Morning Light escrita por Dani


Capítulo 33
XXIX - Face me, make me, love me


Notas iniciais do capítulo

Oie leitores, esse cap é totalmente dedicado a quem shippa Odairllark ou Everdair rsrs sou pessima criando nome de ship podem falar :D Leitores eu queria agradecer muito mesmo porque no ultimo cap foi o cap com o maior número de review e porque desde o último cap eu recebi não um, nem duas, mas TRÊS recomendações, e eu estou imensamente feliz por isso, muito obrigada de verdade BelleDiniz, Izzy Odair e Waal_Pompeo. Esse capítulo é pra vocês que chegaram tão longe com a Primmie! Muito obrigada mesmo. Agora deixarei vocês lerem. BOA LEITURA!

—----

PS. para fãs de Fannie, fiz uma nova one shot: https://fanfiction.com.br/historia/256878/Behind_Blue_Eyes/ se alguem ler me deixe saber o que achou



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/203020/chapter/33

Annelys e seu pai estão bem, afinal de contas. Meus pais ficaram muito felizes ao verem Cyrus novamente e Finnick fez uma pergunta estranha quando o viu:


– Eu te conheço?


Considerando que os dois foram considerados mortos por um bom tempo, só o fato de estarem conversando era bem estranho.


– Sim. – minha mãe começou explicando. – Cyrus era o irmão de Cinna.


Após isso, eles se abraçaram e levaram Cyrus para comer, porque parecia faminto.


A mãe de Annelys era a loira mais pálida e alta do Distrito 10 e se casara com Cyrus, um Capitalense que fugiu da Capital quando se viu jovem sem família ou trabalho. A junção dos dois resultou em uma loira alta, clara e com os cabelos encaracolados. Annelys Rainbow.


Mesmo com todo o momento de confraternização, repleto de reencontros e uma alegria que fazia tempo que todas aquelas pessoas não experimentavam, senti um cansaço intenso e sabia que precisava de umas longas horas de sono, então deixei o ambiente tumultuado e fui para meu quarto.


Ao entrar no quarto que designaram para mim, percebo que ele é pequeno e mal iluminado, mas tem uma cama e um banheiro, ou seja, mais do que eu poderia esperar.





Tomo um banho rápido e deito-me esperando que o cansaço me leve para longe dali, mas ao mesmo tempo, tenho medo de que talvez eles ainda consigam mexer com minha cabeça assim que eu perder a consciência.


Ouço batidas rápidas na porta.


Não quero atender, estou tão cansada, mas há uma pessoa, apenas uma pessoa que eu gostaria de ver agora.


– Quem é? – pergunto, mas ao invés de obter uma resposta, a porta se abre.


Seus olhos azuis entram em contato com os meus. Ele está sem camisa, com os cabelos estranhamente desgrenhados. Lucca Odair com os cabelos bagunçados não é alguém que você vê em um dia comum.


Ele fecha a porta e se aproxima de mim por o que parece ser uma eternidade, sinto tanta saudade. Quero abraçá-lo, beijá-lo...mas ele se aproxima cuidadoso.


– Estou com saudades. – minha voz diz ainda fraca.


Ele senta-se na minha frente e encosta sua testa na minha.


Euestou com saudades. – ele diz enfatizando na palavra “eu”.


Olho em seus olhos. Tenho tanto a dizer e nem sei por onde começar.


– Você me manteve sã. – digo por fim. – Quando eu não sabia mais o que era real, você me manteve sã. Se não fosse por você, Mist me disse, eles teriam todo o controle sobre mim. – conto a ele.


Ele sorri mais tímido que de costume.


– Você me manteve vivo. – ele fala com a voz rouca e séria. – A cada vez que eles... - ele parece falar com dificuldade, provavelmente falando sobre algo que fizeram com ele quando o pegaram em meu lugar. – Quando eles me machucavam, se não houvesse nada que me fizesse querer permanecer vivo, Primrose, eu não teria resistido. – ele diz acariciando meu rosto. – Você me manteve vivo.


Minha vista fica embaçada pelas lágrimas e ele as seca.


Nos olhamos e ele me beija com cuidado, mas quando você quer tanto a proximidade de alguém como eu queria a de Lucca, cuidado é apenas perca de tempo. Nos abraçamos e o beijo fica mais intenso.


Ele me deita na cama e tira meu cabelo do rosto.


– Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. – ele diz. – Você está bem?


Afirmo que sim com a cabeça fingindo não sentir uma agonia imensa toda vez que toco suas costas cheias de cicatrizes. Quando as toco, penso na dor que ele sentiu por minha causa, por ter ficado comigo naquela noite em que eu não queria ficar sozinha.


