Imprinting escrita por Mila


Capítulo 12
Foco!


Notas iniciais do capítulo

Voltei mais cedo pessoas
Fiquei triste, teve muita pouca gente que comentou, mas tudo bem, foi o meu castigo por não ter postado por um bom tempo, mas ó, eu voltei mais rápido dessa vez, acho que merecia um pouquinho do amor de seus reviews nesse fict, não é mesmo??
Boa leitura



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LUKE

Vamos rondar a area. Avisei a alcateia.

Ah, Drake! Tem certeza? Resmungou Drake.

Como Mark disse: Tudo isso está só começando.

Lembrei-os.

Ok. Resmungou Thai. Você quer que a gente vá para o Norte de novo?

Não. Vamos juntos. Pela floresta beirando a praia, assim vemos se podemos encostrar eles de novo.

Começamos a correr, metade do grupo numa direção, metade do outro grupo na outra direção.

Eram tantos os pensamentos que corriam pela minha cabeça que mal escutava o que eles queriam dizer. Drake me xingava a cada passo que dava, e por isso eu ignorava não só os pensamentos dele, mas também os pensamentos de todos os outros.

Foi quando Mark uivou irritado.

VOCÊ TÁ ME OUVINDO? Ele gritou.

Foi mal. Fala.

Tá ouvindo?

Eu parei no lugar, focando meus pensamentos para escutar os sons que eu ouvia.

Não era bem um som.

Era uma comunicação mental.

Kluke

E mais alguém.

Alguém?! Socorro!

Kluke! O que está acontecendo?

Onde você tá?

Perguntou Kaio.

Eu sei lá. Na floresta! Com o Mile.

Mike?!

Perguntou Mark. O que vocês tão fazendo na floresta?

Não é nada disso! Ai, filho da

p#ta meu ombro! Ele se transformou! Ele é um Lobo! Gritou.

Enxi os pulmões de ar.

Estamos indo aí. Avisei já correndo.

Aí! Ela gritou de novo. Ele tá descontrolado. Socoooooooooooooorro! Sai de cima de mim, seu debilóide!

Corriamos todos na mesma direção, mas percebi que Drake estava indo em outra direção.

Onde é que você vai?

Senti o cheiro de alguma coisa para lá.

Kaio, vá com ele!

Não! respondeu Drake prontamente. Eu cuido disso sozinho. Vão atrás de Mike!

Depois de um tempo, ouvi a voz de Drake na minha cabeça.

Idiota.

***

MADSON

Luke havia me dito algo sobre a transformações deles em Lobos, mas não conseguia me lembrar muito bem, acho que era alguma coisa relacionada a vampiros.

Tremi.

Droga, vamos pense em outra coisa, Madson!

Minha barriga roncou.

—Que fome. - falei sozinha. - Ai!

Sentei nas folhas secas.

—Esperar. - falei. - É só o que me resta.

Depois de um tempo, perdia a noção da hora.

Escutei um barulho e levantei-me num pulo.

O que é isso? Alguém? Algum animal?

—Madson?

Virei 180 graus.

(Estava olhando para o lado errado.)

—Drake?!

—O que você está fazendo aqui?

Olhei em volta, para observar a floresta que me cercava.

—É uma boa pergunta.

—Certo... - ele disse lentamente com as mãos no bolso. Por um momento senti que ele me odiasse. - Eu estou indo na cidade... Você vai querer ir comigo ou pretende ficar aqui...?

Fingi refletir sobre a pergunta. Depois ri.

—Acho que vou querer ir com você.

Ele pareceu tímido com as mãos no bolso e evitava me olhar nos olhos.

—Tudo bem? - quis saber.

—Ahn, é.

—Tá. O que foi?

—Eu deixei eles lá sozinhos.

—Tá com remorso?

—Não! - depois pigarreou - Não é só isso. É que... Sei lá. Você está a tanto tempo com o meu irmão, com a nossa familia, acho que nunca conversei pessoalmente com você.

Pera, espera um pouco, o Drake com sentimentos e sensibilidade? O que eu tinha perdido estando perdida na floresta? O mundo está numa nova Era? A Era do Mude Tudo Rapidamente? Acho que perdi o rapidamente disso tudo.

