Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 10
Capítulo 10 - Agora é Guerra!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo! Eu gostei bastante! Principalmente da parte em que aparece Lily e James...



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Quando Sirius e James voltaram para o Salão Comunal, cada um com dois pacotes de uma refeição completa, depararam-se com Dory e Lene, com que previsto por James.

            _Ah! Aí estão vocês! – disse uma irritada Dory, sentada em um sofá, usando um robe vermelho.

            _Quando nós contarmos para a Profª. McGonagall, você vai estar seriamente encrencado, Black! – disse Lene, enfiando o dedo bem no meio dos olhos de Sirius, que ficou vesgo ao tentar acompanha-lo.

            _Primeiro. – disse Sirius, afastando o dedo da menina. – Mantenha seu dedo longe de mim. Segundo, eu não faço idéia do que você esteja falando, McLanche.

            _É McKinnon, Black! McKinnon! – ela gritou, irritada.

            _Tanto faz. – ele deu de ombros.

            Dory, cuja mãe era nascida-trouxa, não pôde deixar de se surpreender ao perceber que tanto Sirius Black quanto Marlene conhecia o popular lanche trouxa.

            James parecia não conhecer, mas nada disse. Estava entretido e risonho, observando a discussão do amigo e a morena.

            Ele sabia o porquê de Marlene e Dorcas estarem tão irritadas, mas preferiu não confessar que fora ele e não Sirius.

            A verdade, é que ao mandar Ártemis de volta para Lupin, James tinha resolvido pregar uma peça nos garotas, por vingança por ele não poder subir em seu dormitório.

            Mandando a corujinha para a janela do quarto delas, com uma bomba de bosta.

            Era possível sentir o cheiro da bomba dali.

            _Quer saber de uma coisa, McLanche? – disse Sirius. – Eu vou para o meu dormitório e…

            _Não vai não!

            Mas Sirius a ignorou e começou a subir as escadas, decidido.

            _Sirius Black! – gritou uma irritada Lene antes de subir as escadas atrás do moreno.

            James riu.

            Dory, ainda sentada no sofá, olhava para James, ligando os fatos.

            Não precisava ser um gênio para entender o que tinha acontecido.

            Aparentemente calma, Dory se levantou e parou bem próxima a James.

            _Foi você. – ela simplesmente disse.

            James parou de rir e se virou, ainda sorrindo, para a garota.

            _Sim, fui. O que você vai fazer?

            Dory olhou para baixo e começou a balançar a cabeça, reprovando atitude do garoto.

            _Algum problema? – perguntou James.

            _Não. Quero dizer, você quem fez e deixou que o Black fosse culpado. Eu acho chamo isso de covardia. – ela disse, se virando e subindo as escadas que levavam ao dormitório feminino.

            Aparentemente, as palavras de Dory cavaram fundo na mente de James, que passou a noite inteira pensando em como provar que era corajoso, até ter uma idéia.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

            No dia 3 de janeiro, James e Sirius foram para o Salão de Entrada, esperar a chegada dos amigos.

            A primeira que apareceu, foi Pam, que logo se pendurou ao pescoço de Sirius.

            _Eu senti tanto a falta de vocês! – ela disse, depois abraçando James também.

            O próximo a parecer foi Peter, que trazia nas mãos quatro pequenos embrulhos, e Queimado no ombro.

            _Presentes de Natal! – ele disse, entregando um embrulho para cada um.

            Sirius sorriu sem graça.

            _Por que você não mandou por coruja?

            _Porque eu não tenho uma coruja.

            _Então por que você não foi a um correio? – perguntou James.

            _Correio… - disse Peter, pensativo.

            James deu-lhe um tapa na nuca.

            _Você tem certeza de que é bruxo?

            _Claro!

            _Porque não parece. – disse Sirius.

            Ao abrirem os embrulhos, os três encontraram três pequenos bonecos magos, que representavam jogadores de Quadribol.

            Remus não tardou a aparecer também e Pam, Sirius e James começaram a dar uma bronca nele, que olhava divertido para os outros.

            _Gostaram da minha surpresinha? – perguntou ele.

            _Claro que não! Você quase matou a gente! – exclamou Pam.

            _É verdade! Eu quebrei o pulso! – disse Sirius, mostrando o braço, que já curado.

