Imprinting escrita por Mila


Capítulo 45
Cada segundo


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa leitura!
Notinhas importantes sobre esse capítulo lá nas notas finais!

Beijo especial para Isaah que começou a ler agora e já leu tudo, sempre comentando em todos os capítulos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/205012/chapter/45

QUINTA - final de tarde

MADSON

—LUKE! - gritei ao vê-lo caindo no chão, ensaguentado e ainda em forma de Lobo.

Eu corri até ele mais rápido do que eu podia. Alguém provavelmente gritou o meu nome, para tentar me impedir de me enfiar no meio das lutas travadas aqui e ali, mas talvez fosse só coisa da minha cabeça, a voz da consciência, que nem mesmo assim eu escutei.

Eu cai de joelhos na neve ao lado dele.

—Luke... - chamei.

Nada.

Meus olhos ardiam.

Peguei a cabeça dele em minhas mãos e pousei em meu colo. Era pesada, mas eu mal senti isso. Acariciei seu pelo, deixando eles enroscarem entre meus dedos.

—Luke... - eu chamei de novo e minha voz falhou. Foi quando percebi o meu estado, então comecei a chorar alto. - Não... Luke. Luke, por favor, acorda. Luke...

Eu me inclinei para frente e encostei minha cabeça na dele. Minhas lágrimas escorriam por meu rosto e molhavam seu pelo quente que aos poucos iam esfriando com a fina neve que caia sobre nós.

—Luke... - eu soluçava. - Desculpa. Me perdoa. Eu te amo... A culpa não é sua. A culpa nunca foi sua... A culpa é minha.

Minhas palavras saíram enroscadas aos soluços que dava. Eu disse coisas que nem sequer faziam sentido, disse coisas imbecis e outras que nunca aconteceram, mas eu disse, achando que aquela seria minha única chance de dizê-las.

Então comecei a contar histórias para ele, ainda afogada em lágrimas, enquanto acariciava-o com os dedos trêmulos. Contei sobre Kluke e Tyler e como eles ficam bonitinhos juntos, contei sobre o pesadelo que tive quando ele estava viajando, contei que nunca imaginei que minha melhor amiga tentaria me matar, contei sobre o dia que perdi meu primeiro dente, e contei a ele que talvez ele não tivesse muita certeza de minha lealdade a ele, porque não havia tido um imprinting, mas contei que o amava, e que isso era o maior sentimento que um humano poderia ter, e ri, ao dizer que ele precisaria se contentar.

As pessoas já estavam ali, reunidas em volta de nós, mantendo uma longa distancia. Elas deviam estar observando, fofocando, chorando ou... sei lá, não prestei grande atenção nelas.

Não sei quanto tempo se passou, - o tempo era outra coisa da qual eu não prestara atenção - , talvez tivesse sido apenas um minuto ou dois, quando achei que senti ele se mexer.

Eu podia estar errada. Como bióloga sabia bastante sobre o corpo humano, o suficiente para saber que o corpo tem espasmos após a morte, descontraindo-se; mas eu tive esperança de mais e comecei a cutucá-lo.

—Luke. - eu disse, com um caroço na garganta. - Luke...

Lentamente, ele abriu os olhos. Ele soltou um uivo baixo e dolorido.

Eu arfei alto. Desabei novamente em lágrimas, agarrando sua cabeça entre meus braços e beijando-o em todos os lugares, enquanto ria e chorava ao mesmo tempo.

Eu resmunguei todas as coisas idiotas novamente: Agradeci a todos os santos que existiam e que não existiam, a todos os deuses e criaturas mitológicas que eu conseguia me lembrar, e até mesmo à Morte, por ter desistido de levar Luke agora. E não falei mais do passado, comecei a falar do presente... a cada segundo que se passava.

Foi quando ouvi todos gritarem, comemorando, que eu tive certeza de que minha vida voltara.

***

QUINTA - noite

LUKE

Eu não gostava de sopa (parecia comida de doente), mas depois de algumas horas, todos nós estávamos sentados nos troncos de árvores onde ouvíamos histórias ao redor de uma enorme fogueira, comendo um pouco da enorme panela de sopa que a minha mãe fizera.

Eu estava sentado no chão, encostado num tronco, porque minha perna estava esticada com uma tala improvisada que Faith e Madson fizeram. Meu corpo estava cheio de ataduras e band-ais, e qualquer posição que eu ficava não era confortável; mas então desisti e parei de ficar me mexendo. Fiquei com o braço esquerdo apoiado nas pernas de Madson, que estava senda no tronco atrás de mim, com a mão em meu ombro.

