A Vingança De Elesis escrita por Yume Yue


Capítulo 15
Capítulo 13: Situações Inesperadas Pt. 1


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna ;3
Obrigada a todos pelos parabens *____*
Admito que ri muito escrevendo esse capitulo ;D
Mas a segunda parte provavelmente só na sexta que vem... estou travada no começo do 14 x.x
Well...
Musicas em si nesse capitulo nenhuma...
Mas aparece My Hearth Will Go On da Celine Dion...
Sim, a música do Titanic.
Bom, e pra quem não gostou de Nina, vão adorar esse capitulo ;D
Espero que gostem ^.^



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 Capitulo 13: Situações Inesperadas Pt.1

         Zero carregou-me até o camarim e me jogou na poltrona que fora colocada ali.

         Estava surpresa, afinal fora completamente limpo e não havia sinal de cinzas ou de queimada.

         -“Assustador...”-Sussurrei observando o lugar.

         Não que tudo estivesse no lugar de novo, mas havia um grande espelho na parede e alguns itens de maquiagem e para o cabelo em cima de uma mesa, a poltrona ficava ao lado da mesa e havia um trocador improvisado vermelho, não havia sujeira alguma de queimada.

         -“Mari e seus DK-Marks passaram por aqui.”-Disse Anrietta.

         -“Faz sentido...”

         -“Vamos, fique pelada logo!”-Disse Anrietta puxando-me até o trocador.

         -“ES-ESPERA SUA BAIXINHA MALUCA! ZERO AINDA ESTA AQUI E NÃO ESTOU VENDO A ROUPA!”-Gritei sendo puxada pela orelha entrando no trocador.

         -“ZERO! BUSQUE A ROUPA COM A ORGANIZAÇÃO ENQUANTO DEIXO ELESIS PELADA!”

         -“Pe-Pe-la-la-da-da?!”-Gaguejou Zero.

         -“VAI LOGO HOMEM!”

         -“T-ta-ta, já estou indo!”-Disse Zero, pelo som, abrindo a porta e saindo dali.

         Percebi que o pequenino DK-Mark aproveitou a deixa e entrou.

         -“Anrietta não estrague o vestido...”-Resmunguei enquanto a pequenina soltava a parte de trás.

         -“Relaxa, esta em minhas mãos Ruiva.”

         -“É exatamente por isso...”

         -“COMO É QUE É?!”

         Enquanto isso Zero andava aflito pelo corredor tentando conseguir alguma informação.

         -“P-Por fa-favor...Co-com li-li-li-cen-cen-cen-ça-ça-ça”-Gaguejava Zero tentando dialogar com alguma das assistentes que vagavam de um lado para o outro carregando coisas.

         -“Zero, pelos deuses, levaremos quatro horas pra conseguir alguma informação, deixe comigo!”-Disse Grandark possuindo-o como sempre.

         Uma morena bonita passou ao lado de Zerodark, o mesmo segurou-lhe o braço e a olhou de forma gentil por debaixo da mascara.

         -“Com licença senhorita, poderia informar-me onde posso retirar o traje de empregada?”-Perguntou Zerodark usando a voz de Zero num tom gentil.

         -“AAAAA UM TARADO! SEGURANÇAS!”-Gritou a morena.

         -“Não, perdoe-me, expressei-me mal, sou auxiliar de Elesis Sieghart, ela esta trocando-se e precisa do vestido.”-Disse Zerodark puxando a garota com tudo a um canto escuro tapando-lhe a boca.

         -“A desculpa rapaz, esqueci-me...bom fica no segundo andar, no corredor a direta, contando da esquerda a direita ultima porta, mas tenha cuidado, provavelmente vai estar cheio de gente e perdoe-me por não reconhece-lo senhor Zero.”-Disse a moça mais calma.

         -“Tudo bem, obrigado pela informação.”-Disse Zerodark saindo dali.

         -“Muito bom Zero!”-Disse Grandark.

         -“Foi você quem pegou a informação...”-Resmungou subindo as escadas.

         -“Mas usei a sua sedutora voz.”

         -“M-Mi-Minha v-vo-voz é se-se-du-du-tora?”

         -“Esquece o que falei grandão, vamos logo.”-Disse Grandark.

         Em poucos minutos estavam no corredor indicado, porem estava lotado de pessoas e para chegar a porta desejada teria de passar por todas elas.

         -“Droga...”-Resmungou Zero.

         -“Fácil, podemos usar técnicas de congelamento ou simplesmente empurrarmos todos ou você pode assuta-los usando nossas habilidades, então o que pretende?”-Perguntou Grandark convicta.

         -“São humanos, como você diz: não perdemos nosso tempo com fracos.”-Respondeu Zero sério, diferente do normal.

         -“Como pretende passar então gênio?”-Perguntou Grandark.

         -“Assim...”-Respondeu o mesmo transformando a Grandark que estava como luva em suas mãos em uma pique igual a de Ryan.

         Lançou uma das pontas no alto da parede e segurava a outra firmemente.

         Afastou-se um pouco e correu em direção a parede oposta de onde jogava a parte da pique.

         Saltou na parede e a usou de impulso para ir a parede da frente pousando bem em cima da pique que lançara minutos antes.

         Em cima da mesma olhou bem sobre a multidão... estavam todos tentando entrar na porta ao lado de seu objetivo.

        Alem de pessoas em seu caminho, havia o problema dos quatro grandes lustres dourados o que o faria escolher bem onde fincar a pique, um erro e cairia no chão.

         -“Isso vai ser bem chato, deveria virar o Homem-Aranha desse jeito...”-Resmungou Grandark.

         Zero permaneceu em silêncio, olhou bem a outra parede como se calculasse o local exato de onde jogar a outra parte da pique.

         Assim o fez, impulsinou seu corpo e saltou até a outra parte da pique segurando-a com as mãos.

         -“IDIOTA! QUASE CAI!”-Gritou Grandark.

         -“Não grite, chamara a atenção deles.”-Sussurrou Zero.

