Miss Heartfilia escrita por AnneWitter
Notas iniciais do capítulo
- cap não betado.
-Não esqueça de comentar!!!! Quero saber a opinião de vocês!!!
A loira estava nervosa. O lugar que os meninos havia falado, era uma taberna ampla, com diversas mesas de madeira espalhada no ambiente, de costa ao um grande balcão de mesmo material que cobria toda a uma parede. E de frente a mesas ficava um palco, não tão grande como os que Lucy se lembrava ter visto em grandes teatros, mas com tamanho suficiente para três atores e um gato entrar em ação... Claro se eles conseguissem seguir a ideia da loira. Ela própria achava que tudo aquilo seria uma loucura.
Eles se encontravam naquele instante num quartinho ao lado do palco. Esse possuía apenas uma penteadeira velha , um sofá – onde estavam Gray e Natsu – e uma cadeira, na qual Lucy estava sentada. E além tinha o “camarim” tinha duas portas, uma que dava direto para o palco e outra para rua. Lucy encarava a segunda porta vorazmente, imaginando que não seria má ideia deixar os dois e o gato para trás e sair correndo o mais rápido que conseguisse para a mansão. Contudo toda vez que olhava para os meninos, esses conversando seriamente sobre a peça apresentada pela loira, sua vontade de sair dali simplesmente morria.
Demônios. Lucy tinha certeza que ambos eram tais criaturas, para em pouco tempo conquistar a afeição e confiança dela.
-Então? – indagou o dono da taberna, abrindo a porta que dava para o palco. – Os clientes estão esperando.
-Como poderemos nos concentrar dessa forma? – a voz de Lucy saiu brada, os dois rapazes a olharam surpreendidos, uma vez que nas outras três intromissões do homem ela tinha sido demasiadamente educada. –Diga que estamos nos arrumando!
O homem ficou sem reação por alguns segundos, mas logo que viu o sinal que a loira vez com a mão – pedindo para que saísse – ele o fez.
Natsu e Gray se olharam e ela pode ouvir ambos sussurrarem. Assustadora. Isso a vez refletir a algo anterior, o que a fez sorrir. Não estavam falando do meu corpo? E sorriu novamente.
-Ok, estou pronto. – disse Gray Minutos depois.
-E você Dragnel? – perguntou Lucy para Natsu.
Como nas outras vezes que Lucy o chamou pelo sobrenome o rosado torceu o nariz e ficou em silencio, fingindo não ouvi-la.
Ela suspirou.
-Então Natsu?
Ele abriu um largo sorriso.
-Bem. – começou tirando o sorriso do rosto. – Não estou muito seguro.
-Vai ter que servir esse ‘não estou muito seguro’. Então merda para todos!
Os dois garotos torceram o nariz.
-Que coisa mais estranha em se falar Luce!
-É a forma que os atores desejam boa sorte um para o outro.
-Ainda sim é estranha. – observou Natsu.
Lucy ignorou o comentário dele e abriu a porta, ela foi a primeira a subir no palco, para logo em seguida dar meia volta, somente não voltou a entrar no cubículo por que Natsu e Gray já se encontravam atrás dela. No fim das contas não havia escapatória. Respirando fundo ela voltou a encarar o publico. A taberna que possuía 20 mesas no total, com cinco cadeiras cada, estava lotada. Todas as cadeiras estavam ocupadas, sem contar os bancos defronte ao bar. Ela inspirou fundo e soltou o ar devagar enquanto caminhava para sua posição.
A peça que elaborou á caminho da cidade era algo simples, havia tirado a ideia de uma peça que gostou de assistir tempos atrás. Na verdade era se inspirou numa cena especifica da peça. Uma que falava sobre beijo, não um de verdade; mas ainda sim o assunto era esse.
E Lucy tinha feito o mesmo. Gray e Natsu seriam os curiosos meninos que gostariam de saber o que é um beijo, Happy simbolizaria a sabedoria, quem tentaria lhe explicar o que era um beijo – logicamente que os meninos usariam os miados de Happy, como sendo a língua mágica da sabedoria e seriam eles os interpretes para os espectadores. Lucy seria a esperta garota que diria a eles que mostraria o que é um verdadeiro beijo, desde que compre para ela um lindo chapéu – embora o chapéu que conseguiram para peça não tinha nada de lindo, na verdade era um velho chapéu de palha. E no fim da peça Lucy daria apenas um beliscão no garoto que compraria o chapéu, que no caso era Natsu, dizendo que aquilo era um beijo. Tudo bem que na peça que assistiu o “beijo” era na verdade um dedal. Mas onde ela conseguiria um dedal?
