Festa - parte 2

Subtítulo: Primero contato

Ele estendeu a mão. - Damon Salvatore.

- Isab... Isa Swan - Segurei sua mão, mas ao invés de simplesmente aperta-la de leve e soltar, ele segurou minha mão e beijou as costas, para depois soltar. Ergui a sobrancelha.

O que acabou de acontecer? Eu quase disse meu nome verdadeiro? Se ele é Drácula eu posso ser Lucy? De onde veio esse pensamento?

- Adorei a fantasia... - comentou. Estreitei os olhos virando novamente o copo que foi-me dado. O encarei.

- Posso lhe fazer uma pergunta?

- Quantas quiser... - Ele sorriu e complementou: - Só não garanto responder-lhes todas.

- Você fala de um jeito estranho... - comentei. - Então... Salvatore? Italiano? - Ele assentiu. - Você, por acaso, não seria parente do Stefan? Quer dizer, vocês tem o mesmo sobrenome.

Ele revirou os olhos.

- Meu irmão mais novo por três anos. - fez um gesto com a mão, pedindo outro "AB" e eu fiz um sinal em ''v'' com a mão, pedindo um pra mim. - Acho que já vi você na escola...

- Já reprovou em algum ano?

- Não. - Ele pareceu meio curioso com minha pergunta, seus olhos transbordando surpresa.

- Quantos anos você tem? - Ele ficou quieto, me pareceu pensar. - Não disse que era três anos mais velho que Stefan? E ainda assim não reprovou?

DamonPOV

Esperta!! Bom, ela cheirava como uma bêbada. Me surpreendia que fizesse perguntas assim ou não risse toda hora. Talvez acorde de ressaca amanhã e esqueça disso. Por ora, melhor trocar de assunto e não estragar mais do que já fiz.

- Damon? - a olhei. - Pode responder a essa pergunta? - ergueu a sobrancelha.

- Não, não reprovei. Isa, gostaria de dançar? - sutil...

Seus olhos encaravam os meus enquanto ela tombava a cabeça para o lado, mostrando sintomas de que realmente estava bêbada. Mas além daquele cheiro de bebida, eu podia sentir o cheiro do seu sangue:: doce, quente e estava me chamando...

- Adoraria. - Ela sorriu e se levantou, ajeitando a barra rosa do vestido. Me levantei e fiz uma reverência, como tanto havia feito 100 anos atrás. Ela riu alto. Ok, realmente estava bêbada. Mas era a única garota sozinha dessa festa, e eu havia tomado café na escola hoje. Mas como sempre: toda refeição tem sobremesa, e a minha estava na minha frente.

~~x~~

Fomos puxados para a piscina por Caroline. Era hora do parabéns. Depois ela cortou o bolo, cujos confeitos eram olhos humanos, alguns semelhantes a gatos. Talvez tivessem derretido ou algo assim.

Depois de meia hora os grupos voltaram para casa. Um casal de vampiros vieram até mim e Isa.

- Izzye, vamos embora. Vai conosco?

- Hun... Depois de tanto beber acho que não teria com quem ir... - Quando ela falou, o cheiro de alcool em seu hálito era ainda mais forte comparado a antes.

- Eu posso lhe levar. - ofereci.

- Pode ser. - Ela sorriu, trocando com um garçon o copo vazio que tinha por um cheio.

- Hey. Se fizer qualquer coisa com a minha irmã eu quebro sua cara.

Ergui as mãos, como em rendição.

- Izzye, nós não vamos para casa, tem a chave? - Ela deu uma leve batida na bolsa cor de rosa. A loira sorriu. - Te vejo amanhã.

Mais alguns drinques depois e ela gargalhava com qualquer frase que eu dizia. Mal acabava de virar o copo de uma vez e já pedia outro.

- Acho melhor você parar de beber. - peguei o copo da sua mão e o coloquei na mesinha.

- Ah, qualé... - Ela deu uma batida no meu ombro e tropeçou nos próprios pés, me obrigando a segura-la pela cintura caso não quisesse que ela caisse na piscina. - Para de... ser... chato... - Escorou-se em mim como quem ia dormir.

- Isa! - a sacudi de leve, afastando-a um pouco. Ela continuava de olhos fechados, a cabeça tombada para trás. - Isa, você está de carro?

- Hun...

- Isa? - a sacudi de novo.

- Hãn?

- Está de carro?

- Não... Eu vim com o meu... irmão...

Ela continuava na mesma posição, quase mole em meus braços.

- Posso lhe levar para casa?

- Urrum...

Guia-la pela cintura? Não ia dar certo. A peguei no colo, me certificando de que ninguém veria. Suspirei com Isa nos braços e a levei para fora. Coloquei-a no banco do passageiro.

- Onde você mora?

- Hun... - murmurou.

Suspirei e tentei entrar em sua mente para descobrir o endereço. Nada. Tentei de novo, concentrando mais poder... De novo: nada. Mais uma vez e algo aconteceu: Eu ganhei uma dor de cabeça.

Ela tomou verbena? Não, ela não fazia o tipo de garota que tomava verbena. Além do mais seu sangue cheirava doce demais para ter ingerido verbena.

