Imprinting escrita por Mila


Capítulo 14
Grávida, eu? Magina!


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeei
Desculpa a demora, tenho muitos filhos/histórias para cuidar, mas voltei isso que importa.

Eu não fiz a correção desse capítulo, então se encontrarem algum erro de ortográfia ignorem ou me contem no review para eu saber o que errei e poder corrigir.


Até lá em baixo!



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LUKE

Madson mexeu a cabeça enquanto dormia.

—O que você está tentando dizer, mãe? Eu sei que meu filho vai carregar os genes da família.

—Não é isso, Luke. - ela suspirou. - Ah, como vou explicar?

Ela enrolou um cacho do próprio cabelos no dedo.

—Seu avô paterno era um Lobo.

Confirmei e esperei que ela continuasse.

—Seu pai não era e você é.

—Sim, mãe. Pula uma geração.

—Mas eu... Eu não sou humana.

Essa realmente não era uma frase muito normal.

—Ahn? - e por isso não consegui dizer qualquer coisa.

Madson suspirou e fez aquele "mimimimimi..." com a boca.

—Eu não sou humana como ela! - mamãe apontou para Madson.

—O que você está tentando dizer.

—Você lembra do seu avô Billy? Meu pai?

—Claro, aquele velho...

—Luke! Presta atenção! - minha mãe gritou.

Madson acordou por causa dos gritos de minha mãe.

—O que...? - ela resmungou.

—Você desmaiou depois que me contou que estava grávida. - expliquei.

—Mas ela... A Sally... Sua mãe... - fiquei com medo de ela continuar não dizendo nada com nada. - Você contou para ela assim?

Dei um sorriso amarelo.

—Ela descobriu.

—Luke! - Madson corou e tentou se esconder de minha mãe com o lençol que a cobria.

—Madson, pare com isso. - pediu minha mãe. - Eu estou feliz por vocês.

—A está? - pergutei surpreso. Ela não parecia muito feliz a um segundos atrás.

—Tem certeza? - perguntou Madson.

—Ah, por favor, vai ser um Lobo, mas é meu neto.

—O QUE? - Madson gritou. - LUKE, SEU IMPRESTÁVEL, VOCÊ NÃO DISSE QUE PULA UMA GERAÇÃO?

Ela segurou a barriga com as mãos como se estivesse com medo do que estava dentro dela.

—Madson, calma, minha mãe só quis dizer que ele vai seguir a linhagem e os filhos dele, vão ser Lobos.

—Ah, é? - ela suspirou mais calma.

—Não. - falou mamãe.

Madson gritou.

—Como assim, mamãe? - perguntei zangado.

—Eu sou de outra alcateia. Knai. Meu avô, seu bisavô, Luke, era um Lobo. Eu era um Lobo. Meus netos serão Lobos.

—Mais e ele? - perguntou Madson assustada e apontou para mim.

—Ele é Lobo por parte da família Hunt. O avô dele paterno era Lobo, o pai não era, e ele é.

—E meus filhos não serão. - afirmei tentando encontrar a lógica nisso tudo.

—Mas meus netos serão.

—Mas eu sou seu filho! - exclamei.

—E seus filhos meus netos. - afirmou mamãe.

—E aonde eu entro nessa história? - perguntou Madson.

—Você está gerando um Lobo Knai.

—Ah! -Madson falou. - Por que não disse logo que... EU VOU MORRER?!

—Você não vai morrer. - falei sem olhar para ela. - Mãe, ela não vai morrer, né?

—Não. - mamãe fez um gesto com a mão que mostrava indiferença. - Mas o filho de vocês será um Lobo.

—Mas não... quando ele estiver dentro da minha barriga, né?

—Não! - falei. - Não, né?

—Eu acho que não, mas será um criança forte. Ela tem o sangue de duas linhagens Lobos correndo pelas veias.

Madson olhou para minha mãe assustada e soltou um comentário baixinho que só eu pude ouvir:

Tem como tirar as veias dela?

