Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 102
Capítulo 3 - Depois da Última Tarefa


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente, eu tenho muito que agradecer a vocês que me tem ajudado tanto! Já chegamos a 21 recomendações! Isso mesmo, em recomendações eu já ganhei a aposta! huahauhuahua
Bom, mas eu acho que eu tenho alguns agradecimentos especiais para fazer.
Primeiro à Letícia e à Juliana Potter pelas recomendações superfofas! Obrigada, meninas!
E depois à Milena Black Potts Stark que provavelmente é uma das pessoas mais fofas do mundo e que comentou todos os capítulos que eu não tinha só para me ajudar com a aposta! Sério, você acabou de ganhar uma fã! *-*
Mas acho que eu estou chateando vocês. Aí está o capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/205228/chapter/102

Harry sentiu que caía chapado no chão; seu rosto comprimiu a grama, cujo cheiro invadiu suas narinas. Ele fechara os olhos enquanto a Chave do Portal o transportava, e os mantinha fechados até aquele momento. Não se mexeu. Todo o ar parecia ter sido expulso dos seus pulmões, sua cabeça rodava tanto que ele sentia o chão balançar sob seu corpo como se fosse o convés de um navio. Para se firmar, apertou com mais força as duas coisas que continuava a segurar, a asa lisa e fria da Taça Tribruxo e o corpo de Cedric. Tinha a sensação de que ia deslizar para a escuridão que se formava na periferia do seu cérebro se largasse qualquer das duas. O choque e a exaustão o mantiveram no chão, inspirando o cheiro de grama, esperando... Esperando que alguém fizesse alguma coisa... Que alguma coisa acontecesse... E, todo o tempo, sua cicatriz ardia surdamente em sua testa...

Uma enxurrada de sons o ensurdeceu e confundiu, havia vozes por toda parte, passos, gritos... Ele continuou onde estava, o rosto contraído contra o barulho, como se aquilo fosse um pesadelo que ia passar...

Então duas mãos o agarraram com uma certa violência e o viraram de barriga para cima.

— Harry! Harry!

O garoto abriu os olhos.

Estava olhando para o céu estrelado e Alvo Dumbledore se debruçava sobre ele. As sombras escuras das pessoas que se aglomeravam ao seu redor se aproximavam, Harry sentiu o chão sob sua cabeça vibrar com a aproximação dos seus passos.

Ele voltara ao exterior do labirinto. Via as arquibancadas no alto, os vultos das pessoas que se movimentavam nelas, as estrelas no céu. Harry largou a Taça, mas segurou Cedric mais junto dele e com mais força. Ergueu a mão livre e agarrou o pulso de Dumbledore, enquanto o rosto do bruxo saía de foco e tornava a entrar.

— Ele voltou — sussurrou Harry — Ele voltou. Voldemort.

— Que está acontecendo? Que está acontecendo?

O rosto de Cornélio Fudge apareceu invertido sobre Harry; parecia pálido e perplexo.

— Meu Deus, Diggory! — murmurou. — Dumbledore, ele está morto!

Essas palavras foram repetidas, as sombras que se comprimiam ao redor deles as exclamaram para as mais próximas... Depois outras as gritaram, guincharam — para a noite "Ele está morto!" "Ele está morto!" "Cedric Diggory! Morto!”.

— Harry, solte-o — ele ouviu Fudge dizer, e sentiu dedos que tentavam forçar os seus a se abrirem para soltar o corpo inerte de Cedric, mas Harry resistiu.

Então o rosto de Dumbledore, que continuava borrado e difuso, se aproximou.

— Harry, você não pode mais ajudá-lo. Terminou. Solte-o.

— Ele queria que eu o trouxesse de volta — murmurou Harry, pareceu-lhe importante explicar isso. — Ele queria que eu o trouxesse de volta para os pais...

— Certo, Harry... Agora solte-o...

Dumbledore se curvou e, com uma força extraordinária para um homem tão velho e magro, ergueu Harry do chão e o pôs de pé. Harry oscilou. Sua cabeça latejava com força. Sua perna machucada não queria mais sustentar o seu peso.

As pessoas aglomeradas ao redor se acotovelavam, tentando chegar mais próximo, empurrando sombriamente.

— Ele precisa ir para a ala hospitalar! — dizia Fudge em voz alta. — Ele está mal, está ferido, Dumbledore, os pais de Diggory estão aqui, estão nas arquibancadas...

