Imprinting escrita por Mila


Capítulo 31
Só pode ser brincadeira


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bem?
Felizes por eu estar postando toda sexta feira?
SEISCENTAS VIZUALIZAÇÕES AHHHHHH! MUITO FELIZ!!!!!!! (só espero que além de ver, também estejam gostando.)


Até lá em baixo!



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LUKE

—Luke, eu... - Madson tentou explicar.

Virei a foto novamente para mim e encarei com frieza incontrolável a pessoa que estava nela. Era um vampiro.

—É sua amiga de escola não é? - perguntei, reconhecendo de onde era a vampira que encontrara há alguns meses.

—Ashley está desaparecida há vários meses. - Madson sussurrou.

Ergui meu olhar para ela. Seu semblante era cansado, derrotado e triste. Aquilo machucou-me.

—Luke... eu não sei porque eu não te contei. Desculpe. É só que... não sei eu tinha a sensação... a sensação de algo estava errado. Preferi deixar isso guardado comigo.

—Ei. - Levanto-me e ajoelho-me na frente dela. - Eu quero saber de tudo que acontece com você. Estou aqui para te ajudar, lembra?

Ela riu.

—Claro. Desculpa.

—Agora esqueça isso. Vamos dormir. Sua amiga é maior de idade, ela tem direito de fazer o que quiser com a vida dela. Provavelmente brigou com alguém e decidiu passar um tempo longe, só isso. Certo?

—Certo. - ela confirmou. - Agora vai, me dá meu cobertor.

Joguei na cabeça dela, que riu, se enrolou no cobertor e dormiu assim que deitei na cama ao seu lado.

passei meu braço por cima dela.

Olhei mais uma vez para a foto, memorizando todos os traços da garota. Em seguida, amassei o papel e joguei-o em um canto.

Era bom saber que Madson não havia escondido a foto de mim por que sabia que a amiga era um vampiro. Com ela não sabendo da segunda vida de seu amiga, logo a esqueceria e não me odiaria por matá-la.

Com o pensamento de mostrar a foto dela para os Lobos que iriam para a cidade, passei meu braço por cima de Madson e adormeci.

***

MADSON

Meus olhos se abriram de repente. Ao meu lado, meu celular tocava na última frequência de som. Nossa, parece o telefone da minha avó tocando.

Apertei o botão antes que aquele som escandalosamente alto pudesse explodir minha cabeça.

—Alô! - disse um tanto irritada pelo horário. O relógio no criado-mudo marcava 6h04min.

A minha esquerda, Luke abriu os olhos e deixou escapar um palavrão.

Madson? É o Spencer! Desculpa te acordar.

Encostei na cabeceira da cama.

—Hm. Spencer. O que foi?

—Por que ele está lingando nessa hora? - Luke me perguntou, também irritado pelo som do celular tocando.

—Não sei. Acabei de atender. - respondi, mal-humorada.

O que? — Spencer me perguntou, confuso.

—Nada. O que você quer?

Hoje você não precisar vir...

—Manda ele pentear macaco!

—Luke, cale a boca. - chiei. - Você não está me deixando ouvir.

—...está bem?

—Macaco! Quer dizer, Spencer. Você não é macaco. Eu não quis dizer isso é que o Luke... tem um macaco aqui do meu lado e eu não consegui te ouvir, desculpa.

Hoje você não precisa vir para o trabalho.— ele repetiu. - O dr.Hapborn, Nellie e a equipe inteira de legistas estão aqui no laboratório examinando o corpo. Eu mesmo já estou indo embora agora. Não há nada para fazer aqui. Esse acontecimento parou tudo...

—Sério? Quando você acha que o exame de reconhecimento fica pronto?

—Desliga esse telefone. - A voz de Luke saiu abafada por causa do travesseiro que cobria sua cara. - Quero dormir!

No fim da tarde. Algumas famílias serão chamadas para completar esse exame... Eu também venho para cá no fim da tarde, e acho melhor você vir também, porque a delegacia já foi avisada...

—Ah, que legal. - murmurou irônica.

—Dormir é legal. - Luke resmungou. - Eu te garanto.

... e alguns policiais, um detetive, um delegado... sei lá, estarão aqui também. Você encontrou o corpo, querem o seu relato da história.

—Hm, ótimo.

—É fantástico.

—Luke, eu não estou falando com você.

Oi? Madson? Você vai poder vir aqui no final da tarde?

—Eu posso. Estarei aí. Tchau.

Desliguei o celular antes que ele começasse a falar sobre qualquer outra coisa.

—Podemos dormir agora?

—Mais que droga! Você não consegue calar a boca. Ei... espere aí. Você não tem trabalho, mocinho?

Foi quando ele calou a boca.

Tirei meu travesseiro de trás de mim e bati em Luke com ele.

—Luke, seu imprestável, desde quando você não está trabalhando?

Ele só se levantou e tirou os travesseiros de minha mão, porque veio com a desculpa que grávida não pode fazer movimentos bruscos.

Apontei um dedo para a cara dele:

—Responda!

—Eu peguei férias. Caramba, Madson! Você não pode confiar em mim?

O olhei de soslaio, desconfiada.

—Você pegou férias agora?

—Sim.

—Por que?

—Porque eu estava cansado.

—Ah, você está cansado? Pelo que eu saiba a grávida que trabalha aqui sou eu! Era para você pegar férias quando nosso filho nascesse, homem!

—Ah... Não pensei nisso.

—É claro que não. Volte a dormir e tenha pesadelos por causa disto.

Ele me encarou, surpreso.

—Sério? Posso voltar a dormir?

Apertei os olhos para ele.

