Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 111
Capítulo 2 - Dois de Nós


Notas iniciais do capítulo

Bom, quero agradecer a todos que tem me acompanhando até aqui :D Desta vez de uma por todas, estamos na reta final. Quero dizer que como vocês são leitores muito fofos (agradecimentos especias a Professora Porter e And Allegra) vamos ter um capítulo bônus (EBA!). Também quero deixar bem claro que eu vou responder todos os comentários, mas como estou com o tempo bem apertar, tenho que escolher entre escrever ou responder os comentários, então, bom...
Por fim quero agradecer a Hellikait e a Brenda Afonso pelas recomendações, vocês dão demais!
E agora o capítulo...



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Era impressionante como tanta coisa haviam mudado em apenas alguns meses. Voldemort vinha tomando o controle do mundo mágico, cada vez mais pessoas eram dadas como mortas ou desaparecidas, quem podia estava fugindo, os sequestradores estavam atrás de nascidos-trouxas para terem recompensas no ministério, Harry e os amigos estavam em sua busca desesperada pelas horcruxes que continham fragmentos da alma de Voldemort e eram a única coisa o mantinham vivo…

Mas, Harry falara o nome do Lorde das Trevas sem querer e acabou atraindo vários sequestradores para onde eles estavam e levados até a casa dos Malfoy junto com Dean e Grampo, que já haviam sido presos pelo menos grupo.

Lá todos foram jogados em uma cela onde já estavam Luna e o Sr. Olivaras, menos Hermione, a qual Bellatrix pretendia torturar para saber como eles haviam conseguido a espada de Gryffindor que devia estar no cofre da mulher.

Eles podiam ouvir os gritos de Hermione no andar de cima, dizendo que a espada era falsa e para comprovar tal fato, Grampo, como um duende, foi chamado para verificar.

Mas finalmente Dobby chegou. E Harry pediu para que ele levasse o Sr. Olivaras, Luna e Dean embora, mas os dois últimos protestaram.

Hermione havia gritado novamente.

–  Vão! –  Harry ordenou para Luna e Dean –  Vão! Vamos seguir vocês, mas agora vão!

Eles agarraram nos dedos do elfo. Então houve um "crack", e Dobby, Luna, Dean e Olivaras haviam sumido.

–  O que foi aquilo? –  gritou Lucius Malfoy do topo de suas cabeças –  Vocês ouviram isso? O que foi esse barulho na cela?

Harry e Rony se encararam.

–  Draco, não, chame Rabicho! Faça-o ir checar!

Passos cruzaram a sala acima deles, e logo houve silêncio. Harry sabia que as pessoas na sala de cima haviam ouvido mais barulhos da cela.

–  Nós teremos que tentar atacá-lo. –  sussurrou para Rony. Eles não tinham escolha: no momento em quem entrassem no lugar e vissem que três prisioneiros haviam sumido, estariam perdidos –  Deixe as luzes ligadas... – Adicionou Harry, então ouviram passos do lado de fora da porta. Voltaram para perto da parede de cada lado do lugar.

–  Afastem-se. –  veio a voz de Rabicho –  Fiquem longe da porta. Estou entrando.

A porta abriu. Por um segundo Rabicho observou a cela aparentemente vazia, incandescente por luzes de três sóis de miniatura flutuando no ar. Então Harry e Rony lançaram-se sobre ele. Rony agarrou o braço em que estava a varinha do homem e forçou para cima. Harry levou uma mão para sua boca, impedindo sua voz. Brigaram silenciosamente: a varinha de Rabicho emitindo centelhas, sua mão de prata fechada em torno da garganta de Harry.

– O que foi, Rabicho? –  chamou Lucio Malfoy de cima.

–  Nada! –  Rony respondeu numa razoável imitação de voz esganiçada de Rabicho –  Está tudo bem!

Harry mal conseguia respirar.

–  Você vai me matar? –  disse Harry chocado, tentando se livrar dos dedos prateados –  Depois que eu salvei sua vida? Você me deve uma, Rabicho!