            Lupin riu.

            _Não é muito legal quando as pegadinhas são com vocês não é verdade?

            _Não, não é! – disse James.

            _Então vocês vão parar com isso?

            _Parar? – Sirius olhava para ele como se ele estivesse brincando. – Parar? Não! Nós não vamos parar! Agora vamos fazer mais travessuras ainda, assim, ninguém vai mexer com a gente!

            Lupin bateu com a palma da mão na testa.

            _Idiotas! – ele murmurou. – Vocês não têm jeito mesmo, não é verdade?

            _ Quer dizer que aquele tênis que corre super-rápido foi presente seu? – perguntou Peter.

            _Peter, você é idiota? – perguntou Sirius, quase sem acreditar.

            Mas, James não agüentava mais. Precisava falar logo com Pam e saber a resposta dela.

            Colocando um braço ao redor dos ombros de Pam, James a conduziu para longe dos outros, que discutiam.

            _Que foi James? – ela perguntou, tentando se livrar do braço de James, mas ele o manteve firme.

            _Hum – James agora olhava para Pam. – Sabe, aconteceu algumas coisas…

            E James contou toda a história de Dory ter o chamado de covarde.

            _Certo. – disse Pam. – E o que você quer que eu faça?

            _Bom - James desviou o olhar por alguns momentos, era complicado falar aquilo. – Eu paguei um garoto do segundo ano para tentar te beijar, e eu apareço e te salvo.

            _ O quê? Não. Esquece. Eu não vou fazer isso! Não mesmo, James! Não para você parecer corajoso ou sei lá o que! Não! Não conte comigo!

            E ela se desviou dele, indo em passos rápidos na frente.

            _Não! Pam! – chamou James. – Vou aqui! – e ele começou a correr atrás dela.

            _Esquece, James!

            _Mas, e se eu te pagasse?

            Pam parou. Aí estava uma coisa que talvez fosse funcionar.

            _Quanto?

            James sorriu.

            _Oh, então por dinheiro você faria?

            _Eu perguntei: Quanto? – ela insistiu.

            _Bom, o que você acha de 10 sicles?

            _10 sicles?

            E Pam continuou a andar. Ele estava achando que ela era algum tipo de palhaça?

            _Não! Espere!

*~*~*~*~*~*~*~*~

            Não adiantou. Não importou quanto James insistisse. Não fez a mínima diferença o quanto de dinheiro James tivesse oferecido. Pam não aceitou de modo algo a idéia do amigo.

            Então, o jeito era ele fazer Pam parecer uma garota indefesa. Mesmo contra a sua vontade.

            James estava pensando em como fazer isso enquanto ele, Sirius, Pam, Peter e Lupin andavam em direção à parte externa do castelo.

            Pam falava alguma coisa, mas ele não estava prestando a mínima atenção. Parecia até que ele estava em aula! Igualzinho…

            A neve ainda caia do lado de fora. Apesar de já ser janeiro, provavelmente o tempo só começaria a esquentar em meados de fevereiro.

            James continuou completamente imerso em pensamentos .Sabia que os amigos estavam conversando sobre qualquer coisa. O que não lhe importava nenhum pouco.

            Na verdade, ele continuou no modo automático até ser atingido por uma bola de neve bem na cara.

            Ele balançou a cabeça, se livrando dos últimos vestígios de neve que ficaram presos em seu rosto.

            James olhou para o lado e se deparou com Sirius e Pam às gargalhadas, Lupin se esforçando para não rir e Peter olhando assustado para ele.

            _Certo. – disse ele, irritado. – Quem fez isso?

            Pam se limitou a apontar para uma árvore não muito longe dali. James apertou os olhos e pôde ver uma cabeleira ruiva sumindo atrás do tronco.

            Aquela era… Lily?

            Antes que pudesse ter certeza, outra bola de neve o tinha atingido na nuca.

            Ele olhou para atrás, mais irritado ainda, mas foi para se deparar com uma risonha Lene a certa distancia.

            Quando o viu, a morena se abaixou e ficou encoberta por uma montanha de neve.

            James olhou para os amigos.

            Pam mordia o lábio inferior, se controlando para não rir. Sirius olhava para ele, aparentemente dividido entre a raiva e o riso. Peter parecia indignado. E Lupin tinha acabado de rolar os olhos, reprovando a atitude das garotas.