Kluke e Tyler vieram para cá, após Kaio se voluntariar a buscá-los. Eles estavam sentados ao lado de Madson, ouvindo sobre o que não presenciaram.

Nathan estava no colo de minha mãe, do outro lado da fogueira. Ela se queixara de não ter passado muito tempo ao lado do neto. Fiquei observando-os por um tempo até eu perguntar:

—Então mamãe se transformou em um Lobo?

—Como não percebemos isso antes? - Drake questionou. Ele também estava coberto com band-ais e ataduras.

—Ah, eu... Eu não escondi nada. Foram vocês que não perceberam isso antes. - ela disse com uma expressão facial engraçada, como se estivesse brava e com vergonha. Parecia uma criança, jogando a culpa em cima de nós.

Todos riram alto.

—OK. - eu disse. - A culpa foi nossa.

—É claro que não foi! - Drake retrucou. - Foi dela, porque ela fugiu com o papai e teve a gente.

Eles riram. Eu acho que depois de tudo que aconteceu eles nunca mais parariam de rir.

—Então a culpa foi do meu sogro, o avô de vocês! - Mamãe respondeu, entrando na brincadeira. Nesse momento pensei em como ela e Drake podiam ser parecidos. - Por que foi ele que fez o seu pai nascer, e começou toda essa confusão.

—A guerra? - Kluke questionou, confusa.

—É. - minha mãe suspirou e olhou para Nathan. - Há anos atrás, quando vocês ainda eram crianças, três vampiros apareceram na cidade. O Vovô Hunt e a alcateia, acabaram com dois deles. O que não morreu se chamava Christian. Esse Christian ficou muito bravo e jurou vingança, ainda mais que... Ah, o meu sogro era tolo, parecia criança. Ele ficou provocando o vampiro, que é claro só ficou mais furioso.

Todos tinham ficado em silêncio para ouvir a história de minha mãe.

Ela prosseguiu:

—Outro dia ele voltou e travou uma briga com o avô de vocês. Gui e Daniel saíram de casa para ver o que acontecia... Violet foi atrás e... - ela não conseguiu terminar. - Foi uma catástrofe. Muitos morreram.

—Mas esse vampiro, Christian, ele matou todas essas pessoas sozinho? - Alaric perguntou.

—Não... Ele criou um exército de recém-criados. Vampiros que acabaram de se transformar são mais forte do que os outros, sabem? Enfim, muitos deles foram mortos também. Devem ter restado Christian e mais uns dois ou três.

—E Christian? Alguém aqui lutou com ele? - Mark perguntou, curioso.

Ergui a mão, mas senti dor e tornei a abaixá-la

—Eu. - respondi. - Christian me reconheceu e... Eu também lembrei dele.

—Você já era bem grandinho. - minha mãe murmurou baixinho e quase não pude ouví-la.

—Quantos vampiros tinham? - Charles perguntou, mudando de assunto sabiamente.

Então todos nós falamos com quem lutamos, quem matamos. Mamãe acabou com uma vampira morena e enlouquecida chamada Molly. Kaio disse que lutou com um tal de Tommy. Hamilton e Thai pegaram Javier e outros dois recém-criados. Drake ficou feliz em contar que "estraçalhou aquele mané do Chet", o "sub" do Christian. Mark pegou o Henry, que, como Drake confirmou, era aquele vampiro que nos encontrou na floresta outro dia bem atrás. No total, lutamos contra vinte e oito vampiros, sem incluir Ashley e outros que encontramos (e matamos) antes (esses também faziam parte do exército de Christian).

Descobrimos, ao juntar nossas histórias e nossas deduções, que tudo isso começara um ano antes, quando matamos dois vampiros na floresta, chamados Renier e Ágatha, que estavam quase atacando Madson. Então, Christian provavelmente percebeu o sumiço dos companheiros que apenas saíram para caçar (talvez fossem aqueles sobreviventes de anos atrás que a mamãe falou), e, para não causar suspeita, mandou outros vampiros irem "vistoriar a área" algumas semanas depois. Não matamos todos, apenas uma ruiva chamada Brooke e um outro na floresta, aquele que falava sozinho (deduzimos que ele tinha um poder, de conversar com os outros por pensamento, ou algo do tipo) que não soubemos o nome dele; os outros, foram os que passaram a informação sobre nós para o resto dos vampiros.

Ao terminar as histórias e as sopas, já tarde da noite, os moradores foram se levantando devagar e indo aos poucos para suas casas - quer dizer, para as casas que estivessem em pé).

Hugo, um dos Lobos da outra alcateia, aproximou-se de mim com a mão estendida e com um sorriso no rosto. Com esforço e me apoiando em Madson, eu me coloquei de pé. Apertamos as mãos com força e nos puxamos para perto para bater nas costas um do outro, num cumprimento... com força demais, doeu.

