Morning Light escrita por Dani


Capítulo 32
XXVIII - The truth


Notas iniciais do capítulo

Oi amores postando correndo pq preciso arrumar pro curso e responder reviews. Espero que gostem e leiam as notas finais. BOA LEITURA!!!
PS. Chegamos no cap 28(sem contar os prologos) ou seja agora a fic tem 1 cap a mais que os livros da saga, todo livro tem 27 caps *-* ou seja ML está oficialmente com mais caps de THG, eu nunca imaginaria que conseguiria escrever tanto então queria agradecer muito muito muito o apoio de vocês durante a fic *-*



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- Eles estão completamente abalados. Nunca imaginariam que Finnick ainda estaria vivo. – Johanna comenta.


Estamos todos sentados em uma mesa enorme e retangular. Em uma ponta está Finnick e na outra meu pai.


Os únicos descendentes que estão ali são eu, Lucca e Vênus. Agora Vênus está em todo lugar, ela foi uma grande heroína afinal de contas. Os pais de Vênus são pessoas de poder, isso eu já sabia, mas não tinha ideia do tamanho do poder deles.


O pai de Vênus era amigo íntimo do pai de Mist e Mett até que ele faleceu e o pai de Vênus se tornou o braço direito dos gêmeos órfãos. Mas o pai de Vênus nunca concordou muito com os dois, com essa coisa toda de voltar aos Jogos e a ditadura. Ele tinha poder porque vivíamos em um país livre econômica e politicamente, e também se preocupava com os filhos. Vênus tinha duas irmãzinhas gêmeas – Ditte e Daffy – e ele não queria que nenhuma de suas três meninas fossem jogadas na arena, mas agiu como se não se preocupasse com isso para ganhar a confiança dos gêmeos.


Quando soube dos planos dos gêmeos, o pai de Vênus planejou tudo e agiu como se os apoiasse, mas avisou Vênus de tudo. Por isso que provavelmente toda vez que trocávamos uma palavra, ela tentava me avisar algo sobre a Capital. Quem me dera ter dado ouvidos a ela.


Lucca desapareceu, Annelys foi internada, Vênus foi percebendo tudo aos poucos e informou ao pai. Logo eles transformaram a enorme mansão que eles tinham no Distrito 1 como abrigo para nós, porque certamente aquele era o único lugar o qual os gêmeos não pensavam que nos esconderíamos, ou seja, Vênus praticamente salvou nossas vidas.


- Quem não se abalaria com isso? – minha mãe fala finalmente. Ela tem estado bem engraçada desde que chegou aqui, fazendo mil perguntas, cutucando Finnick para saber se ele é real e toda hora perguntando a todos da casa se eles também estão vendo Finnick, Clove e Rue. – Ás vezes eu ainda não acredito.


Um risinho ecoou pela sala. Todos nós sabíamos que ela não acreditava muito nisso. Lucca estava com alguns ferimentos no rosto, mas ria sem demonstrar dor toda vez que minha mãe fazia algum comentário sobre seu pai.


Ao mesmo tempo que parecia assustado, Lucca nunca pareceu tão feliz. Ele e Finnick passavam horas conversando sobre Annie, sobre técnicas de nado, sobre o Distrito e estão sempre rindo, admirados um com o outro.


- Eles têm muito em comum. – meu pai comentou quando eu disse a ele que achava incrível a relação de Finnick e Lucca. – Assim como eu e você. – ele me deu um tapinha de leve no meu ombro, então me lembrei do olhar voraz que ele tinha na cerimônia. Por um momento eu havia acreditado que havia perdido meu pai para eles, mas não contei a ninguém.


- Annie sabe que ele está vivo? – pergunto-lhe e minha mãe fica curiosa.


- Acho que não. – meu pai diz.


- Precisamos contá-la. – minha mãe diz e então percebemos que todos na mesa estão olhando os Everdeen-Mellark sussurrando no canto da mesa. Menos Finn que passou a secreta paixão que tinha por Lori para Rue, que era muito parecida com Riley, mas não falei nada ainda sobre a semelhança delas. Quero deixá-lo constrangido no momento certo.