            _Certo. – murmurou James entre os dentes. – Elas querem guerra? Então guerra terão!

            Como se obedecessem a um comando, Sirius e Pam se abaixaram ao mesmo tempo e fizeram duas bolas de neve, jogando-as respectivamente em Lene e Lily. Mas, com que ela tivessem se escondido, não foram atingidas, James se abaixou também e estava se preparando para jogar uma bola de neve, quando foi atingido por outra, vinda de uma terceira direção.

            Ele tirou os óculos e os limpou nas vestes antes de se virar e ter um deslumbre de cabelos castanho-claros sumindo no meio da neve.

            James sabia que aquela era Dory.

            Certo. Todas as garotas tinham resolvido o atacar? Não demoraria nada e ele veria Alice, tinha certeza. Por James, tudo bem.

            Sirius e Pam atiravam bolas de neve para todo o lado. Lupin parecia não querer jogar. E Peter parecia estar assustado.

            Não demorou muito para James perceber que aquela estratégia não daria certo. Primeiro, porque as garotas tinham uma pessoa a mais atacando. Segundo, porque elas estavam em diversos lugares e podia atacar de vários pontos. Eles teriam que se separar e Peter e Lupin atirar também, se quisessem vencer.

            _Pessoal! – gritou James. – Separar!

            Seria ótimo trabalhar com pessoas com cérebro. Pam e Lupin perceberam na hora o que James queria dizer, enquanto Peter e Sirius olhavam para ele com um quê de interrogação.

            James viu Pam rolar os olhos e pegar o pulso de Sirius, antes de sair correndo, e ele sentiu uma onda de gratidão pela amiga.

            _Eu não sei se isso está certo. – disse Lupin.

            _Isso o que?

            _Participar dessa guerra.

            _Por que não? Você não gosta de se divertir, Remus? Gosta apenas de ficar enterrado nos seus livros, lendo, lendo e lendo? – James virou para encarar Lupin, sorrindo. – Ah por favor Lupin, é apenas uma brincadeira!

            Lupin suspirou vencido.

            _Tudo bem, eu vou participar!

            James sorriu largamente e saiu correndo, indo na direção em que ele saiba que estava Lily.

            Bolas de neve voam para todos os lados e foi difícil para ele chegar até a árvore sem ser atingido.

            Desvirando as bolas de neve de Alice (a-há! Sabia que ela apareceria mais cedo ou mais tarde), ele conseguiu se esconder atrás da árvore que outrora fora o esconderijo de Lily, mas que já o havia abandonado.

            Seus dedos trabalharam incessantemente, fazendo várias bolas de neve, até que ele tivesse um número considerável delas.

            Então, ele começou a atirar-lás sem parar no esconderijo de Marlene, que era o mais próximo. Não demorou muito e a garota se levantou, seu cabelo estava molhando de tanta neve que recebera e ela atirou uma bola de neve, errando a mira por pouco, que acabou acertando a árvore.

            James fez uma careta e ela pôs-lhe a língua antes de atirar uma última bola de neve, que atingiu certeira o rosto do garoto.

            Ele se escondeu atrás da árvore, cuspindo neve e limpando os óculos.

            Quando se arriscou a olhar de novo para ver como cada um estava se saindo, ele percebeu que as garotas, incluindo Pam, tinham a mira bem melhor do que os garotos.

            A amiga e Sirius estavam mais ou menos perto, usando o mesmo monte de bolas de neves, que eles provavelmente tinham feito. Peter estava escondido atrás de um tronco, James podia vê-lo com o bumbum para cima, as mãos na cabeça e a língua para fora. Lupin tinha uma mira melhor do que ele achava que teria e dificilmente errava uma bola. Marlene escolhera um novo alvo e ela e Sirius travavam uma feroz batalha. Alice atirava aleatoriamente em todo mundo. E Dory estava fazendo mais bolas de neve.

            A única pessoa que escapava dos olhos de James, era Lily.

            Não conseguia achar a ruiva em lugar algum. Embora seus olhos tivessem corrido várias vezes pelo “campo de batalha”.

            Desistindo de acha-la, voltou a esconder a cabeça atrás da árvore, até que ouviu um som, vindo do seu lado direito, de um emaranhado de arbustos.