— Não, eu prefiro... Que deve lhe contar... Antes que ele veja...?

— Dumbledore, Amos Diggory está correndo... Está vindo para cá.

— Harry, fique aqui...

Garotas gritavam, soluçavam, histéricas... A cena lampejava estranhamente diante dos olhos de Harry...

O garoto não conseguia entender mais nada, tudo era apenas confuso demais para ser entendido…

*~~*~~*~~*~~*~~*

O canteiro de abóboras ao lado da cabana de Hagrid e os terrenos de Hogwarts pareciam calmos e silenciosos com a exceção de quando algum pássaro dava um piado distante e ocasional. Estava nublado e as novem escondiam o sol, dando um toque um pouco triste para a paisagem e ainda mais sem graça. A verdade era que não havia nada estranho ou meramente fora do comum por ali, com exceção da gata marrom e do cão pretos parados estranhamente entre as abóboras, parecendo deslocados do cenário, mas ao mesmo tempo muito confortáveis.

Almofadinhas mexia a orelha direita de um lado para o outro, tentando capitar qualquer barulho ao longe, mas parecia completamente inútil. Já Felina mexia a cauda impacientemente de um lado para o outro no ar, incapaz de se manter parada.

Pareciam entediados e inquietos ao mesmo tempo, ansiando desesperadamente receber notícias de alguém que não aparecia nunca.

De repente Felina pareceu alerta e Almofadinhas olhou para ela, ansioso. Tinham aprendido da pior maneira que os gatos escutam melhor do que os cães.

De qualquer jeito, Felina estava ouvindo os passos apressados se aproximavam dos jardins de Hogwarts de maneira surpreendente. E não demorou muito para que eles pudessem avistar a mulher andando em direção a eles e segurando suas vestes para que não arrastassem no chão.

Parecia preocupada e agitada ao mesmo tempo, mas quando Minerva McGonagall parou na frente dele, parecia apenas desconcertada.

– Sigam-me, por favor. – disse, tentando achar uma maneira de não soar patética, mas falhando completamente. – Dumbledore quer vê-los em seu escritório.

E, quando a professora voltou a andar em seu passo apressado para dentro do castelo, Almofadinhas e Felina a seguiram, se encarando com cumplicidade e lembrando-se de seu tempo como estudantes, e em quantas vezes já não haviam ouvido a professora falar variantes daquelas palavras.

Os três andaram pelo castelo, que lhes pareceu um tanto caótico com pessoas andando de um lado para o outro, em silêncio, em direção ao escritório de Dumbledore, onde a McGonagall disse que logo o diretor iria vê-lo e se apressou a deixar a sala, parecendo um tanto quanto atordoada.

Sirius foi o primeiro a retornar à forma humana e deixar-se cair sobre a cadeira na frente da mesa de Dumbledore, parecendo cansado e pensativo, o rosto tão sombrio e pálido como na noite em que Harry ainda achava que ele era um assassino. Felina, porém, não conseguiu retornar a forma humana com tanta facilidade e pulou para o colo dele, apoiando as patas em seu peito e lambendo rosto dele com sua língua áspera, em uma tentativa corajosa de animá-lo.

Ele não afastou-a, mas também não lhe deu muita atenção e Felina acabou desistindo de lamber seu rosto, preferindo se aconchegar em seu colo e fechar os olhos enquanto se concentrava ao máximo e deixava Sirius devaneando sobre o que poderia ter sido tão importante a ponto de Dumbledore chamá-los ao seu escritório, e lembrando que aquela era a noite da última tarefa do Torneio Tribruxo, quando mais ele pensava, mais ele achava que uma coisa realmente ruim acontecera e as possibilidades eram muitas.

Quando Pam finalmente conseguiu se transformar, ela ainda estava sentada no colo de Sirius, e aproveitou para lhe dar um selinho rápido antes de sentar na cadeira ao lado dele, tão preocupada quanto Sirius.

– O que você acha…? – ela começou.

Sirius tentou dizer alguma coisa, mas sua garganta estava seca demais para que conseguisse falar qualquer palavra que fosse, então simplesmente negou com a cabeça.

Percebendo que ele não queria falar, Pam manteve seus pensamentos só para si e quando, alguns minutos depois, a porta se abriu novamente.