Os dedos prateados se afrouxaram. Harry não esperava isso: ele se encontrou livre, atônito, mantendo sua mão sobre a boca de Rabicho. Viu os olhos marejados do pequeno homem rato abertos com medo e surpresa. Parecia tão chocado quanto Harry pelo que sua mão tinha feito no fraco e misericordioso impulso que teve, então continuou a lugar com mais empenho, como forma de desfazer aquele momento de fraqueza.

–  A gente vai ficar com isso! –  sussurrou Rony, tomando a varinha de Rabicho de sua mão.

Desarmado, acuado, as pupilas de Petigrew se dilataram de medo. Seu olhos passaram do rosto de Harry para alguma outra coisa. Seus próprios dedos estavam se movendo pra sua própria garganta.

–  Não!

Sem parar pra pensar, Harry tentou parar a mão, mas não havia como. A mão prateada que Voldemort deu ao seu servo mais covarde tinha se virado contra seu desarmado e fraco dono; Pettigrew estava sendo punido pelo seu momento de hesitação, seu momento de misericórdia; ele estava sendo estrangulado diante dos seus olhos.

–  Não! –  Rony se juntou a Harry também, e juntos tentaram separar os dedos de metal do pescoço de Rabicho, enquanto Pettigrew já estava ficando azul.

–  Relaxo! –  falou Rony, apontando a varinha para a mão prateada, mas nada aconteceu; Pettigrew caiu de joelhos, e no mesmo momento, Hermione deu um grito terrível em cima deles. Os olhos de Rabicho viravam em sua face púrpura, que então se debateu pela última vez, e ficou imóvel.

Harry e Rony olharam-se, então deixaram o corpo de Rabicho no chão atrás deles, correram as escadas e voltaram na sombria passagem para o lugar onde estiveram.

Mas antes de finalmente se entregar a escuridão, Rabicho teve tempo de ter um último pensamento: “Por favor, me perdoem por tudo” e com isso ele se referia a cada pessoa a quem ele já fizera qualquer mal. No final de tudo, ele se arrependeu verdadeiramente e desejou poder voltar no passado e mudar suas atitudes. Mas já era tarde…

E ele sucumbiu.

*~~*~~*~~*~~*

Era uma manhã de abril típica na casa dos Porter. Eles estavam tentando se manter escondidos e a salvo, ainda mais que eles tinham os gêmeos agora. Fazia algum tempo que eles não tinham notícias do resto da Ordem da Fênix que não pelo Observatório Potter no rádio que eles conseguiam ouvir em tempo em tempo.

No momento, porém, sendo uma típica manhã para a família, Pam estava prestes a ter mais um de seus ataques de raiva.

– Não chore, Brian… - ela disse, tentando acalmar o filho com um ursinho azul já que ele chorava a plenos pulmões. – Está tudo bem, não chore…

Ela acaba estava sentada no tapete redondo na sala. Brian estava bem a sua frente, sentado também, como aprendera fazia pouco tempo. E apesar de o menino não parar de chorar, Pam teria ficado feliz se fosse só ele.

– Kathleen, pare com esse barulho infernal! – ela gritou irritadíssima para a filha que não parava de bater dois bonecos de plástico um no outro.

Brian chorou com mais força, mas Kath, parada perto do sofá, apenas voltou sua atenção para a mãe curiosa, os olhos cinzas grandes demais para o rosto pequeno, e riu gostosamente, mostrando os dentinhos da frente que começavam a apontar.

– Kathleen, eu disse não. – Pam repetiu rigidamente, enquanto a bebê continuava a bater os bonecos um no outro, mas mesmo assim ela não parou.

A mulher suspirou, Kathleen era teimosa e raramente obdecia. Ela finalmente levantou, pegando o ainda choroso Brian no colo e tirando os brinquedos da mão de Kathleen, que olhou assustada quando não os viu mais e então estendeu as mãozinhas gorduchas para Pam, pedindo-os de volta.

– Eu não vou devolver.