- Não liguem, eles vivem fofocando como três velhinhas. – Haymitch fala, mas nem me importo. Toda vez que olho para ele, fico tão imensamente feliz que nem ligo quando ele diz algo sarcástico sobre mim. Effie está ao seu lado checando seus ferimentos que são apenas alguns cortes leves nos braços, de 5 em 5 segundos.


- Na maioria das vezes você também está no meio, sendo assim, quatro velhinhas. – acrescento.


Johanna e Gale reviram os olhos. Eles estão sentados um do lado do outro, quase parecendo um casal, mas ninguém comenta nada sobre.


- Vocês acham que eles vão atacar? – então um velhinho fala. O velho que é avô de Dean, Beetee. Quando conheci Beetee, ele andava e falava muito rápido. Agora ele está em uma cadeira de rodas. Pergunto-me às vezes como lidarei com o envelhecimento de meus pais. Só de olhar para Beetee, tenho vontade de tentar ajudá-lo a reaprender a andar.


- Eles sabem o desgaste de uma guerra, duvido que farão isso novamente. E não há tantas pessoas do lado deles. – Gale afirma. – Posso lhe fazer uma pergunta? – ele diz referindo-se a Finnick, que assente com a cabeça. – Como você sobreviveu?


- Exatamente. – minha mãe fala alto com os olhos arregalados, mas desta vez ninguém ri, todos estão muito curiosos.


- Foi muito rápido, mas ainda me lembro. – ele começa contando. Olho para Lucca, estamos sentados, infelizmente, longes um do outro, mas consigo ver as linhas do seu rosto demonstrando desconforto e interesse, tudo ao mesmo tempo, ao ouvir o pai contar. – Fiquei para trás e os bestantes começaram a me atacar. Mas ao invés de, bem, me mataram, eles fizeram um círculo ao meu redor. Um deles me nocauteou e eu cai no chão, que logo após minha queda, se abriu. Toda aquela cidade é como uma grande arena, não há um centímetro ao qual eles não tivessem controle. Por algum motivo eles me queriam vivo. – ele fala colocando o dedo no lábio inferior, pensando sobre algo. – Acredito que tudo que eu sabia me manteve vivo.

- Como aquela vez que você me disse que não usava dinheiro, mas que era pago com segredos? Antes do Massacre? – minha mãe perguntou.

Finnick fez que sim com a cabeça e continuou: - Eu praticamente estive dos dois lados da batalha. Antes de entrar na arena eu estava do lado da Capital, sabia muitos segredos dos Snow, e então durante os Jogos eu fiquei ao seu lado. Eles queria me manter vivo até sugarem de minha cabeça tudo que eu sabia e então eu me tornaria descartável.


É possível ouvir quase todos em choque na sala. São tantas perguntas soltas no ar. Finalmente Gale começou o que todos estavam querendo fazer.


- Por saber coisas demais eu sou útil. – ele diz dando de ombros abaixando a cabeça, pela primeira vez não parecendo tão confiante. – Quando me pegaram disseram que me manteriam vivo se eu colaborasse com eles e eu disse que preferia morrer a ajudá-los, mas eles decidiram me fazer viver.


- Torturando-o e escravizando-o. – Johanna diz parecendo tão cheia de raiva que mal a reconheço. Gale põe a mão na dela para que ela se acalme, mas não faz muita diferença.


- Rue foi a mais esperta de nós três. – ele conta. – Enquanto Clove estava completamente...


- Fe- Ferrada. – Clove diz.


Finnick parece não gostar da palavra mas continua: - Clove estava ferrada psicologicamente e com algumas seqüelas, como a parte esquerda do corpo. – ele diz e então me lembro de Clove andar arrastando a perna enquanto Finnick a ajudava sair daquele lugar subterrâneo. – Já que eles não conseguiram a recuperar completamente. E eu tinha tanta raiva deles que mal conseguia passar muito tempo perto deles sem falar algo que me traria mais uma sessão de torturas. Então Rue se tornou uma deles.


- Ou é isso que eu os fiz pensar. – Rue começou a falar. – Eu me curvei a eles, fingindo estar agradecida por terem me trazido de volta a vida e com o tempo ganhei a confiança deles.


