Capitulo 13: Situações Inesperadas Pt.2

–“Esta foi uma linda apresentação, mas devemos continuar, e agora...Arme Glenstid.”-Disse Edward com voz tremula.

Arme o encarou e arqueou a sobrancelha e sussurrou rapidamente.

–“Acho que deve estar com medo de mim, poxa, não sou tão feia assim...”

Se Arme é feia...sou um caso perdido mesmo...

Pensei comigo mesma...

A Roxinha andou até Edward sorrindo gentilmente.

–“Boa noite Arme.”

–“Boa noite Príncipe Edward.”

–“Seu mestre sera...”-Disse Edward gentil e os tambores rufaram.-“O lendário Herói Ercnard Sieghart!”

Nesse momento percebi Arme pisar firme no chão e praguejou alguma coisa bem discretamente, mas sorriu e olhou de forma doce para Edward.

–“O servirei da melhor forma humanamente e civilizadamente possível, com licença.”-Disse Arme de forma gentil, mas percebi um de seus olhos ficarem como se fosse abrir e fechar varias vezes seguidas.

Andou até a sala e segundos depois ouviu batidas na porta.

O certo era tocar a campainha e não bater na porta...exatamente o esperado de Sieghart.

–“Bem vindo de volta Mestre Ercnard Sieghart.”-Disse Arme de forma gentil e fofa abaixando a cabeça e curvando-se um pouco.

Sieghart por sua vez a encarou feio e jogou o casaco na cabeça dela.

–“Não me chame de Mestre, prefiro Lord Supremo Lendário Sieghart.”-Disse Sieghart de forma grosseira entrando e sentando-se no sofá de forma espalhafatosa.

Arme rosnou baixinho e guardou o casaco.

–“Perdoe-me Mestre...quer dizer...Lord Supremo Lendário Sieghart.”-Disse Arme fingindo timidez.

Sem duvidas estava contendo-se para não sacar seu cetro e petrifica-lo ou queima-lo com o gorgos.

–“Te perdôo Roxinha, é difícil achar servas que preste hoje em dia, então o que tem pra comer?”-Perguntou Sieghart olhando de canto ainda espalhado no sofá, usando um tom de certo desdém e arrogancia.

Notei que Arme estalou os dedos, sem duvidas queria matá-lo ou no mínimo deixa-lo inconsciente por uns três dias ou meses.

–“O que deseja comer Lord Supremo Lendário Sieghart?”-Perguntou Arme dando a volta no sofá ficando de frente a ele.

–“Sabe, Lord Supremo Lendário Sieghart ficou muito grande, demora muito pra pronunciar, então... Imortal Supremo já da pro gasto.”-Disse Sieghart deitando-se de lado no sofá e balançando a mão como se ordenasse ela se retirar.

–“Etto...o que deseja comer Imortal Supremo?”-Perguntou Arme apelando pra fofura.

–“Não estou com fome.”-Respondeu com desdém.

Ok, sem duvidas isso foi a gota d’água pra Arme.

Ela sacou seu pote e começou a bater na cabeça de Sieghart com força.

–“SEU IDIOTA!SIGA O ROTEIRO QUE LHE FOI INFORMADO! DEIXA DE SER EXIBIDO, INTANFIL E ESTUPIDO SEU IMBECIL!”

–“EI...PARA...CALMA...ROXINHA!”-Gritava Sieghart tentando escapar das ‘potadas’ de Arme, até que conseguiu segura-la e assim parou-a.

–“Arg!Me solta Sieghart!”-Rosnou Arme quando Sieg a puxou pro sofá e a prendeu deixando-a por baixo de si.

–“Calma Roxinha, só estava brincando...”-Sussurrou.

–“SIEGHART SAI DE CIMA! PEDOFILIA É CRIME!”-Gritou Arme encolhendo as penas e empurrando Sieghart com elas fazendo-o cair do sofá.

–“Ai...isso dooeu Armezinha...”-Resmungou Sieghart acariciando a cabeça e fazendo bico.

–“VOCÊ ME PAGA!”-Gritou Arme pegando seu cajado.

–“É... a porra ficou séria agora...”-Resmunguei correndo em direção a sala sendo seguida por Rey.

O motivo simples... quando Arme sacava seu Cajado, sem duvidas iria usar centenas de Impactos Profundos e sem duvidas...acabaria destruindo tudo ali, teríamos de pará-la.

–“Rey baixe as cortinas e segure Arme.”-Ordenei enquanto corríamos.

–“JAMES! AS CORTINAS!”-Gritou Rey.

No mesmo instante seu mordomo apareceu e as cortinas baixaram.

Rey segurou Arme com força enquanto parti pra cima de Sieghart.

–“ME SOLTA REY!VOU FAZER ESSE IMORTALZINHO DE MERDA VIRAR PATE!”-Berrou Arme se debatendo tentando livrar-se de Rey.

–“Acalme-se queridinha...mesmo que ele vire patê, continuara vivo e ...estamos no Miss Canaban garota!”-Sussurrou Rey tentando acalmar Arme.

–“SUA MUMIA PARALITICA BANGUELA DOS INFERNOS ROSA VADIO VAGABOND!”-Gritei dando um soco em cheio na cara de Sieghart fazendo-o cair de costas no chão.

Por sua vez, ele sorria feito um retardado e abriu os braços como se esperasse por mais.