            Ele olhou alarmado para o lugar de onde o barulho viera. Será que Ranhoso também estava participando da brincadeira?

            Com uma mão na varinha e outra caída ao lado do corpo, ele caminhou de costa na direção oposta a de onde viera o barulho. Precisava ter tempo de fazer mais bolas de neve antes de sequer pensar em atacar Ranhoso.

            De repente, ele trombou de costa com alguma coisa e, sem saber explicar por que, os dedos da sua mão livre se entrelaçaram com o da pessoa com quem acabara de trombar.

            Ele tinha pegado em uma mão pequena e macia, talvez um pouco ressecada pelo frio e um pouco gelada, mas só um pouco. Na verdade, quando suas mãos fizeram contato, foi como fogo no meio do gelo.

            James não queria soltar a pequena mão que aquecia a sua, mas não lutou quando a mão tentou se libertar.

            _Potter! – Aquela era Lily. – Posso saber por que você segurou minha mão?

            _Eu segurei sua mão? – ele disse divertido, enquanto via o rosto de Lily ficar tão vermelho quanto o cabelo. – Você quem se agarrou a minha!

            _Você é um idiota, sabia? Eu te odeio!

            O sorriso de James se arreganhou mais ainda.

            _Sabia que você fica linda quando está com raiva, ruiva?

            _É Evans, Potter!

            Ela se virou para ir embora, mas James a chamou de volta.

            _Onde está o Ranhoso?

            _O Sev, você quis dizer? Ele está com os amigos deles.

            _Oh, sim. E quando você não tem o seu “querido Sev” você vem me procurar?

            _Considere-se uma segunda opção, Potter. – ela soltou uma risadinha. – Ah, e Potter, você fica lindo com a cara cheia de neve, devia começar a andar assim pela escola!

            E dizendo isso, ela foi embora.

            James virou para os arbustos, e os viu se mexendo de novo, antes de um pássaro azul muito pequeno sair voando de seus emaranhados.

            Então era só isso, um pássaro.

            Sentindo-se relaxar novamente, ele saiu correndo, dando a volta no “campo de batalha” e indo para junto de Sirius e Pam.

            Mas, ele não lhes contou nada. Não achava que estava disposto a compartilhar desse breve momento de loucura com os amigos.

            Cobrindo os olhos de Pam por trás James perguntou, pedindo silêncio para Sirius:

            _Adivinha quem é?

            _Deixa eu ver… - ela disse, fingindo pensar. – Um grande idiota?

            _Não. – disse James, soltando seus olhos. – Errou feio. É um grande bonitão.

            Pam rolou os olhos e suspirou antes de pegar mais uma bola de neve e atingir o rosto de Alice.

            _Boazinha. – James disse quando ela olhou para ele, como se dissesse “Faz melhor”. – Mas olha essa.

            E ele pegou outra bola do monte dos amigos e mirou-a em Lene, que estava de costas para eles.

            Era para a bola ter atingido suas costas, mas, com um mínimo passo para o lado, ela desviou.

            Sirius começou a rir.

            James fechou a cara enquanto Pam lhe olhava com o mesmo irritante olhar de superioridade de sempre. Apesar de ser mais alto, James se sentiu pequeno ante o olhar da amiga.

            _James, desta vez ela acabou com você! – disse Sirius, se apoiando no ombro do amigo e quase caindo no chão por causa da falta de ar, causada pelas risadas.

            _Mas como eu sou legal. – disse Pam. – Vou fazer mais bolas de neve.

            E dizendo isso, ela se virou de costas para eles, se agachou e começou a fazer várias bolinhas na neve.

            James e Sirius ainda atiraram mais algumas. Lupin, do outro lado, perto da faia, atirava uma ou outra, mas todas elas eram perfeitas.

            Finalmente, Pam acabou de fazer as bolas de neve e se levantou, com várias delas nos braços para colocá-las junto à pilha.

            Só que nesse exato momento, Dory atirou uma bola de neve em direção a eles. Ela teria atingido as costas da morena e James percebeu isso. Então, ele se atirou na frente da amiga, recebendo a bola em seu peito no lugar de Pam.

            James olhou para Dory e percebeu a aprovação em seu rosto.

