Imprinting escrita por Mila


Capítulo 15
Você não faz ideia


Notas iniciais do capítulo

Uau, acho que nunca escrevi um capítulo tão grande assim em um dia só.
To empolgada com essa história.
Espero que vocês também gostem.



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MADSON

Estique-me para pegar o telefone na mesinha do lado do sofá.

—Alô?

—Madson! - uma voz feminina exclamou meu nome do outro lado da linha.

Endireitei-me no sofá.

—Ashley?

Humpf.— a voz resmungou. - Também achei que fosse quando a secretária da minha mãe ligou lá em casa esses dias.

Volto a afundar no sofá.

—Ah, Maeva. Você também não tem ideia de onde Ashley está?

—Ah-am. - ela fez. - Você não acha esse sumiço dela estranho demais?

—Demais. - concordei e acabei fazendo uma ecolalia.

Maeva gemeu do outro lado do telefone.

Imaginei ela com o telefone preso entre a orelha e o ombro falando comigo ao mesmo tempo que pintava as unhas numa cor vibrante. Olhei para as minhas unhas. Um lixo.

—Será que ela fugiu com alguém?

—Loucura. -comentei. Tentei imaginar Ashley fugindo com algum rapaz, mas não consegui.

—Romântico. - corrigiu Maeva. - Seria legal fugir com o Eric, se não estivéssemos brigados.

—Humm... - resmunguei. Ela ia começar a falar dela novamente. - Então vocês não vão na formatura juntos?

Maeva era minha amiga, mas minha amizade com Ashley era diferente da dela. É meio clichê dizer isso, mas Ashley era a minha melhor amiga.

Pensei nas coisas que ela perdeu quando ausente: Ser a primeira a saber da minha gravidez, sobre a visita da minha mãe, ela poderia ter jogado videogame com Tyler muitas vezes, ela iria perder a formatura que ela tanto sonhava, pois tinha furtado o vestido azul marinho da prima dela para usar no baile.

Senti meu coração se apertar.

Ela não sumiria assim do nada. Alguma coisa tinha acontecido. Eu precisava encontrá-la.

—...aí ele falou que eu sou uma vadia metidinha. Você acredita nisso, Madson? Ele me chamou de vadia metidinha! - Maeva continuava falando sem parar sobre a vida dela e os problemas dela. Caramba! Eu estava grávida e Ashley desapareceu! Por que Eric tem que ser mais importante que tudo isso? - Metidinha!— ela repetiu.

—Não acho que metidinha queira dizer patricinha... - falei, mas ela não me escutou.

—Aí eu fiquei suuuuper puta com ele, né? Você sabe, Madson, ninguém... NINGUÉM me chama de vadia metidinha.

Quantas pessoas será que já a chamaram assim?

Não falei meu pensamento em voz alta.

Ainda bem.

eu peguei a aliança e joguei nele.

—Vocês terminaram? - perguntei monotonamente.

—Ah, sei lá. Depois disso eu mandei ele usar a aliança como alargador para o cu. Se ele realmente fez isso, EU não quero mais aquela aliança.

—Hum... - resmunguei. - Viu, Maeva, eu preciso ir. Fiquei de encontrar o Luke. - menti.

—Ah! Você que tem sorte. O gostosão está amarrado em você pro resto da sua vida. Sabe, Madson, você me deu uma ideia?

—Não. - falei rapidamente. - Golpe da barriga é clichê e fora de moda. O meu caso foi acidente. A-ci-den-te. Não pense em fazer isso. Pega outros até ele sentir ciúmes e pedir para voltar. - sugeri.

—Madson, você é uma gênia! Adoro os seus conselhos. Valeu! Então vai, vai lá com seu...

Desliguei o telefone antes de escutar o adjetivo pejorativo que ela usaria para Luke.

Peguei minha bolsa e saí de casa.

Vi-me batendo na porta da casa de Ashley.

—Madson! - a senhora Allen me saudou com um grande abraço. Que droga, por que a minha mãe não podia ser assim? - O que faz aqui?

—Eu... Eu queria saber de Ashley.