–“MAS QUE MERDA ESTA PASSANDO POR SUA CABEÇA?VELHOTE IMBECIL!”

–“Sua demonstração de amor e carinho é tocante...”-Disse Sieghart encarando-me feliz.

Iria acertar-lhe em cheio seus ‘futuros filhos’ como ele dizia, mas fui impedida por James.

–“Senhorita Sieghart creio que a intenção era parar a confusão criada por esse mero imortal e não causar uma maior ainda.”-Disse James determinado.

–“Tem razão...”-Resmunguei relaxando.

Assim que James soltou-me acertei um chute em cheio na cara de Sieghart.

–“Vou falar apenas uma vez, portanto ESCUTE BEM MUMIA!”-Disse autoritária segurando Sieghart pelo colarinho.-“Siga o roteiro de acordo com o que lhe foi informado e não cause problemas para Arme entendido?”

–“Ta...”-Resmungou de volta como se tentasse recuperar o foco.

–“Eu disse: ENTENDIDO?!”

–“ENTENDIDO COMANDANTE ELESIS SIEGHART!”-Disse Sieg batendo continência, mas logo em seguida sorriu de canto.

–“Ótimo.”-Resmunguei saindo de perto do mesmo.-“Vamos Rey.”

–“Ok, Arme não o mate ta? Deixa isso pra Mari.”-Disse Rey seguindo-me.

Arme apenas assentiu.

Assim que saímos dali, as cortinas foram erguidas e Sieghart estava sentado no sofá comportadamente arrumado, apenas com o clássico cabelo bagunçado, e Arme já estava com uma cara mais doce e amável, o que fez a platéia cair num sorriso bobo.

–“Querido Mestre Sieghart, o que deseja para comer?”-Perguntou Arme docemente num tom infantil.

–“Javali Assaso ao molho de Limão Dourado, porque o de maçãs é pra elfos fracos.”-Disse Sieghart em tom provocativo.

–“Como desejar...mas mestre...por favor, sente-se aqui sim?”-Pediu Arme puxando a cadeira.

–“Claro.”-Respondeu Sieghart sentando-se nela e encarou-me.

Em segundos Arme colocou os utencilios na mesa e Sieghart olhou a mesa em tom analítico.

–“Interessante, perfeito, você passou nessa.”

–“Obrigada...Etto...Mestre...qual seria seu desejo?”-Perguntou Arme tímida.

Nesse momento, Sieghart encarou-me com um sorriso malandro.

Por alguma razão senti meu peito congelar e um desejo de quebrar-lhe em dois percorria minha mente, mas Rey segurou-me pelo pulso antes que pudesse me mover, encarou-me e fez sinal negativo com a cabeça.

Bufei e permaneci ali, observando.

–“Bom...existe uma coisa que apenas você poderia revelar-me...”-Disse Sieghart apoiando-se em suas mãos sobre a mesa e encarando-me com um olhar cruel.

–“E o que seria mestre?”-Perguntou Arme com certo receio.

–“Quero que revele a verdadeira identidade dos coelhos rosas com raios lazers ocultos nos lacinhos vermelhos.”-Disse Sieghart em tom serio e sombrio.

–“Como mestre?”-Perguntou Arme um tanto sem graça.

–“Extamente o que ouviu, o que todos aqui ouviram, quero que quebre a ilusão desses coelhos infernais!”-Bradou Sieghart levantando-se e batendo as mãos na mesa demonstrando estar furioso.

Todos caíram na gargalhada e eu e as meninas trocavamos olhares de incompreensão.

Sieghart realmente teria pedido isso?

Malditos cogumelos venenosos...

–“Tem certeza Mestre?”

–“Absoluta.”-Respondeu Sieghart determinado sentando-se a frente do sofá e fez sinal para que Arme sentasse perto dele.

–“Como desejar, mestre.”-Disse Arme pegando seu pote.

Sentou-se ao lado de Sieghart e colocou seu pote a sua frente.

Começou a recitar palavras em latim e um circulo de magia verde com símbolos estranhos formou-se baixo dela.

Parva Creatura

Criatura pequena

Capillos albet

De pêlos branquinhos

Rubrum Oculus

De olhos vermelhos

Ad Me

Venha a mim

Bunny

Coelhinho

De dentro do pote ela retirou um coelho pequeno de pelos brancos com um laço vermelho na cabeça.

–“Eu disse coelhos rosa e esse é branco.”-Resmungou Sieghart.

–“Pronto, não é mais mestre.”-Disse Arme jogando um pó sobre o coelho deixando-o rosa.

–“Bom...agora revele a verdadeira identidade dele!”

Arme respirou fundo e colocou o coelho no chão de frente a ela.

A Roxinha começou a conjurar o encantamento e um circulo de magia azulado formou-se abaixo do coelho.

Parva Lepus

Pequeno Coelho

Simulans Innocentiae

Que finge inocência

Nunc Revelare

Revele agora

Suam Essentiam

Sua verdadeira Essência

Uma fumaça branca apareceu ao redor do coelho e Sieghart ficou agitado.

–“SIM, SIM, SIM, REVELE AGORA SUA IDENTIDADE DEMONIACA COELHO MANIACO!”-Gritou Sieghart empolgado.