—OK. - Luke respondeu rapidamente. - Vou levantar.

***

Pensa em alguém que ficou a manhã inteira comprando coisas no shopping. Então, era eu.

Tudo que precisava comprar para o bebê, para o quarto dele... eu comprei.

Encaixei o véu no berço que Luke e meu pai montaram no final de semana, coloquei três prateileiras nas paredes (não conte a Luke que fiz isso) e coloquei nelas as pelúcias mais fofas que encontrei: um macaco marrom, um sapo, um coelho orelhudo, um castor e um coala.

Arrumei as roupinhas na cômoda e coloquei um colchãozinho em cima dela, para usar como trocador e em volta todas as coisinhas de bebês.

Coloquei uma colcha verde - nova, só para constatar - na cama de solteiro do quarto e enchi de almofadas. Mais tarde, os homens da loja de móveis trouxeram minha poltrona para o quarto.

Gastei a tarde inteira fazendo isso e mal percebi que já era tarde.

***

Encontrei Spencer sentado em um banco da entrada de emergência do laboratório.

—E então? - perguntei impaciente.

Ele ergueu o olhar quando viu minha voz e balançou a cabeça.

—Nada ainda.

Três policiais, o delegado e um rapaz de sobretudo, que eu imaginava que sua função fosse anotar e gravar tudo, estavam em um canto em silêncio.

—Veio a equipe inteira? - fiz uma careta.

Spencer bufou.

—Estão aqui desde de cedo. Chegaram antes de mim.

—Vou esperar com você. - decidiu Luke, também não gostando da presença da polícia ali.

Vi a porta de onde as pesquisas estavam sendo feitas se abrir. Meu coração pulou, mas não saiu nenhum biólogo ou médico, apenas um casal adulto abraçados seguido de uma garota loira que provavelmente deveria ter a minha idade; ela cobria a boca e o nariz com a mão, horrorizada.

Eles passaram por nós sem nos olhar e saíram pela porta que entrei. O delegado foi atrás.

—Quem são eles? - perguntou Luke, após se sentar no banco ao lado de Spencer.

—Outra família. - respondeu ele, encarando a porta pela qual eles sairam fixamente.

—Quantas já vieram? - quis saber.

—Umas cinco, mais os policiais. Agora de pouco apareceu um camburão trazendo um presidiário para fazer o exame do corpo também. Acho que algum bandido fugiu da prisão.

—Hm. - fiz, nada contente, enquanto passava meu braço por minha barriga. - Bom saber.

—Acho melhor você sentar, Madson. Isso ainda vai demorar. - Luke aconselhou.

Suspirei e caí sentada ao lado dele.

***

Fazia uma hora que eu chegara ao laboratório e nenhuma resposta chegava. As famílias que vieram fazer o reconhecimento do corpo já foram embora, apenas algumas preferiram aguardar a resposta dos especialistas na sala de espera, que era ao lado de onde estávamos.

Já havia relatado ao delegado o fato que presenciei e voltado a me sentar. Então cruzei as pernas, descruzei, bati o pé no chão várias vezes, me levantei, comi uma barra de cereal, sentei e levantei de novo, e agora andava de um lado para o outro da Entrada de Emergência.

—Madson, fique calma. - disse Luke. Ele permanecia sentado no banco, ao lado de Spencer (ambos tentavam ignorar os policiais), e seus olhos acompanhavam todos os meus movimentos com preocupação. - Você tem que ficar calma.

—E você tem que calar a boca. - soltei rapidamente.

O delegado era outro que também não tirava os olhos de mim, observando tudo com seus olhos velhos e rugosos. Se possível isso me deixava ainda mais nervosa.

Então a porta da sala de análises se abriu devagar, como se a pessoa que a abrisse não estivesse com pressa nenhuma. Imediatamente, quem estava sentando se levantou e todos nós (fora as famílias que estavam na outra sala) nos aproximamos de Nellie e do Dr. Hapborn.

Ela segurava uma folha de papel nas mãos. O Dr.Hapborn trocou algumas poucas palavras com um dos médicos e depois a porta foi fechada novamente, e só eles ficaram lá, com o resultada nas mãos.

—Já descobriram de quem é o corpo? - perguntou Spencer.

Nellie lançou um olhar reprovador a Spencer que dizia: Calma, garoto. Ela passou uma folhinha preciosa para o homem ao seu lado.

—O pedaço de pano que encontramos há alguns dias não tem semelhanças genéticas com o corpo. - ele fez uma pausa. - São duas vítimas.

—Reconheceram-as? - questionou o delegado.

—Sim.

—O corpo pertence a uma mulher, Jamily McBowel.

O policial rabiscou o nome dela no papel.

—E o DNA encontrado na amostra de tecido combina com Ashley Allen.

Prendi minha respiração.

—A causa da morta mais provável é ataque de animais, já que o corpo e a amostra de pano foram encontrados na... - Nellie dizia, mas eu nem a ouvia mais.

Meu coração batia descontroladamente.

—Está brincando. - minha voz quase não saiu. Aposto que ninguém conseguiu me ouvir.

Senti o braço de Luke passar pelas minhas costas.

—Madson. - e ouvi a voz dele.

Meu coração deu um pulo bem exagerado, então, meus joelhos cederam e eu perdi a consciência.


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Notas finais do capítulo

FIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM
THE END
SE ENCIERRA OTRA PELÍCULA kkkkk ignora o espanhol, é horrível.


Não é o fim/the end/seencierraoutrapelícula/ vai ter mais, ok? Calma ;D
Beijooos
até sexta que vem!
Obs: película é filme em espanhol... por que eu escrevi isso?



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