Sirius e Pam se levantaram ao mesmo tempo.

E pela porta passaram Dumbledore e Harry.

Os dois amigos atravessaram a sala em um átimo. Pam abraçando Harry demoradamente e Sirius balbuciou algo como:

– Harry, você está bem? Eu sabia... Eu sabia que uma coisa assim... Que aconteceu?

– Você está bem? – perguntou Pam, afastando-se do abraço e agora segurando os braços de Harry como para se certificar que ele estava inteiro.

Dumbledore fez um sinal, indicando sua escrivaninha e foi para ela que todos se dirigiram.

Sirius e Pam brancos e trêmulos enquanto sentavam nas mesma cadeiras de antes e Dumbledore conjurava mais uma para que Harry pudesse se sentar no meio dos padrinhos.

— Que aconteceu? — perguntou Sirius mais pressuroso.

Dumbledore começou a contar a Sirius e Pam tudo sobre os acontecimentos estranhos daquela noite.

Harry ouvia apenas com metade de sua atenção. Tão cansado que cada osso do seu corpo doía, ele só tinha vontade de ficar sentado ali, sossegado, durante horas e horas, até adormecer e não precisar mais pensar nem sentir nada.

Dumbledore parara de falar. Sentou-se diante de Harry, à escrivaninha.

Encarou o menino, que procurou evitar os seus olhos. Dumbledore ia interrogá-lo.

— Preciso saber o que foi que aconteceu depois que você tocou a Chave de Portal no labirinto, Harry — disse o diretor.

— Podemos esperar até de manhã para isso, não Dumbledore? — disse Pam com aspereza.  — Deixe o garoto dormir. Deixe-o descansar.

Harry sentiu um assomo de gratidão com relação à madrinha, mas Dumbledore não deu atenção às palavras de Pam.

Curvou-se para Harry. De má vontade, o garoto ergueu a cabeça e encarou aqueles olhos azuis.

— Se eu achasse que poderia ajudá-lo — disse Dumbledore brandamente — mergulhar você em um sono encantado e permitir que adiasse o momento em que terá de pensar no que aconteceu esta noite, eu faria isso. Mas sei que não posso. Amortecer a dor por algum tempo apenas a tornará pior quando você finalmente a sentir. Você demonstrou uma coragem acima da que eu poderia ter esperado. Estou pedindo que a demonstre mais uma vez. Estou pedindo que nos conte o que aconteceu.

Ele inspirou profundamente e começou a contar. Enquanto falava, visões de tudo que se passara àquela noite pareciam desfilar diante de seus olhos.

Uma ou duas vezes, Sirius ou Pam emitia um som como se fossem falar alguma coisa, a mão de Sirius agora apertando o ombro do afilhado, mas Dumbledore ergueu a mão para fazê-los calar, e Harry se sentiu grato por isso, porque era mais fácil continuar agora que já começara.

Quando Harry contou que Rabicho espetara seu braço com o punhal, porém, Sirius deixou escapar uma exclamação veemente e Dumbledore se levantou tão depressa que Harry se assustou. O diretor deu a volta à escrivaninha e pediu a Harry que esticasse o braço.

Ao constatar que estava tudo bem, mas que Voldemort podia tocar Harry sem problemas agora, Dumbledore voltou para a se sentar e pediu para Harry continuar.

Harry prosseguiu, explicou como Voldemort emergira do caldeirão, e repetiu para eles tudo que conseguiu se lembrar do discurso do lorde aos Comensais da Morte. Então contou como Voldemort o desamarrara, devolvera sua varinha e se preparara para duelar.

Mas quando chegou à parte do raio de luz dourada que ligara sua varinha à de Voldemort, ele descobriu que estava com a garganta embargada. Harry tentou continuar falando, mas as lembranças do que saíra da varinha do bruxo inundavam sua mente. Reviu Cedric saindo, o velho, Berta Jorkins... Sua mãe... Seu pai...

Ele ficou feliz quando Sirius rompeu o silêncio.

— As varinhas se ligaram? — perguntou ele, olhando de Harry para Dumbledore. — Por quê?

Harry tornou a erguer os olhos para Dumbledore, em cujo rosto havia uma expressão tensa, mas foi Pam quando se manifestou primeiro, parecendo subitamente entender tudo.

Prioni Incantatem — murmurou, quase que inaudível.

