Miss Heartfilia escrita por AnneWitter


Capítulo 12
Inimigos


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado.
— Capítulo 12 de 27.
— Pessoas lindas do meu coração o que estão achando da fanfic? Gostaria de saber a opinião de vocês.



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Já era sexta e nenhuma resposta havia sido dada, Lucy não sabia o que falar para Gray, seu coração estava dividido e ela nem imaginava que isso pudesse lhe acontecer. Quando saiu da capital de Fiore para ir a Fairy Tail não pensou que conheceria pessoas tão distinta aquelas que já conhecera em sua vida.

Jovens que realmente mostrava que ela poderia mais uma vez ter uma família. Pessoas que personificava o que é confiança.

Entre essas Lucy poderia destacar nesse dia Cana, uma garota de cabelos pretos que tinha como namorado o galante Loki, um ruivo bastante sedutor que constantemente apanhava dela devido a mania dele de paquerar as garotas. A morena rapidamente conseguiu fazer amizade com Lucy. As duas ficaram mais intimas na terça, quando Cana e ela foram as encarregadas de ir à cidade comprar mantimentos para o orfanato.

Nessa ida e volta, as duas conversaram bastante e num certo momento, logo depois de Cana confessar a ela que presenciou o beijo dela com Gray, Lucy resolveu lhe explicar o momento como também a dúvida que vinha esmagando seu coração. Chegou até mesmo a contar sobre o fato de se sentir inclinada no que se diz respeito a Natsu. Cana, é claro, não pode fazer muito para ela, somente lhe ouvir e aconselhar na questão de refletir sobre, levando em consideração aquilo que sente e o que lhe acha melhor.

Entretanto na sexta, quando Cana lhe questionou se ela já tinha uma resposta, resolveu mudar a rotina de Lucy. Deixando as tarefas para os demais e pedindo autorização a Erza – uma vez que o mestre não se encontrava – Cana declarou que a levaria até o rio.

 O dia quente ajudava a Lucy concordar com a decisão, que prontamente foi para seu quarto e pegou um vestido mais simples e velho – também manchado de azul por arte sua. Qual vestiu rapidamente, para então se encontrar com Cana no patamar inferior.

A morena que constantemente se vestia com calças e camisas – algo estranho na concepção de Lucy – estava agora com um short – que visivelmente um dia foi uma calça – e um top preto. Sentiu-se envergonhada ao vê-la nesse traje ao ponto de não conseguiu olhá-la diretamente.

—Vamos? – Indagou Cana alegremente.

—Sim. – Respondeu Lucy sem jeito.

Saíram do casarão e seguiram para o portão, antes que conseguirem alcançar este alguém gritou por elas, fazendo-as virarem para trás. Ela Mirajane e ao seu lado Erza, as duas rapidamente se aproximaram delas com um largo sorriso em seus lábios.

—Resolvemos acompanhar as duas. – Informou Mirajane.

—Oh, agora as coisas ficarão boas! – Festejou Cana.

—Mas temos que ir logo, não posso me demorar, deixar esse lugar na mão de Laxus acho que não seja uma boa ideia. – Erza falou preocupada.

Lucy também concordava com a ruiva, Laxus, embora fosse neto do mestre, não tinha o mesmo dom deste. Constantemente brigava com Natsu, Gray ou Gajeel, quando não se colocava em confusão junto com Fried, além do fato de não ter nenhum pingo de paciência ou atenção. A segunda tentativa de cozinhar dele demonstrou isso, todos tiveram que comer comida queimada naquele dia.

—Bem, melhor ele do que os outros. – Disse Cana descontraída. – Já que pelo menos ele todos obedecem.

—É, acho que sim. – Disse Erza não muito convencida.

—Vamos ou não? – Questionou Mirajane com as mãos na cintura.

—Aye! – Disseram as outras empolgadas.

Então, deixando todos os problemas para trás, as quatro seguiram pela estrada de terra para lado oposto da cidade, seguindo em direção a floresta que havia naquela região.

Conforme andavam a conversa entre elas aumentavam de som e entusiasmo, em especial em Lucy. A loira em seu tempo que vivia com os pais ou quando viveu somente com seu pai, nunca teve esse momento, sair com amigas – ou mesmo com conhecidas – para conversar e relaxar, somente quem faziam esses papeis eram as empregadas que trabalhavam para sua família, embora na maioria das vezes ela ficasse trancada em sua casa.