Provavelmente um fantasma passou pelo rosto da senhora Allen quando eu falei o nome da filha dela. Seu rosto ficou pálido e sua voz já não parecia tão calorosa como antes.

—Entre, querida. Entre.

Ela fechou a porta atrás de si e pediu para que eu sentasse em seu sofá estampado.

Sem jeito, nos olhamos sem saber o que dizer.

—Ahn... - comecei. - A formatura é em quinze dias. Ashley não... vai?

—Eu... - ela gaguejou. - Eu não sei onde ela está.

Empertiguei-me no sofá.

—Como... Como assim?

—Ela sumiu. Faz semanas que eu não a vejo, que eu não falo com ela. Gerald também não sabe de nada.

Mordi meu lábio inferior.

Um arrepio percorreu meu corpo quando uma palavra passou pela minha mente: vampiros.

—Vo-você avisou a polícia?

—Ela é maior de idade. - sua voz saiu tão fina que se pudesse ser medida com números, teria a espessura de um fio de cabelo. - Ela sabe o que está fazendo. Deve saber...

—Mas a senhora acha... A senhora acha que Ashley fugiu? Acha que tem algum motivo? Digo, estava tudo bem com ela?

A mulher fungou.

—Ela estava bem. Sorridente. Você mesma a viu. Você a via mais do que eu. Tinham aula juntas, passavam a tarde juntas.

—Um dia ela não apareceu na escola. - eu falei. - E no outro também não. Quando fui ver... já tinham sido semanas.

Ela olhou pro colo e segurou o choro.

—Eu pelo menos... queria saber. Não iria impedi-la, sabe? De seguir o próprio caminho. É difícil para um pai, mas eu e Gerald nunca faríamos isso. Essa... essa falta de informações que me desespera. Pode ter acontecido qualquer coisa.

Você não faz nem ideia.

Tentei afastar a imagem de vampiros cercando Ashley durante uma noite escura, na frente de uma lanchonete velha. Balancei a cabeça, como se isso pudesse me fazer dispersar esses pensamentos.

—Qualquer coisa. - concordei.

***

Quando cheguei em casa vi a cena mais estranha do mundo:

Luke estava sentado no sofá ao lado de Tyler, que jogava videogame. Eles tentavam conversar, mas não saia nada com nada.

—Oi. - falei tímida. - Tudo bem por aqui?

—Ah, Madson, o Luke apareceu aqui procurando você e eu deixei ele entrar. Não tem problema, né? Já que eu sou o seu irmão achei que eu tinha direito de tomar conta da casa enquanto você estava fora.

—Não, você não tem esse direito. - falei. - Mas tudo bem ter deixado o Luke entrar. Estou com fome. Querem comer alguma coisa?

—Ah, eu vou dar uma volta. - decidiu Tyler desligando o videogame. - Não preciso ser meteorologista para saber o clima que vai pegar aqui. Hasta la vista.

Luke riu quando Tyler fechou a porta com um Hasta la vista irônico.

—Seu irmão me lembra você. - ele comentou.

—Não me diga que vai ter um imprinting por ele também. - brinquei e fui para a cozinha.

Abri a geladeira e busquei pelo presunto.

—Onde vocês estavam? - ele estava atrás de mim e senti as mãos dele passando pela minha cintura.

—Por aí. - disse indiferentemente. Virei-me para ela quando fechei a geladeira.

Um presunto entre nós.

—Como vai o bebê? - ele perguntou. Seus lábios buscaram meu pescoço e eu o afastei.

—Com fome.

Ouvi baterem na porta.

—Você abre. - decidi. Coloquei o presunto sobre a bancada da cozinha, e quando estava prestes a comê-lo um bando de homens-lobos invadiu a minha sala.

—Como assim gravidez, Madson? - Drake veio para cima de mim. Depois virou-se para Luke: - Como assim tio?

—Como você fez isso comigo, cara? - Mark choramingou com Luke.

—Madson, como você ficou grávida?! - Kluke quase pulou em cima de mim.

Era impossível concentrar-se em uma só conversa. Todos bombardeavam a mim e a Luke com perguntas vergonhosas e estranhas.