—Mãe, por que você nunca me disse que era um Lobo?

—Eu não queria que a nova linhagem da alcateia Hunt ficasse sabendo assim tão cedo. Esses Lobos Hunt tem a cabeça quente, aposto que não olhariam na sua cara nem na de Drake se eu contasse que vocês são um Lobos mais forte.

Balancei a cabeça lentamente, ainda assustado com tanta novidade.

—Então... meus filhos serão tipo uns SuperLobos? - perguntei pro ar.

—Bem, sim. - respondeu minha mãe. - Como eu disse, ele tem duas linhagens de Lobos no sangue! Mas eu não esperava que eu tivesse que contar essa notícia assim tão cedo.

Madson gritou:

—É tudo culpa dele! - e apontou para mim.

—Minha? - exclamei.

—É! Sua! - ela fez irritada e depois voou para cima de mim, batendo-me com suas mãozinhas fracas. - Você que tem fogo no...

—Não. - falou minha mãe. - A culpa é minha.

Entenda, eu e Madson que estávamos brigando sentados na cama paramos ao ouvir o que minha mãe tinha dito. Eu segurando os braços dela para tentar manter seus dedos longe dos meus cabelos e então a gente para, nessa posição mesmo e vira para olhar minha mãe que tinha ficado de pé, e falamos em uníssono:

—Tem razão, a culpa é sua.

—Devia ter contado para vocês antes. Talvez assim... tivessem pensado um pouco antes de criar um filho. A culpa é minha, me desculpem. - minha mãe olhou para a parede.

Olhei para Madson.

Ela moveu os lábios e contou-me mudamente: "A culpa ainda é sua".

***

Acompanhei Madson até a casa dela.

—Você vai dormir em casa? - ela perguntou.

—Vou.

Além disso, não dissemos nada no caminho todo, ambos estavam tentando entender como seria as coisas daqui para frente. Nossas mãos estavam entrelaçadas enquanto andávamos e isso era bom, significava que não estávamos brigados e isso amenizava bastante o clima de apreensão.

—Você... Você vai contar para os seus pais? - perguntei.

Ela levou um susto e confessou:

—Não tinha pensado neles ainda.

—Eu te ajudo.

—É. - ela falou. - Você não vai se livrar dessa.

—Eu não sei nem como seus pais são.

—Nossa! - Madson exclamou. - Eu tenho que te apresentar a eles primeiro como namorado e depois contar que eu estou grávida ou se não eles vão me internar num sanatório. Mamãe!

Madson exclamou e depois estacou quando viu quem estava parado na porta em frente a casa dela.

—Madson! - a mulher a chamou, ligeiramente irritada. - Onde é que você estava? Eu e seu irmão estamos esperando aqui já faz vinte minutos!

Ela chegou mais perto da mãe a abraçou impedindo-a de continuar falando.

—Foi mal, eu... Bem, deixa quieto. Oi, Tyler.

O garoto era mais novo que Madson, mas era da altura dela e tinha os mesmos traços físicos. Ele riu com o canto da boca quando a irmã o cumprimentou. Era visível que ele achava aquela situação, no mínimo, engraçada. Não disse nada, além da intenção que demonstrou no sorriso.

—Pronto, mãe, Tyler está a salvo de qualquer "ameaça de vida juvenil". Você não ia viajar com papai para visitar Mia? Então, você vai perder o voo...

—Quem é esse, querida? - ela a interrompeu.

Madson suspirou.

—Mãe, esse é Luke Hunt meu... - quase pude ver as frases se formando na cabeça dela: "um Lobo que é apaixonado por mim", "pai do meu futuro filho", "o idiota que estragou a minha vida"... mas no lugar, ela disse: - meu namorado. Luke, essa é a minha mãe.

A mulher estendeu a mão para mim, imediatamente.

—Lucy S. Singh - ela me disse. - Os seus pais moram aqui, sr. Hunt? Acho que nunca ouvi falar no seu sobrenome antes... O que os seus pais fazem?