Assim que a poeira abaixou, revelou o coelho completamente branco sem o laço e encarava a todos de forma incente.

–“Esta ai seu monstro assassino Sieghart.”-Disse Arme levantando-se e pegando o coelho antes que tocasse em Sieghart.

–“Mas...mas... eles são do mal Arme!”

–“Ta sei...”-Resmungou Arme acariciando o coelho.

–“Não baixe sua guarda Arme...”-Avisou Sieghart sério.

–“Por que?”-Perguntou Arme segurando o coelho com as duas mãos e foi andando em direção a Sieghart.

Este por sua vez levantou e foi afastando aos poucos.

–“Tire esse demônio fofo de perto de mim Arme!”

–“Não é um demônio, é só um coelho...”-Disse Arme fingindo jogar o coelho sobre ele.

–“ARME!”

–“Ora, ora, então a fraqueza de Sieghart é um coelho?”-Perguntou Arme irônica.

–“Não se atreva mocinha!”-Alertou Sieghart assumindo posição de batalha sem armas.

–“Atrevo-me!”-Disse Arme saindo correndo atrás de Sieghart com o coelho.

Sieghart saiu correndo saltando pelo sofá, mesa, cadeira, tropeçou e quase caiu de cara no chão, mas conseguiu descer do palco e continuou correndo com Arme em seu encalce.

–“Bem...é...obrigado Arme e Sieghart!”-Disse Edward.

Toda a platéia aplaudia e caia na gargalhada, pensando realmente que isso fora combinado.

–“Patético...”-Resmunguei colocando a mão no rosto.

–“Nem me fale, mas pra mim, todos os humanos são patéticos.”-Respondeu Rey convencida.

–“E agora, Lady Rey Von Crimson!”-Disse Edward empolgado.

Rey andou, ou melhor desfilou até Edward de forma toda pomposa e como sempre, sem tocar no chão.

–“Vejamos, seu mestre sera...”-Disse Edward fazendo pausa para tambores rufarem.-“O cavaleiro da Terra de Prata, Jin!”

NÃOOOOOOOOOOOO

Gritei mentalmente...

Nunca me senti tão derrotada em minha vida, só restava um nome... e só restava um garotoda Grand Chase...Lupus Wild.

DROGAAAAAAA NÃO CONSIGO ACREDITAR NISSO! A MORTE DEVE SER MENOS CRUEL!

–“Farei o possível para auxiliar esse humano.”-Disse Rey abaixando a cabeça de leve e flutuando em direção a sala.

Em segundos estava la.

A campainha tocou e flutuou até próximo a porta.

–“JAMES! Abra-a!”

No mesmo instante o grande mordomo musculoso apareceu e abriu a porta.

–“Bem vindo Senhor Jin.”-Disse James.

–“Quem deveria abrir a porta e me receber é você Rey.”-Disse Jin em tom repreendedor.-“Poderia por favor pendurar meu casaco?”

–“James, o casaco!”-Disse Rey sem importar com o que Jin acabara de falar.

Novamente o mordomo se moveu, pegou o casaco e o pendurou com cuidado e perfeição.

–“Rey...você sera reprovada se não agir...”-Sussurrou Jin.

–“Eles que ousam me reprovar e farei conhecerem a dor infernal em Ernas.”-Retrucou Rey prepotente.

–“Não pode fazer todos dobrarem aos seus pés Rey.”-Sussurrou Jin entrando na sala.

–“Isso é um desafio?”-Sussurrou de volta.

–“Rey, concentre-se.”-Pediu Jin sério.-“Preferiria milhões de vezes que Amy tivesse me tirado e não você, mas colabore, é pra você mesma.”

–“Ta, que seja, então, o que vai querer comer?”-Perguntou Rey em seu tom autoritário normal.

–“Não é assim que empregadas falam com seus mestres...”

–“O que pretende para o desjejum me-meu me-me-mes-tr-tre.”-Gaguejou Rey no final contendo sua irritação.

–“Bom... quero que você prepare um prato com uma dieta equilibrada para guerreiros...”-Dizia Jin, mas ao notar a mudança na feição de Rey, resolveu completar.-“De Ernas de preferência.”

–“Somente isso me-meu me-mes-tre-tre?”-Perguntou de forma gentil claramente engolindo seu orgulho.

–“É, por enquanto só Rey.”-Respondeu Jin sorrindo gentilmente.

–“Sente-se aqui me-meu Mes-mes-tre-tre”-Disse Rey puxando-lhe a cadeira para que Jin sentasse.

–“Obrigado.”-Respondeu o Ruivo sentando-se com cautela.

Rey afastou-se da mesa e cochichou algo com James, segundos depois o mesmo a ajudou a por a mesa para Jin.

Este por sua vez observou e balançou a cabeça negativamente.

–“Mas James só me deu os itens e disse onde coloca-los, o resto eu fiz.”-Sussurrou Rey irritada.

–“Eu sei...”-Disse Jin respirando fundo.-“Mas pelo menos tentou.”

Jin encarou-a com um sorriso gentil e fez um jóia com a mão.

–“Então, qual seria seu desejo me-meu mes-mes-tr-tre?”-Perguntou Rey séria.

–“Bom...Rey, existe algo que realmente gostaria que fizesse...”-Disse Jin encarando-a bem sério.

–“E o que seria?”-Perguntou com receio.

