Imprinting escrita por Mila


Capítulo 33
Contagem regressiva


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, desculpa mesmo.
Eu ia terminar o capítulo na sexta e postar nesse dia mesmo, umas horas depois do combinado, mas ainda no mesmo dia. Então eu fui viajar e eu deixei o caderninho que havia escrito uma parte do capítulo em casa, e além disso não tinha internet. Então, cá estou nesse segundo, bem atrasadinha.

Como agora a história terá muitos acontecimentos e reviravoltas em POUCO TEMPO (uma semana, fiz o cronograma), no começo dos capítulos terá o dia da semana que é para vocês não se perderem.

Boa leitura



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Três meses depois...

SÁBADO

MADSON

—Frio do inferno! - exclamei quando me enfiei dentro de casa, limpando os pés cheios de neve no tapete.

—O frio não pode ser do inferno. - Luke disse, entrando em casa atrás de mim. - O inferno é quente.

—Vai ver que o Capeta fez um Feng Shui e rearrumou as coisas lá em baixo. - disse. - E decidiu que frio é uma tortura melhor.

Ele riu, fechando a porta atrás de si.

—Imaginei o Capeta fazendo Feng Shui... Espere. O que é Feng-Shui?

—Coisas femininas. Igual madeixas. - disse soando indiferente e raptei uma banana na fruteira, descascando-a e mordendo-a logo em seguida.

Apenas depois de uns minutos percebi que Luke olhava-me com um sorriso travesso.

—O que? O que foi? Não vai me dizer que está me achando gostosa nessa situação. - aponto para minha barriga de oito meses e meio. - Com essa barriga de melancia!

—Não. - ele ri. - Só estou orgulhoso de te ver comendo a banana. Cuidando da alimentação, como a médica disse...

Revirei os olhos. Humpf.

—Está parecendo a minha vó, Luke. "Come, querida, come tudo. Quer mais? Está tão magrinha!" — imitei a voz rouca dela. - A questão é que eu não estou magrinha! Engordei dezenove quilos nessa gravidez! Dezenove quilos! Eu fiz vinte anos ontem! Só tenho vinte! Sabe o que isso significa?

Ele arrastou o banquinho do balcão para perto e sentou-se nele.

—Que você está grávida?

—Que eu estou gorda e vou explodir! Banana é o meu lanche da tarde de agora até o nascimento de Nathan. E eu nem sequer gosto de banana! É fruta de bebê... Mas enfim, de qualquer forma eu não posso engordar nem uma grama, ou a médica me mata... ou eu explodo; o que vier primeiro.

—Vamos quebrar essa regra hoje a noite. Não comemoramos seu aniversário ontem. Vamos jantar em algum lugar.

—Não sei, Luke. Estou um balão.

—Qual é, Madson! Somos bons em quebrar regras.

Eu ri.

—Está bem, me convenceu. - disse. - Mas não vamos contar isso para a médica.

Apoiei meu cotovelo no balcão e olhei a banana em minha mão, enjoada.

—Só mais umas semanas. - ele me consolou. - Logo Nathan nasce.

Respirei fundo e soltei o ar lentamente.

—Acho que não duro uma semana.

—Você não completou nove mêses ainda, Madson. Nosso filho não vai nascer agora.

—Eu dúvido. - disse, enquanto mordia outro pedaço da banana.

Ele deslizou o braço pelo balcão e cutucou minha mão com seu dedo quente.

—Como pode ter tanta certeza?

—Bem, a grávida aqui sou eu, certo?

Ele balançou a cabeça para os lados, rindo, mas de repente parou o movimento, enrijecendo os músculos das costas.

—O que? - perguntei. - O que foi?

Luke levantou-se sem dizer nada, abriu a porta e enfiou a cabeça para fora.

Vampiros. - disse.

—Uh. - fiz, sem saber muito bem como reagir. Umedeci os lábios com a língua. - Você precisa ir?

Ele fechou a porta e aproximou-se para mim.

—Preciso. - sussurrou antes de beijar minha testa. - Vai ficar bem?

Sacudi a banana na cara dele.

—Sim, sim. Vai salvar o mundo.

***

LUKE

Eu não precisei avisar aos garotos sobre os frios, encontrei-os já transformados na floresta. Já estando em minha forma de Lobo também, corremos por entre as árvores.

Qual é o plano? Kaio perguntou.

Arrancar a cabeça dele? Sugeriu Zack.

Está preparado novato? Mark riu.

O plano é o seguinte, disse alto, colocando meus pensamentos acima dos deles. Vamos trabalhar em equipe.

Por mais estranho que possa parecer, eles mentalizaram compreender, corajosos e decididos.

Mais confiante, rumei em direção ao vampiro.

***

Estava sentado em um galho de árvore, os raios de sol atravessavam sua pele pálida.

Saímos de trás das árvores lentamente, em formação. O desejo de arrancar a cabeça loira dele era difícil de controlar. Ele abaixou os olhos para nós e colocou-se de pé, ainda em cima do galho.

—Chet, tem oito deles. - sussurrou.

Senti Mike, Kaio, Kluke e Zack girarem a cabeça para procurar outros vampiros... esse tal de Chet. Eu não desgrudei meus olhos dele. A ligação especial dos Lobos me permitia saber os pensamentos daqueles que observaram o local - Ninguém encontrou nada. Além disso, se o loiro mexesse um músculo eu atacaria.