Olhei o olhar zangado de Kluke e corei.

—Bem, você sabe que os bebês não vem das cegonhas, né?

—Eca, Madson! - fez Kluke. - Eu não nenhuma criancinha, não. Eu sei o que acontece, mas eu não acredito que você fez isso com ele! Pensei que fossemos amigas!

—Mas nós somos! - tentei dizer. Ela já tinha se afastado.

Não estava entendendo mais nada.

—Quem contou isso pra vocês? - perguntou Luke.

—Sem perguntas, rapazinho, quem faz perguntas aqui somos nós. - falou Mike apontando o indicador para Luke. Calouros...

—Um passarinho nos contou. - cantarolou Kluke fuzilando Luke com o olhar. - Isso não vem ao caso. A questão é: Você não sabe o que é uma camisinha?

—Passarinho? - perguntou Thai com uma careta. - A Sally não é um passarinho.

—Seu idiota, é um modo de falar! - Kaio esbravejou com ele.

—Ah, tá. - fez Luke entendendo.

—Tem vampiros na cidade, seu infeliz, e você decide ter filho agora? - exclamou Drake.

—Ele não consegue se controlar. - murmurei.

Ninguém me ouviu. Ainda bem.

—Você precisa fazer tratamento para essa sua... Sua... Vontade.— observou Kluke.

—Vampiros? - perguntou Luke visivelmente surpreso. - Vocês viram algum?

—Não precisamos ter visto, Luke. Mike se transformou, então é porque tem. - Mark falou, atirando-se no sofá. Ele com certeza estava magoado.

—E como é que você vai fazer agora, alfa? - zombou Thai, com um quê bem aparente de raiva em sua fala. - Você vai proteger a alcateia ou a criança?

Incontrolavelmente levei a mão esquerda a barriga.

Nada iria acontecer ao meu bebê. Eu não iria deixar.

—O que está insinuando, Thai? - os músculos de seu corpo se enrijeceram. Sua postura foi arrumada e seu queixo estava tão tencionado que era como se ele estivesse amordaçado.

—Insinuando? Bem, em palavras diretas, você está em cima do muro. Pra que lado vai cair?

Meu olhar encontrou o de Mark e eu não gostei do jeito que ele olhou para mim. Eu era, definitivamente, o problema. Se ele pudesse me mataria só com o olhar.

—Não seja imbecil. - rugiu Luke. Eu não tinha ideia de como as palavras conseguiam escapar de seus dentes cerrados. - Eu sei o que fazer. Está tudo sobre controle.

—Muito controle. - zombou Mark.

—Você não usou camisinha. - observou Kluke. Ela estava sentada no sofá, assistindo a tudo monotonamente.

—E eu não tomei o anticoncepcional. Acho que é um empate. A culpa é dois dois. - falei para tentar amenizar um pouco o clima.

Eu sabia que a culpa ainda era totalmente de Luke, mas as vezes as mentiras faziam bem as pessoas.

Enfim, minha justificação não ajudou em nada. Mark voltou a me fuzilar com o olhar e chegou até mesmo a comentar:

—O.K. A culpa é sua.

—Como a culpa é dela, cara? - perguntou Kaio frustrado com toda aquela bagunça.

—Foi ela que engravidou.

Mark deu um passo para frente. Deu um passo na minha direção.

—Não pense nisso. - Luke se postou na frente dele.

Quando Mark foi pular, Luke apareceu na frente dele e os dois caíram juntos no chão. Eles estavam praticamente se matando. Dois caras gigantes e extremamente fortes no chão da minha casa brincando de luta livre.

Ah, legal!

Tanta adolescente louca por dois caras se atracando por causa dela, e isso acontece justo comigo.

Saio de trás do balcão da cozinha e dou um chute em algum deles. Não dá para saber quem é.

Thai observava tudo com pose, como se fossem por ele que eles estavam brigando. Kaio gritava e tentava separar os dois, mas acabou que levando um soco no olho e caiu do outro lado da sala.

—Eu aposto no Luke. - disse Kluke.

Eles estavam de pé no meu sofá e pulavam de emoção como se estivessem em um show.