Nesse momento, o olhar que vi nos olhos de Jin...

Me fez querer correr até la e cala-lo.

Tinha a sensação de que pediria algo absurdo...

E de fato, não estava errada.

Jin respirou fundo e encarou aquelas orbes verdes.

–“Quero que peça perdão ao Dio por tudo o que fez a ele.”

–“O QUE?!”-Gritou Rey.

Pronto, agora sim explode tudo...

Se Rey já estava irritada por chama-lo de mestre... ele ainda vem e pede isso...

As vezes acho que Jin esquece-se de que é mortal..

–“Exatamente o que ouviu Rey Von Crimson, quero que peça desculpas a Dio Burning Canyon por tudo o que aprontou com ele.”-Disse Jin determinado sentando-se no sofá.

–“JAMAIS! QUE TIPO DE TRATAMENTO BIZARRO VOCÊ PASSOU ANTES DE SUBIR AO PALCO RELES MORTAL?!”-Gritou Rey encarando Jin a centímetros de distancia de seu rosto.

–“Deixe de ser orgulhosa, são velhos amigos... é só um pedido de desculpas, qual o problema?”

–“REY VON CRIMSON NÃO PEDE DESCULPAS! ELE DEVERIA PEDIR PERDÃO POR ATRAPALHAR-ME! TEM IDÉIA DO QUE PASSEI PARA ENCONTRA-LO NESSA DIMENSÃO? O QUE FAÇO A ELE AINDA É POUCO!”-Gritou Rey afastando-se e flutuando ao redor do sofá onde Jin estava sentado.

–“Rey...”

–“NÃO MOCINHO, NÃO IREI PEDIR PERDÃO POR NADA! TIRE ISSO DA CABEÇA!”-Gritou Rey decidida.-“Escolha outra coisa.”

–“Então...”-Resmungou Jin levanto a mão ao rosto com um sorriso travesso.-“Faça uma declaração de amor a ele.”

–“O QUE?!”-Gritou Rey ficando vermelha.

Todos se assustaram, adimito.

Mas JAMAIS esperei que Jin fosse falar uma coisa dessas...

–“Ora...dizem que quem briga tanto é porque se amam, então declare-se pra ele oras.”-Disse Jin sorrindo marotamente.

–“JIN, EXISTE UM LIMITE PRA PIADAS ESTUPIDAS!”-Gritou Rey completamente vermelha e furiosa.-“BASTIÃO!”

No mesmo instante a pequenina cadela infernal de Rey apareceu.

Rey estalou os dedos e Mary assumiu sua verdadeira forma.

Jin ficou pálido olhando para a cadela infernal.

–“FAÇA-O CHORAR E PEDIR POR PIEDADE!”-Ordenou Rey.

No mesmo instante a cadela cerrou os dentes e foi em direção a Jin.

Como o Ruivo não é tolo, saltou por cima do sofá escapando do ataque de Mary e continuou a correr desviando dos ataques dela pela sala destruindo as coisas.

–“EI REY!”-Gritei tentando chamar atenção dela.-“REYYYY!”

Apenas na segunda vez escutou-me e encarou-me com um sorriso macabro.

De fato todos riam do Jin que escapava com maestria dos ataques de Mary, porem iria destruindo tudo onde tocava.

–“O que foi queridinha?”-Perguntou aproximando-se de mim.

–“PARE A MARY! ESTA DESTRUINDO TUDO! E IGNORE O JIN!”-Gritei irritada apontando para a destruição da sala.

–“Patético...Mary só vai parar quando ele chorar e pedir piedade...”

–“Isso vai demorar...”-Resmunguei de volta.

Como se Jin tivesse percebido a destruição que Mary estava causando, resolveu sair da sala usando suas técnicas de flutuar.

Lógico que Mary o seguiu e assim saiu do palco com a cadela em seu encalce.

Porem toda a sala estava destruída, encarei Rey furiosa.

–“Relaxa, James arruma isso rapidinho.”-Disse Rey com um sorriso gentil.

No mesmo instante seu mordomo apareceu e arrumou tudo em segundos.

–“Prontinho.”-Disse Rey orgulhosa.

–“Obrigado pelo entretenimento Lady Rey Von Crimson e Jin.”-Disse Edward assim que viu Rey deixar o palco.

Fiquei nervosa sem duvidas, só restava a mim e o único cara que restava...era o maldito Lupus...

–“E por fim e não menos importante ou interessante...”-Disse Edward fazendo uma pausa enquanto os tambores rufavam.-“Eleeeesis Sieeeeghart!”

Ouvi gritaria e aplausos para mim.

O que me deixou mais nervosa ainda.

Andei em direção a Edward e todos na platéia pareciam estáticos.

Mas por que?

Afinal todas vestíamos os mesmos vestidos, com os mesmos detalhes...então porque comigo ficaram assim?

–“Boa noite Elesis.”-Disse Edward gentilmente.

–“Boa noite.”-Respondi com indiferença.

–“Nervosa?”

–“Continue com essas prguntas tolas que veremos a resposta.”-Respondi com frieza encarando-o nos olhos.

O sorriso besta que estava em seus lábios desapareceu e ele colocou as mãos na urna... não sei pra que, afinal só tinha um papel mesmo.

–“Seu mestre sera...rufem os tambores!”-Pediu Edward de forma dramática, definitivamente...queria matá-lo.-“O caçador de Recompensas sedutor Lupus Wild!”