Tentei parecer compreensível, mas eu estava perdida na floresta e minha barriga ainda roncava, não sei se seria capaz de ser gentil enquanto faltava substâncias em meu organismo.

—Tem razão. Qual é a sua cor favorita?

Ele olhou para mim surpreso, depois riu.

—Cinza.

—Cor estranha. - admiti. - Apagada, discreta demais, sombria demais... não acha?

—Não, é minha cor favorita, não acho isso.

—Tem razão, desculpa. Opinião não se discute. - brinquei.

—Ta legal... Qual é a sua cor favorita?

—Vermelho.

—Vermelho?

—Opinião não se discute. - lembrei-o.

—Afinal, o que você estava fazendo aqui sozinha na floresta?

—Ah, eu segui a Kluke, que estava seguindo o Mike, que tinha se transformado em um lobo, e ela falou para eu esperar aqui, e não chegou. E não faço a mínima ideia de onde eu estou.

De repente, tinhamos chegado. Sob nós o asfalto me transmitiu a sensação de ter os pés no chão de repente, de estar num lugar que você conheçe.

Ai, que vergonha.

Eu ri de mim mesma.

Drake também riu.

—Eu não entendi nada do que você falou.

—Ai. - gemi.

Pus as mãos na barriga e fiz uma careta de dor. Não tinha a mínima ideia do que eu tinha, mas tudo o que eu via eram dois Drake's. Uma já está bom demais, né?

—Aí. - gemi de novo.

—Madson, Madson, o que foi? - Senti as mãos de Drake segurando meu braço.

—Eu estou bem...

Algo subiu na minha garganta, pelo meu esôfago, na verdade, e eu consegui controlar isso quando olhei rapidamente para cima e respirei fundo.

—Eu não estou bem... - admiti ofegante.

—Certo, era só o que me faltava, levar a minha cunhada no hospital. Vem, - ele disse me puxando pelo braço.

—Vai devagar, não me arrasta tão rápido ou eu vomito!

—Ah, que legal. - resmungou Drake.

***

LUKE

E todos os seus pensamentos se apagaram tão rápido quanto se apaga uma vela. Ele tinha se transformado.

Droga! Rugi.

Luke! Para de brigar com o imbecíl do seu irmão! Gritou Kluke na minha cabeça. Rangi os dentes quando ouvi a voz desafinada e aguda dela me amaldiçoar. Vem me ajudar, car#lho!

Desde quando ela fala tanto palavrão?

Quis saber Mark correndo mais rápido do que eu.

Não impedi que ele fizesse isso porque eu era o alfa da alcateia, porque era o irmão dele que estava quase cometendo um assassinato.

E também porque eu conheci os pais dele. O pai dele era capaz de arrancar a cabeça dele ao descobrir que ele não impediu o irmão mais novo de arrancar a cabeça de alguém.

Eu ouvi, Luke! MAIS NINGUÉM VAI ARRANCAR A MINHA CABEÇA! Novamente ela gritou na minha cabeça. AI, MIKE! MANTENHA ESSAS GARRAS LONGE DA MINHA CABEÇA, MIKE OWASAWKI!

Quando finalmente chegamos era quase impossível descobrir quem era quem.

O Mike era um lobo avermelhado e bem peludo. Mesmo sendo dois anos apenas mais velho que Kluke, ele era mais alto que ela até em forma de lobo.

Mike! Berrou Mark.

Mark?! Assustou-se o novato. Sai da minha cabeça! Você já divide o quarto comigo. A mente é só minha.

Não mais. Riu Thai.

DÁ PARA VOCÊS TIRAREM ELE DE CIMA DE MIM?

Mark pulou em cima do irmão e quando este estava em baixo dele, ele rugiu, mostrando todos os dentes.

Sai de cima de mim! Que viadagem!

Para. De. Atacar. A. Kluke.

Em baixo do irmão mais velho ele começou a tremer de animação.

Você viu? Você viu como eu to forte? Agora você nunca mais vai ganhar de mim numa guerra de travesseiros!

