dos alunos que tem ambições e gostam de poder

Ou ainda Lufa-Lufa

Onde estão os mais justos, pacientes e leais

Basta apenas me experimentar

Não tem o que temer

Até hoje ainda não me enganei

Vamos, me experimentem!

Darei uma olhada na sua cabeça

E direi qual é casa ideal para você.

Aplausos ecoaram por todo o salão quando o chapéu parou de cantar. Ele fez uma reverencia para cada uma das quatro mesas e ficou quieto de novo.

_Só temos que experimentar um chapéu! _ cochichou Sirius mais uma vez._ Eu vou matar a Bellatrix!

_Espero que nós estejamos na Grifinória._ então lançou um olhar raivoso para a garota de cabelos castanho-escuros._ E que ela não.

_Ainda não entendi o porquê da briga.

_Acredite, ela é uma chata.

A Professora Minerva segurou um rolo de pergaminho e disse:

_Quando eu chamar seus nomes, por favor, coloquem o chapéu e sentem-se no banquinho. ASH, LUCY. 

_LUFA-LUFA! _e uma menina sorridente foi aplaudida por todos de sua casa.

_ AVERY, IAN.

Um garoto de cabelos castanho-claros colocou o chapéu na cabeça e alguns poucos segundos depois, o chapéu anunciou:

_ SONSERINA!

Todos a Sonserina começaram aplaudir e o garoto se juntou aos companheiros.

_BLACK, SIRIUS.

_Me desejem sorte.

_Sorte._disseram Remus e James ao mesmo tempo.

Ele se sentou no banquinho com o chapéu na cabeça, parecendo entediado. O chapéu se demorou antes de anunciar:

_GRIFINÓRIA!

James aplaudiu com entusiasmo, feliz pelo amigo, o que não aconteceu com a mesa da Grifinória, todos pareciam confusos e se olhavam como se houvesse um engano.

_BONES, EDGAR.

_LUFA-LUFA!

_BOOT, CARL.

_CORVINAL!

Cole, Kelly virou uma corvinal e Campbell, Nancy uma lufa-lufa.

_DARWIN, MARTHA.

_SONSERINA!

_DIXON, OSCAR.

_CORVINAL!

O garoto moreno correu para sua mesa, sobre uma onda de aplausos.

_EVANS, LILY.

Evans, Lily. A garota de cabelos acaju e perfeitos olhos verdes. A garota mais linda do mundo na opinião de James.

Ela se dirigiu para o banquinho, com o as pernas tremendo. A Professora McGonagall colocou o Chapéu Seletor em sua cabeça, e ele mal tocou seus cabelos vermelhos escuros, quando gritou:

_GRIFINÓRIA!

James ficou feliz como nunca. Agora tinha motivos o suficiente para se jogar da torre mais alta de Hogwarts se não fosse para a Grifinória. Ele
escutou um garoto perto dele, Severo, dar um pequeno gemido. Lily tirou o
chapéu, devolveu-o a Professora McGonagall, e se dirigiu a mesa alegre da Grifinória, mas assim que chegou, olhou para o sebento perto de James, e havia um pequeno e triste sorriso no rosto dela. James viu Sirius levantar-se do banco para dar lugar a Lily. Ela o olhou, e pareceu reconhecê-lo do trem, cruzou os braços firmemente, dando as costas para ele.

A chamada continuou.

Foster, Abigail. Fox, Michael. Griffith, Tim. Hall, Kevin. Harris, Megan. Holliday, Hallie. Jones, Daniel. Khan, Amy…

Um garoto de cabelos escuro, chamado Frank Longbottom, foi para Grifinória também. E Lupin se juntou a Sirius, Lily e Frank.

McKinnon… Meadowes… Munciber… Owens…

Pettigrew finalmente foi chamado. Ele se sentou no banquinho. O Chapéu se demorou. Pareceram horas até que foi anunciado:

_GRIFINÓRIA!

_PORTER, PAMELA.

E a garota de cabelos castanho-escuros se sentou no banquinho. Finalmente James entendeu o motivo de tanta graça. Os sobrenomes deles eram quase iguais!

_GRIFINÓRIA!