Sem duvidas cerrei os punhos e os olhos, um desejo de matar Lupus percorria minha mente.

Poxa, depois de tudo o que já passei, tinha de tirar JUSTO esse imbecil.

–“Farei o possível para atende-lo.”-Disse irônica curvando-me e saindo dali pisando firme na intenção de conter minha raiva.

Assim que entrei na sala fui direto a porta, ouvi o som de disparo e milésimos de segundos depois a campainha tocou.

Abri a porta e curvei-me gentilmente.

–“Bem vindo de volta Mestre.”

–“És bueno volver mon cher Elesis.(É bom voltar minha querida Elesis).”-Disse Lupus de forma sedutora, segurando meu queixo forçando-me a levantar e encara-lo.-“¿Me podria ahorrar?(Poderia guardar para mim?)”

–“Sim mestre.”-Respondi grosseira afastando meu rosto e pegando o casaco.

Lupus vestia roupa dos nobres de Serdin, mesmo não querendo admitir, ele estava bonito, muito bonito e sedutor, mas mesmo assim irritante.

Qual é do lance de misturar idiomas?

–“Por aqui mestre.”-Pedi e fiz sinal para que me seguisse, afinal ficou parado perto do sofá esperando-me.

Sentia lançar-me olhares lascivos e sorrisos pervertidos.

Pelos deuses isso estava me dando calafrios.

–“Sente-se aqui mestre.”-Chamei e puxei a cadeira.

O mesmo apenas assentiu e sentou-se nela e passou a olhar-me sedutoramente.

–“O que pretende para o desjejum mestre?”-Perguntei gentil curvando-me.

–“Esta noche no quiero comer solo(Esta noite não pretendo comer só)”-Disse Lupus olhando-me forçando a encara-lo, levantou-se, parou bem de frente a mim, tocou em meu queixo sem desviar nossos olhares e surrussou em meu ouvido num tom sedutor.-“Prepare una mesa para nosotros, de todos modos... esta noche será solo tú y yo. (Prepare uma mesa para nós, afinal ... esta noite sera só eu e você.)”

Sem duvidas isso me arrepiou, e um desejo de decapta-lo corroia minha mente, mas sei que fiquei toda vermelha...

Afinal ele sorriu de canto todo empolgado e sentou-se.

–“S-Si mestre...”-Respondi curvando-me de novo e indo pegar os utencilios.

–“OLHA LA! HOJE TEM!”-Gritou um idiota na platéia.

Sem duvidas deixou-me mais vermelha que meu cabelo.

Lupus observava-me de forma irritante por assim dizer.

Fazia me sentir como um cordeiro sendo expreitado por um lobo faminto.

Peguei os itens e fui colocando na mesa com cuidado.

Dois pratos, talhares, taças e duas velas uma de cada lado.

Coloquei uma garrafa de vinho falsa do lado, afinal não era permitida uma verdadeira.

Quando ia acender as velas, Lupus disparou em ambas e elas acenderam, segurou rápido meu pulso e forçou-me a sentar a sua frente.

O mesmo bateu palmas e toda a sala modificou-se conforme passava uma chama azul.

–“O que pensa que esta fazendo?!”-Resmunguei sentada encarando-o furiosa.

–“Yo dije, esta noche es nuestra.(Eu disse, esta noite é nossa)”-Disse Lupus sedutoramente.

Ouvi o som de assobios e algumas garotas gritando: Vai nessa!

Ou então: ELE É MEU!

Mas preferi ignorar, apenas engoli seco, o que esse asmodiano tinha nessa mente maligna?

Olhei ao redor, de fato tudo ali estava diferente.

A mesa estava toda decorada em tons de vermelho escuro com dourado, o sofá e demais itens da sala desapareceram.

Havia varias decorações espalhadas dando um ar de bem romântico... pelo menos era o que as meninas diriam.

Mas não poderia me deixar levar...não com Lupus Wild.

–“Então mestre, qual seria seu desejo?”-Perguntei de forma gentil apoiando-me nas mãos sobre os cotovelos na mesa.

–“Concédeme el honor de um baile?(Concederia-me a honra de uma dança?)”-Perguntou Lupus levantando-se, andou até mim, curvou-se e ofereceu sua mão.

Lupus realmente estava pedindo isso?

O que havia atrás desses olhos vermelhos sedutores e esse ambiente ‘romantico’?

Ou melhor, qual a verdadeira intenção desse caçador?

Olhei de relance para Edward, e este apenas assentiu, afinal...não era um pedido pervertido...

Mas sempre vi segundas intenções em tudo o que Lupus faz.

Porem teria de ignorar...afinal é o Miss Canaban e não quero ser desclassificada...

–“Si mestre.”-Respondi aceitando sua mão.

Segurou minha mão com cuidado e ajudou-me a levantar, sendo que a todo instante, não desviava seus olhos dos meus.

De certa forma sentia-me hipnotizada, mas não poderia baixar a guarda... afinal estou lidando com Lupus Wild.

Conforme me guiava para o centro da sala, nossas roupas foram mudando.

As de Lupus para um terno preto com detalhes em cinza bem discretos e uma rosa vermelha no bolso e a camisa de dentro estava aberta revelando seu tórax.