—Eu aposto no meu brother. — falou Mike.

—Não fala "brother". - pediu Kluke.

Cada um cuspiu na própria mão e quando Mike foi apertar a de Kluke ela esfregou a mão no rosto dele. Para tentar limpar a baba do próprio rosto, ele ergueu a mão para usá-la como um pano, mas acabou que levando a própria baba para o rosto. Mais baba.

—Cozinheiro. - riu Kluke.

—Sua...!

—Cala a boca e assisti o show.

Drake estava sentado no banquinho do balcão com a cabeça segurada pelas mãos. Os cotovelos apoiados no balcão e ele resmungava:

—Tio... Eu não acredito nisso...

Oh, legal. Ninguém pra me ajudar.

—Tem dois caras se matando no chão da minha casa! - eu gritei para ser ouvida. - Dá para alguém fazer alguma coisa?

Kaio se levantou e tentou, mais uma vez, impedir a briga.

No segundo seguinte ele estava no meio deles, brigando também.

—Ah, que bom. - resmunguei sarcástica. -Agora tem três caras se matando na minha casa!

Tentei chutá-los de novo e gritar para que parassem. Não adiantou.

—Ei! Eu não quero dizer para o meu filho que nem nasceu ainda que o pai dele morreu numa briga! Sabia que isso pode tornar uma criança psicopata? Ela pode entrar pro crime!

Ninguém me escuta, ao invés disso Kluke gritou mais alto:

—No queixo! No queixo! Bate nele no queixo!

Fui para cozinha sem muita certeza do que realmente fazia, mas abri uma das gavetas e peguei uma frigideira.

Voltei para sala com ela em punhos.

Desferi o primeiro golpe.

—Ai! - resmungou Mark.

Olhei para a panela. Ela estava torta.

Bando de homens bombados.

Ignorei o fato de minha frigideira estar deformada. Ergui-a acima de meus ombros e abaixei-a novamente sobre eles. O som que a frigideira fazia ao chocar-se contra seus corpos era estranho.

Nunca pensei que bateria em alguém com uma frigideira.

***

LUKE

Comecei a perceber como eu estava descontrolado quando Madson afastou-me a aos outros de Kaio e Mark... com uma frigideira. Suor escorria por todo o meu corpo que este, em si, tremia descontroladamente. Mais um pouco e eu me manifestava.

Mark e Kaio estavam um de cada lado meu, em pés, ofegantes.

Madson ameaçava a gente com uma frigideira.

—Eu tenho uma frigideira e eu não tenho medo de usá-la! - ela falou. Seu cabelo estava bagunçado e sua conduta não era algo que orgulharia sua mãe. - Quem vocês pensam que são? Deveria colocar todos vocês em um zoológico!

Kluke gritou do sofá, ela estava em um nível tão alto de empolgação que pulava.

—Vai, Madson! Quebra a cara deles!

—Mas você perdeu. - falou Mike que caiu sentando no sofá.

—E daí? Nunca vi ninguém usar uma frigideira para bater nas pessoas! Uuu! Madson, faz de novo!

A poucos minutos atrás ela estava morrendo de raiva dela e agora estava fazendo uma torcida, Kluke era praticamente uma fã.

—Eu estou falando sério. - a voz de Madson estava histérica. Além da má conduta e do cabelo bagunçado, seus olhos pareciam querer saltar para fora da órbita. A frigideira separava eu, Mark e Kaio dela. - Nem eu fiquei tão histérica assim com essa gravidez.

Mais ou menos... pensei, mas não ousei falar. Vai que eu levava outra "frigideirada".

—Qual é o problema afinal? Eu sei que esse bebê é um empecilho, mas não é o fim do mundo como pareceu que vocês retrataram aqui. O que é? Vocês tem carência de Luke? Sentem fala dele? É isso?

—É. - falei. - Qual é o problema afinal, seus imbecis?

—Cala a boca você também. - Madson apontou a frigideira na minha direção. - Quem tem hiperatividade aqui é você!

—Hiperatividade. - Kluke cuspiu a palavra antes de rir sem parar. - Madson, eu te perdoo, mas não me faz rir assim...!