E ele teria que aguentar ela por pelo menos sete anos. Se tudo tinha sido um sonho até então, James tinha caído da cama.

_POTTER, JAMES.

Certo, era a vez dele. O garoto respirou fundo antes de se sentar no
banquinho e deixar a Professora Minerva colocar o chapéu em sua cabeça.

“Ora, o que temos aqui!” disse uma voz, que se enroscou por seu cérebro antes de ele entender que só ele podia ouvi-la. “Um tanto notável de coragem. E também uma certa tendência para confusão. Bom, bom… Tenho o lugar perfeito para você.”

_GRIFINÓRIA!

James ouviu a última palavra ser dita para o Salão inteiro.

Ele tirou o chapéu da cabeça e correu para sua mesa, para se juntar a Sirius, Remus, Peter e a sua ruiva.

_Por um momento, eu achei que você não viesse para cá._disse Sirius, enquanto eles aplaudiam uma garota de rosto redondo que acabara de se juntar a Grifinória.

_Por um momento, eu achei que você ia para a Sonserina.

Sirius riu.

_Eu? Sonserina? Tá brincando? Eu só vou ter um problema agora.

_Qual?_disse James, olhando para o amigo.

_Quando minha mãe souber. É bem capaz de ela me deserdar. Ou talvez me mate.

_É, mas pelo menos você vai ser um grifinório morto.

E dois riram.

_Ei, olha, James, é o Ranhoso!

Severo tinha acabado de sentar no banquinho e colocado o chapéu na cabeça.

Alguns segundos se arrastaram, então:

_ SONSERINA! _ gritou o Chapéu Seletor.

E Snape seguiu para o outro lado do Salão, longe de Sirius, James e Lily, onde os estudantes da Sonserina o recebiam felizes, onde um garoto de cabelos quase brancos de tão loiros, com um distintivo de monitor brilhando em seu peito, deu palmadinhas nas costas de Snape quando este se sentou ao seu lado.

_Sonserina! Há!_ exclamou James feliz._ Acho que com isso eu poderia aguentar a tal da Pamela.

_Hum, não sei não. Ela até que é bem bonita não?_ Sirius secava a menina, que conversava com Marlene McKinnon.

Por mais que a odiasse, ele não podia negar que seus cabelos castanhos eram sedosos e bonitos e que os olhos azuis brilhavam.

James balançou a cabeça, afastando esse pensamento.

_Não._ Ele mentiu._ Mas e a Lily? O que você acha dela?

Nesse exato momento Vance, Emelina foi para a Corvinal.

_Bonita. O que você acha, Remus?

_Eu?_disse o garoto, distraído._ Eu? Eu acho que sim. O que mesmo que eu acho que sim?

Sirius e James riram.

_Estamos falando da Pamela e da Lily._ disse Sirius._ E o quão bonitas elas são.

_Ah! É, sim, sim. Concordo._ Mas ele não pareceu muito entusiasmado.

Young, Anna foi mandada para a Corvinal, encerando assim a Seleção.

O Salão ficou em silencio quando Alvo Dumbledore, o diretor, ficou de pé.

_Sejam bem-vindos! Bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Antes de nós ficarmos tontos com esse magnífico banquete, eu gostaria de dizer algumas coisas. Primeiro, gostaria de avisar aos alunos novos de que a Floresta é proibida. Esse ano, receberemos a Profª. Funke, de Defesa Contra as Artes das Trevas. Boa-sorte, professora!

Uma bruxa de óculos de meia-lua, nariz empinado e cabelos grisalhos presos em um coque apertado na nuca, se levantou e fez uma referência, diante dos aplausos de todas as mesas.

_Essa aí deve ser chata._ comentou James com Remus._ Não ficaria nada espantado se ela não nos deixasse usar varinhas.

Lupin balançou a cabeça, concordando.

_E agora._ continuou Dumbledore._ Que o banquete seja servido!

Comida surgiu do nada encima das quatro mesas. James viu Sirius se servindo de tudo o que conseguiu alcançar e comendo uma coxa de galinha de um modo muito canino.

Ele então, pegou algumas coisas também e comeu até não aguentar mais.