—Ele não é um ator, mãe. - Madson falou antes que eu pudesse pensar em alguma coisa para dizer. - Ele não é igual ao meu cunhado. Ainda bem...— completou num sussurro quase inaudível.

—Ah, que falta de classe, minha filha! - a mulher exclamou. - Você me deixou constrangida na frente do garoto. COM CERTEZA ele não deve estar acostumado a esse tipo de conduta, mocinha. Acho bom pedir desculpas.

—Não se preocupe, sra. Singh. - falei finalmente. - Meu pai era pescador e minha mãe tinha uma loja de... bugigangas. Hoje ela trabalha como cozinheira num restaurante a beira da estrada onde as pessoas aparecem famintas.

Vi Madson e Tyler tentarem controlar a vontade de rir.

A mãe deles me deu um sorriso amarelo.

—Bem, foi um prazer conhecê-lo, senhor Hunt. Creio que o senhor já esteja de saída.

—Ah, sim. - eu não consegui esconder um sorriso. Ela estava claramente me expulsando. - Só vim trazer Madson. - virei-me para ela, que me olhou como se desculpasse-me de ter que me fazer ir embora. - Nos vemos depois.

***

MADSON

Eu queria matar minha mãe. Se pudesse já teria explodido-a em mil pedacinhos. Onde ela estava com a cabeça? Ela não tem toda aquele papo de "não causar má impressão?" e por que tinha que vir para cima de Luke com ideias de boa "conduta" se até mesmo ela estava lhe transmitindo uma péssima primeira impressão?!

—Não vai me convidar para entrar? - perguntou minha mãe. Percebi sua raiva crescendo quando ela falou.

Abri a porta e entrei dentro.

Ignorei totalmente se tinha coisas fora do lugar e se isso fosse ou não incomodar minha mãe. Já tinha problemas demais para solucionar.

—Por que não me contou que o seu namorado era um sem-nome?

—Ele tem nome, mãe. - falei bruscamente. - Nome e sobrenome.

—Ah, me poupe, Madson Singh!

Ah, meu nome!

Tyler riu e olhou em volta.

—Legal. Pode instalar o videogame?

Olhei para ele, mas mamãe falou antes que eu:

—Tyler, você não vai jogar essa coisa criada por alienígenas com a função de fazer uma lavagem de cérebro nas pessoas.

Falei o que não tinha conseguido falar antes:

—Era melhor você ficar quieto.

Ele resmungou alguma coisa como resposta.

—Ah! Ainda estou inconformada com toda essa história que você está namorando aquele garoto, Madson!

Imagina quando descobrir que eu engravidei dele. Por um segundo, imaginá-la avó me fez ter vontade de rir e por muito pouco não fiz isso.

Manhê, dá um tempo!

—Você precisa dar um pé na bunda daquele esfarrapado impróprio!

—Esfarrapado impróprio. - falei, sarcástica. - Gostei. É um ótimo xingamento. Você não consegue nem terminar de falar e o cara já começa a rir da sua cara.

—Madson, você está precisando virar mulher. Já sei, você passará um tempo das férias em casa... ou na casa da sua irmã, se ela concordar. Isso! Assim você conseguirá mudar as suas atitudes e...

—Conduta. - falei irritada. - Aposto que você nem sabe o que é isso.

—Eu não sei. - falou Tyler que estava esticado no sofá observando a minha briga com mamãe. - Não é uma palavra legal. Acho a palavra pudim mais engraçada.

Olhei para ele numa frustrante tentativa de descobrir o que se passava na cabeça dele. Era impossível saber.

—Mia com certeza saberá te ensinar e te influenciar em coisas importantes. Como as roupas com que vestir... Madson, por que continua usando esses jeans furados.

—É moda.

—Para os ameaçadores juvenis de vida! - ela exclamou. Tyler mexia as bocas enquanto a mamãe falava, imitando-a sarcástico.

—Pudim. - eu falei, não aguentando mais e rindo também.