Já minhas roupas mudaram para um vestido estranho laranja comprido com alguns babados na frente.

Lupus puxou-me para mais próximo de si.

Colou nossos corpos, segurou minha mão e com a outra tocava em minha cintura.

Por receio, coloquei minha mão direita em seu ombro e assim começamos a dançar devagar, BEM próximos, achei estranho, pois não havia musica.

-“Que tal um desafio?”-Sussurrou em meu ouvido de forma sedutora.

Mas desta vez falou normalmente, sem usar sotaques ou outro idioma.

–“Que desafio?”-Perguntei incerta.

Odeio desafios propostos por Lupus... Sempre terminavam de forma... Estranha... Digamos assim. Lupus girou-me e puxou-me de volta para si. -“Resista a mim e me faça querer beijá-la.”-Disse Lupus afastando-se um pouco me fazendo girar novamente, encarando meus olhos com seu clássico sorriso sádico.

O QUE?!

Era a única coisa que passava em minha cabeça.

Pra que um desafio idiota desses?

-“Poupe-me Lupus...”-Resmunguei desviando o olhar.

Dançávamos aproximando e distanciando nossos corpos e em círculos mudando os passos constantemente.

-“Elesis Sieghart fugindo de um desafio?”-Provocou Lupus puxando-me para bem próximo de si e logo em seguida mordeu meu pescoço.

Um desejo de arrancar-lhe a cabeça percorreu meu corpo, de novo.

Sem duvidas fiquei vermelha feito uma maçã pela mordida.

Lupus sorriu sarcasticamente e começou a dançar de forma um pouco mais rápida.

Lançou-me a sua frente e me fez voltar em círculos para seus braços devagar e de forma sedutora....

Espera sedutora?

Pelos deuses...não vou cair nessa.

-“Tudo bem, aceito o desafio.”-Respondi com um sorriso sarcástico no rosto olhando-o nos olhos.

Lupus apenas sorriu vitorioso, afastou-se um pouco de mim, estalou os dedos e uma musica começou a tocar.

Sorriu de forma lasciva e começou com alguns passos pra direita e esquerda devagar sem desviar seu olhar do meu andando em minha direção.

Não iria deixa-lo ganhar...

Não iria mesmo... quebrar o orgulho desse caçador...seria uma bela recompensa.

Sorri para Lupus, levantei meus braços acima da cabeça e comecei a rebolar devagar baixando os braços passando as mãos em meu braço e antebraço, descendo pelo pescoço, ombros, ao lado do busto parando na cintura, claro, mordendo de leve os lábios e o lançando olhares pervertidos.

Lupus andava em minha direção, pela distancia ser curta, alcançou-me quando toquei em minha cintura e ali me tocou com suas mãos puxando-me para bem próximo de si, olhando em meus olhos e mordendo dos lábios.

Apenas sorri, assim como o mesmo sorria pra mim.

Enlacei seu pescoço e com minhas mãos começamos a dançar próximos enquanto acariciava seus cabelos castanhos.

Mas sem desviar nossos olhares, vez ou outra mordia meus lábios de leve e sorria.

Man it's a hot one

Cara, essa é quente

Like seven inches from the midday sun

É como estar a dois passos do sol do meio dia

I hear you whisper & the words melt everyone

Eu ouço você sussurrar e suas palavras derretem a todos

But you stay so cool

Mas você fica na sua

My muñequita, my spanish harlem mona lisa

Minha bonequinha, minha monalisa do harlem espanhol

Your my reason for reason

Você é a razão da minha razão

The step in my groove

A cadencia do meu balanço

Lupus de certa forma parecia um tanto confuso, incerto, e realmente eu achava divertido isso.

Afastei aos poucos.

Conforme afastava minhas mãos ia percorrendo o pescoço, ombro e tórax arranhando de leve, partindo direto a suas mãos.

As segurei e começamos com passos rápidos movendo os braços na mesma velocidade e sincronia.

Avanço um, dois e três, enquanto ele recuava na mesma velocidade, sincronizando nossos passos.

Segurou uma de minhas mãos, a levantou e me faz girar, assim que volto ao normal faço o mesmo com ele.

Creio que esse movimento chama-se giro duplo.

And if you say this life ain't good enough

E se você dissesse que a vida não é boa o suficiente

I would give my world to lift you up

Eu daria o meu mundo pra te levantar

I'd change my life to better suit your mood

Eu poderia mudar toda a minha vida para me adaptar ao seu estilo

Cause you're so smooth

Porque você é tão suave

Lupus segurava minhas mãos com firmeza e dançávamos avançando e recuando movendo sempre os braços imitando os movimentos de um trem.

Movia constantemente os quadris conforme avançava e recuava.

Olhava direto nos olhos de Lupus e sorria.

Como se tivesse cansado dessa brincadeira, puxou-me para mais perto de si.

Mas não iria deixar fazer o que quisesse.

Assim que me aproximei dele com certa velocidade, com a perna esquerda enlacei sua cintura e joguei meu peso pra trás, forçando-o a baixar-me um pouco.

Notei seus olhos percorrerem de minha cintura aos seios, e logo em seguida deu de cara com meu rosto e sorriu de forma sarcástica puxando-me de volta.

Puxou tão rápido que se tivesse bobiado sem duvidas teria me beijado, mas desviei, fiquei em pé novamente.