*~~*~~*~~*~~*~~*

_Que sono!_Pam ouviu Marlene, sua nova amiga, exclamar antes
de desabar na cama mais próxima da porta.

Ela riu da amiga e se sentou na cama próxima a janela, do lado da que Dorcas Meadowes tinha pegado.

_Ei, Lene! Você não vai ao menos trocar de roupa?_perguntou Lily, que tinha pegado a cama perto do outro lado de Dorcas.

_Eu? Eu não, por que eu faria isso?

E todas as outras quatro garotas riram.

_Escova os dentes, Lene! É um mínimo que você pode fazer!

_Quem você pensa que é Alice? Minha mãe?_ disse Lene, jogando os longos e cacheados cabelos pretos para trás para encarar Alice Puckle, a garota de rosto redondo.

Desta vez, Dory, Lily e Pam riram.

Pam estava se perguntando por que não conhecera aquelas garotas antes. Elas eram tão divertidas!

_Lene, que horror! Você não escova os dentes?_disse Dory, brincando._ Desse jeito você vai ter caries e não via poder beijar o seu amado Daniel!_ ela falou, em tom sonhador.

Marlene corou e jogou o travesseiro na amiga, enquanto todas riam.

_Quem?_perguntou Pam, tentando não rir.

_Daniel Jones, você sabe. Aquele carinha que foi para a Corvinal._disse Dory._ A Lene ficou tãããão tristinha quando ele foi para lá!

_Não é verdade!_disse Lene, emburrada.

_Não mesmo._ concordou Alice._ A verdade é que ela ficou triste quando ela foi para a Grifinória.

Todas começaram a rir ainda mais alto.

Marlene se levantou, colocou o malão em cima da cama e começou a atirar as próprias coisas para todos os lados.

_Lene!_ disse Lily, desviando de um chinelo._ O que você está fazendo?

Mas Lene não respondeu. Continuou arrancando as coisas da mala.

_Por Merlin, Lene! Você não pode ser um pouquinho mais arrumada?_disse Alice, assustada, usando os braços como proteção.

E, mas uma vez, Lene não respondeu.

Finalmente pareceu achar o que estava procurando. Disse “A-há!” quando achou um pequeno embrulho e foi para o banheiro.

_Lene, pelas barbas de Merlin, o que você acha que está fazendo?_ disse Pam.

_Indo escovar os dentes._ E bateu a porta trás de si.

Dory, Lily, Pam e Alice começaram a rir de novo.

_Humm! Mas e você, Lily, e aquele garoto da Sonserina? Severo não é mesmo?_disse Dory, deitando na cama.

_Ah? Que? Não! Nada a ver! Ele é meu melhor amigo, é só isso eu… Céus, Dory, você só pensa nisso? Só consegue pensar em garoto?

_É um dom._disse ela distraída, virando de barriga para cima e encarando o teto.

Lene tinha finalmente voltado, usava uma camisola branca e tinha os
cabelos presos em um rabo de cavalo feito às pressas.

Pam se levantou, pegou suas coisas e foi para o banheiro, deixando Alice e Lene discutindo:

_Você tem que arrumar isso! Olha só a bagunça! Você não consegue ser um pouquinho organizada?

_Eu já disse que eu arrumo depois!

_Não deixe para fazer depois o que você pode fazer agora!

_Eu não posso fazer agora!

_E por que não?

_Porque eu to dormindo!

_Não tá não!

_To…

E Pam bateu a porta, abafando o som da discussão.

Primeiro trocou de roupa. Colocou um pijama azul que ela tinha e depois também escovou os dentes e penteou o cabelo castanho.

Então, encarou a imagem refletida no espelho. Debaixo de olhos azuis, estavam sombras escuras, por causa da viagem e de que não tinha dormido nada na noite anterior, tão ansiosa estava para ir para Hogwarts.

Hogwarts… Agora ela estava ali. Tinha quatro colegas de quarto maravilhosas e era da Grifinória. Tinha a vida que sempre quis. Por que, então, estava se sentindo tão incompleta? Alguma coisa lhe faltava. Era um detalhe tão pequeno que tinha passado despercebido. E agora, procurando esse detalhe, Pam não conseguia achar. Embora achasse (tinha certeza!) que quando tivesse essa coisa, nada mais iria importar.