Eu e Tyler explodimos em gargalhadas.

—O que disse, Madson? - perguntou mamãe furiosa.

—Pudim! - exclamou Tyler rindo no sofá.

—Pu... dim. - eu mal consegui falar a palavra de tanto que eu ria. - Ela vai me ensinar a fazer... pudim?

Tyler mordeu uma almofada para impedir-se de rir mais alto, mas ele engasgou com o tecido da almofada e me fez rir mais ainda.

Cruzei as pernas com força. Uma repentina vontade de fazer xixi me amaldiçoou ainda mais naquele momento.

—Madson! - exclamou minha mãe. - Cade a classe?

Eu engoli a vontade de rir e tentei ficar séria, mas isso NUNCA funciona. Ao tentar ficar séria, ouvi a risada de Tyler e ri mais ainda.

—PUDIM! - ele gritou.

Senti algo quente escorrendo entre minhas pernas e as cruzei com mais força ainda. Dobrei-me e tentei controlar o meu corpo. Percebendo que fazia uma espécie de reverência para minha mãe, eu não consegui deixar passar em branco essa boa piada que surgiu em minha mente e falei, ainda dobrada e rindo muito:

—Sim, majestade!

Minha mãe soltou um suspiro pesado.

—Em que quarto Tyler vai ficar? - ela pareceu ter desistido. - Vou levar a mala dele lá em cima.

Ela subiu as escadas carregando a mala de meu irmão na mão.

—Tyler... - eu ri. - Vai atrás dela.

—Por que?

—Porque você não vai comer pudim depois. - eu ri e caí sentada no chão, não aguentando mais o meu corpo tomado por convulsões.

Tyler arrastou-se para fora do sofá.

—Mãe! - gritou. - Mãe!

Com esforço conseguiu levantar-se e seguiu mamãe escada acima.

—Pode deixar que eu guardo as minhas cuecas na primeira gaveta, como você me instruiu. - pude ouvi-lo dizer enquanto procurava mamãe pelo andar de cima. - Vou me comportar direitinho, prometo.

Em poucos segundos eles voltaram para o andar de baixo, e eu consegui me recompor parcialmente.

—OK. Não vejo mais motivos para ficar aqui. Tyler, se comporte, entendeu garoto? Nada de videogame nem de perambular pelas ruas de noite! Madson, dê um jeito de se livrar daquele namorado.

Isso é impossível quando se namora um Lobo, pensei comigo.

—Estou com ele já faz dois anos, mamãe. Desde que vim para cá. - menti. Precisava de tempo para poder contar para ela, depois, que eu estava grávida.

—Tudo isso? Por que não me contou isso antes?!

Dei de ombros, não tinha mentiras para isso, apenas verdades, mas não queria magoá-la ainda mais.

—Está bem, está bem... Discutimos isso depois. O seu pai tem que estar ciente e de acordo com as minhas intenções para os seus hábitos e comportamentos, mocinha. Até lá tente não se meter em encrencas.

Essa é outra coisa impossível quando se namora um Lobo.

Mamãe enrolou mais um pouco antes de finalmente ir embora, e assim que ela se foi Tyler virou-se para mim com um sorriso de canto de boca malandro e os olhos curiosos.

—Você tá grávida não tá?

Não tenho ideia de como ele descobriu isso.

—Grávida? Não! Magina...

Ele deu de ombros.

—Bem, - ele murchou um pouco depois ergueu os olhos arteiros novamente em minha direção e falou: - Você acabou de fazer xixi por todo o chão.

Olhei para os meus pés.

—Droga! - resmunguei.

—Segundo...

Coloquei meus olhos nele, curiosa para descobrir o que ele iria falar.

—Você tá morreeeendo de vontade de comer pudim!


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeey
gostaram
alguém tem alguma ideia para o próximo cap?
Eu não tenho, heheheeh ~vergonha~

Mandem seus comentários, recomendações, adicionem aos favoritos, espalhem por aí... sei lá!
Beijocas, até o próximo.



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