—A gente se vê, Luke. Melhoras!

Charles e Liam também vieram se despedir de mim com a mesma força que me deixou "moidinho". Hamilton chegou pulando e dando socos no ar a minha frente.

—Estou pronto para outra. Round 2?— ele brincou.

—Acho que podemos fazer um intervalo. - eu disse, me esquivando dos socos dele.

—Que isso! - Alaric apareceu pela esquerda e pousou a mão em meu ombro. - Você é feito de pedra, garoto.

Eu ri.

—Ainda bem. - Madson murmurou, sorridente, ainda sentada no tronco de árvore.

Ele gargalhou e deu duas palmadas fortes em meu ombro que me fez soltar um "ai".

—Se tiver um... Como é mesmo o que você falou, Hamilton?

Round 2, seu velho! - ele cuspiu. - Luta livre!

—Claro... - Alaric revirou os olhos. - Se tiver um Round 2 lá em casa, Luke, vamos pedir a ajuda de vocês.

Pensar em outra guerra me dava náuseas, mas eu tive que concordar:

—Me parece justo.

—E então a gente incorpora uns golpes novos de combate. - Hamilton sugeriu, já empolgado com a ideia.

Alaric pousou o braço nas costas de Hamilton e o guiou para longe, dizendo para ele se acalmar, pois deixara seus três filhos com uma esposa furiosa lá no Canadá.

—Madson. - minha mãe gritou do outro lado do círculo de troncos. - Vou levar os Knai até a estrada, e já coloco Nathan no carro, tudo bem?

—Tudo bem. - ela gritou de volta.

—Estamos indo? - Tyler perguntou para a irmã.

Eu voltei a minha atenção para minha mãe e Charles, andando lado a lado e conversando.

—Nathan é o seu primeiro neto, Sally - ele perguntou a ela.

—É sim. Você tem netos, Charles?

—Não... Eu tenho um filho, Connor, mas ainda é muito jovem.

Minha mãe riu e piscou para ele:

—Não subestime a juventude, Charlie.

Balancei a cabeça para os lados com um sorriso grande no rosto. O que foi aquilo? A minha mãe... estava "paquerando"? OK, agora o velho aqui sou eu.

—... no sofá. - ouvi Madson dizendo atrás de mim. Virei-me para vê-los.

—Sem problemas. Mas tem travesseiro, não é?

Madson riu da folga do irmão, e Kluke, que estava sentada ali ao lado de Tyler, revirou os olhos, também rindo.

—Claro.

—Legal. Já estamos indo, não é? - ele se levantou e se alongou, estralando os ossos da coluna. - Ah, é. A "Máquina do mistério" é minha. Onde está a chave, Madson?

Ela suspirou.

—Na ignição.

Ele já estava na metade do caminho quando parou e voltou com uma expressão confusa, como se tivesse esquecido alguma coisa.

—Ah é! Quase esqueci: Tchau, Kluke. - ele disse antes de surpreender a garota, e todos nós, puxando-a pela nuca e beijando a sua boca por alguns segundos. Ambos se separaram corados. - É... Até amanhã. - e foi em direção ao seu carro tropeçando.

Eu olhei para Madson, que olhou para mim, que olhamos para o farol do carro de Tyler já aceso, que olhamos um para o outro novamente, e depois olhamos para Kluke.

Ela olhou para nós, envergonhada e irritada.

—Ah, não falem nada! - falou rapidamente, levantou-se e saiu correndo em direção a casa de minha mãe, antes que pudéssemos ver o que ela sentia estampado no próprio rosto.

Madson e eu nos olhamos novamente e começamos a rir, nervosamente.

—Ah, não. - ela gemeu.

—Tudo isso de novo não. - eu cobri meu rosto com a palma da mão.

Demoramos um tempo para perceber que o barulhinho insistente não era uma trilha sonora para o momento, mas sim o celular de

Madson tocando em seu bolso.

Alô?— ela atendeu. Alguém falou algo do outro lado. - Oi... Oi, pai. Sim, está tudo bem com Nathan.— o pai de Madson volta a falar algo do outro lado da linha. - Ah, OK. Que bom. Eu alugo o hotel para vocês, não se preocupem.— Madson faz uma pausa para escutar. - Sim, o Tyler está aqui.

Ela cobre o telefone com a mão e grita:

—Tyler! Você está de castigo!

Como resposta, ele buzina três vezes.

Eu ri.

Olhando para a floresta atrás de Madson, senti que ela me chamava, dizendo-me que ainda faltava alguma coisa para resolver.

