Imprinting escrita por Mila
Notas iniciais do capítulo
Desculpa a demora, desculpa mesmo.
Eu ia terminar o capítulo na sexta e postar nesse dia mesmo, umas horas depois do combinado, mas ainda no mesmo dia. Então eu fui viajar e eu deixei o caderninho que havia escrito uma parte do capítulo em casa, e além disso não tinha internet. Então, cá estou nesse segundo, bem atrasadinha.
Como agora a história terá muitos acontecimentos e reviravoltas em POUCO TEMPO (uma semana, fiz o cronograma), no começo dos capítulos terá o dia da semana que é para vocês não se perderem.
Boa leitura
Três meses depois...
SÁBADO
MADSON
—Frio do inferno! - exclamei quando me enfiei dentro de casa, limpando os pés cheios de neve no tapete.
—O frio não pode ser do inferno. - Luke disse, entrando em casa atrás de mim. - O inferno é quente.
—Vai ver que o Capeta fez um Feng Shui e rearrumou as coisas lá em baixo. - disse. - E decidiu que frio é uma tortura melhor.
Ele riu, fechando a porta atrás de si.
—Imaginei o Capeta fazendo Feng Shui... Espere. O que é Feng-Shui?
—Coisas femininas. Igual madeixas. - disse soando indiferente e raptei uma banana na fruteira, descascando-a e mordendo-a logo em seguida.
Apenas depois de uns minutos percebi que Luke olhava-me com um sorriso travesso.
—O que? O que foi? Não vai me dizer que está me achando gostosa nessa situação. - aponto para minha barriga de oito meses e meio. - Com essa barriga de melancia!
—Não. - ele ri. - Só estou orgulhoso de te ver comendo a banana. Cuidando da alimentação, como a médica disse...
Revirei os olhos. Humpf.
—Está parecendo a minha vó, Luke. "Come, querida, come tudo. Quer mais? Está tão magrinha!" — imitei a voz rouca dela. - A questão é que eu não estou magrinha! Engordei dezenove quilos nessa gravidez! Dezenove quilos! Eu fiz vinte anos ontem! Só tenho vinte! Sabe o que isso significa?
Ele arrastou o banquinho do balcão para perto e sentou-se nele.
—Que você está grávida?
—Que eu estou gorda e vou explodir! Banana é o meu lanche da tarde de agora até o nascimento de Nathan. E eu nem sequer gosto de banana! É fruta de bebê... Mas enfim, de qualquer forma eu não posso engordar nem uma grama, ou a médica me mata... ou eu explodo; o que vier primeiro.
—Vamos quebrar essa regra hoje a noite. Não comemoramos seu aniversário ontem. Vamos jantar em algum lugar.
—Não sei, Luke. Estou um balão.
—Qual é, Madson! Somos bons em quebrar regras.
Eu ri.
—Está bem, me convenceu. - disse. - Mas não vamos contar isso para a médica.
Apoiei meu cotovelo no balcão e olhei a banana em minha mão, enjoada.
—Só mais umas semanas. - ele me consolou. - Logo Nathan nasce.
Respirei fundo e soltei o ar lentamente.
—Acho que não duro uma semana.
—Você não completou nove mêses ainda, Madson. Nosso filho não vai nascer agora.
—Eu dúvido. - disse, enquanto mordia outro pedaço da banana.
Ele deslizou o braço pelo balcão e cutucou minha mão com seu dedo quente.
—Como pode ter tanta certeza?
—Bem, a grávida aqui sou eu, certo?
Ele balançou a cabeça para os lados, rindo, mas de repente parou o movimento, enrijecendo os músculos das costas.
—O que? - perguntei. - O que foi?
Luke levantou-se sem dizer nada, abriu a porta e enfiou a cabeça para fora.
—Vampiros. - disse.
—Uh. - fiz, sem saber muito bem como reagir. Umedeci os lábios com a língua. - Você precisa ir?
Ele fechou a porta e aproximou-se para mim.
—Preciso. - sussurrou antes de beijar minha testa. - Vai ficar bem?
Sacudi a banana na cara dele.
—Sim, sim. Vai salvar o mundo.
***
LUKE
Eu não precisei avisar aos garotos sobre os frios, encontrei-os já transformados na floresta. Já estando em minha forma de Lobo também, corremos por entre as árvores.
Qual é o plano? Kaio perguntou.
Arrancar a cabeça dele? Sugeriu Zack.
Está preparado novato? Mark riu.
O plano é o seguinte, disse alto, colocando meus pensamentos acima dos deles. Vamos trabalhar em equipe.
Por mais estranho que possa parecer, eles mentalizaram compreender, corajosos e decididos.
Mais confiante, rumei em direção ao vampiro.
***
Estava sentado em um galho de árvore, os raios de sol atravessavam sua pele pálida.
Saímos de trás das árvores lentamente, em formação. O desejo de arrancar a cabeça loira dele era difícil de controlar. Ele abaixou os olhos para nós e colocou-se de pé, ainda em cima do galho.
—Chet, tem oito deles. - sussurrou.
Senti Mike, Kaio, Kluke e Zack girarem a cabeça para procurar outros vampiros... esse tal de Chet. Eu não desgrudei meus olhos dele. A ligação especial dos Lobos me permitia saber os pensamentos daqueles que observaram o local - Ninguém encontrou nada. Além disso, se o loiro mexesse um músculo eu atacaria.