Um beliscão tem que servir. Pensou.
Gray começara, embora fosse Natsu o primeiro. Mas a ordem não alterava a peça.
Enquanto eles conversavam, Lucy fingia que era uma estatua, ela escolhera fazer dessa forma, pois assim poderia orientar ou mesmo entrar em cena a qualquer momento. Mas Gray estava conseguindo segurar bem os deslizes de Natsu, embora esse mantinha a promessa que conseguiria fazer Happy miar nos momentos certos.
Tudo estava indo muito bem, Lucy já havia feito sua primeira aparição verdadeira na peça e agora era esperar a cena dos dois e do Natsu “comprando” o chapéu, para então vim a cena do “beijo”. Ela só esperava que todos gostassem do desfecho da peça.
Gray saiu de cena, ficando num canto do palco. Natsu tinha duas falas e depois iria para o “camarim”, Lucy falaria suas falas e então Natsu voltaria para então vim o final. Tudo tinha que dar certo, e assim Lucy poderia ter uma ocupação que gostasse e melhor nem um pouco ilegal. Ela estava realmente feliz com aquilo.
Natsu de perdeu nas falas, mas conseguiu se sair razoavelmente bem. Embora esquecera de avisar que sairia para comprar o chapéu, eles simplesmente saiu do palco. Lucy rapidamente se colocou no seu posto.
-Será que um daqueles dois patetas comprará o chapéu para mim?
-Caso quiser, eu compro! – alguém da plateia gritou ao fundo, fazendo todos rirem.
Lucy respirou fundo. ‘não perca a concentração’.
-Pouco me importa quem o compre, desde que o faça. – ela disse firme, fazendo o homem levantar-se e dizer que sairia para comprar. Tirando mais risadas. – Mesmo que quem o compre seja realmente feio.
Agora foi Lucy quem fez a plateia rir, o homem sem graça voltou para seu lugar.
Natsu entrou no palco cedo, tinha mais uma fala, mas isso não mudaria muita coisa no fim das coisas.
-Se...Senhorita. – Natsu falou nervoso. –Eu comprei.
Lucy virou-se para ele demonstrando felicidade. Natsu estendeu o chapéu para ela, o braço, a mão e o chapéu tremiam terrivelmente. Lucy pegou o chapéu.
-Oh, que lindo chapéu! – disse ela numa convicção tão grande, que algumas pessoas balançaram a cabeça em concordância.
-AAGORAOBEIJO.
Lucy olhou brevemente assustada para Natsu, o menino tremia todo. A plateia voltou a rir.
-Ele realmente está ansioso. – alguém comentou.
-Até eu ficaria, com uma garota dessa!
Riram mais.
-Claro, claro que lhe darei o beijo.
Devagar Lucy aproximou-se dele, todos ficaram em silêncio. Lucy sentia a expectativa de todos em cada poro de sua pele, os olhares devorando-a com voracidade. Ela ficou a centímetros de Natsu, o rosado havia perdido toda a sua cor, estava terrivelmente pálido e a cada nova aproximação da loira ele tremia mais.
-Aqui está o verdadeiro beijo.
Ela inclinou o rosto, para em seguida, rapidamente, virar o corpo defronte para plateia e beliscar o braço de Natsu, quem soltou um grito. Todos riram por um momento, pelo qual Lucy se sentiu vitoriosa, mas logo começaram a reclamarem... Afinal eles queriam um verdadeiro beijo. Lucy ficou sem reação.
-Não seja burro!
Gray entrou em cena. Surpreendendo Lucy e Natsu – quem ainda massageava o local do beliscão - e calando a todos na plateia.
Num movimento rápido Gray colocou-se entre Lucy e Natsu, puxando a loira para si.
-Isso é um verdadeiro beijo.