– Isso mesmo, Pamela. – Dumbledore continuou, mais alto. – Prioni Incantatem.

Seus olhos fitaram os de Harry e foi quase como se um raio invisível de compreensão passasse entre os dois.

— A reversão do feitiço? — perguntou Sirius alerta.

— Exatamente — disse Dumbledore. — A varinha de Harry e a de Voldemort têm o mesmo cerne. Cada uma contém uma pena da cauda da mesma fênix.

— Então o que acontece quando uma varinha encontra sua irmã? — perguntou Sirius.

— Elas não funcionam bem uma contra a outra. Se, no entanto, o dono de uma das varinhas forçar uma luta entre as varinhas... Produzirá um efeito muito raro. Uma das varinhas forçará a outra a regurgitar os feitiços que realizou, na ordem inversa. O mais recente primeiro... Depois os que o antecederam...

O diretor olhou interrogativamente para Harry e o garoto confirmou com a cabeça.

— O que significa — disse Dumbledore lentamente, seus olhos no rosto de Harry — que alguma forma de várias pessoas devem ter reaparecido. Apenas ecos, é claro, que retiveram a aparência e o caráter das pessoas que Voldemort por último.

Harry tornou a confirmar.

— Cedric, um velho — respondeu o garoto, com um aperto na garganta. — Berta Jorkins. E...

— Seus pais? — perguntou Dumbledore calmamente.

– Foi.

Nesse ponto, Harry teve consciência de que não conseguia mais continuar. A mão de Sirius no ombro de Harry agora o apertava com tanta força que chegava a doer. Pam sentada ao seu lado engolira em seco e começara a mexer nervosamente nos cabelos.

— Vou repetir mais uma vez — disse Dumbledore — Esta noite você revelou uma bravura que ultrapassou o que eu teria esperado de você, Harry. Revelou uma bravura igual à daqueles que morreram combatendo Voldemort no auge do seu poder. Você carregou o fardo de um bruxo adulto e esteve à altura dele, e você agora nos deu tudo o que temos direito a esperar. Você vai me acompanhar à ala hospitalar. Não quero que volte para o dormitório esta noite. Uma Poção do Sono e algum sossego...

Então o professor se voltou para Pam e Sirius, sentados um de cada lado de Harry.

— Sirius, Pamela, vocês gostariam de ficar com ele?

Sirius e Pam confirmaram juntos com a cabeça e ficaram de pé. Tornando a se transformar no enorme cachorro preto e na gata marrom-escura, saíram com Harry e Dumbledore do escritório, acompanhando-os por um lance de escadas até a ala hospitalar.

Lá encontraram a Sra. Weasley, Bill, Rony e Hermione reunidos em torno de uma atarantada Madame Pomfrey. Pareciam estar exigindo saber onde estava Harry e o que lhe acontecera.

Quando o viu, a Sra. Weasley quase correu em direção a Harry, mas Dumbledore a impediu. Disse que Harry precisava de silêncio, mas que eles podiam ficar. E quanto Madame Pomfrey perguntou sobre Felina e Almofadinhas, o diretor simplesmente respondeu que eles ficariam com Harry por um tempo.

O diretor enquanto foi embora, indo atrás de Fudge e deixando os outros na ala hospitalar.

Rony, Hermione, Bill, a Sra. Weasley, a gata e o cachorro preto contornaram a cama de Harry e se sentaram em cadeiras dos lados da cama.

Não demorou muito para Dumbledore voltou com Fudge e McGonagall. O diretor estava falando sobre o retorno de Voldemort assim que abriu a porta da enfermaria e Harry os ouviu conversando, o ministro tentando negar a todo o custo o retorno de Você-Sabe-Quem.

Os dois tiveram uma longa discussão em que o diretor tentou chamar Fudge a razão sem sucesso. E, quando o ministro, irritadíssimo, saiu da enfermaria, Dumbledore voltou-se para Bill, McGonagall e Madame Pomfrey, pedindo que mandasse uma carta a Arthur Weasley, chamasse Hagrid e Madame Maxime ao seu escritório, e fosse consolar Winky, uma elfa doméstica, em seu sofrimento.

Finalmente trancou a porta e começou:

— E agora está na hora de três pessoas deste grupo se reconhecerem pelo que são. Sirius... Pamela… Se puderem retomar suas formas habituais.