         Mal sabia ele que um certo asmodiano não muito distante o ouvira.

         Zero subiu sobre a pique e ficou agachado, com um movimento com a mão esquerda a outra parte da pique que estava ficanda na outra parede retornou a suas mãos.

         -“Um já foi, falta três...”-Resmungou Zero observando a multidão e os lustres.

         Zero novamente lançou a pique e saltou, mas desta vez conseguiu parar bem em cima da mesma.

         Nos dois lustres seguintes não teve problema algum.

         O ultimo ficava poucos metros de distancia de seu objetivo, mas  teria de fazer a mesma coisa para alcança-lo.

         Lançou a pique fincando acima da porta ao lado de seu objetivo.

         Notou que caiu um pouco de concreto no chão, bem em cima de um dos guerreiros da Grand Chase, especificadamente, Lupus.

         Zero saltou sobre aquela pique, sabia que não poderia ficar muito tempo sobre ela.

         Mal saltou e fez sinal para a outra ponta vir consigo.

         Assim que tocou seus pés na pique, esta ameaçou ceder.

         No mesmo instante Zero a usou de impulso e saltou no Lustre fazendo silêncio, apenas balançando-o um pouco.

         A pique iria cair bem em cima de Lupus, mas Zero assim que segurou o lustre, fez sinal para que a pique retornasse a suas mãos.

         Mas os pequenos fragmentos de concreto caíram na cabeça do caçador.

         Lupus olhou pra cima e notou Zero no lustre, mas nada disse, apenas fez um sinal e os rapazes da Grand Chase entenderam.

         Todos lharam de relance Zero, mas não fizeram nenhum alerta.

         Zero ignorou os olhares lançados a ele, juntou as duas partes da pique e a transformou em sua espada de sempre.

         -“Eles te viram.”-Resmungou Grandark.

         -“Mas não fizeram nada, então não sera problema.”

         Zero balançou um pouco o lustre e saltou dele.

         Era bem alto por sinal.

         E Zero estava fazendo as acrobacias praticamente na mesma altura dos lustres.

         Antes que tocasse o chão, Grandark criou uma proteção em suas pernas fazendo-o cair com suavidade sem ruído algum no único canto escuro daquele lado.

         O rapaz arrumou-se e Grandark voltou a ser as luvas.

         Zero andou em direção a porta que deveria entrar, mas os rapazes da Grand Chase estavam ao lado.

         -“Ora, ora, não sabia que tinha poderes de aranha.”-Provocou Lupus.

         Zero apenas o encarou por alguns instantes sem expressão alguma.

         -“... Lopos Wildo certo?”-Perguntou tranquilo indiferente.

         -“Como ousa esquecer meu nome, o nome de seu oponente!”-Disse Lupus irritado sacando sua Scarlet apontando a Zero.

         -“Desculpe...é irrelevante o nome se não consegue me derrotar.”-Disse Zero dando de ombros batendo na porta.

         -“COMO É QUE É?!”-Gritou Lupus preparando-se para disparar, quando foi interrompido por Lass.

         -“Acalme-se Lupus, temos muito o que fazer...”

         -“Isso, Lupus Wild, obrigada por me lembrar...Lass certo?”-Disse Zero quando a porta fora aberta.

         -“Zero Zephyrion!Pagara Caro por isso!”-Disse Lupus irritado.

         Zero nada respondeu, olhou para a moça que abrira a porta e esta por sua vez já estava com o traje em mãos.

         -“Veio buscar o traje de Elesis Sieghart certo?”-Perguntou Gentil.

         Este apenas assentiu.

         -“Aqui esta, sugiro que desça pela escadaria a esquerda, sera mais fácil do que passar por essa multidão novamente.

         -“O-O-Obri-brig-gado.”-Gaguejou Zero ficando vermelho segurando o vestido.

         -“De nada.”-Respondeu a garota fechando a porta novamente.

         -“Ora, então é o cachorrinho que busca as coisas pra Ruiva?”-Provocou Sieghart.

         -“Chame-o do que quiser Reles imortal tolo.”-Disse Grandark enquanto Zero virava-se de costas e caminhava em direção a escadaria indicada.

         Zero desceu as escadas ignorando completament o conflito de Grandark e Sieghart.

         Assim que saiu da escadaria, percebeu que estava do lado de fora do lugar...o bom era que não passou pela multidão...o ruim era que teria de dar a volta por tras de todo aquele gigante prédio.

         Suspirou e saiu correndo com o vestido em mãos.

         Apenas pessoal autorizado e seguranças vagavam por ali, mesmo assim Zero corria com cautela para não ser parado pelas pessoas.

         Em cerca de cinco minutos alcançou os camarins e encontrou o de Elesis, a janela era clara, mas estava com uma cortina improvisada escura na frente.

         Bateu na janela, mas nada de obter resposta.

         Bateu mais três vezes e nada.

         Portanto resolveu entrar.

         Abriu a janela facilmente, subiu na mesma, agachado e entrou.

         -“TARADO!”-Gritou a Ruiva enrrolada numa toalha acertando-lhe em cheio com a espada.

         -“Ei, calma sou eu!”-Disse Zero segurando os pulsos de Elesis pra cima.

         Erro dele, pois fazendo isso a toalha caiu.

         -“SAFADO!”-Gritou Anrietta acertando-lhe com um chute martelo.

         Não conseguia acreditar nisso, Zero invadiu o camarim pela janela! Que absurdo!

         Embora tenho certeza de que o ouvi bater...

         -“Acho que você o matou Anrtietta...”-Comentei ao perceber que Zero não respirava.

         -“Grandark, levante-o.”-Pediu Anrietta e no mesmo instante fora atendida.

         -“Não precisavam atacá-lo desse jeito.”-Resmungou Grandark.

         -“Desculpa... nos assustou...”-Respondi sem graça.

         -“Bem que seja, pelo menos não acabou com a roupa, se vista.”-Disse Zerodark jogando o vestido em mim. 