Pega de surpresa a loira continuou com os olhos abertos, enquanto o moreno prensava seus lábios nos de Lucy, mantendo seus olhos fechados. Lentamente a loira também fechou seus olhos e relaxando seus lábios e corpo, e o moreno certamente sentindo isso, movimentou seus lábios lentamente nos dela. A cena surpresa logo foi absorvida por aqueles que assistiam, que logo começaram a gritar vivas e se levantando de suas cadeiras para aplaudirem euforicamente.
A algazarra que se formou despertou o casal, que olharam envergonhando um para o outro, afastando-se em seguida. Lucy sem jeito agradeceu a plateia e em seguida seguiu para dentro do quartinho, onde sentiu-se ainda mais sufocada e quente.
-Desculpa-me. –disse Gray assim que entrou no camarim. –Mas quando vi que eles começariam a reclamar com mais ênfase, achei melhor dar o que eles queriam.
Lucy o olhou sem saber se deveria agradecer. Ficaram por fim em silêncio, ela sentada no sofá e ele na cadeira, momentos depois Natsu entrou com Happy no colo. Ele olhou de um para o outro.
-Então isso que é um beijo de verdade?
Lucy e Gray o olharam incrédulo.
-Então você realmente não sabia? – indagou Lucy perplexa, já em pé.
Natsu balançou a cabeça num não.
Então ele achou que eu o beijaria? Perguntou-se em pensamento, sem coragem de perguntar sobre isso.
-Você é muito egoísta Gray. – ralhou Natsu, fazendo Lucy o olhar confusa. – Você não poderia ter deixado ela dar um beijo de verdade em mim! Na próxima serei eu a fazer essa parte! – protestou.
-Na próxima? – indagou ela. – Que próxima vez?
-Ah é. Eu demorei por causa disso, o dono do lugar quer que a gente apresente mais duas vezes hoje. Parabéns Lucy, eles realmente gostaram da peça e o bom é que ganharemos um bom dinheiro. – disse ele finalizando com um largo sorriso. Seu radiante sorriso.
Lucy contagiada com a empolgação dele também sorriu.
-Porque está sorrindo, concorda em fazer mais duas vezes?
Ela fechou a cara.
-Oh, droga...
Ela olhou de um para o outro. Seria estranho no fim das contas fazer aquela peça e ainda fazer a cena do beijo, sem falar que talvez Natsu também a queria beijar.
Por que tive essa ideia de beijo? – indagou-se.
Ela percebia que esse assunto de beijo era difícil demais, e pior, ela estava terrivelmente tentada em fazer as outras apresentações... Mas ela nem fazia ideia quem faria a cena final com ela. Uma vez que os olhando naquele instante, o inocente Natsu e o possível experiente Gray, estava sendo difícil para ela decidir... Suspirosa ela voltou a se sentar.
-Então? – perguntou Gray.
-É muito dinheiro mesmo Natsu? – perguntou para o rosado.
Ele fez que sim.
-Com o dinheiro poderemos comprar comida para semana toda.
Gray se surpreendeu.
-Tanto assim?
Natsu confirmou novamente.
Ela respirou fundo e voltou a se levantar.
-Vamos fazer então. Mas... – Ela olhou para Natsu. – Seria estranho para mim beijar outro garoto... É que... Bem, beijo não é algo que podemos dar para todos, especialmente um beijo na boca.
Natsu bufou contrariado. E Gray pareceu suspirar aliviado.
-Desculpa-me Natsu, mas acho melhor assim, não me sentiria bem caso beijasse outro... – Ela baixou a cabeça. – Principalmente no mesmo dia que foi meu primeiro beijo.
-O que? – perguntou Gray Surpreso. – Oh! Desculpa-me Lucy, realmente me desculpe!
Ela o olhou, seu rosto totalmente vermelho.
-Tudo bem. – e sorriu envergonhada.
Ele retribuiu o sorriso.
-Bem então vamos ensaiar as falas! – disse Gray empolgado, deixando Lucy ainda mais vermelha.
Natsu mostrou-se aborrecido, mas ainda sim se juntou ao moreno... Naquele momento Lucy havia escolhido a experiência. Entretanto vendo Natsu ao lado de Gray, começando a ficar empolgado e sorrindo, Lucy acreditava se caso tivesse dado mais tempo a seus pensamentos certamente teria escolhido a inocência...
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