Morning Light escrita por Dani


Capítulo 13
XII - Unfinished kisses and shoulder coats


Notas iniciais do capítulo

Tributos, finalmente chegamos ao fim da primeira parte de morning light. Estou ansiosíssima para mostrar o que estou planejando a um tempo, estamos quase chegando em alguns Distritos que são muito importantes e claro na Capital, quero dedicar esse capítulo a duas lindas muitos importantes para mim: a Juhh11 e a Srta Mendes. A primeira por ser uma das leitoras mais dedicadas e fiéis que eu tive a sorte de ganhar bem no comecinho aqui no Nyah e a segunda por ser a beta mais fofa de todas, vocês duas são muito importantes para minhas duas fics ♥ Espero que gostem tributos, BOA LEITURA!



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– Você é engraçado. – Digo com a voz surpresamente rouca e sem humor. – Em um momento é cheio de restrições e depois fala isso.


Encaro a paisagem como se qualquer coisa fosse mais interessante do que ele. Não sei de onde essa minha atitude surgiu, mas ele fica sem reação.

Lucca sem reação, essa é nova.


– Primrose. – ele diz apenas.


Olho para ele e nossos olhos se encontram. Os dele não demonstram raiva nem nada. Ele coloca seu casaco em minhas costas nuas assim como fez outra vez.



– Porque você mudou de ideia? – penso na ruivinha metidinha.


– Porque você é diferente, Primrose. – anoto mentalmente como ele nunca me chama por Prim ou Primmie, como Annelys faz. – Você está pouco se importando com sua imagem, você andava pelo trem de pijamas todas as manhãs enquanto todas as garotas pareciam que iria a alguma festa. Você está sempre conversando com alguém, você parece que se importa com as pessoas. Você nunca se atirou pra cima de mim. Nós conseguimos ter conversas sem interesses pessoais envolvidos, você é tão diferente.


Abaixo os olhos.


– Nunca conheci alguém igual você também. – digo e ele dá um risinho.


– Sua mãe conheceu. – ele diz com o riso desparecendo dos lábios.


– Finnick Odair. – falo pela primeira vez sentindo muito interesse em saber como Finnick era. - Você se dá bem com meus pais. – digo sem querer transparecer ciúmes, como uma criancinha.


– Eles são incríveis. – ele afirma sorrindo, mas seu sorriso diminui. – Mas, até mesmo uma garota que nunca saiu de seu Distrito antes sabe o que significa ser convidada por um rapaz para ir a um baile.


Dou de ombros.


– Dean é gentil. – digo.


– Eu tenho esse defeito enorme de sempre desconfiar de gentilezas em excesso. – ele diz desviando o assunto totalmente para mim. Cínico, dono de dois pares de estupidamente belos olhos azuis.


– Mas o que você iria me contar? – pergunto voltando ao inicio daquilo.


– Sobre mim e Vênus. – ele fica sério. – Quando eu nasci minha mãe estava ainda muito triste com a perda do meu pai, mas ela ainda estava, digamos, sã. Mas com o tempo os delírios começaram e ela entrou em uma depressão terrível. Se enfiando em remédios, até bebida ela tentou.


Penso em tio Haymitch. Não apoio o uso dele de bebidas, mas um dia ele se abriu comigo sobre o motivo que ele as usa. Para esquecer tudo que ele já presenciou. Tanto nos Jogos, quando na rebelião.


– Nada funcionava, ela tentou suicídio algumas vezes, uma garotinha cuidava dela e cuida até hoje, mas eu temia de acordar um dia e ela não. – ele diz. – Então em uma dessas viagens conheci Vênus. – ele coloca as mãos na cabeça. – Ela é rica e ela caiu de amores por mim. Nós nos conhecemos melhor, ela conheceu minha mãe e o pai dela decidiu ajudar.


– Ajudar? – pergunto.


Ele sinaliza com as mãos como se houvesse dinheiro nelas.


– Ele começou a ajudar minha mãe e eu me forcei a gostar de Vênus, mas assim quando nós estávamos dando certo decidi fazer uma surpresa para ela em seu aniversário. Minha mãe estava bem e isso era tudo que eu poderia querer. Vênus não era tão insuportável como é agora. – ele comenta me olhando. – Mas quem teve uma surpresa fui eu.


Ele ri sem humor.


– Havia duas pessoas na cama dela, e a segunda não era eu.


Coloco a mão nos lábios já que nunca realmente presenciei isso, ou alguém que tenha passado por isso. Falam de adultério na TV, mas eu nunca realmente pensei nas pessoas que são traídas.


Coloco minha mão no ombro de Lucca como se pudesse consolá-lo, mas não posso.

Não posso nem mesmo imaginar como o confiante Lucca Odair deve ter se sentido.


