Imprinting escrita por Mila


Capítulo 9
Game Over


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoasinhas
Como vai a vida?
Eu já tinha essa capitulo pronto e não sei o porque eu não ter postado antes :/
Praticamente, eu já tenho até o´próximo pronto, mas ainda faltam algumas partes.
Enfim, estou baseada em comédia ultimamente. Espero ter conseguido misturar bem os gêneros da hist.
Boa leitura, nos vemos lá em baixo!
p.s. desculpem assustar vcs com o nome desse capitulo, é que se eu colocasse - mortes - vcs ficariam mais assustados, mas não é o ultimo capitulo, eu acho que vai ter vários ainda, então, não se preocupeem xD



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 MADSON

—Alô? - bocejei no telefone.

Não tinha dormido nada noite passada e ser acordada por um telefone tocando as oito e meia da manhã de um domingo não é nada legal.

—Madson? Filha? É a mamãe. Tudo bem?

—Mãe? Nossa... To bem, e você? Algum motivo para me ligar.

—E preciso? Sou sua mãe!

Certo, devagar, Madson! Lembrei a mim mesma.

—Saudades? - tentei.

—Desculpe, filha... Esse é um bom motivo.

Sorri.

—Novidades?

—Hum, tenho, mas primeiro as suas.

—Novidades? - indaguei mais a mim mesma.

Vejamos: namorado, lobos, vampiros, imprinting, noite de ontem... Afastei meus pensamentos.

—Não, nenhuma.

Ela resmungou do outro lado.

—Eu e o sei pai vamos viajar.

—Ah é? Para onde?

—Las Vegas.

—Vegas? Não diga que vai lá bisbilhotar Mia, não é?

Mamãe resmungou de novo algumas palavras que não pude compreender.

—Mãe!

—Ah, eu e o seu pai só queremos ver como está indo o casamento dela.

—Acho que ela não precisa da sua ajuda. Ela é de Capricórnio, mãe, se algo sai do controle dela ela surta. Lembra da páscoa?

As imagens do dia de páscoa de 10 anos atrás passaram pela minha cabeça. Mia tinha planejado tudo, faria pegadas no chão com farinha até o local da primeira pista, onde tinha um poema enigmático escrito algo como "Os fofuchos coelhinhos, esconderam no ninho, algo bem gostosinho, mas deverá ir até a churrasqueira, para a próxima pista pegar, não vá se atrasar!" Tinham mais um cinco desses textos ridículos. Tinha feito tudo isso pro meu irmão e para mim. Eu tinha 12 anos. Exatamente, 12! Tyler tinha 6. Mas depois de tanto trabalhar nesse plano estapafúrdico, papai começou a se perder a paciência e acabou despejando para mim que Coelhos da Páscoa não existem.

Novamente, eu tinha DOZE anos!

E, infelizmente, eu não sabia disso, pois toda vez que um amigo meu de escola falava sobre o coelhinho da páscoa a inútil aqui nunca havia percebi a IRONIA nas palavras.

Coelhos da páscoa não existem.

Tinha ficado com tanta raiva, mais tanta raiva dos meus pais por não terem me contado antes e fazerem uma garota de doze anos chorar porque nunca mais acreditaria num coelhinho peludo e fofucho, que contei pro meu irmão.

Ele tinha seis anos.

Estraguei a infância dele.

Meus pais estragam minha pré-adolescência.

Mas Tyler não chorou, ficou até contente pois o Coelhinho da Páscoa não era tão idiota em escrever aqueles textos bobos. (Novamente, Tyler tinha nove anos) E sim a Mia que era a bobona. Ela tinha dezoito anos. A idade que eu tenho agora.

Enfim, Mia deu um "pití" e se jogou no chão. Exagerei, ela jogou o vaso de flores da mamãe no chão.

Tyler e eu apreciamos a cena comendo bons ovos de chocolate. Os melhores em treze anos de vida, porque eu fui direto a eles e não por meio de pistas inúteis e infantis.

—Acha que ela vai se jogar no chão?

Mamãe também era outra exagerada.

—É bem provável, admiti. - depois tive uma ideia. - Seria legal se o meu cunhado se jogasse também. Mãe, já imaginou como seriam os filhos deles? Teriam nariz empinado e falariam com uma vozinha Passe-me o saleiro, por favor.

Eu tampei o nariz com os dedos para imitar a voz.

Mamãe deu uma risada abafada.

—Mesmo assim eu vou. - disse ela decidida. - E Tyler não.

—Ah, não...

Minha mãe soltou um riso abafado.

—É, tem como ele ficar com você, querida, só por duas semanas?

—Duas semanas!? Mãe eu tenho que estudar! As provas finais estão chegando!

Todo o meu bom humor tinha evaporado magicamente.