Agora tudo estava extremamente diferente, apesar de se sentir muitas vezes deslocada pelo modo que como todos vivem nesse orfanato e como lidam com o seu cotidiano, ela conseguia pelo menos sentir que tem amigos e pessoas que pode conversar sobre diversos assuntos, principalmente sobre garotos.

Ria livremente com as garotas, sentindo-se bem. Caminhavam agora por entre as árvores frondosas da floresta, troncos largos e altos criava um ambiente mais fresco nesse ponto. Num dado momento Cana começou a correr, Erza sentindo-se desafiada fez o mesmo, Mirajane não querendo ficar para trás as seguiu, Lucy rindo, não vendo outra alternativa, acompanhou-as.

Desviavam das árvores com agilidades, ganhando velocidade por entre a mata, inundando na sensação de liberdade. Logo Lucy sentiu-se tentada a tirar os sapatos, como viu cana fazer. Ela queria também sentir a terra sob seus pés, acariciá-lo e manter um contato total com a natureza.

E tentando manter o ritmo da corrida, para não perder as meninas de vista, ela tentava tirar os sapatos. Foi na tentativa de tirar o esquerdo, logo depois que conseguiu tirar o direito, que ela tropeçou.

Ela sentiu o impacto antes de realmente dê-lo. Somente percebeu que seu corpo não foi ao chão, quando ouviu a pergunta invadir seu ouvido num tom surpreso.

—Você está bem?

Lucy olhou para o lado, surpreendida, não tinha visto o rapaz antes, muito menos o ouvido.

—Sim, estou bem. – Respondeu estranhando a presença dele. –É... Obrigada.

—Não por isso. – Disse-lhe gentil. –Acho melhor voltar a segui as garotas Fairy, antes que as perca de vista.

Lucy assentiu para ele, e embora confusa pelo evento repentino ela resolveu segui com as palavras dele, e olhando a frente viu os cabelos de Erza, o vermelho vívido de seus fios destacando-se no verde da mata.

E sem dizer mais nada ao rapaz ela voltou a correr, sentiu-se apreensiva agora, por alguma razão a roupa que ele usava – um terno preto – e estar ali na floresta à surdina, fez ela repensar sobre essa ida ao rio, se ele realmente seria relaxante.

Conseguiu após um tempo alcançar as meninas, essas já tinham parado de correr e Lucy logo descobriu o porquê, um pouco mais adiante se destacava a formação de água que refletia magnificamente o sol da manhã, o rio era largo, mal se conseguia ver o outro lado da margem, suas águas de uma coloração esverdeada corriam calmamente, Mas Cana logo a alertou que embora fosse tranquilo esse trecho do rio, mais adiante suas águas ganhava uma maior velocidade e seguia perigoso para as formações rochosas.

As quatro se colocaram a beira do rio, agora sem as árvores as cobrindo sentiam o calor do sol na pele e essa sensação aumentava a vontade delas em se jogarem na água. Principalmente depois da corrida. E foi nesse instante que Lucy lhes contou sobre o estranho na floresta. Uma vez que viu Erza se preparando para tirar a vestido.

—Um estranho? – Indagou-a com a sobrancelha arqueada. – E ele estava usando um terno preto? – Lucy confirmou com balançar de cabeça.

Lucy viu que Erza e as outras trocaram olhares significativos e ficou curiosa com esse comportamento.

—Vocês sabem quem é?

—Bem, não exatamente, mas sabemos de onde é. – Respondeu Mirajane.

—De onde é? – Estranhou Lucy.

—Sim, o colégio Alvarez. Um colégio de garotos que fica do outro lado do rio. –Explicou Cana.

—Eles têm a infeliz mania de ficar rondando desse lado do rio em busca de confusão. – Esbravejou Erza.

—Oras, não precisa ser tão radical.

As quatro meninas olharam para trás, em direção de onde veio a voz, e de trás das árvores surgiu um grupo de cinco garotos. Lucy viu o rapaz que havia lhe ajudado, e somente agora que notava a cor do cabelo dele, que eram azuis. Entretanto ela não conseguiu ficar muito tempo o observando, além de um loiro, um garoto de cabelos pretos com a franja sobre um dos olhos e um de cabelos curto de cor vermelha, havia ele. Zeref.

Involuntariamente Lucy recuou, e novamente acabou tropeçando o que a fez perder o equilíbrio e cair de bunda no rio.

