Morning Light escrita por Dani
Notas iniciais do capítulo
Olá tributos, estou muitíssimo feliz com as reviews *-* aqui está um capítulo bem corrido, ainda estou enlouquecendo tentando apresentar da forma certa cada personagem novo e o nome do cap é uma fala de um personagem, o que eu tinha vontade de fazer desde o começo. Boa leitura!
Acabei conseguindo dormir logo após tio Haymitch, num sofázinho sentei por uns minutos e acabei adormecendo, acordei com uma coberta em cima de mim e percebi que Haymitch havia retornado a sobriedade e estava acordado a mais tempo que eu.
Tomamos o café ali mesmo, assistimos teve e falamos sobre coisas banais. Ele não queria explicar suas ações da noite da passada e eu nem sabia como começar sobre o assunto que estava na minha cabeça.
Eu e Haymitch éramos muito próximos mas se meus pais conversavam sobre algum assunto na minha ausência tio Haymitch não me contaria isso com tanta facilidade.
Enquanto passamos o dia nos quarto dele com futilidades meus pais visitaram vários lugares novos ou históricos do Distrito 11. Como o memorial a Rue, a única verdadeira aliada – alem de meu pai – que minha mãe teve nos Jogos. Mesmo nunca falando dos Jogos, minha mãe sempre fala de Rue. Muitas coisas a lembram ou a Rue, ou a Prim, ou a Finnick, ou a Cinna. E ela sempre pensa alto quando de depara com alguma lembrança.
A tarde sai do quarto apenas para me despedir do Distrito 11, acenando pela janela do vagão principal e finalmente conhecendo a família de Rue.
Eram pessoas muito simples e sorridentes. Conversavam de um jeito muito calmo e tinham traços de tristeza em seus olhos, assim como os de meus pais, mas eram muito amigáveis. E ao fim da despedida a irmã de Rue resolveu se juntar a nós. A pequena Riley.
- Eu não sabia que teríamos ainda mais viajantes. – eu disse depois que Riley se aconchegou no quarto ao lado ao meu e haviam apenas algumas pessoas na sala-vagão.
- Sempre mais pessoas chegam. Podemos começar a viajem com todos os passageiros que já estavam nos planos e chegar na Capital com uns 10 a mais. – ele respondeu.
Eu fiz que sim com a cabeça e percebi que diferente de minha mãe, que a cada momento parecia mais perturbada com a ideia de eu estar indo para a Capital, ele estava bem calmo, sem nenhuma preocupação nos olhos azuis.
Meu pai era um ótimo mentiroso. Mas eu sabia como identificar suas mentiras, estavam em seus olhos tão claros e tão transparentes, bastava uma olhada neles e eu sabia se ele estava mentindo ou não. Minha mãe atribui isso ao fato de sermos tão parecidos.
Ou seja, eu também sou uma ótima mentirosa.
- Minha mãe esta bem? – perguntei sussurrando quando sempre conversávamos quando não estávamos a sós.
- Porque está perguntando? – ele perguntou de volta.
- Porque não está respondendo? – ele escondeu um sorriso como ele sempre faz quando quer me repreender, mas acha algo que fiz levemente engraçado.
- Ela só está preocupada com sua proteção e com a de Finn. – ele disse. – Como sempre.
- Você não parece preocupado como ela. – comento.
Ele me olha com aquele olhar de finalização de conversa.
- Eu só não quero me preocupar com hipóteses, suposições. – ele olha seriamente para a sala. – Sua mãe, Primrose, apenas se preocupa demais com o passado. – ele diz por fim e se afasta.
O trem começou a andar e me sentei antes que a tontura tomasse conta de meu corpo.
- Parece que eu só te vejo quando estamos chegando ou deixando um Distrito. – Lori disse sentando-se ao meu lado. – Ei, qual o problema?
Olha para ela tentando focalizar.
- O movimento do trem apenas me deixa tonta. – digo esperando profundamente que uma de minhas dor-de-cabeças não se inicie.
Com o tempo minha respiração normaliza e Lori para de me olhar assustada.