Decidida a não se deixar abalar por causa disso, Pam prendeu o cabelo em um coque frouxo e voltou para o dormitório, onde Alice e Lene tinham parado de brigar, todas já estavam de pijama ou camisola e pareciam prontas para dormir.

Dory, Lily e Alice foram juntas escovar os dentes. Pam fechou as cortinhas de sua cama e ainda podia ouvir murmurinhos, sinal de que as outras garotas continuavam conversando, mas eram murmurinhos distantes e nada preocupantes, não incomodavam Pam em nada.  Ela sentia as suas pálpebras ficarem pesadas e finalmente adormeceu.

*~~*~~*~~*~~*~~*

Quando Sirius acordou, parecia que tinha ido dormir a não mais do que alguns poucos segundos. Seu corpo parecia feito de chumbo e as pálpebras estavam tão pesadas, que ele não conseguia as abrir.

Ouviu uma conversa distante, parecia que algumas pessoas discutiam alguma coisa. Mas ele não queria saber o que, ele não se importava…

Primeiro a claridade, um raio de sol atingiu certeiro seu rosto, o que fez com que ele fechasse os olhos com ainda mais força e então ele ouviu alguém falar algum feitiço e tudo ficou gelado, obrigando Sirius a se levantar com um salto.

_O que está acontecendo?

Sirius ouviu risadas, seus olhos identificaram três formas escuras, que riam.

Agora ele estava bravo, balançou a cabeça e água escorreu de seus cabelos escuros, então, ele levantou pelo colarinho o vulto mais próximo.

_O que você acha que estava fazendo? Seu… seu…_ rosnou ele entre os dentes.

Pela primeira vez, ele conseguiu ver quem era. James olhava para ele, divertido, quase o desafiando a dar-lhe um soco.

Sirius o devolveu para o chão e olhou irritado para os outros dois
garotos, Pettigrew e Lupin.

_ E vocês? O que estão olhando?

_Não fique assim tão bravo, Sirius._ brandou Lupin, colocando a mão no ombro do amigo, tentado o acalmar.

_Não ficar bravo? Não ficar bravo! Estou encharcado_disse ele, se livrando da mão de Lupin.

Sirius olhou para o lado e viu Pettigrew, ele parecia a ponto de fazer
xixi nas calças de tanto medo.

Sirius mostrou os dentes para os três e se sacudiu como um cachorro para tirar a água do corpo.

_Cadê o outro garoto? Frank.

_O Longbottom? Ele já foi tomar café da manhã. Achamos que você podia estar morto, depois de toda a gritaria que houve por causa de um gato amarelo e o rato de Pettigrew…_disse James._ Bom, depois uma garota do segundo ano levou o gato embora, mas acho que o rato nunca mais vai ser o mesmo.

_Aquele gato quase matou o Queimado!_grunhiu Peter.

_Queimado? Por que ele se chama assim?

Mas nesse momento Sirius viu o rato andando em cima da cama de Peter. Ele tossiu e soltou fogo pela boca.

_Tentei transformá-lo em um dragão._ disse Peter, dando de ombros.

James jogou alguma coisa em Sirius, que logo percebeu que se tratava de sua capa da Grifinória.

_Veste longo e vamos. Eu estou morrendo de fome!

Sirius jogou a capa nele de volta.

_Cara, você é um idiota sabia?

James sorriu, sabia que tinha vencido. Quando alguma pessoa começa a xingar a outra é porque não tem nada mais inteligente para dizer.

*~~*~~*~~*~~*~~*

A lua cheia estava se aproximando. E justo agora que Remus tinha
finalmente conseguido amigos.

James, Sirius e Peter estavam conversando sobre Quadribol, enquanto tomavam seu café-da-manhã, ignorando que um lobisomem estava ao lado deles.

O que diriam eles se soubesse da verdade? Se afastariam com certeza. E Remus não poderia culpá-los, teria feito o mesmo.