– A culpa não é sua. – ele diz percebendo que seus machucados me incomodam. – Todos têm cicatrizes, Primrose, cicatrizes físicas são as que menos importam. – ele diz acariciando minha cabeça, minha cabeça agora tão cheia de danos. – Mas nós estamos juntos agora.


Dou um sorriso para ele e nos beijamos novamente. Seu beijo é tão doce, mas por mais que ele tente esconder, percebo que ele está tão faminto quanto eu, queremos um ao outro tanto que não conseguimos dar pequenos e delicados beijos.


Estamos ofegantes e com nossas respirações misturadas.


Uma bagunça de braços, mãos e lábios sedentos de contato e calor.




Minhas mãos em um desespero que eu desconheço, começam a despir Lucca até que suas mãos me param e ele me olha nos olhos.


– Prim? – ele me pergunta, pela primeira vez me chamando por meu apelido. – Você tem certeza?


Faço que sim com a cabeça, sem palavras para tudo que estou sentindo e tudo que meu corpo está ansiando.


Nunca alguém me tornou tão vulnerável, mas sua presença me fortalecia. Eu o amava, ele me salvara e eu o queria. Eu precisava dele perto de mim, cada vez mais perto de mim.


Ele sorri e me olha de um jeito tão profundo que sinto-me corando.


– Você fica adorável quando fica sem graça. – ele diz.


Damos uma risada sem graça até que tudo recomeça.


Ele me abraça e quando me dou por mim estamos completamente nus, mas por algum motivo, eu não me sinto envergonhada. Eu sinto cada parte de seu corpo em contato com o meu, mas de alguma forma isso não é suficiente.


Eu quero mais. Ele quer mais.


– Eu te amo. – ele sussurra em meu ouvido. – Eu sempre te amei.


Uma lágrima desce de meu olho direito e então estamos completamente unidos, tanto emocionalmente, quanto fisicamente. Juntos, unidos e nos amando como se nada pudesse nos separar outra vez.


Uma onda de calor inunda todo o meu ser e tudo que eu quero fazer é rir, porque eu sinto tanto, mas se fosse para descrever todas essas sensações eu sei que saberia descrever muito pouco, de um jeito simplório, muito diferente de como elas realmente são. Sorrio para ele olhando nos olhos mais lindos em que já olhei, sentindo o toque mais delicado que já senti.


Sinto cada músculo de seus corpo se contraindo e relaxando enquanto ele inspira e expira, sempre tão cuidadoso me olhando nos olhos procurando algum sinal para que eu o diga para parar, mas com o tempo a mesma onda de calor o inunda e ele parece tão perdido em suas sensações quanto eu.


Naquele momento estamos finalmente livres. Livres da dor, de todo o sangue que vimos, de todas as lágrimas derramadas, de tudo o que nos foi tomado e da inocência que nunca mais teremos. Como se fosse possível esquecer tudo que vivenciamos, como se estivéssemos salvos e plenos naquele momento.


Uma felicidade que há muito eu não experimentara, toma conta de cada parte do meu corpo, desde minha cabeça até meus dedos do pé. Eu me sinto feliz, segura e mais do que tudo, amada. Amada por alguém que eu amo. Que eu amo desde aquele dia no lago, desde o nosso quase primeiro beijo, desde a primeira vez que eu o magoei e me odiei por isso, desde quando ele acreditou em mim quando nem eu mesma acreditava, desde quando nos beijamos pela última vez e ele foi torturado por mim...e mesmo assim não me deixou, desde quando após acreditar que ele não estava mais vivo, ele apareceu e me beijou como se nada importasse, como se a dor que ele sentira por mim, não fosse nada.


Ele beija cada parte do meu corpo, mas eu não sinto cócegas por mais estranho que pareça. Sinto uma sensação tão boa que me coloca o sorriso mais bobo nos lábios. Eu sinto seu cheiro em todo lugar e é tão bom, estar tão junto, tão perto.


– Eu sempre te amei. – repito. Paramos por um segundo e nos olhamos. – Nós vamos seguir em frente. – eu digo tentando convencer nós dois.


– Porque nós estamos juntos. – ele diz com um sorriso torto.


– Sempre. – digo com a certeza de que após tudo o que passamos desde que nos conhecemos, seria muito difícil que algo nos separasse.


– Sempre. – ele responde e deita-se ao meu lado. Coloco a cabeça em seu peito nu.


Beijo –o todo, me sentindo pela primeira vez completamente bem. Sabendo que enquanto ele estiver aqui, eles não podem entrar na minha cabeça.


Nos olhamos, por um tempo que não sei dizer o quanto durou, e ele entrelaça os dedos nos meus. Finalmente sinto que posso descansar em paz. Com ele eu finalmente me sinto sã e salva.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, mesmo sendo um cap meio...hmm, vocês sabem rsrs Muuuuuito obrigada pelo apoio e se você leu o cap: COMENTE! Até semana que vem amores *-*