- Tudo foi por água abaixo quando descobriram que Rue nos trazia alimento. – Finnick conta.


- Mas ela já sabia de tu-tudo. Do fim dos Jogos, da nova e-e-era, e claro, dos planos deles de destruírem tudo. – Clove fala devagar com dificuldades.


- Ainda não entendo como vocês estão vivos. – meu pai diz.


Finnick dá de ombros.


- Olhem Katniss. – Rue diz. Minha mãe parece desconfortável com toda a atenção, mas finge interesse no que a mulher muito pequenina tem a dizer. – Katniss perdeu a audição na nossa edição dos Jogos, mas saiu da Capital com ela completamente restaurada.


- Mas eu perdi minha perna nos Jogos e colocaram uma falsa. – meu pai diz.


- Eles tem prioridades Peeta. Eles queriam que Panem te amasse e tivesse pena do jovem herói que preferia morrer a matar a amada. Você não conquistou a todos apenas com sua lábia, mas também com a imagem que a Capital criou, claro, com sua colaboração. – Rue fala. – Você perdeu a perna e Katniss? – ela diz fazendo o sotaque dos Capitalenses, o que parece ofender Effie. – Katniss não perdeu nada. Katniss tentou o suicídio na arena. Katniss os desafiava e apenas você lidava com as conseqüências.


- Quanto mais eu sei sobre os Snow, mais os odeio. – Johanna fala.


Sei que a conversa vai longe, mas decido parar de lutar com o sono. Me despeço de todos, dou um beijo em meus pais e um abraço em Haymitch, despeço-me de longe de Lucca, já que ele parece muito interessado na discussão e eu estou tão atraente quando uma zumbi pós-apocalipse.


Estou andando pelos corredores da casa dos Reed que é muito escura e sombria. Não me lembra nenhum pouco meu lar no 12.


As paredes são revestidas de um tecido vermelho escuro com ornamentos em prata e as portas são negras.


Indo para meu quarto, encontro o quarto de Huggo. Annelys está na cama o olhando dormir e mexendo nos cabelos cacheados e loiro-escuros do namorado.


Damos um abraço e olho minha amiga, tão magra quanto nunca antes.


- Você está bem? – pergunto.


- Não tenho conseguido comer. Meu corpo está sofrendo, agora que todos aqueles medicamentos da Capital estão deixando de fazer efeito. – ela fala. – Eu ficava dopada a maior parte do tempo em meu quarto.


Tiro seu cabelo loiro do olho.


- Nós vamos ficar bem. – digo-lhe e agora quase acredito nisso. Agora que tanta coisa foi esclarecida.


Ela faz que sim com a cabeça e então começamos a conversar até que uma voz nos interrompe.


- Eu estou procurando minha filha. Vocês podem me ajudar? – ouço uma voz rouca.


- Ah, Senhor, creio que não. – uma segunda voz diz e é Vênus atendendo a porta.


- Prim, eu acho que... - Annelys começa, mas pego a mão de minha amiga e disparamos pela mansão seguindo aquelas vozes.


Então o vemos. Um homem alto, magro, com a pele morena e bela, vestido com roupas rasgadas, como as de alguém que não tem casa e com os cabelos crespos desgrenhados.


- Cyrus. – digo sorrindo e ele me sorri de volta. A próxima coisa que vejo é Annelys pulando em seu pai e os dois começando a rir.






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Notas finais do capítulo

O que acharam? Alguma suspeita de quem é o pai da Ann? Quando digo quem quero dizer o parentesco, ele é parente de alguem que apareceu nos livros. Podem chutar, se alguem acertar mando metade do proximo cap por MP, mas nada de mil chutes por review ok? O próximo capítulo é muito tenso e intenso e minha beta disse que quase morreu lendo ele rsrs então quem acertar vai poder ler o comecinho dele *-* Vocês viram as escalações para o elenco de Catching fire? Eu amei a Enobaria, a Mags e a Wiress e achei o Plutarch fofo e vcs? :D KISSES FROM DISTRICT 2 ♥