         Com ajuda de Anrietta vesti aquela fantasia pervertida de empregada, com tiara e tudo mais que tivesse direito.

         Não demoramos nisso e logo em seguida saímos do camarim.

         Em poucos minutos chegamos na parte de trás do palco, TODAS as participantes estavam ali esperando instruções.

         Afinal dava pra notar que a cortina estava baixada e uma movimentação incessante no palco e não era permitida nossa entrada.

         -“O que aconteceu agora?”-Perguntei receosa.

         -“Modificações de ultima hora, Mari os esta auxiliando, já já subiremos.”-Disse Lin preocupada.

         -“O que foi que mudaram dessa vez?”

         -“Bom, você sabe, seremos empregadas... provavelmente estão preparando o cenário pra isso.”-Respondeu Lire receosa.

         -“Ótimo, mas quem vamos ter de servir?”-Perguntei um tanto irritada.

         -“Acho que ai que entra as modificações de ultima hora, de qualquer forma, James que será a empregada.”-Disse Rey irritada.

         -“Que droga...”-Resmunguei cruzando os braços.

         Perdemos cerca de quinze minutos esperando, estávamos bem irritadas com essa ‘brincadeira’.

         Até que finalmente Edward desce do palco acompanhado de suas assistentes, elas se dividem indo em direção as outras moças, já ele veio em nossa direção.

         -“Boa noite princesas da Grand Chase.”-Disse Edward educadamente pegando uma mecha de meu cabeço e cheirando-a. –“Adoro seu cheiro minha querida.”

         Por impulso soquei-lhe o estomago de forma brutal fazendo-o cair de joelhos.

         -“Não venha com graça pro meu lado, desembucha, o que temos de fazer?”-Perguntei segurando-o pelos cabelos.-“E pare de fazer cena, você foi um Cavaleiro Vermelho.”

         Edward sorriu de canto e voltou ao normal.

         -“Bom cada uma de vocês irão subir no palco conforme forem chamadas, no palco darei todos os detalhes dessa parte do concurso, entendido?”-Disse Edward arrumando sua roupa e cabelo.

         -“Sim.”-Respondemos unanimes.

         -“Ótimo.”-Disse Edward saindo dali e indo em direção ao palco.

         A musica que tocava, que afinal só notei agora, parou e vi Edward pegar o microfone, nos aproximamos do palco no intuito de ver tudo.

         -“Boa noite Senhoras, Senhores, Cavaleiros e Cavaleiras, guerreiros e guerreiras, senhoritas , donzelas e crianças, peço perdão pela demora exagerada para preparação da próxima parte do evento, admito, fora culpa minha.”-Disse Edward fazendo cara de cachorro sem dono.

         A banda que estava no palco desaparecera, sem duvidas obra de Mari e suas coisinhas.

         -“Meninas, subam no palco quando forem chamadas, deem uma volta pelo mesmo e parem ao lado direito ok?”-Disse a auxiliar de palco mostrando como deveríamos fazer com as mãos.

         -“Entendido.”-Respondemos.

         -“Sei que devem estar ansiosas tanto quanto eu para ver nossas beldades, portanto agora começaremos com o ‘Situações Inesperadas’!”-Disse Edward e fogos de artifício voaram explodindo bem acima do palco no céu.

         Notei todos olharem admirados e aplaudirem empolgados.

         -“Portanto, vamos chamar nossas princesas, pode me ajudar com isso Marcos Andrag?”

         -“Claro príncipe.”-Disse Marcos com um microfone indo a frente da bancada e Edward veio ao seu lado.-“Por favor, entre Nina Bellenotte!”

         Nina passou por nós e subiu no palco toda pomposa se achando a maioral.

         Fez o caminho indicado e parou a poucos metros de distancia da bancada que ficava a direita e permanecia com as mãos na cintura sorrindo feito retardada.

         Marcos continuou chamando, não demorou muito para todas estarmos no palco uma ao lado da outra.

         E como sempre, fui a ultima a subir e a que não teve muita atenção creio eu.

         -“Agora, irei explicar as regras, portanto senhoritas prestem bastante atenção.”-Disse Edward sério encarando cada uma de nós.

         Apenas assentimos com a cabeça.

         -“Nessa parte do evento vocês serão avaliadas pelos jurados que lhes darão uma nota de 0 a 10, porem não será revelada a vocês.”

         Arqueei a sobrancelha e percebi que todas ficaram confusas.

         -“Não se preocupem com isso, basta serem as empregadas ideais para seus mestres.”

         Empregas ideais?

         Que tipo de coisa bizarra esta passando na cabeça desse babaca?

         -“Vinte mestres foram selecionados por nós, todos eles estavam na plateia, e claro que a pedido do nosso publico, os rapazes da Grand Chase estaram participando também.”-Disse Edward lançando-nos um sorriso sádico.

         A plateia foi a loucura, gritos de mulheres descontroladas eram bem mais destacados do que a vaia dos homens.

         Droga, os meninos vão participar? Que merda... espero que não pegue Lupus ou Sieghart.

         Por favor Deuses, já estou fazendo essa coisa horrível nesse evento e cair com um deles ninguém merece.

         -“Acalmem-se garotas, se não os rapazes da Grand Chase se sentiram tímidos.”-Disse Edward sorrindo.-“Continuando...”

         Edward andou até a frente do palco e ali apareceu uma grande urna.

         -“Nesta urna esta o nome dos 20 mestres, chamarei a garota e sortearei um nome, a mesma deve dirigir-se a sala do mestre e atender a certos requisitos....”-Disse Edward estalando os dedos.

         A esquerda do palco fora empurrado uma sala móvel até o centro do mesmo, a poucos metros de distancia de nós.

         Era uma sala bonita, parecia uma miniatura da realeza de Canaban ou Serdin, não me lembro ao certo, faz anos desde a ultima vez que fui a sala da rainha.

         -“As empregadas deveram realizar três coisas; primeiro: receber seus mestres com gentileza e carinho; segundo: por a mesa, os utencilios estão no armario e servir-lhes uma refeição, mas fiquem tranquilas, não terão de cozinhar ou coisa do gênero, é apenas para atuar e terceiro: realizar um pedido deles.”