Guerra de travesseiros?

Pensou Thai. Agora é viadagem assumida.

Foco! Ordenou Mark para o irmão. Você agora tem responsabilidades.

IHHHH! Mike parecia explodir de tanta felicidade. Responsabilidades de lobo!

Tá. Já deu, né?

Pedi não aguentando mais essa briga de irmãos. Por um lado bom, Graças a Deus que Drake tinha sumido do meu campo de vista - e campo mental - por um bom tempo Kluke, você está bem?

NÃO! Ela gritou descontrolada. ESSE IDIOTA QUIS SE TRANSFORMAR NO MEIO DA ESCOLA! EU TIVE QUE EMPURRÁ-LO PRO MEIO DA FLORESTA! ESSE IMBECÍL ACHA DIVERTIDO SENTIR O CHEIRO DE UM VAMPIRO E SE TRANSFORMAR NO MEIO DE TODO MUNDO!

Kluke...

Chamei.

AGORA ELE TÁ ACHANDO QUE É UM CACHORRINHO! SABE O QUE EU ACHO?!

Kluke...

Chamei de novo lutando para ter paciência.

SABE?! NÃO! É CLARO QUE NÃO SABE! VOCÊ É OUTRO IMBECÍL! EU ACHO QUE ELE É UM CACHORRINHO MESMO! UM POODLE GIGANTE QUE FICA ROLANDO NA GRAMA E FAZENDO XIXI EM QUALQUER LUGAR ACHANDO QUE AQUELE TERRITÓRIO É DELE! AO INVÉS DELE MORRER DE RAIVA POR CAUSA DOS VAMPIROS E SAIR CORRENDO ATRÁS DELES, OU DELE, SEI LÁ EU! SABE O QUE ELE FAZ?

KLUKE!

Tá me ofendendo. Choramingou Mike encolhido no chão, como um filhote de cachorro.

ELE FAZ XIXI PARA MARCAR TERRITÓRIO! XIXI! XI-XI!

KLUKE!

Ela finalmente parou e olhou para mim.

Eu só acho que ele vai precisar de uma coleira. Ela falou olhando pro chão.

O que você quis dizer com escola? Que escola vocês tavam?

Ah! Fez ela se lembrando. Você não deixou que eu fosse vigiar com vocês, aí eu fui assaltar a escola. Sabia que a escola quando está vazia no domingo parece um cemitério?

Foco. Pediu Kaio. Termine uma história antes de começar a outra.

Ah, tá. Ela fez balançando o fucinho. É que aí eu encontrei a Madson?

Madson?

Eu não queria ter perguntado, foi apenas um pensamento, mas ela ouviu.

É Madson. Ela foi buscar uns cadernos, não, mentira! Era umas chaves. Aí eu começei a comer as uvas dela...

Kluke. Pedi, querendo que ela focasse num só assunto e não em vários ao mesmo tempo.

Que foi? O Mike também comeu as uvinhas!

KLUKE!

QUE FOI, CRIATURA?! O QUE TE ASSUSTA TANTO NESSA HISTÓRIA?

ONDE. ESTÁ. A. MADSON? Você deixou ela sozinha quando Mike sentiu cheiro de... vampiros?

Uuuuh. Ela fez entendendo o problema. Seria menos perigoso se eu a deixasse na escola, mas ela me seguiu quando eu empurrei Mike.

O que?

Perguntei.

Então significa que ela está na floresta.COM OS VAMPIROS? Eu rugi.

O que? Quis saber Kluke. Ela tentou desviar um pouco o assunto para jogar uma parte da culpa em mim. Você deixou os vampiros escaparem?

Eu rosnei para ela.

Vão todos vocês para a minha casa. Sally vai ajudar com os ferimentos. Kluke, Mike e Kaio estão precisando de cuidados. Mark e Thai vão junto e vão explicando as coisas pro Mike. Eu vou procurar Madson.

Virei para o outro lado e começei a correr. Mais rápido do que eu imaginava que conseguiria.

***

 MADSON

— O que anda acontecendo? - perguntou um médico entrando na salinha de pronto socorro.