—Eu sei, querida, mas imagine que legal ver minha filha mais velha e o meu genro morrendo de vergonha de mim e do papai?

—Graças a Deus não sou eu.

—Sorte a sua, hein? Não ser a mais velha...

—Pois mais velhos recebem mais atenção. - completei carrancuda.

—Eu te dou atenção querida!

—Meu namorado dá mais!

Silêncio.

—Namorado?

—É.

—Por que não me contou que está namorando?

—Porque não é novidade, já faz um tempo, manhê...

—Como ele chama? Tem a sua idade? Quando vamos conhecê-lo?

—Não tente mudar de assunto, Dona Lucy... - ameacei.

—Não me chame pelo o meu nome!

—Quando o Tyler vem atrapalhar minha vidinha?

—Em uma semana, depois que terminarem suas aulas. - ela se animou. - Viu? Pensei em você.

—O que vou fazer com um garoto de 16 anos?

—Vou levar a coleira...

—Coleira?

Ela começou a conversar com o meu pai do outro lado da linha. Tudo ficou confuso.

—Mãe... MÃE!

E o silêncio.

Tinha desligado.

Bati o telefone com força.

—O que foi, amor? - perguntou Luke enquanto vestia a camisa. Ele veio até mim. - Problemas?

Para ficar mais calma, acabei pegando a colher de dentro do açucareiro e a lambi.

Olhei para Luke. Ele tinha se aproximado, estava na minha frente, seus braços segurando a bancada atrás de mim, deixando-me praticamente presa.

—Já pensou que mais cedo ou mais tarde terá que conhecer seus sogros?

***

A tarde, Luke havia me dito que tinha que se encontrar com a alcateia, para uma reunião a respeito do morto ( esqueci o nome dele!) e eu não consegui ficar sozinha ou acabaria conversando com as comidas da minha cozinha. Era capaz de eu comer açúcar puro. Então, fui a casa de Ashley.

—Aperta esse botão. - indicou ela.

Vejamos, nunca fui muito boa jogadora de videogame. Tyler só ganhou o dele quando tinha onze anos, e como eu tinha dezessete e tinha um namorado (meu primeiro namorado) eu preferia ficar com o meu namorado do que com um joguinho de computador. Agora eu sou um fracasso.

Vou ter um cara que me ame pelo resto da minha vida, e não sei jogar essa porcaria de jogo ainda.

—Madson... - falou Ashley mostrando a sua irritação. - Consegue ver esse botão?

—Se eu olhar para o controle não olho para a tela! - Foi a minha desculpa.

Eu não queria jogar videogame, mas como praticamente invadia o apartamento de Ashley e atrapalhei a sua rotina na frente da TV, o mínimo que eu podia fazer era aceitar fazer o que ela estava fazendo.

—Não tem um nível mais fácil? - minha voz saiu aguda quanto fui morta pela milésima vez

—Você está no nível 1.

—Tem algum abaixo de zero?

—Não, Madson... - bufou Ashley. - Aperte o quadrado quando a tartaruga chegar perto de você.

—Eu posso andar enquanto isso?

—SIM!

—Ahn... onde anda?

Realmente senti que havia perdido a minha infância.

Se eu soubesse que no futuro arranjaria um namorado, não teria namorado outros caras enquanto podia jogar videogame. Acho que foi por causa da existência do Coelho da Páscoa até os meus treze anos de idade me fez pensar que eu deveria crescer. Namorados foi a minha solução.

Droga, chegou um dragão!

—O que eu faço?

—Aperta quadrado! - berrou Ashley.

—Mas não era para as tartarugas?

—APERTA!

Olhei para o controle. Sim, o meu dedo estava certo no quadrado. Apertei.

O meu boneco na TV lançou uma faísca na direção do dragão.

—O que eu fiz?

—Ta certo, agora você tem que pular a corpo morto dele.

Olhei para ela assustada.

—Eca. - fiz. 

—Madson, pula logo.

—O que eu aperto?

—X! - Ashley gritou. -Não, aperta QUADRADO!

Olhei para tela, uma tartaruga se aproximava.

Apertei o X.

A tartaruga me matou.

Ashley jogou a cabeça para o lado; deixou um toque dramático ao olhar sarcástico quando fez seus cabelos loiros se mexerem.

—Você morreu, Madson. - ela disse mais calma. - De novo.

Fiz uma careta de birra e um beicinho.

Perdi.

—A tartaruga é muito rápida. - expliquei.

E assim foi a minha tarde, até que Ashley decidiu que devíamos dar umas voltas pela cidade.

***

LUKE

Minha mãe trancou a porta de casa.

—Vamos?

Drake já estava lá na frente.

—Eaí, Luke? - Mark me cumprimentou.