         -“O que?”-Resmungamos Rey e eu.

         -“Fiquem tranquilas, pois eu mesmo decidirei se deverão ou não realizar os pedidos, afinal pedidos pervertidos são inaceitaveis.”-Disse Edward animado. -“Podemos começar?”

         -“Sim.”-Respondemos da forma mais gentil que conseguíamos.

         Realmente estava nervosa, um desejo de sair correndo percorria minha mente...

         Mas ao mesmo tempo um desejo de matar a todos também era presente...

         -“Muito bem, iremos começar com Nina Bellenotte.”-Disse Edward fazendo sinal para que a mesma fosse até ele.-“Olha só, logo de cara pegou um dos mais desejados mocinha, seu mestre será o Ninja Lass!”

         -“Obrigada, o atenderei com carinho.”-Disse Nina gentilmente virando-se e indo em direção a sala.

         Mas não antes de lançar um olhar e sorrir para mim.

         Ainda estava um tanto em choque...Lass não é de gostar dessas coisas, pra que ele entrou nisso?

         E outra, logo de cara fora sorteado...

        E pior ainda, Nina quem vai servi-lo!

        Um desejo de matar percorria meu corpo, queria decaptar essa Nina, mas para me conter segurei fortemente a parte debaixo do avental que vestia.

        -“Calma Ruiva.”-Disse Rey tocando em meus ombros discretamente.

        -“Estou calma, Nina ainda esta inteira.”

        Rey apenas sorriu e voltou a olhar a apresentação.

        Nina entrou na sala e havia uma porta na lateral, o som da campainha fora tocada e Nina foi atender.

        -“Seja bem vindo mestre.”-Disse Nina gentilmente abrindo a porta e curvando-se.

        -“Obrigado, guarde isso para mim sim?”-Disse Lass entregando-lhe um casaco e chapeu.

        Senti um nó na garganta nesse momento.

        Lass estava vestido como se fosse um membro da realeza de Serdin.

        Roupas azuis com branco, com detalhes de ouro e prata, algumas medalhas, parecia um príncipe e ao mesmo tempo um general.

        Nina pegou o casaco e chapéu e os guardou num negocio que não sei como se chama, mas vi muito em casas grandes, mas nunca tive a curiosidade de perguntar o nome.

        Lass parou na metade da sala, próximo ao grande sofá.

        Nina apressou-se e andou até a mesa que ficava do outro lado, puxou a cadeira e fez sinal para que Lass sentasse e assim o fez.

        -“O que deseja comer mestre?”-Perguntou de forma gentil a direita curvando um pouco o corpo praticamente esfregando seus seios na cara de Lass.

        Este por sua vez apenas ignorou, bom isso não funcionava com Lass.

        Não que ele fosse gay... acho que não é... mas Lass não cai assim em encantos femininos.

        -“Pra começar senhorita ou melhor, serva, deveria ter um pouco mais de respeito próprio e não tolero atos vulgar.”-Disse Lass friamente a olhando nos olhos.

        Admito, dei uma risada discreta tampando minha boca, pois Rey me cutucara para não gargalhar.

        Nina deu um passo pra trás, endireitou seu corpo e colocou as duas mãos a frente do corpo e baixou a cabeça.

        -“Perdoe-me mestre.”

        -“Desta vez passa.”

        -“Então mestre, o que pretende comer?”-Perguntou levantando a cabeça olhando Lass de forma gentil e doce.

        -“Assim esta melhor, quero sushi e sashimi e para beber saque.”-Respondeu Lass soltando um sorriso de canto e notei que olhou diretamente a mim.

        Nina parecia perdida.

        -“Sim meu mestre.”-Disse indo até o armario pegando varias coisas.

        Colocou a mesa com cuidado e rapidamente, três facas, garfos colheres, um prato com outro em cima, guardanapo, uma taça, um copo normal e um outro estranho.

        Assim que terminou, parou a direita de Lass com um sorriso bonito no rosto.

        Lass tirou os olhos de mim e olhou pra mesa e voltou seu olhar a Nina, e fechou a cara lançando a ela um olhar frio e cruel.

        -“Serva por acaso tem um baixo nível de intelecto?”-Perguntou de forma grosseira.

        -“Como?”-Defendeu-se nina surpresa.

        -“Serva, sushi se come com hashis e o saque deve ser servido num ochoko e prefiro parar por aqui nas reprovações, definitivamente não serve para ser minha empregada.”-Disse Lass grosseiro cruzando os braços.

        Nina ficou chocada, assim como todos os demais.

        Queria gargalhar, conhecia esse jeito perfeccionista de Lass e sabia que faria isso.

        -“Perdoe-me mestre, irei corrigir meu erro imediatamente.”-Disse Nina pronta para remover os utencilios, mas Lass segurou suas mãos.

        -“Não, já a reprovei, mas posso lhe dar uma segunda chance... tenho um pedido certo?”-Perguntou Lass fazendo-a encara-lo confusa.

        Por alguma razão senti um aperto no peito nesse momento e Lass lançou um olhar divertido para mim, mas ninguém percebera.

        Nina afastou-se das mãos de Lass, ficou a direita do mesmo e o olhou curiosa.

        -“Sim, tem sim, o que deseja mestre?”

        -“Bom...”-Disse Lass levantando-se e ficando de frente a ela, a centímetros de distancia de seu rosto e tocou em suas mechas negras e as levou ao nariz para sentir o cheiro.

        Vou queimar Nina, não queimar é pouco, seria uma morte rápida, tortura-la isso, tortura-la!

        -“Para ser minha empregada, deve ser capaz de realizar tudo o que peço.”-Disse Lass distanciando-se da morena e andando até o centro da sala onde todos poderiam vê-lo e ouvi-lo sem problemas. -“Portanto, Nina Bellenotte quero que faça 150 flexões comigo em suas costas.”