Com a mão esquerda apoiei em seu ombro direito e comecei a andar ao seu redor rebolando devagar e quando voltei a sua frente, lhe dei um leve empurrão, fazendo-o dar três passos pra trás.

And just like the ocean under the moon

E apenas assim como o oceano sob a lua

Well that's the same as the emotion that i get from you

Bem, isso é a mesma emoção que eu recebo de você

You got the kind of lovin that can be so smooth

Você tem o tipo de amor que pode ser tão bom

Give me your heart, make it real

Da-me o seu coração, faze-lo real

Or else forget about it

Ou então pode esquecer

Olhou-me surpreso e com um sorriso de canto.

Fui dançando em sua direção.

Novamente toquei em seu ombro direito e o circulei, mas desta vez fiz minha mão acompanhar-me, discretamente passei meus dedos de um ombro a outro passando pelo pescoço do mesmo que sem duvidas, percebi que se arrepiou todo.

Assim que voltei a sua frente, enlacei seu pescoço com minhas mãos, e suas mãos desceram a minha cintura.

Comecei a guiá-lo com passos rápidos pra trás, mas quando percebeu que o encurralaria, forçou-me a dar passos pra frente.

Percebi que não tirava os olhos de mim nem por um segundo.

Então, quando começou a forçar-me a ir pra trás, sorri desafiadora o que o fez abrir mais ainda o sorriso.

I'll tell you one thing

Eu vou te dizer uma coisa

If you would leave it would be a crying shame

Se você deixa-lo choraria de vergonha

In every breath and every word i hear your name calling me out

Em cada respiração e cada palavra eu ouço seu nome me chamando para fora

Out from the barrio, you hear my rhythm on the radio

For a do bairro, você ouve meu ritmo no radio

You feel the turning of the world so soft and slow

Voce sente o girar do mundo tão suave e lenta

Turning you round and round

Passando você ao redor de tudo

Lupus parecia um tanto inquieto.

Notei que uma de suas mãos começou a descer para uma região não permitida.

Desci minhas mãos de sua nuca, passando pelo pescoço e parei no tórax dando um leve empurrão com a ponta do dedo indicador de minha mão direita e fiz sinal negativo com a cabeça.

Notei certa frustração no rosto de Lupus e contive uma gargalhada.

Aproximei-me dele e novamente toquei seu ombro e o rodeei.

Mas quando parei na frente, fiquei de costas e comecei a rebolar devagar com os braços pra cima e fui abaixando-me.

Lupus fingia passar as mãos em minha cintura enquanto descia.

Percebi a platéia um tanto empolgada com isso.

Antes de chegar no chão, Lupus puxou-me para levantar e virou-me.

Fiquei de frente com ele, mas ele segurou minhas mãos e encostou nossas testas.

Não desviava o olhar e mantinha aquele clássico sorriso no rosto.

Dançamos assim indo pra frente e pra trás, com movimentos completamente sincronizados.

O que por sinal não entendia bem como, pois não planejamos nada e em teoria eu não sei dançar isso.

And if you say this life ain't good enough

E se você disser que a vida não é boa o bastante

I would give my world to lift you up

Eu daria meu mundo pra te levantar

I'd change my life to better suit your mood

Eu poderia mudar toda minha vida para me adaptar ao seu estilo

Cause you're so smooth

Porque você é tão suave

Lupus afastou nossos rostos e soltou uma de minhas mãos, com a outra me puxou para bem próximo de si.

Enquanto aproximava-me, levantei minha perna esquerda e a apoiei em sua cintura.

Como se aproveitando da deixa, Lupus colocou sua mão em minha cintura e desceu novamente até a área não permitida, ou seja, minha bunda e a apertou de leve.

Fechei meu punho que levei até seu ombro com a intenção de socá-lo, mas me contive, assim como a vermelhidão que deveria formar em meu rosto, foi difícil mas consegui.

Soltou em seguida minha bunda e foi aproximando-se de mim, sem duvidas com a intenção de me beijar.

Para desviar, fui afastando-me para baixo.

Quando percebi que estávamos nos aproximando do chão, usei minha perna livre como impulso.

Num movimento rápido, escapei de seus braços e ‘rolei’ por suas costas parando ao seu lado.

Antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, Lupus puxou-me para si.

Mas antes de alcançá-lo, escapei de seus braços e fiquei de costas pra ele.

Sorri e comecei a rebolar descendo devagar tocando suas costas com as minhas.

Ele começou a fazer o mesmo, de certa forma era engraçado.

Virei para esquerda e ele veio de frente.

Puxou-me de encontro a si.

Segurou uma de minhas mãos e a outra pousou em minha cintura.

Já a minha mão livre apoiei em seu ombro e voltamos a dançar pra frente e pra trás.

Parou do nada, afastou-se um pouco, segurou uma de minhas mãos e me fez dar três giros rápidos.

O primeiro no sentido horário, o segundo anti-horário e o terceiro horário.

Quando aproximei-me dele, segurou minha coxa da perna esquerda e forçou-me a apóia-la em sua cintura.

Assim o fiz e começou a abaixar nossos corpos.

Ele puxou-me para cima, sem duvidas com a intenção de me dar um beijo, mas inclinei meu corpo para trás, fazendo minhas mãos tocarem no chão enquanto segurava-me pela cintura e sorria desafiadoramente.