Sua primeira aula era Transfiguração, mas Remus pretendia falar com Dumbledore antes de ir. O professor dissera que desde que tomasse algumas precauções, não teria problemas frequentar a escola. Era justamente sobre isso que Remus queria falar. Precisava saber quais eram essas precauções.

Ele não podia simplesmente se transformar no dormitório. Em casa, ele era trancado no porão, mas não tinha certeza de que ali havia um.

Terminou de comer, deu uma desculpa muito mal contada para os outros (que ele tinha certeza que não tinha convencido) e foi para o escritório do diretor.

Estava andando, quando de repente percebeu que não sabia onde era a sala do professor. O castelo era imenso. Logo Remus entendeu que tinha se perdido completamente. Não lembrava de ter visto nenhum daqueles quadros antes.

_Remus? O que faz aqui?

_Hagrid!

Era uma sorte o homem enorme, estar ali.

_ Hagrid eu… eu me perdi… eu estava…

_Procurando o escritório de Dumbledore?_Remus assentiu._ É, eu achei mesmo que você fosse fazer isso com a lua cheia tão perto…

Remus arregalou os olhos.

_Você… você sabe!

_Claro que sei. Todos os professores também sabem.

_Hagrid eu… eu… me desculpe…

_Por o que? Por ser o que você é? Você não tem culpa! E cá entre nós, eu acho até bem legal.

Remus se permitiu sorrir, gostava muito de Hagrid. Fora ele quem levara a carta de Dumbledore avisando que tinha sido admitido em Hogwarts, não importando que ele fosse um lobisomem.

_Vem, vou te levar até lá.

Remus se juntou a Hagrid em uma caminhada que pareceu levar séculos.

O garoto quase podia ouvir o sangue pulsando pelas veias do homem. Era a proximidade da lua-cheia. Ele se sentia muito… lupino. Podia ver mais do que um ser humano normal, podia ouvir um muito mais.

_Delícias Gasosas._ disse Hagrid para uma gárgula que imediatamente deu espaço para eles subirem as escadas.

Então o gigante levantou a mão e bateu na porta.

_Entre._ disse a conhecida voz de Dumbledore.

_Professor Dumbledore…_disse Hagrid assim que entrou.

_Oh, olá, Hagrid. O que o trás aqui?

O homem deu um passo para o lado, deixando Lupin a vista.

_Oh! Remus! Que bom vê-lo! Suponho que tenha vindo falar sobre a lua-cheia assim, tão próxima. Madame Pomfrey irá levá-lo para uma casa abandonada em Hogsmeade. Tem uma passagem secreta que liga a casa a escola, não se preocupe.

Remus assentiu.

_Creio que você só se transforme a noite então…

_Mas durante o dia, na lua-cheia, fico muito instável. Se alguém me
irritar eu me transformo.

_Nesse caso, sinto muito, Remus, mas temo que vá ter que passar uma semana lá por mês.

Remus assentiu mais uma vez.

_Eu… obrigado, professor.

_Eu digo que você vai ter que ficar trancado em uma casa abandonada uma vez por mês e você me agradece, Remus? – disse o diretor olhando o garoto por cima dos oculhinhos de meia-lua. – Mas em todo o caso, de nada.

Remus sorriu ao comentário de Dumbledore. Ele já ia saindo da sala, quando virou para trás e disse:

_Professor, você se importaria de não contar a ninguém mais sobre isso? Quero dizer, a nenhum dos alunos?

Dumbledore pareceu supreso por um momento.

_Claro que não vou contar, mas seus amigos…

_Principalmente a eles. Tenho medo de que eles se afastem quando
descobrirem.

_Tenho certeza de que se eles forem seus amigos de verdade, então não se importaram…

_Por favor…

_Tudo bem, Remus._disse o professor, depois de suspirar.

Então Hagrid e ele sairam da sala do diretor.

_Hagrid, se não for abusar de mais, posso te pedir uma coisa?

_Claro que pode.

_Tenho aula de Transfiguração agora. Será que você poderia…

_Não precisa dizer mais nada. E eu ficaria honrado em te levar até lá.

Remus sorriu feliz, enquanto seguia o guarda-caças pelo castelo.


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Notas finais do capítulo

Gente, vê se esse tamanho para os capítulos está bom.



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