            Sim, ele tinha conseguido. Tinha feito um ato corajoso e feito Pam de vítima. E tudo isso sem querer. Apenas tinha seguido os seus instintos. Estava realmente ficando bom nisso.

            James sorriu antes de pegar mais algumas bolas de neve e atirara em várias direções.

            E assim eles passaram a tarde toda. Atirando bolas de neve uns nos outros. Em uma inocente batalha, que seria lembrada por muito tempo.

*~~*~~*~~*~~*~~*

           

            As semanas se passaram e James fez várias tentativas de conversas com Lily, mas ela estava quase sempre brava demais por causado de eles terem dado as mãos ou estava ocupada demais olhando feio para ele.

            James, Pam, Sirius, Lupin e Peter estavam na sala comunal. Os três últimos jogavam snap explosivo.

            _Ah! Não fique assim! A Lily é uma idiota, se você quer saber minha opinião. – disse Pam, se aproximando do amigo, que estava largado em uma cadeira, parecendo triste.

            _Ela não é idiota. – ele murmurou, mas foi logo interrompido.

            _Você tem que se considerar sortudo de não ter que dividir o dormitório com ela.

            _Mas, bom, se você quer saber de uma coisa, ela é muito melhor do que você em Poções e em Transfigurações. – disse James irritado.

            _Mas eu sou melhor em Vôo e Feitiços. – disse Pam, como se já esperasse por isso.

            Ela sorriu quando ele ficou sem argumentos.

            _Sim, eu já pensei nisso um monte de vezes. – disse ela, como se lesse a mente dos amigos, que pararam de jogar e os quatro a olharam com caras de espanto. – É duro ter dividir o quarto com ela, sabendo que ela era mais inteligente, então eu pensei nisso. Se ela é melhor em Poções e Transfiguração, então eu tinha que ser melhor do que ela em alguma coisa, ou seja, Vôo e Feitiços.

            _Mas ela conseguiu fazer todos os feitiços tão bem quanto você até agora.

            _É, só que ela tem que se esforçar e eu faço isso quase brincando.

            James sorriu, achando graça de a amiga tentar competir com Lily. Lily era única, insubstituível e incomparável, era a garota mais bonita, inteligente e legal de toda a escola.

            _Eu acho, que o James está apaixonado… - disse Sirius, sorrindo.

            Os outros começaram a rir.

            _Não estou não! – protestou James, sem achar graça.

            _Lily e James! – disse Sirius.

            _Nada a ver, cara! Que brincadeira mais sem graça!

            E irritado, James subiu para o seu dormitório.

            Todos pararam de rir. Pam mordeu o lábio para se manter séria. A cena tinha sido hilária.

            Mas ela não conseguiu segurar por muito tempo e começou a rir, provocando risos nos amigos.

            _Bom, gente. – disse Pam, quando conseguiu se conter. – Já está tarde, então eu vou dormir. Boa noite. – Ela se levantou.

            _Boa noite. – disse Sirius.

            _Boa noite ­– murmuraram Lupin e Peter.

            E a garota subiu para o dormitório feminino.

            _Ah! – suspirou Peter depois de um tempo em silencio. – Acho que eu vou seguir o exemplo do James e da Pam e vou dormir também.

            _Me espere, vou com você. – Lupin se pôs de pé. – Sirius? Você vem?

            _Ah, sim, é claro. – disse ele, sendo despertado dos seus pensamentos.

            Os três amigos subiram e se deitaram.

*~~*~~*~~*~~*~~*

            Quando a respiração dos outros do quarto tinha se tornado profunda e uniforme, Remo soltou um suspiro e se levantou.

            _Lua cheia. – ele murmurou.

            Sim, era lua cheia e ele devia ir até o Salão Principal, esperar a Madame Pomfrey, que o levaria até a casa abandonada, agora conhecida popularmente como Casa dos Gritos. Onde a sua tortura mensal começaria. Onde ele se transformaria em um monstro.


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Notas finais do capítulo

Me contem a parte favorita de vocês, certo?
Ah! E a maioria (não, todo mundo) abandou aquele sistema de avalição. Vou colocar aqui de novo, vale para todos os capítulos:
O- ótimo
E- excedeu as expecitativas
A- aceitavel
P- péssimo
D- deplorável
T- trasgo