Os garotos, exceto pelo que havia lhe ajudado, começaram a rir e Zeref deu um passo a frente.

—Vocês têm uma nova moradora bem interessante. – Disse ele em tom zombeteiro.

—Sim, temos. – Disse Erza, enquanto Cana e Mirajane ajudava Lucy. – Mais um precioso membro de nossa família.

Zeref torceu o nariz diante suas palavras e o loiro colocou-se ao seu lado com um olhar analítico, olhando-as do pé a cabeça.

—Sua namorada é engraçada Jellal. – Disse o loiro para o garoto de cabelos azuis, fazendo-o ruborescer, igualmente a Erza. –Pois não vejo semelhança entre vocês, para serem consideradas da mesma família. – Disse fingindo de inocente. –Ah, não! Desculpe-me, agora que notei a semelhança, são todas ladronas, trapaceiras e briguentas. – Disse ele rindo ao fim, fazendo os outros também rirem.

—Cala a sua boca, Sting! – Vociferou Cana dando alguns passos em direção a ele.

Ele riu diante a isso, provocando-a.

—Acho melhor irmos. – Disse Lucy nem um pouco a vontade com todo o acontecimento.

—E porque, nós que chegamos aqui primeiro. – Disse Erza com firmeza.

—Não me lembro em vê-las por aqui quando chegamos. - Rebateu Sting.

—Pouco importa! – Esbravejou Cana. – Caso queiram confusão, pois certamente é isso que querem, podem continuar aqui, ou se acharem melhor vão logo de uma vez! – Disse ela enquanto se arrumava em posição de luta na frente deles.

Erza e Mirajane se colocaram ao lado de Cana, Lucy olhou a cena preocupada com o que poderia acontecer e por isso se colocou diante das meninas.

—Eu peço a vocês, vamos embora. – Choramingou ela.

—Não disse que ela era interessante. – Comentou Zeref atrás de si, fazendo-a se arrepiar de modo negativo.

—Vamos sair daqui, por favor. – Reforçou ela.

As garotas trocaram olhares e então relaxaram, saindo da posição de luta.

—Bem, se você não está se sentindo bem com isso, melhor irmos então. – Disse Erza gentil.

Lucy se sentiu agradecida com a decisão dela, porém ao se voltar para frente, em direção a floresta, sentiu-se apreensiva não poderia saber se os garotos deixariam elas passarem sem quererem confusão. Entretanto Zeref fez um sinal de modo que os garotos foram se dispersando, até que ele próprio se retirasse dali.

Lucy ficou aliviada com essa atitude deles e não pode segurar um suspiro de alivio escapar pelos seus lábios.

—Você precisa decidir logo, Lucy. – Disse Cana passando o braço sobre seus ombros. –Desse modo o seu namorado poderia vim lhe proteger.

Lucy sentiu o rosto esquentar, enquanto as outras se colocavam perto dela.

—Namorado, que namorado? – Quis saber Erza.

—Natsu ou Gray? – Indagou Mirajane.

Lucy a olhou surpresa.

—Nossa, os dois? – Surpreendeu-se Erza. –Você poderia me ensinar mais sobre essas coisas então, Lucy.

—Precisa ensinar mesmo, quem sabe desse modo ela não escolhe alguém que não seja do Alvarez . – Caçoou Mirajane.

Erza ficou vermelha, mas Lucy não conseguiu descobrir se era de vergonha ou raiva, pois logo ela e Mirajane estavam correndo para a floresta, a albina zombando e Erza atrás prometendo acabar com vida dela.

—Aquele rapaz é realmente namorado dela? – Indagou Lucy, um tanto curiosa agora.

—Bem, digamos que Erza está num impasse parecido com o seu. Também entre dois amores. – Lucy Franziu o cenho. - Fairy tail e Jellal.

—Ah! Entendi.

Lucy não conseguia realmente compreender, mas começava a suspeitar. Pelo que conseguiu perceber naquele momento que passou ali no rio, era que Fairy Tail e Alvarez eram rivais. O que até explicaria a implicância de Zeref em relação a Natsu no domingo e quem sabe a obsessão desse para com ela. E obviamente a indecisão de Erza, uma vez que essa era como uma segunda mestra dentro do orfanato.

Ela realmente tinha certeza que não fazia parte de um lugar normal e simples, tudo que envolvia a Fairy Tail era complicada, principalmente quando o assunto era o coração.


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Notas finais do capítulo

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