– Eu não briguei, eu apenas quis terminar. Mas ela não aceitou, éramos um casalzinho da Capital. Havia revistas falando sobre nós e nós íamos às maiores festas de lá. – ele fala parecendo exausto por ter que dividir isso com alguém. – Eles não ajudariam mais minha mãe se eu a deixasse. Agora estamos juntos, mas não nos suportamos.


– Lucca, eu sinto muito. – é tudo que digo.


– Não sinta. Não conheço uma única pessoa do Distrito 1 que preste. – ele joga os ombros. – Eu tenho feito trabalhos na Capital, tenho escrito e um dia eu mesmo poderei cuidar sozinho de minha mãe.


Afirmo com a cabeça e percebo que estou acariciando seu ombro ainda, tiro a mão de lá antes que as coisas fiquem estranhas.


– O que ela ganha com isso? – digo agora com raiva.


– Pessoas como Vênus querem controle. Ela me controla e isso é prazeroso para ela.


Penso em xingá-la mas isso não resolveria nada.

Viro-me para Lucca.


– Me desculpe por ficar te pressionando até que você tivesse que me contar isso.


– Só você e Lori que sabem. – ele diz. – Mas no dia que você me perguntou, no lago, eu já sabia que acabaria te contando.


Ele me olha nos olhos.


– Porque você é diferente, Primrose. – ele sussurra tão perto de mim que sinto seu hálito fresco, seu perfume suave e vejo seus olhos tão azuis e tão brilhantes que quero mergulhar neles e me esquecer de como tudo está uma bagunça desde que esta viagem começou.


– Lucca. – digo com a nossa respiração junta, se acelerando.


– Primrose. – meu nome ecoa, mas não sai daqueles lábios que estão tão próximos nos meus.


Não quero me desviar ou sair daquele momento, mas Lucca já está se levantando e me estende a mão para que eu levante também.


– Acho que te deixarei com seu acompanhante. – ele diz com um tom inexpressível na voz.

Ele passa por Dean e por um momento penso que eles vão se esbarrar, mas não, ele segue reto me deixando no frio da noite com um beijo não concluído nos lábios e seu paletó em meus ombros.


– Eu não queria interromper. – a voz de Dean interrompe meu olhar fixado em Lucca.


Ando apressada até Dean, não quero mais ficar ali.


– Dean. – quando começo minha cabeça juntamente começa a latejar, e tenho certeza de que tenho que sair dali, agora. – Me desculpe por te deixar lá sozinho.


Ele me dá um beijo na bochecha como isso deixasse tudo bem entre nós.


– O que viu? – digo curiosa.


– Um cara que veio acompanhado quase beijando minha acompanhante. – ele diz, mas está calmo e segura um de minhas mãos.


Olho para nossas mãos e começo a ficar zonza.


– Eu tenho que ir. – digo rápido e ele tenta não parecer surpreso. – Fale comigo, amanhã cedo, antes de ir.


Falo tudo assim, bagunçado, já que estou pensando com dificuldade.


– Eu não iria sem me despedir. – ele diz apenas e segura o elevador para mim, mas continua no terraço e faz um aceno com a cabeça.


Quando o elevador se abre no meu andar saio em disparada. Mas tudo está rodando e não sei dizer se estou correndo, me arrastando ou caindo.


Continuo, minhas pernas estão dormentes e a luz do corredor tortura-me, fazendo com que a dor em minha cabeça se torne mais intensa. Quando penso que não conseguirei continuar duas enormes mãos me elevam e agora sei que estava a algum tempo caída no chão.


– Eu... – começo, mas não sei o que dizer. Abro os olhos tentando ver onde estou me lembro da primeira vez que isso aconteceu e me encontrei com um azul intenso, agora tudo é cinza e embaçado.


– Catnip? – uma voz diz. – Quem é você?


Forço meus olhos, mas não focalizo em nada.


– Sou Primrose. – digo e desmaio ali mesmo nos braços fortes daquele desconhecido.





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Notas finais do capítulo

Então, espero que tenha sido um bom final para essa primeira parte, estou super ansiosa para a próxima. Também estou super hiper mega feliz com a quantidade de leitores novos desde o último capítulo, por favor novos viajantes mandem reviews para que eu saiba seus pensamentos sobre a fic. E aos leitores antigos: vocês são demais, obrigado por terem se mantido fiéis a Primrose e todos esses personagens que eu tive o prazer de criar *-* Espero muito mesmo que tenham gostado da parte I. Pretendo começar a escrever a II ainda nesta semana. Me deixem saber se amaram ou odiaram o fim do começo da nossa viagem ♥ Milhões de Mellarkisses from Distric 2 :D
PS. Muito obrigada a Lore(que o nome me lembra minha bb Lori)pela recomendação super fofa que ela fez *-* Muito obrigado mesmo fofa ♥