Fiquei com vergonha de minhas atitudes. Depois tive o meu imprinting, eu tinha m esquecido de dar atenção à minha família, a meus amigos e a alcateia.

Porém Mark não parecia ligar.

Ele nunca ficava abalado.

—To pensando em fugir. - admiti num tom de brincadeira.

Minha mãe me repreendeu com um beliscão.

—Olá, Sally. - falou Mark sorrindo.

Ela sorriu para ele.

Chegamos a clareira. Com o por do sol os vãos entre as árvores ficavam mal iluminados pela luz, deixando tudo escuro, como se tivesse um espessa neblina baixa. No centro dos muitos troncos de árvores, postos lá para serem usados como bancos, tinha uma fogueira grande, porém suas chamas tinham um brilho forte.

Sentei num dos troncos ao lado da Kluke.

A aldeia inteira estava aqui. Os pais, os filhos, todas as gerações de Lobos ainda vivos.

Um dos velhos aldeões levantou-se chamando a atenção de todos.

—Bom, rápida e diretamente, devemos discutir o que faremos com a alcateia, não, com a aldeia, isso é questionável, como voltaremos a combater os caras-pálidas se nem nós mesmo conseguimos, ou tentamos descobrir o que aconteceu a um de nossos irmãos! - ele parecia ralhar conosco, como se fossemos crianças birrentas indispostas a procurar algo essencial.

O pai de Thai pigarreou.

Eles eram completamente diferentes.

—Isso me lembra uma história... Um de nossos primeiros homens-lobos passou adiante a história de seu irmão. Kodan chamava. Kodan era um jovem rápido e inteligente, comandava a alcateia de uma maneira que funcionava muito bem: em equipe. Juntos eles eram mais fortes e capazes de derrotar os caras-pálidos.

Imediatamente todos ficaram em silêncio.

—Até que aconteceu. Kodan teve um imprinting.

Engoli em seco e senti a indireta.

—Nunca havia acontecido antes. Acharam que fosse uma doença sem cura. A alcateia começou a se desfazer por causa do desespero dessa loucura. O próprio irmão de Jodan, Noil, que passou adiante essa história, matou a garota.

Fechei os olhos co força afastando a imagem da minha cabeça. Quando voltei a abri-los vi que o pai de Thai olhava para mim sem expressões.

—A primeira coisa que Kodan fez foi avançar na alcateia. Queria vingança. Depois sofreu com a perda. Por fim, enlouqueceu. Adoeceu, e morreu. Foi aí que Noil, se sentindo culpado fez a regra de nunca ninguém poderia agredir fisicamente o objeto de imprinting dos outros. Tiveram que começar do zero para a equipe voltar a se fortalecer. Descobriram que o imprinting era uma exceção rara, não a regra, mas que não era como a peste negra, a cura nunca deveria ser encontrada, pois o imprinting fortalecia o Lobo e faziam- o lutar para proteger o que gostava. Por isso, devemos perceber que Luke será um bom líder para a alcateia e assumirá as responsabilidades de Andrew.

Se não fosse tão moreno, teria ruborizado quando todos olharam para mim.

—Certo... - cortou Sally receosa. - Agora precisamos discutir sobre a misteriosa morte de Andrew.

—Nhaaah! - gemeu Kluke franzindo o cenho e colocando as mãos no nariz. - Não gosto de me lembrar do cheiro...

—É certo de que ele foi mordido, de que outra maneira isso poderia acontecer? - Kaio disse de modo obscuro.

—Uma emboscada? - grunhiu Drake de modo pensativo.

—Nao é como se eles tivesse poderes ou algo assim. 0 Kluke disse sarcástica.

—Por que estão falando como se tivesse um culpado por trás disso tudo? - perguntou Thai.

—Não seja burro, moleque. - falou um dos anciões. - Ele não teria se suicidado.

—Ele parecia infeliz... A palavra certa seria inveja. - resmungou Drake, a atenção de todos foi tomada por esse comentário. Até eu olhei para ele.

—Inveja? Ora, pare com essa tolice! - um dos anciões regiu.

—Tolice nada! Eu podia ouvir o que ele pensava! Sim, ele tinha inveja! - Kluke gritou grosseiramente.

—Inveja de quem? - perguntei.

—De você Luke! - berrou ela alterada.


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Notas finais do capítulo

Eaiii??
Comentem, todos que puderem, quem não puder dá um grito, para ver se eu ouço sobre o que acharam ;D
Petrinha, vou dedicar a tu esse capitulo né, pois fez aninhos, e é isso.
Espero ter feito você rir :/
E a tooooooooodos vocês - to me sentindo como se estivesse falando num circo, deve ser o livro da escola o culpado.
Continuem tendo uma boa vida.
Beijocas, até
Obrigada por lerem!!!!!!!!



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