        Todos gritaram O QUE?, inclusive Nina.

        Afinal, nem mesma eu esperava por essa.

        Rey beliscou-me para que não caísse na gargalhada pela cara que Nina fizera, mas estava difícil.

        -“Por que quer isso Senhor Lass?”-Perguntou Edward um tanto receoso.

        -“Creio que Nina Bellenotte considera-se superior as demais senhoritas presentes, gostaria de ter a prova disso, simples assim.”-Dise Lass friamente.

        -“Hum...pensando neste contexto.”-Disse Edward levando uma mão ao queixo pensativo olhando Nina de cima abaixo.-“Nina Bellenotte pode começar com as flexões.”

        -“O QUE?!”-Gritou em defesa alterando-se.

        -“Você o ouviu, anda, no chão, de costas, flexão de braço, como os cavaleiros fazem.”-Disse Lass fingindo impaciência.

        -“M-Mas 150 flexões é impossível!”-Disse Nina encarando Lass que se aproximara dela.

        -“Elesis Sieghart faz muito mais que isso...”-Sussurrou Lass.

        Droga, sabia que me era familiar esse pedido....

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~~Flash Back On ~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

        Era um dia chuvoso e estávamos no quartel da Grand Chase de Serdin, para passar o tempo estávamos jogando verdade e desafio.

        Giramos a garrafa pela centésima vez creio eu, e Lass teria de perguntar e eu responder.

        -“Verdade ou desafio?”-Pegruntou Lass sorrindo maroto.

        -“Desafio.”-Respondi determinada.

        -“Hum...”-Disse Lass levando sua mão ao queixo pensando.-“Desafio você a fazer trezentas flexões de braço...”

        -“Facil Lass...”-Dizia até ser interrompida por ele.

        -“Não terminei de falar, continuando, flexão de braços comigo e Jin nas costas.”

        -“O QUE?! COM VOCÊ TUDO BEM, MAS COM O JIN NÃO!”-Gritei alterada.

        -“Ei, não sou gordo!”-Defendeu-se Jin.

        -“Mas você é mais pesado que Lass!”

        -“Então, comece Elesis.”-Disse Lass se levantando.

        Abaixe-me no chão e comecei a fazer as flexões com Lass em cima de mim, fora fácil, isso porque era Lass.

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~ Flash Back off ~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

        Nina deitou no chão e se posicionou para começar a fazer as flexões, mas quando Lass sentou em suas costas, Nina começou a ter dificuldade.

        Conseguiu fazer apenas duas e desistiu.

        -“Incompetente.”-Disse Lass com os braços e pernas cruzados ainda em cima de Nina.

        -“Elesis é uma guerreira, sou civil...”-Sussurou Nina apenas para que Lass escutasse, mas todos da Grand Chase sabiamos ler lábios.

        -“Acha que pode atear fogo nas coisas dela e sair impune garota? Continue.”-Disse Lass lançando-lhe um olhar cruel.

        Nina tentou novamente, e de novo, de novo, mas infelizmente conseguiu fazer apenas dez.

        -“Cuidado com quem mexe Nina Bellenotte.”-Disse Lass friamente saindo de cima dela. -“Levante-se, garotas como você me dão nojo.”

        Nina levantou-se ofendida arrumando a roupa um pouco desalinhada.

        -“Esta mulher não serve para ser minha empregada, poderia trocar?”-Disse Lass autoritário.

        -“Desculpe-nos Lass, era apenas isso que queríamos que o senhor fizesse, obrigado pela participação, e obrigado Nina por seu esforço.”-Disse Edward.

        Lass apenas resmungou algo, usou Penumbra e saiu dali usando seu salto, sem dúvidas fora para trás do palco.

        Nina apenas comprimentou a plateia e desceu do palco furiosa, mas quando passou por mim rosnou.

        -“Sera que ela é vacinada?”-Perguntei baixinho.

        -“Deve ser, afinal permitiram que participasse sendo que animais não são permitidos.”-Respondeu Rey.

        As apresentações seguinte não tiveram nada que chamasse atenção.

        Torcia para que saíssem mais rapazes da Grand Chase, mas nenhum deles saiu, até que fora a vez de Mari.

        -“Por favor, Mari Ming Onette!”-Disse Edward empolgado.

        Mari sorriu de forma gentil e andou até ele.

        -“Vejamos, seu mestre sera um de seus companheiros...o asmodiano Dio Burning Canyon!”

        As mulheres caíram nos gritos empolgadas.

        -“Farei o melhor para my Lord.”-Disse Mari andando até a sala.

        Assim que Mari pisou na sala, respirou fundo e ficou atrás da porta, percebi que contou até dez e a abriu.

        Dio estava la em pé como se fosse tocar a campainha, olhou para Mari surpreso.

        -“Bem vindo de volta my Lord.”-Disse Mari curvando-se.

        Dio apenas curvou um pouco a cabeça e entrou na ‘sala’.

        A plateia feminina e alguns homens começaram a gritar Dio! E um homem mais no canto próximo do palco gritou:

        -“Dio me possua!”

        Dio apenas o encarou assustado e engoliu seco, e logo em seguida voltou-se para Mari.

        -“É bom estar de volta Mari.”-Disse gentilmente entregando a Mari seu casaco.

        Ouvi assobios novamente da platéia.

        Admito que tirou-me um pouco o fôlego, um pouco, nada muito exagerado.

        Dio vestia sua roupa de Leviatã, mas seu cabelo estava preso num grande rabo de cavalo.

        -“Por aqui my Lord.”-Disse Mari gentilmente depois de guardar o casaco indicando a mesa onde deveria sentar.

        -“Obrigado.”-Agradeceu Dio sentando-se.

        -“O que pretende comer my Lord?”-Perguntou Mari.

        -“Dessa vez quero algo refinado, Bastion Brûler la Sauce Barbecue.”-Disse Dio com um sorriso olhando de canto para Rey.

        -“Ele é maluco?”-Comentou Rey.

        -“O que ele pediu?”-Perguntei curiosa.