Quer saber, por mais que ainda estivesse com muitas dúvidas, não ia deixar que mais um vampiro saísse da floresta com vida.
Ataquei e todos os outros seguiram meus movimentos como se fossemos um só.
Drake deu uma cabeçada na árvore em que o vampiro estava no momento em que ele pulava para a próxima. Acabou perdendo o equilíbrio, caindo em cima de outro galho de maneira desajeitada o suficiente para perder meio segundo; o suficiente para Thai derrubar a outra árvore.
Zack pensou, sarcástico: Madeira.
Kluke abocanhou o ombro do loiro assim que ele caiu no chão. Ela o arrastou em minha direção. Apoiei minhas patas dianteiras em seus braços, trincando seus ombros, e minhas patas traseiras em seus pés, prendendo-o sob mim. Os Lobos fizeram um círculo ao meu redor para impedir uma possível fuga.
—Vocês não vão vencer o nosso exército. São só oito. - ele sibilou.
Rosnei, bravo. Abri minha boca e prendi a cabeça dele entre meus dentes e apertei.
Ergui minha cabeça para o céu e uivei. É guerra.
***
A minha cabeça ia explodir.
Um exército de vampiros? Fala sério, não podiam vir em outra hora? (N:Luke:// Querida autora, eles não podiam vir em outra hora?)(N:A://Claro que não. Você tem que sofrer).
Estávamos todos tão bravos que não podíamos voltar para a aldeia de maneira alguma, então ficamos em volta do lago, chutando algumas pedras, rochas... que faziam barulho ao cair na água.
—Um exército de vampiros! - Kaio exclamou, como se lesse meus pensamentos em forma humana. - Qual é a melhor saída: Morrer sofrendo ou nos matar covardemente?
—Não vamos morrer, Kaio. - eu disse, irritado.
Todos os garotos, todos mesmo, bufaram, contrariados.
—Não temos a menor chance. - Thai disse.
—Somos só oito. - Drake falou.
—Se trabalharmos em equipe.... - pensei.
—Trabalhamos em equipe agora de pouco e o resultado foram duas árvores caídas e a morte de UM vampiro! Não vamos conseguir matar um exército? Quantos deve ter em um... uns cinquenta? - Kluke raciocinou.
—Ainda mais se eles tiverem poderes. - Mark observou. - Alguns têm, não têm? Já ouvimos isso em algumas lendas.
—Eu não ouvi. - Zack confessou.
—Argh! - Thai bateu com a mão na própria testa. - Outra lenda não! Meu pai fica se achando por um mes quando conta uma lenda para toda a aldeia!
—Ninguém vai ouvir histórinhas. - disse. - Não temos tempo para isso.
—Mas não dá para esquecer que eles podem ter superpoderes. - Mark ressaltou.
—Que tipo de superpoderes? - Mike quis saber.
—Aquele loiro tinha. - Drake disse depois que chutou uma pedra e ela caiu bem no meio do lado. - Acho que podia se comunicar com os outros por pensamento, sei lá. Por que... quem era Chet? Não tinha nenhum outro vampiro por lá, olhamos tudo. E também não há nenhum Chet entre nós, certo? Ou você chama Chet? - ele olhou para Mike. - Ou talvez você?
—Cale a boca. - Kluke resmungou quando Drake olhou para ela.
—Legal. - Zack disse com sua sempre presente ironia. - Agora todo o exército sabem que somos apenas oito. Vamos morrer mais rapidamente. Iupi!
—Mas nós também temos superpoderes! - Mike exclamou.
—Super força e super velocidade são "poderes" que eles também têm, cara. - Kaio respondeu-o.
—Não! - o garoto voltou a exclamar. - Drake e Luke não são super Lobos?
—Isso não quer dizer nada. - disse. - Só que todas as gerações serão Lobos também.
—O máximo que podemos ter é sei lá uma super super força e uma super super velocidade. Não temos visão laser. Mark, olhe nos meus olhos, eu estou te cegando?
—Drake, para com isso - Mark se afastou dele. - Para de ser estranho.
—Algum vampiro tem visão laser? - Zack perguntou, a testa franzida.
—Não. Não! Esquece a visão laser! Drake tem assistido muito desenhos de super heróis.
—Está bem, então vamos tirar alguma técnica de combate do além para derrotarmos esse exército. - Kluke disse, sarcástica.
Cai sentado em um tronco molhado. Apoiei a cabeça nas mãos e os cotovelos nos joelhos. Minha cabeça latejava constantemente.
Devemos ter ficado uns dez minutos em silêncio, até que Mike falou:
—Mas vocês não são super Lobos?
—Mike! Para de falar isso! - Kluke exclamou.
—Não, pensa comigo. A Sally não disse que ela vem de uma outra alcateia? Então! Podemos encontrar a alcateia dela e pedir ajuda.
Ninguém soube o que dizer. Estávamos todos surpresos por Mike ter tido um pensamento inteligente... uma grande ideia.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tentarei mesmo postar nessa sexta, mas vida de estudante é complicado.
Bom, comentem.
Beijos