Ela tenta me dar uma espécie de abraço, provavelmente o abraço mais desajeitado que já recebi e começo a rir.
- Não sou boa em contato humano. – ela diz como quem se desculpa. – Está pronta para o Distrito 10?
Ela disse com um sorriso grande demais.
- Qual o problema com o 10? – digo.
- Cowboys, rodeios, animais que não deviam andar livremente pela rua, mas que isso não os impedem de transitar por todo lugar, e as roupas que temos que usar em homenagem a eles.
Lori coloca a mão na têmpora e eu dou uma risadinha sem querer.
Desde criança eu assisto aos rodeios do Distrito 10 e eles parecem muito divertidos pela TV. A comida parece incrível, as danças pré-rodeio, os animais desfilando e brincando entre si. É um grande show e eu gostaria de vê-lo pessoalmente. E uma amiga minha que nasceu no 10 mas que viveu boa parte da vida do 12, Annelys, estava morando lá de novo e eu gostaria de vê-la também.
- Vocês estão prontas, senhoritas? – alguém com um sotaque muito forte do Distrito 10 diz alto e todos no trem se viram para uma figura alta com um chapéu de cowboy.
Lori bufa.
- Como é implicante. – ela diz e da um soco em Lucca assim que ele se senta perto de nós.
E assim reparo algo que eu não havia reparado. Essa relação de Lori e Lucca. Ela parece mais velha que ele, mas apenas uns dois anos no máximo. Ou eles estão cochichando ou eles estão agindo assim um com o outro.
Me pergunto se há algo a mais ali do que o que eles mostram.
- Apenas estou entrando no clima do 10. – ele diz ainda com o sotaque. – Primrose, você sabia que o 10 é conhecido por sua hospitalidade?
Digo que não com a cabeça tentando me manter séria enquanto ouço aquele sotaque.
- As pessoas te cumprimentam quase te beijando na boca. – Lori complementa.
Eu me desligo um pouco deles assim que aos poucos minha cabeça começa a latejar e então não consigo me concentrar em mais nada.
Um médico que visita o Distrito diariamente já foi informado sobre minha dor de cabeças, tonturas e insônias, mas tudo que ele disse foi: - Vocês sabem, hormônios.
O problema é que eu sei que não são hormônios já que tenho amigos da minha idade como Annelys, e algumas pessoas que moram perto de casa, e ninguém sofre com esses tais de hormônios como eu, por isso meu pai disse que assim que tivéssemos um tempo na Capital visitaríamos algum médico de confiança dele e veríamos o que ele tem a dizer.
Ainda com muita dificuldade de concentração percebo que a conversa animada de Lori e Lucca se acalma um pouco e o trem começa a ficar cada vez mais silencioso.
Percebo que há poucas pessoas da sala, apenas alguns jovens e nos enormes sofás apenas nós três. Nenhum rosto conhecido, além desses dois que se sentam próximo a mim está presente e começo a sentir uma rajada forte de vento quando uma das portinhas da sala de escancara.
Uma garota baixa tem dificuldade de fechá-la por causa do vento e vejo que há muito rapazes na sala, mas nenhum a ajuda. Nem Lucca que ás vezes puxa a cadeira para que minha mãe se sente e abre portas para quase qualquer coisa que use saias mude de um compartimento para o outro.
O ar da sala mesmo agora com a porta fechada é frio.
- Não me digam que vocês acharam que iriam se divertir sem minha presença. – a garota ruiva diz sorrindo sinistramente enquanto olha para Lori e Lucca.
Lucca, da forma mais rude, como nunca o vi fazer, se levanta e sai da sala sem se despedir de ninguém e nem mesmo cumprimentando a garota.
- Droga. – é tudo que Lori diz.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Quero muito muito muito saber o que vocês acharam e como vocês estão as vésperas dos Jogos. Eu e a minha bb letter estamos MORRENDO de ansiedade porque nosso BIG BIG BIG DAY está chegando *-* Me deixem saber se amaram ou odiaram o cap, e qualquer dica é sempre bem vindo, xoxo