        -“Bastião assado ao molho incandescente... é um prato que só existe no submundo e que apenas a família dele sabe como fazer com maestria...e só asmodianos da classe mais alta sabe como comer...”

        -“Bom... estamos falando de Mari...ela deve saber como se come isso...”

        -“E para beber my Lord?”-Perguntou Mari gentilmente.

        -“Hum..Vin de Glacê Sanguinaire Gargouilles.”

        -“Sobremesa my Lord?”

        -“Não, sem sobremesa desta vez.”-Disse Dio lançando um olhar faminto para Rey.

        -“Maldito...”

        -“Que foi Rey?”-Perguntou Arme confusa.

        -“Vinho sanguinário das gárgulas de gelo...isso é raríssimo...”

        -“Estamos lidando com Mari, não perguntaria o que iria querer beber se não soubesse de nada.”-Comentou Lire.

        Mari caminhou até o armário e o olhou por completo, mas não pegou nada dali.

        Suspirou e chamou um de seus robozinhos.

        Com a Marreta o quebrou em pedacinhos e o metal dele usou para criar utencilhos bem estranhos.

        Os pegou e foi até a mesa e ali os colocou.

        Dio a encarou surpreso.

        Não sei se foi porque os itens eram de certa forma bizarros ou se eles realmente eram assim.

        -“Perfeito...realmente não esperava Mari...”-Disse Dio.

        -“Não perco meu tempo com inutilidades...então, qual seu desejo my lord?”

        -“Vejamos...”-Disse Dio encarando a platéia e logo em seguida encarou cada uma das garotas da Grand Chase, encarou a mim e voltou a encarar Rey.-“Sabe Mari, sempre quis um bastião para obedecer minhas ordens que não pudesse ser subjulgado por uma certa asmodiana... poderia criar um robô bastião exato para mim?”

        -“Entendido, Yes, My Lord.”-Disse Mari afastando-se um pouco indo até o centro da sala a frente dos sofás.

        Com sua Marreta Mari começou a sussurrar algumas coisas que não consegui entender nada, um circulo de magia de cor branca com escritos rúnicos em azul claro formou-se abaixo de si e dois círculos finos brancos passaram a circulá-la de diversas formas enquanto ela recitava o encantamento.

        Pequenas peças iam aparecendo e se unindo e em segundos um Bastião na forma adulta de Mary apareceu diante de todos.

        -“Aqui esta my Lord, mas devo alerta-lo, não é um Bastião de verdade, mas faz as mesmas coisas que um.”

        O bastião correu até Dio e o encarou feio e rosnou.

        -“Droga...”-Resmungou Dio levantando-se e saindo correndo com o bastião em seu encalce.-“MARI FAÇA-O PARAR!”

        -“Yes, My Lord.”-Disse Mari curvando-se.

        A mesma assobiou e o Bastião parou no mesmo segundo e correu até ela.

        -“Desapareça.”-Disse Mari levantando o rosto do bastião para encarar o seu.

        No mesmo instante o mesmo circulo rúnico apareceu abaixo de ambos e o bastião foi se despedaçando em pequenas peças e sumiu por completo.

        A platéia assobiu e aplaudiram empolgadissimos.

        -“Muito bem Mari, obrigado Dio Burning Canyon por sua participação.”-Disse Edward empolgado.

        Mari e Dio comprimentaram a todos e saíram dali.

        -“E agora...nossa querida Amy!”

        Amy saiu andando dando pulinhos chamando atenção de todos, inclusive de fotógrafos.

        -“Boa noite meus fãs e apaixonados por mim!”-Disse Amy convencida.

        -“Boa noite Amy, seu mestre sera...”-Disse Edward pegando o papel abarindo-o e lendo.-“Um de seus companheiros...”

        -“Jin certo?”-Perguntou empolgada.

        -“Não, seu mestre sera Ryan!”

        -“O Ryan?Exijo uma recontagem!”-Bradou Amy batendo o pé.

        Edward respirou fundo e por alguns segundos mostrou uma face agressiva pra rosada.

        -“Garota aqui não é seus shows, seu mestre sera Ryan va atende-lo se ainda quiser participar no Miss Canaban Rosinha.”-Sussurrou Edward apenas para que Amy escutasse.

        -“Ta bom... irei servir a esse mestre.”-Resmungou Amy andando até a sala.

        Amy entrou na sala um tanto irritada, mas respirou fundo e voltou ao seu jeito barulhento de ser.

        A campainha fora tocada e abriu a porta curvando-se.

        -“Seja bem vindo de volta Mestre Ryan.”-Disse da forma mais fofa que conseguiu.

        Ryan a encarou e fez um biquinho e estava com olhinhos brilhantes.

        -“Fofinha!”-Disse entrando e olhando-a nos olhos a milimetros de distancia.

        -“Etto..posso guardar seu casaco mestre?”-Perguntou Amy afastando-se de Ryan.

        -“Mas não uso casaco...”-Respondeu coçando a cabeça deixando o casado que carregava cair.

        -“Este casaco mestre.”-Disse Amy amavelmente pegando-o do chão e pendurando-o.

        É, Ryan era bem desligado e pelo visto fora forçado a entrar nisso.

        -“Então, o que tem pra mim comer?”-Perguntou direto.

        -“O que deseja meu mestre?”

        -“Vejamos...”-Disse Ryan sentando-se na cadeira.-“Estou faminto, que tal pra começarmos um Javali assado ao molho de Maçã, como prato principal Filé Mion de Sataniel ao molho de Hera e como sobremesa...escaravelho do deserto com gotas de chocolate e pra beber... suco de maçã do Entei.”

        Amy suspirou e foi até o armario, minutos depois voltou com vários talheres e pratos e bandejas, colocou todas na frente de Ryan sobre a mesa em ordem.

        Até que ficou bem arrumado, mas Ryan a encarou esperançoso e ansioso.

        -“E então?”

        -“E então o que Ryan?...quer dizer...mestre...”-Disse Amy encarando-o.