— Eu quase desmaiei. - respondi como lógica.

Estava tomando soro na veia, há poucos minutos atrás uma enfermeira coletou o meu sangue e ela disse que eu não sairia daqui até ver os resultados.

—Tem tido dor de cabeça?

—Sim.

—Tomou friagem? Bebeu alcóol mais do que o costume? Está forçando muito a vista?

Balançei a cabeça negativamente.

—Só tomei chuva. - respondi. - Mas nem fiquei resfriada. Tenho uma saúde forte.

— Sente dores? Alguma mudança em algum hábito?

—Sim. Ah, e tenho comido muito, quase tanto quanto um... - na hora calei a boca. Lobo ia responder mas murmurei qualquer coisa "minha vó", "um porco", "gigante".

—Certo... - ele rabiscou algumas coisas no papel.

Quando a enfermeira apareceu com o exame pronto, o médico soltou uma exclamação.

Ele soltou uma esclamação e sorriu.

—Puxa, isso nem tinha passado pela minha cabeça. Ai, estou ficando velho. Bom, - ele bateu as mãos uma nas outras, como se tirasse a poeira. - Meus parabéns.

—Parabéns o que? Que eu consigo vomitar mais do que eu como? - realmente não acredito que tinha falado aquilo, mas meus hormônios estavam tão agitados e meu comportamento estava sendo afetado. Não importa, eu falei isso mesmo.

Ele riu.

—Não. - ele me estendeu o papel. - Tome. Veja você mesma.

—O que?

Meu coração parou.

O teste confirmava uma gravidez.

Minha.

—De acordo com os resultados. Tem um mês e três semanas aproximadamente que você está gerando uma criança.

Eu não conseguia falar nada, pus minhas mãos na frente da boca assustada.

—Eu te aconselho a procurar uma obstetra e uma nutricionista que podem te ajudar melhor nesse processo. - ele me entregou um papel e as letras se misturaram todas quando tentei ler. - Mas de qualquer forma... não fume, não beba, não carregue peso quando estiver com mais meses, não se envolva com muitos problemas ou pode haver um aborto espontaneo, não...

Estava em transe, mal ouvia as instruções que ele falava. Era tão rápido perto da lentidão do meu raciocínio do momento, que ele parecia um narrar um jogo de futebol.

 

De novo, ela coloca as mãos na boca, corre no banheiro e joga tuuuuuuuuudo pra fora! Ela volta para a cozinha, toma um copa d'água, a menstruação não voltou, ela percebeu isso, ela continua comendo igual a um porco, igual a avó dela, igual a um gigante. Ela tem cólicas, ta vomitando as tripaaaaaaaaas meus camaradas. E a agora, agora ela descobriu e ela está, e ela está... GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAVIDAAAAAAA MEUS CAMARADAS! E Ela só tem vinte e dois anos, meu chapa!

Nossa, o que estava acontecendo comigo? Vou precisar de uns remédios fortes para conter a minha imaginação.

Levantei dei rapidamente, e sai da sala suando.

—E aí? - perguntou Drake que estava esperando encostado na porta de braços cruzados.

—É esse o pai? - disso o médica.

O que? Ele me seguiu? Que tipo de médico era aquele?

—O QUE?! - gritou Drake.

—O QUE?! - gritei também. - NÃO! Ele não é o meu pai!

Respirei fundo.

—Quer dizer... o pai da minha barriga. Opa, o pai do meu Luke. O pai... o pai... de bosta nenhuma. Ai minha cabeça.

—Beba bastante água e descanse.

Dessa vez ele bateu a porta atrás dele e parou de me atormentar.

—O que foi isso, Madson? - perguntei Drake assustado.

—A única coisa que eu precisava era vomitar. - admiti. Acho que vou fazer isso agora. - Não precisava de médico nenhum para me dizer isso.

—Pena que não descobriu isso antes.


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Notas finais do capítulo

Hehehehe
como sou barraqueira, né?
Mentira, é tudo culpa da Madson, não tenho nada a ver com as decisões dela (fora o fato de que eu escrevo a história).
Beijocas, quero meus reviews, hein??



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