—Vocês atrapalharam o lanche de uma grávida! Vocês tem noção do quão perigoso é isso?

—Não sabia que era perigoso. - resmungou Thai decepcionado que a nossa briga tinha acabado.

Madson virou-se num movimento rápido e com a frigideira bateu em sua região fetal.

Thai grunhiu e caiu de joelhos no chão.

—Minhas... bolas.

—Eca. - falou Kluke com uma careta, mas continuava rindo.

Madson voltou com a frigideira em nossa direção. Eu e os meninos recuamos. Definitivamente a frigideria era uma grande ameaça.

—Agora vocês fiquem aqui e tentem se entender. Ou vocês também querem que eu faça panqueca com seus ovos?!

Rapidamente negamos.

Thai era um caso perdido. Aquilo deve ter doído.

E a comparação de Madson foi estranha. Nunca mais comeria panquecas.

—Tenho que comer o meu presunto. - Madson decidiu. Jogou a frigideira no chão e saiu para a cozinha.

***

Demorou, mas eu e os rapazes conseguimos nos acertar. Madson não precisou mais usar a frigideira naquele dia a não ser para fritar ovos - ovos de verdade não os figurativos e pejorativos. - Já eram umas cinco e meia quando eles foram embora e quinze minutos depois Tyler voltou.

—E aí? - ele perguntou. Quando viu que eu estava em um canto e Madson no outro ele interpretou que brigamos e perguntou: - O que foi que eu perdi?

—A parte da frigideira.

—Frigidei... - antes dele conseguir terminar de falar, ele correu para cozinha a procura da panela rasa.

Ouvi Madson gritar com ele:

—Saia daqui!

Ele apareceu na sala com uma aparência assustada.

Não fala com ela. Movimentei a boca para formar essa frase.

Ele afirmou assustado e subiu os degraus da escada.

Afundei-me no sofá. Estiquei o braço e peguei o jornal do chão.

GRANDE NÚMERO DE DESAPARECIMENTOS PREOCUPAM MORADORES.

A reportagem abaixo da manchete falava sobre os desaparecimentos inexplicáveis de pessoas por toda a cidade. Alguns corpos eram encontrados... outros não. Mas a verdade era uma: Nenhum dos corpos encontrados estava vivo. Tinha ainda o depoimento de um guarda florestal dizendo que poderia ser ataque de ursos, já que estávamos na estação do ano que eles vinham para cá. O depoimento continuava dizendo que medidas estavam sendo tomadas para controlar esses animais.

Uma ruga se formou em minha testa e uma confusão em minha mente.

Como sendo alguém do mundo sobrenatural eu não podia negar que aquela reportagem tinha mais coisas irreais do que reais.

Ergui o olhar do jornal e virei meu rosto para o lado ao tentar formular hipóteses.

Vi Madson parada no batente da porta da cozinha. Sua expressão não era mais brava. Ela me encarava tranquilamente e preocupadamente.

—Já vi essa feição antes. - ela falou. - O que foi?

—Os humanos estão falando de desaparecimentos.

Ela veio se sentar ao meu lado no sofá. Passou os olhos rapidamente pelas letras da matéria e olhou para mim.

—Você acha que Thai estava certo? Que os... os caras-pálidas estão aqui? Acho que são eles que estão cometendo todas essas mortes?

—Desde que nasci nunca ouvi falar de grande números de morte por parte de ursos nessa cidade.

Madson me olhou preocupada.

—O que foi? - lhe perguntei.

—Nada. - ela respondeu, mas mesmo que se olhar tenha saído de minha sua expressão de preocupação não mudou.

—Vai ficar tudo bem. - prometi puxando-a para perto gentilmente.

—Uhuum. - ela fez com a boca.

Não parecia concordar comigo, mas não disse nada.


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Notas finais do capítulo

Quero meus COMENTÁRIOS, minhas recomendações, meus favoritos...
Ou vão levar uma "frigideirada"!
Brincadeira, é só uma brincadeira.
Mas quem sabe...


Beijooooooooooooooooooooooos



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