        -“A comida vai se materializar?”-Perguntou inocente.

        Todos caíram na gargalhada, era o esperado de Ryan, mas o ruim é que ele caiu com Amy.

        -“Mestre não iremos servir comida, apenas colocaremos a mesa...”

        -“O QUE?!”-Gritou Ryan irritado.

        -“Ryan controle-se!”-Pediu Amy baixinho enquanto o Laranja levantava-se.

        -“ISSO É UMA CALUNIA!PROPAGANDA ENGANOSA!”-Gritava encarando a plateia e todos caiam na gargalhada.

        Amy estava vermelha.

        Toda a platéia pensava que era brincadeira, mas Ryan realmente estava falando sério...

        A Rosada irritou-se, sacou seu Báculo e acertou o pet Ninko na cabeça de Ryan.

        Este virou-se pra ela irritado.

        -“Ryan é só um evento, comporte-se pelo amor de Deus e quando tudo isso acabar lhe darei uma barra de chocolate ok?”-Sussurrou Amy.

        -“Ta...mas de chocolate ao leite com gotas de chocolate.”-Resmungou cruzando os braços e sentando-se novamente.-“O que vem agora?”

        -“Mestre, agora você tem o direito a um pedido, por favor escolha algo que possa realizar aqui.”

        -“Deixe-me pensar...”-Disse Ryan levando a mão ao queixo.-“Fácil, quero que toque uma música com seu violino!”

        -“Só isso mestre?”-Perguntou Amy sem graça.

        -“É, só isso.”

        Amy sacou seu violino e começou a tocar.

        As clássicas notas rosadas saiam fluturando de seu violino, mas logo em seguida transformavam-se em borboletas e desapareciam no céu noturno.

        Ryan olhava com olhinhos brilahntes emocionados.

        Em pouco termpo Amy terminou de tocar e todos aplaudiram empolgados.

        -“Obrigado Amy!”-Disse Ryan abraçando Amy.

        -“Ryan..mes-tre...solte-me não respiro...”-Disse Amy conforme conseguia.

        -“Desculpa.”-Disse o elfo soltando-a.

        Amy respirou ofegante fazendo sinal de ok pro Ryan.

        -“Belissima apresentação como esperado Amy!”-Disse Edward.-“Obrigado a você Amy e ao Ryan, muito obrigado!”

        Uma salva de palmas foi ouvida e ambos saíram dali.

        -“E agora...Senhorita Lin!”

        Lin parecia ter acordado de um transe e caminhou até Edward.

        -“Vejamos, o mestre de Lin sera....”-Dizia Edward e tambores foram rufados, o que era estranho, pois nas demais não teve isso.-“Ora, um sortudo da Platéia, Daniel Fernandes!”

        A plateia aplaudiu empolgados, alias, que platéia empolgada hein?

        -“Farei o melhor para cuidar do mestre.”-Disse Lin curvando-se a andando em direção a sala.

        Lin parecia nervosa e ao memso tempo um tanto distraída.

        A campainha tocou, uma, duas e só notara na terceira vez.

        Abriu a porta calmamente e um moreno de olhos castanhos um pouco mais alto que eu entrou pela porta.

        -“B-Bem Vindo de volta mestre!”-Disse Lin gaguejando um pouco no começo.

        -“É bom voltar...etto... poderia guardar o casaco pra mim?”-Perguntou o rapaz timidamente.

        Lin voltou ao normal e sorriu corando um pouco, pegou o casaco e o pendurou.

        -“Deve estar cansado e com fome mestre, por favor, acompanhe-me.”-Disse Lin gentilmente segurando as mãos do moreno e guiando-o até a mesa.

        Por alguma razão, o moreno ficou completamente vermelho... mas  não parecia ser tímido assim...

        Sentou-se na cadeira indicada por Lin e sorria pra ela gentilmente com os olhos brilhantes.

        -“O que deseja para refeição mestre?”-Perguntou Lin gentil um tanto nervosa inclinando um pouco o rosto.

        Mas não obteve resposta, o rapaz apoiou-se em suas mãos e a olhava todo sorridente.

        Lin ficou vermelha e sem graça, sorriu de canto e logo em seguida respirou fundo e encarou-o com gentileza.

        -“O que deseja comer meu mestre?”

        E nada de novo, mas dessa vez Lin estalou os dedos perto do rosto do rapaz e este voltou a si.

        -“A sim...quero uma refeição simples mesmo, nada sofisticado.”-Respondeu ficando completamente vermelho.

        -“Farei como deseja, mestre.”-Disse Lin curvando-se.

        Lin afastou-se, caminhou até o armário , pegou os utencilios, voltou a mesa e os colocou ali.

        Olhou de forma doce para o mestre que não tirava os olhos dela e perguntou:

        -“Qual seria seu desejo meu mestre?”

        -“Meu desejo?”-Perguntou sem entneder bem.

        -“Sim... você pode fazer um pedido a mim, jovem mestre.”-Disse Lin sorrindo.

        No mesmo instante o rapaz pulou de alegria sorrindo de orelha a orelha, segurou as mãos de Lin e encarou seus olhos.

        -“Bem...eu...é...que...bem...não vai ficar brava comigo?”-Perguntou sem graça.

        -“N-Não fico brava sem motivo.”-Respondeu Lin um tanto receosa.

        -“Quero um beijo.”

        Todos ficaram em silêncio com os olhos arregalados, percebi que Lin ficou em choque.

        Sem duvidas Agnésia acordaria e faria escândalo, mas Edward pronunciou-se.

        -“Bom, se o beijo for na bochecha teria algum problema Sacerdotiza Lin?”

        -“N-Não...n-na bo-bo-che-che-cha n-não.”-Respondeu Lin ficando vermelha.

        -“Aceita então um beijo na bochecha Daniel Fernandes?”-Perguntou Edward sério.

        -“Claro, era isso que queria mesmo.”-Respondeu empolgado com os olhos brilhantes.

        Lin sorriu e aproximou-se com cautela e deu um beijinho na bochecha do mesmo de forma gentil.