And just like the ocean under the moon

E apenas assim como o oceano sob a lua

Well that's the same as the emotion that i get

from you

Bem, isso é a mesma emoção que eu recebo de você

You got the kind of lovin that can be so smooth

Voce tem o tipo de amor que pode ser tão bom

Give me your heart, make it real

Da-me seu coração, faze-lo real

Or else forget about it

Ou então pode esquecer

A musica parou e foi puxando-me para perto de si, sem duvidas com a intenção de me beijar, de novo, mas surpreendeu-se pois estava com a rosa na boca.

-“Mas quando?Como?”

Apenas respondi com um sorriso retirando a rosa da boca e curvando-me recebendo o aplauso da platéia.

–“Muito bem!Belíssima apresenteção, obrigado Elesis Sieghart e Lupus Wild!”-Disse Edward empolgado batendo palmas.

Sorrimos de mãos dadas curvando e a cortina fora baixada.

Soltei Lupus no mesmo instante.

–“QUE TIPO DE IDÉIA IDIOTA FOI ESSA?!”-Gritei irritada louca pra acertar um tapa na cara de Lupus, mas senti a presença de Zero e Anrietta.

–“Ora...admito Elesis, você ganhou dessa vez.”-Disse Lupus galanteador segurando uma mexa de meu cabelo e cheirando-a.-“Adoro esse cheiro.”

–“IDIOTA!”-Gritei dando-lhe um soco na cabeça fazendo-o cair no chão apagado.

–“Ele vai viver.”-Disse Anrietta analisando o pulso dele.

–“Vamos, temos mais com o que nos preocupar.”-Disse séria virando-me de costas com a intenção de sair dali.

–“E ele?”-Perguntou Zero.

–“Traga-o e jogue-o em qualquer canto.”-Ordenou Anrietta.

Zero apenas assentiu, pegou Lupus e o colocou sobre os ombros como se fosse saco de batatas.

Descemos do palco e demos de cara com a Grand Chase inteira encarando-me surpresos.

–“Onde aprendeu a dançar assim?”-Perguntou Lin.

–“Foi observando-me né Elesis?”-Disse Amy.

–“Na verdade...”-Comecei.

–“O que você fez com o Lupus?!”-Disse Sieghart ao ver Zero jogar Lupus num sofá próximo dali.

Zero apenas encarou-o mas nada disse.

–“RESPONDA-ME!”-Gritou Sieghart e os outros rapazes da Grand Chase rodearam Lupus com a intenção de ver se ele estava vivo.

–“Ele vai viver Sieghart.”-Disse Lass friamente.-“Adoraria que morresse, mas nem com isso morre...e não foi obra dele ai.”

–“Então quem foi albino?RESPONDA-ME!”-Bradou Sieghart segurando Lass pela gola do colete.

Lass por sua vez encarou-o nos olhos e percebi um sorriso sádico no rosto dele.

De fato, não se intimidava com Sieghart.

–“Eu apaguei Lupus, tentou me beijar, queria que corresponde-se?Alias isso não é da sua conta certo, Ercnard Sieghart?”-Disse séria interrompendo a possivel rixa de olhares entre os dois.

Sieghart apenas lançou-me um olhar irritado e bufou, soltou Lass e cruzou os braços encarando-me.

–“Vamos Zero, Anrietta, temos coisas a fazer...”-Disse cansada virando as costas para os meninos.

–“Elesis.”-Chamou Mari calmamente enquanto passava ao seu lado.

Parei e a olhei de forma interrogativa.

–“Que foi?”

–“A ultima parte do evento...Apresentação Livre...pode conter varias participantes... e você escolhe se vai contar como sua apresentação ou não...gostaria que ajudasse na minha apresentação...”-Disse Mari um tanto incerta sobre as palavras.

O que de fato era bem raro vindo dela.

No mesmo segundo Anrietta puxou meu braço com força, forçando-me a curvar-me para ela e Zero curvou-se ao meu lado fazendo um circulo, ou seria um triangulo?

–“Pode ir Elesis.”-Disse Anrietta determinada.

–“Mas...”-Debati.

–“Você e Zero já treinaram isso ontem o dia todo, já sabe o que vão fazer...ajude Mari, creio que sera divertido.”-Disse Anrietta sorrindo maleficamente.

Senti um arrepio percorrer minhas costas, mas preferi não debater...sabe Deus o que essa garota pode aprontar por ser contrariada.

–“Então...tudo bem em ajuda-la Zero e Grandark?”

–“Vá, ira ser divertido!”-Disse Grandark gargalhando maleficamente alto no final.

–“Essa espada me assusta...e então Zero?”-Perguntei encarando-o.

Este por sua vez apenas assentiu.

–“Ajude sua amiga.”-Disse decidido.

–“Ok então, não se esqueçam de mim, preparem as coisas para nós Anrietta.”-Disse séria voltando a postura normal e seguindo Mari.

–“Pode deixar!”-Disse Anrietta acenando.

–“Tem certeza que é uma boa idéia?”-Perguntou Grandark.

–“Sem duvidas.”-Respondeu Anrietta sarcasticamente.

–“As vezes você da mais medo que Grandark...”-Comentou Zero baixinho.

–“O QUE FOI QUE DISSE?!”-Gritaram ambas.

Continua . . .