Stefan POV

- Elena... O quanto você bebeu?

- O suficiente... -Ela riu. Suspirei segurando-lhe pelo pulso.

- Elena...

- Stefan... - me imitou com beicinho, rindo em seguida.

Perfeito, pensei comigo mesmo. A ideia não era deixa-la bebada em uma festa em que estavamos só porque Matt comentou para mim. Porque ela quis vir mesmo?

- Quem quer jogar verdade ou consequencia? - Caroline gritou, sentando-se em uma almofada e apoiando a gafarra na mesinha de centro.

Elena Berrou

- EEUU!!!!

Fizeram uma rodinha de 17 pessoas ao redor da mesa.  Entre elas: Caroline, Boonie, Matt, Elena, Tayler, Vicky e mais algumas que não conhecia. Perto de Elena nesse estado, qualquer um gostaria de virar um avestruz para esconder a cara em um buraco na terra. Até mesmo Damon. Por falar em Damon... Onde está ele?

O único lugar disponivel era o sofá, que continha verbena ao seu redor. Como Caroline consegue colocar Verbena na própria casa? E porque convidar Damon?

Suspirei e fui sentar no bar; pedindo, pela primeira vez em setenta anos, o chamado "AB".

BellaPOV

Tinha a vaga conciencia de estar sendo colocada em um carro. Em seguida três dorzinhas fracas de cabeça e, por fim, alguém chacoalhou meu braço.

- ISA!! - Era a voz de Damon

- O que? - murmurei.

- Onde você mora?

- Na casa mais afastada do centro...

- Mais informações por favor?

- A Leste, tem uma rua que leva a uma floresta. Nessa rua tem duas casas, a segunda é a minha. - sussurrei. Só tive certeza que ele ouviu porque o carro foi ligado.

Tenho certeza que ele andava a mais de cem kilometros por hora.

Alguns minutos se passaram e o carro foi tomado por um ar frio.

- Hun... Tem aquecedor?

Ele riu.

- Eu liguei o ar condicionado. Frio faz bem para neurônios.

Me encolhi no banco e o carro parou. Uma porta foi aberta e depois fechada. Em seguida alguém abriu a minha e eu fui pega no colo. Achei um lacinho na base do pescoço, e constatei que era da capa que Damon usava.

Suspirei, passando os braços por seu pescoço e encostando a cabeça em seu ombro, planejando dormir.

Planos interrompidos, fui posta no chão e obriguei-me a ficar em pé. Nisso, dei uma acordada. Abri os olhos e ele me encarava.

- Tem a chave?

tateei a bolsa em busca da maldita chave. Quando achei ele a pegou da minha mão.

- EI! Eu sei abrir portas!!

- E eu sei que no seu estado não encontrará a fechadura. - Ele riu. Estava começando a me aborrecer. Ele me pegou no colo. - Posso entrar? - murmurei alguma coisa que nem eu entendi. - Isa... Posso entrar?

Mas que inferno. Porque raios ele não entra logo?

- Entra...

Fui carregada escada acima.

- Qual o seu quarto?

O encarei.

- Última porta no final do corredor e eu posso ir andando.

Ele riu e me colocou no chão. Cambaleei pelo corredor, procurando apoio na parede.

Entrei no meu quarto e me atirei na minha cama.

- Não vai me dar tchau? -Abri os olhos e ele estava na minha frente. Me levantei. - Te vejo na escola.

Ele me puxou para um abraço e, por um instante, me imaginei naquela cena clche de filmes romanticos. Recebi um beijo no canto da boca e arregalei os olhos. Ele riu, em seguida sorrindo convencido para a estátua em seus braços.

Enclinou-se mais uma vez e estava tão perto que seus lábios quase roçaram nos meus.

- Te procuro no intervalo...

Então ele se afastou e saiu do meu quarto. Pudia ouvir seus passos quando ele desceu as escadas.

- ESPERE!! - corri escada abaixo. Ele já não estava mais lá. Chequei a porta, fechada.

Como ele saiu sem ter a chave?

Subi para meu quarto e me assustei. Havia um enorme corvo com as penas reluzindo em arcoiris em cima do meu travesseiro.

DamonPOV

Grasnei e voei pela janela, com sua expressão na mente. Uma expressão como se ela questionase a si mesma se deveria ir ao hospício.

Sim, eu brinquei sua mente e o que restava da sua sanidade. Ela concerteza se perguntaria como eu sai, ou como eu a ouvi dizer onde morava no carro, ou porque eu insisti em ela convidar-me a entrar.

Mas ela estava bêbada, então não havia problemas, pois ela acharia que estava louca.

Apenas mais um lanchinho que fica me devendo. Sabia que, pelo cheiro, seu sangue era, sim, doce e podia saber também que era diferente. Mas ela tinha alta taxa de alcool no sangue, o que deixaria seu gosto amargo. Então ela ficaria me devendo essa sobremesa.

O que eu quero eu consigo. Mas também sou paciente. Se eu esperar, o prazer de ter seu sangue no fim será maior. Até lá; prepare-se Isa Swan, pois você será apenas mais uma dos meus brinquedos vivos.

E, em breve, poderei riscar a palavra "vivos" do lado do seu nome...