        Assim que se afastou o rapaz tocou o rosto todo empolado com os olhos brilhantes e saiu correndo do palco gritando e pulando:

        -“SOU O CARA MAIS FELIZ DO MUNDO!”

        Todos ficaram surpresos, mas aplaudiram.

        -“Obrigado Lin...e desculpe-nos pela reação de Daniel.”-Disse Edward.

        -“Sem problemas...eu acho”-Respondeu Lin deixando o palco.

        -“Bom...depois dessa...é a vez de Lire Eruel!”-Disse Edward um tanto sem graça no começo.

        Lire andou até ele e o encarava com indiferença, de todas nós, era a que parecia mais tranqüila e entediada.

        -“Esta nervosa?”-Perguntou Edward.

        -“Não.”

        -“Ansiosa?”

        -“Não.”

        -“Com fome?”

        -“Sorteia logo o meu mestre Príncipe Edward.”-Disse Lire demonstrando impaciência, algo raro vindo dela.

        -“Impaciente?”

        -“O que acha de uma flecha de fogo em seu traseiro?”-Sussurrou Lire.

        -“Ok...”-Respondeu Edward engolindo seco e sorteando um papel.-“Seu mestre sera: Ronan Erudon.”

        -“Vai ser interessante, irei cuidar de meu mestre, com licença.”-Disse Lire curvando-se e caminhando até a sala.

        Lire entrou na sala, andou até a porta, esperou alguns segundos e antes que a campainha tocasse, abriu a porta.

        Ronan vestia as roupas ‘formais’ dos cavaleiros reais de Canaban.

        -“Bem vindo de volta Mestre.”-Disse Lire apenas puxando o vestido nos lados e abaixando-se um pouco.-“Permita-me guardar seu casaco.”

        -“Sim, claro, é bom voltar.”-Disse Ronan como se saísse de um transe entregando-lhe o casaco.

        Lire guardou o casaco rapidamente, e guiou Ronan até a mesa.

        Ronan sentou-se, parecia um tanto desconfortável, olhou de relance pra Arme e ambos coraram.

        -“Vocês dois hein...”-Resmunguei baixinho apenas para que nós ouvíssemos.

        -“N-Não é nada disso!”-Defendeu-se Arme ficando mais vermelha ainda.

        -“O que deseja para o desjejum mestre?”-Perguntou Lire determinada.

        Ronan voltou a si no mesmo instante em que ouvira a voz determinada de Lire.

        -“Vejamos...adoraria provar um Kleftiko acompanhado por um vinho suave.”-Disse Ronan de forma sofisticada.

        -“Ele quer comer um Kenko assado?”-Perguntei sem entender.

        Ambas riram baixo e me olharam travessa.

        -“Não tem nada a ver com Kenko, é um prato de cordeiro assado Elesis.”-Disse Arme calmamente.

        -“Um prato tradicional da Grécia.”-Disse Rey com ares de a ‘sabe tudo’.

        -“Olha o nome também, como iria adivinhar?”

        -“Nunca foi a um restaurante sofisticado com algum garoto Elesis?”-Perguntou Rey com cara abismada.

        -“Ei... nunca fui num restaurante Grego e sei disso pois li ta?”-Disse Arme.

        -“Eu sei queridinha, mas como acha que Elesis saberia?”

        -“É...tudo bem...me vingarei depois desse comentário...”-Resmunguei cruzando os braços.

        -“Como desejar,com licença mestre.”-Disse Lire abaixando-se um pouco e indo em direção ao armário.

        Segundos depois voltou com vários utencilios e os colocou sobre a mesa com velocidade e maestria que me surpreenderam.

        -“Perfeito.”-Disse Ronan olhando sério para a mesa.-“Agora seria meu desejo certo senhorita?”

        -“Sim, mestre.”-Respondeu Lire.

        -“Conheço sua habilidade com a Harpa Elfica... mas durante minhas viajens ouvi dizer que Elfos são habilidosos com Flautas Elficas, poderia provar-me isso?”-Perguntou Ronan em tom desafiador..

        -“Como desejar mestre.”-Disse Lire curvando-se gentilmente e fez aparecer em sua mão uma flauta dourada muito bonita por sinal.

        Lire começou a tocar a flauta, as luzes foram apagadas e apenas uma luz clara focou-se nela.

        A melodia era doce, calma e de certa forma gentil, mas sentia uma certa tristesa nela...

        Por alguma razão conhecia essa melodia...

        Observei por mais alguns segundos o som, e finalmente lembrei-me que musica era.

        -“Pra que My Heart Will Go On?”-Perguntei ironica para Rey.

        A mesma encarou-me completamente emocionada, e notei que todos estavam assim.

        Ok, agora entendo porque me chamam de insensível...

        Porem Rey nada disse, apenas encarou-me e voltou a olhar para Lire que tocava com maestria.

        Até mesmo os homens pareciam emocionados, principalmente Ronan.

        Assim que Lire terminou de tocar, as luzes foram acesas e ela curvou-se.

        Uma salva de palmas expalhou-se por todo local, por impulso aplaudi também... e notei que era a única não emocionada ali, bom pelo menos dos que estavam visiveis...

        -“Isso foi Belíssimo, obrigado Ronan e Lire pela apresentação.”-Disse Edward fingindo enxugar lagrimas, mas as mantinha em seus olhos.

        Ambos curvaram-se e saíram do palco apressados.

Continua . . .


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Notas finais do capítulo

Minna *-*
Gomene se ficou cansativo a leitura ...
Eu pelo menos achei xD
Well...
Peço desculpas antecipadas pela segunda parte aos fãs de Sieghart
MhuaMhuaMhua
Ja ouviram a música Smooth do Rob Thomas?
Pois é, usarei ela na proxima parte... que é o motivo de estar atrasada no capitulo 14 x.x
Não deixarei trechos, apenas curiosos =p
E sim, vocês vão rir bastante xD
Etto... reviews?
Até a proxima *-*