Kath continuou olhando para a mãe, agora começando a fazer uma careta e emitir sons engraçados, sem conseguir realmente falar, mas balbuciando alguma coisa que soava como um idioma estrangeiro.

­– Não. – disse uma última vez, e finalmente a filha abriu o berreiro, fazendo (se é que era possível) Brian chorar mais alto ainda. – Droga! – murmurou a mãe de primeira viajem, tentando balançar o filho em seus braços para que ele se calma-se e olhando para Kath. E como um último apelo desesperado, tentou: – Calem a boca, vocês dois!

Mas, claro que não funcionou e serviu apenas para piorar ainda mais a situação. Por fim ela colocou Brian no chão também e irritada, entregou cada um dos boneco que tinha em mãos para um dos filhos.

– Felizes agora? – Kath parou de chorar primeiro, e vendo que a irmã se acalmara, Brian parou também, esperando pelo próximo movimento dela com o brinquedo que acabara de receber.

Ela não tinha muito o que fazer com um brinquedo só então olhou para Brian e viu que ele tinha o outro. Olhou por alguns momentos para ele e então arrancou o boneco de sua mão.

Brian, ao inves de começar a chorar desta vez, avançou para a irmã, mas não conseguiu alcançar as mãos dela, mas suas mãos alcançavam outra coisa.

Ele puxou o cabelo preto e escaço de Kath com força.

A menina virando-se então de novo para o irmão, os olhos lacrimejantes, e acertou-lhe um tapa desajeitado.

Foi a vez de Brian chorar.

– Não! – Pam gritou, tentando afastá-los e impedi-los de brigar. – Não… - ela disse, mas fracamente, agora começando a perder as esperanças.

Nesse momento, entretando, Martin apareceu na sala, atraido com tanto barulho.

Pam estava então aliviada e irritada ao mesmo tempo, já que os gêmeos ainda não paravam de chorar.

Ela levantou-se rapidamente ao ver o pai.

– Acho melhor você cuidar deles por um tempo! – ela apontou para os olhos sentados no tapete. – Porque se eu ficar mais um minuto com eles, eu amarro os dois e coloco fogo!

O pai levantou as sobrancelhas, sem aprovar ou desaprovar as palavras da filha, mas então avançou pela sala, aproximando-se do gêmeos e então sorriu apertamente para eles:

– O vovô chegou! Cadê meu Brian, cadê minha Kath? Meus bebês lindinhos! – ele disse, em uma voz animada, o que fez os dois pararem de chorar para prestarem atenção no homem e Kath sorriu para ele, enquanto Brian apenas o olhou curioso. – Vamos brincar? – e então ele pegou os dois bonequinhos cuidadosamente que estavam com Kath e começou a fazer uma pequena encenação com eles, fazendo os mais novos rirem.

Pam sorriu também, satisfeita em saber que o pai tinha tanto jeito com crianças e que os gêmeos os adoravam. Mas também feliz em saber que teria um pouco de sossego.

Foi quando alguém tocou a campainha. Martin virou-se para Pam, mas ela o tranquilizou com o olhar, garantindo que atenderia a porta.

Gritou para a pessoa do outro lado da porta, perguntando quem era e quando recebeu uma resposta completa e satisfatoria, abriu a porta com um estranho prazer em ver o amigo depois de tanto tempo.

– Remmy! – ela gritou, quase se atirando para cima dele. – Quanto tempo eu não te vejo!

Ele forçou um sorriso para ela e perguntou se podia entrar, tinham assustos a tratar. Depois de convidá-lo a entrar, ela olhou preocupada ele:

– Boas ou más notícias? – perguntou.

– Um pouco de cada. – ele se limitou a responder, olhando para o Martin ainda brincando com os gêmeos, que olhou brevemente para o recém-chegado e sorriu para ele. – Podemos falar em um lugar mais particular? – perguntou, voltando-se novamente para Pam.

Ela assentiu, o guiando para dentro da casa, para o seu próprio quarto.