***

Fui guiado por algum sentimento bobo até o cemitério da aldeia e parei de pé e em frente a lápide de Andrew.

—Eu devo ter o poder de ler mentes... - de repente ouvi Madson dizer num tom animado. - Porque eu tinha certeza de que você estava aqui.

—Você me seguiu? - brinquei, enquanto puxava-a para perto pela mão e abraçava-a pela cintura.

—Ah... Acabou com a minha graça. - ela respondeu, me abraçando também e apoiando a cabeça em meu peito.

Eu ri.

Ficamos em silêncio, desse jeito, sentindo a neve cair sobre nós.

Fiquei observando o nome de Andrew gravado na pedra cinza, enquanto eu esfregava meu polegar na cintura de Madson distraidamente.

—Ele deve estar se revindo no túmulo agora. - murmurei.

—Ahn? - Madson fez, confusa. - Quem, Luke?

—Andrew. - eu disse. - Por que eu me tornei o alfa, fui o primeiro a ter um imprinting na alcateia, tive um filho, um final feliz... Ele deve estar muito bravo.

Ela ri alto e me empurra para longe, sorrindo.

—Qual é, Luke! Ninguém consegue guardar mágoa por tanto tempo. Ainda mais quem já se foi.

Eu estava incomodado, inquieto. Não respondi.

—Ele foi um bom líder? - ela me perguntou com delicadeza, se aproximando.

—É claro. - respondi com o cenho franzido. - Ele foi um bom líder. Eu sabia disso, sempre soube...

—E ele sabia que era um bom líder?

—Sim, - eu sorri com o canto a boca, lembrando-me de sua pose de herói. - é claro que ele sabia.

Ela brincou com a manga da minha camisa em silêncio, depois de pensar por um tempo, disse:

—Ele não te odiava, Luke. Estava um pouco magoado, tudo bem... Mas não seria para sempre. Ele só foi pego desprevinido em um momento ruim...

Novamente não respondi. Fiquei pensado e procurando o motivo de eu estar me sentindo tão esquisito.

—Hmm... - Madson fez, puxando meu queixo para baixo e para o lado, para que eu olhasse para ela. - Ele sabia que você sempre o considerou um bom líder?

Fiquei surpreso.

—Não. - percebi.

Era isso que eu tinha que fazer. Agachei-me na neve, em frente a lápide de Andrew e lembrei dele, de sua força, de sua coragem, de sua confiança e responsabilidade.

—Você foi um grande alfa para mim, Andrew. - eu disse em baixo tom. Passei a mão pela neve, descobrindo o nome inteiro dele.

Madson deu algumas palmadinhas em meu ombro, carinhosamente.

Levantei-me novamente com dificuldade, ainda dolorido. Senti-me melhor, mais leve, mais feliz, como se a partir daquele momento eu pudesse seguir em frente.

Puxei-a novamente para perto de mim e a abracei com força.

—Vamos para casa? - ela perguntou, sua voz abafada por causa do meu peito. - Estou cansada... E está frio aqui.

Nós nos soltamos e caminhamos para fora da floresta com as mãos entrelaçadas.

—Eu estava pensando... - disse calmamente.

—Ai, lá vem coisa ruim. - ela brincou, revirando os olhos.

Eu sorri e fingi que não ouvi o seu comentário.

—O que você acha de Andrew? - perguntei. Ela fez uma cara confusa, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, eu completei: - De Nathan Andrew Hunt?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Os vampiros e seus aparecimentos na história:
Renier - capítulo 04 e 17(mencionado)
Ághata - capítulo 04 e 17(mencionada)
Brooke - capítulo 11 e 17(mencionada)
Tommy - capítulo 11
Chet - capítulo 11, 17(mencionado)
Henry - capítulo 16
Ashley - capítulo 16, 17, 36, 37, 39, 40 e 43.
Molly - capítulo 17 e 44
Javier - capítulo 17
SEM NOME - Capítulo 33
E, claro, todos eles são mencionados neste capítulo

Ufa, consegui ligar as pontas soltas; mas se tiver qualquer erro que encontrarem, qualquer dúvida... Me informem.

Hmm... O que acharam do capítulo, do rumo da história... Enfim, de tudo?
Por favor, comentem, recomendem, favoritem...
Bom, falta mais um capítulo apenas.
Vocês estão preparados?
(O que acham que vai acontecer? O que querem que aconteça?)


P.S. Vocês notaram (e estranharam) que tem uma fogueira na NEVE? É, pessoas, isso é possível, sim. É estranho, mas é possível. Eu tive que pesquisar no Google para ter coerência (olha como eu me preocupo) e encontrei Massa e Alonso fazendo uma fogueirinha na neve. Hahahaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imprinting" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.