Quer saber, por mais que ainda estivesse com muitas dúvidas, não ia deixar que mais um vampiro saísse da floresta com vida.

Ataquei e todos os outros seguiram meus movimentos como se fossemos um só.

Drake deu uma cabeçada na árvore em que o vampiro estava no momento em que ele pulava para a próxima. Acabou perdendo o equilíbrio, caindo em cima de outro galho de maneira desajeitada o suficiente para perder meio segundo; o suficiente para Thai derrubar a outra árvore.

Zack pensou, sarcástico: Madeira.

Kluke abocanhou o ombro do loiro assim que ele caiu no chão. Ela o arrastou em minha direção. Apoiei minhas patas dianteiras em seus braços, trincando seus ombros, e minhas patas traseiras em seus pés, prendendo-o sob mim. Os Lobos fizeram um círculo ao meu redor para impedir uma possível fuga.

—Vocês não vão vencer o nosso exército. São só oito. - ele sibilou.

Rosnei, bravo. Abri minha boca e prendi a cabeça dele entre meus dentes e apertei.

Ergui minha cabeça para o céu e uivei. É guerra.

***

A minha cabeça ia explodir.

Um exército de vampiros? Fala sério, não podiam vir em outra hora? (N:Luke:// Querida autora, eles não podiam vir em outra hora?)(N:A://Claro que não. Você tem que sofrer).

Estávamos todos tão bravos que não podíamos voltar para a aldeia de maneira alguma, então ficamos em volta do lago, chutando algumas pedras, rochas... que faziam barulho ao cair na água.

—Um exército de vampiros! - Kaio exclamou, como se lesse meus pensamentos em forma humana. - Qual é a melhor saída: Morrer sofrendo ou nos matar covardemente?

—Não vamos morrer, Kaio. - eu disse, irritado.

Todos os garotos, todos mesmo, bufaram, contrariados.

—Não temos a menor chance. - Thai disse.

—Somos só oito. - Drake falou.

—Se trabalharmos em equipe.... - pensei.

—Trabalhamos em equipe agora de pouco e o resultado foram duas árvores caídas e a morte de UM vampiro! Não vamos conseguir matar um exército? Quantos deve ter em um... uns cinquenta? - Kluke raciocinou.

—Ainda mais se eles tiverem poderes. - Mark observou. - Alguns têm, não têm? Já ouvimos isso em algumas lendas.

—Eu não ouvi. - Zack confessou.

Argh! - Thai bateu com a mão na própria testa. - Outra lenda não! Meu pai fica se achando por um mes quando conta uma lenda para toda a aldeia!

—Ninguém vai ouvir histórinhas. - disse. - Não temos tempo para isso.

—Mas não dá para esquecer que eles podem ter superpoderes. - Mark ressaltou.

—Que tipo de superpoderes? - Mike quis saber.

—Aquele loiro tinha. - Drake disse depois que chutou uma pedra e ela caiu bem no meio do lado. - Acho que podia se comunicar com os outros por pensamento, sei lá. Por que... quem era Chet? Não tinha nenhum outro vampiro por lá, olhamos tudo. E também não há nenhum Chet entre nós, certo? Ou você chama Chet? - ele olhou para Mike. - Ou talvez você?

—Cale a boca. - Kluke resmungou quando Drake olhou para ela.

—Legal. - Zack disse com sua sempre presente ironia. - Agora todo o exército sabem que somos apenas oito. Vamos morrer mais rapidamente. Iupi!

—Mas nós também temos superpoderes! - Mike exclamou.

—Super força e super velocidade são "poderes" que eles também têm, cara. - Kaio respondeu-o.

—Não! - o garoto voltou a exclamar. - Drake e Luke não são super Lobos?

—Isso não quer dizer nada. - disse. - Só que todas as gerações serão Lobos também.

—O máximo que podemos ter é sei lá uma super super força e uma super super velocidade. Não temos visão laser. Mark, olhe nos meus olhos, eu estou te cegando?

—Drake, para com isso - Mark se afastou dele. - Para de ser estranho.

—Algum vampiro tem visão laser? - Zack perguntou, a testa franzida.

—Não. Não! Esquece a visão laser! Drake tem assistido muito desenhos de super heróis.

—Está bem, então vamos tirar alguma técnica de combate do além para derrotarmos esse exército. - Kluke disse, sarcástica.

Cai sentado em um tronco molhado. Apoiei a cabeça nas mãos e os cotovelos nos joelhos. Minha cabeça latejava constantemente.

Devemos ter ficado uns dez minutos em silêncio, até que Mike falou:

—Mas vocês não são super Lobos?

—Mike! Para de falar isso! - Kluke exclamou.

—Não, pensa comigo. A Sally não disse que ela vem de uma outra alcateia? Então! Podemos encontrar a alcateia dela e pedir ajuda.

Ninguém soube o que dizer. Estávamos todos surpresos por Mike ter tido um pensamento inteligente... uma grande ideia.


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Notas finais do capítulo

Tentarei mesmo postar nessa sexta, mas vida de estudante é complicado.
Bom, comentem.
Beijos



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