O cachorro preto ergueu a cabeça para o diretor, depois, num segundo, voltou a ser homem. A Sra. Weasley gritou e se afastou da cama.

— Sirius Black! — tornou a gritar ela com voz aguda, apontando para o bruxo.

— Mamãe, cala a boca! — berrou Rony. — Está tudo bem!

Snape não gritara nem saltara para trás, mas a expressão do seu rosto era uma mescla de fúria e horror.

— Ele! — rosnou o professor, arregalando os olhos para Sirius, cujo rosto exprimia igual desagrado. — Que é que ele está fazendo aqui?

— Está aqui à meu convite — disse Dumbledore, olhando para ambos — como você, Severus. Confio nos dois. Está na hora de porem de lado as velhas diferenças e confiarem um no outro.

A gata precisou de certa ajuda de Sirius, que tomara a varinha de Harry emprestada, mas finalmente também voltou à forma humana e Snape a olhou com igual hostilidade.

– Também confia nela, eu suponho? – ele simplesmente disse, sem olhar para Dumbledore.

– Claro que confio. E também quero que deixem suas diferenças de lado.

Harry achou que Dumbledore estava pedindo quase um milagre. Sirius, Pam e Snape se entreolhavam com a maior repugnância.

— Aceitarei, a curto prazo que suspendam as hostilidades ostensivas. Por favor, apertem as mãos. Estão do mesmo lado agora. O tempo é curto e, a não ser que os poucos de nós que conhecem a verdade se mantenham unidos, não haverá esperança para ninguém.

Muito devagar, mas ainda se olhando feio como se não desejassem um ao outro se não o mal, Sirius e Snape se aproximaram e apertaram as mãos. Mas as soltaram bem rápido. Pam também apertou a mão de Snape, mas foi igualmente rápido.

— Já é o bastante para começar — disse o diretor se interpondo as três pessoas mais uma vez. — Agora tenho trabalho para cada um de vocês. A atitude de Fudge, embora não seja inesperada, muda tudo. Sirius, Pamela, preciso que vocês comecem imediatamente. Alertem Remus Lupin, Arabella Figg, Mundungo Fletcher, a turma antiga. Fiquem escondidos com Lupin por enquanto, entrarei em contato com vocês lá.

— Mas... — começou Harry.

— Você voltará a me ver em breve, Harry — disse Sirius, virando-se para o afilhado. — Prometo. Mas preciso fazer o que posso, você compreende, não?

— Claro. Claro... Que sim.

Sirius apertou a mão de Harry brevemente, se despediu de Dumbledore com um aceno da cabeça, voltou a se transformar em cachorro preto e correu para a porta, esperando Pam, que abraçava Harry com força e depois abraçou também Dumbledore, que pareceu surpreso.

– Obrigada por tudo, professor. Nunca vou me esquecer do que você fez por mim e por Sirius.

Ela se transformou em gata, se juntando a Sirius, que abriu a porta com a pata. Então eles desapareceram.

— Severus — disse Dumbledore, voltando-se para Snape —, você sabe o que preciso lhe pedir para fazer. Se estiver disposto... Se estiver preparado...

— Estou — disse Snape.

O professor parecia um pouco mais pálido do que o habitual, e seus olhos frios e negros brilharam estranhamente.

— Então, boa sorte — e o diretor acompanhou, com uma certa apreensão no rosto, Snape partir em seguida a Sirius e Pam sem dizer nenhuma palavra. Passaram-se vários minutos até Dumbledore tornar a falar.

— Preciso ir lá embaixo — disse finalmente. — Preciso ver os Diggory. Harry, tome o resto da sua poção. Verei todos vocês mais tarde.

Harry se deixou cair nos travesseiros enquanto Dumbledore desaparecia.

Hermione, Rony e a Sra. Weasley ficaram olhando para o garoto. Nenhum deles falou durante muito tempo.

— Você tem que tomar sua poção, Harry — disse finalmente a Sra. Weasley ao apanhar o frasco e a taça.

Harry bebeu a poção de um só gole. O efeito foi instantâneo. Ondas pesadas e irresistíveis de sono sem sonhos o envolveram, ele tombou sobre os travesseiros e não pensou mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

De novo, essa é uma adaptação. Não acho que tenha ficado tão bom assim, mas foi o melhor que eu consegui fazer. Espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho! :)
BBK,
Cassie