– Não me diga que aconteceu alguma coisa com alguém da Ordem. – ela disse, começando a se preparar para algo terrível.

– Não alguém da Ordem. – disse. – Mas alguém que conhecemos. – Remus não parecia muito certo de como diria aquilo, parecia bem confuso na verdade, duvidoso de como continuar: – Acabei de ir ao Chalé das Conchas e encontrei Harry. Ele me disse que, bom… – ele fez uma pausa longa, que serviu apenas para deixar Pam mais preocupada ainda. – Harry me disse que Rabicho está morto.

– Ah… - disse a mulher. Não exatamente triste, mas estranhamente incompleta. Lembrou de como ela, Sirius e Remus haviam tencionado mata-lo anos antes e como haviam mesmo levantado suas varinhas para o outro. Ela nunca imaginou que ficaria tão abalada com a morte dele, simplesmente não sabia o que dizer ou fazer.

E ela sabia que Remus se sentia do mesmo jeito. Peter podia ter sido um perfeito filho da puta com eles, causado a morte de Lily e James, a prisão de Sirius e tantas outras atrocidades, mas mesmo assim eles haviam passado parte da infância e da juventude com ele. Era estranho ter que dizer adeus assim…

– Bom, então somos só eu e você agora. - ela disse, e Remus entendeu. Um dia eles tinham sido um grupo animado de dez adolescentes malucos, mas agora os únicos que ainda estavam vivos eram ela e ele…

Pam se aproximou do amigo, abraçando-o com força.

– Não me deixe também… - ela pediu. – Por favor.

Ele não podia prometer que não morreria, afinal estavam no meio de uma guerra, mas havia outra coisa que podia garantir.

– Enquanto eu viver, não vou te deixar sozinha e triste. – e era uma promessa.

Pam forçou um sorriso, afastando-se dele.

– Então eu não vou me preocupar… - ela falou, mas tranquila.

– Mas eu não vim aqui apenas para lhe contar isso. – Remus continuou. – Vim também para contar que o meu filho nasceu! – ele disse, mais animado.

– Isso é muito legal, Remmy! – ela exclamou, mas ainda um pouco abalada com a notícia anterior. Ela fez uma pequena pausa. – Agora você vai sofrer como eu. – ela sorriu discretamente um sorriso maroto.

Ele riu dela.

– Você realmente é uma ótima pessoa… - ele disse, mas continuou. – Se chama Teddy. Quero dizer, Edward, mas ninguém o chamou assim até agora, parece um nome sério demais. É uma homenagem ao pai da Dora, sabe…

– Com quem se parece? – ela perguntou.

– Eu acho que com Dora, mas ela acha que comigo. Acho que tem um pouco dos dois…

– E seus medos? – Pam continuou apreensiva, incapaz de pronunciar as palavras “lobisomem” ou “licantropia”.

Remus sorriu largamente.

– Ele não é como eu. É como a Dora, nasceu com os cabelos pretos, mas quando o deixei estavam ruivos… Lembra que a Andromeda disse que os cabelos da Dora começaram a mudar de cor no dia que nasceu?

Pam sorriu, assentindo ao lembrar da carta sobre o nascimento da menina que Sirius lera para eles no quarto ano deles em Hogwarts.

– Pedi a Harry que seja o padrinho. – Remus continuou. – E, bom, vim perguntar se você não quer ser a madrinha.

Pam olhou surpresa para Remus, apesar de tudo não esperava por isso.

– Serio mesmo? – perguntou, animada.

– Sim! Não consigo pensar em ninguém melhor! – Remus disse, feliz também.

– Claro que eu aceito – ela disse. – Com todo o prazer, “filhinho”.

Remus sorriu mais ainda.

– Então está decidido.

Os dois ainda conversaram mais um pouco antes de voltarem para a sala e contarem a notícia sobre Teddy para Martin também, mas mantendo a morte de Rabicho só para eles. Por fim se despediram, Pam abraçando Remus com força e pedindo:

– Continue seguro…


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