Ela Voltou - O Passado Está De Volta escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 11
Capítulo 11 - O QUÊ???


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! (desviando dos Petrificus Totallius lançados)
Mil desculpas pelo atraso, mesmo. Ando cheia de provas na escola e tenho que cuidar da casa para a minha vó. Mas aí ta: quem foi que perguntou, né? Pois bem, vou parar de enrolar e deixar vocês lerem logo.
Boa leitura!
P.S: Peraí, foi mal, eu sei. Mas tenho que mandar um SUPER BEIJÃO DA BELLA para Paullinha_oshea e Mury Motta pela recomendação. Eu AMEI, meninas. Sério, gostei de cada palavra que estava lá. Me emocionou, e muito.
Ahh, e também mil beijos para isabella, Paullinha_oshea, Mury Motta, juh, tatacarlinha, MarinaBieber, GinnyBlack, Pauliinha_eyva, Emmy, Julie Mikaelson, BibiS2Hilton, Gislayne, daiaIf, Gaby Black e jani_castro!
Valeu, meninas. Sem vocês eu sou nada!



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POV. Jacob(minutos antes)


Já fazia alguns meses que eu evitava a Bella. Não por que queria, mais porque eu tinha medo de machucá - la. Ela era tudo para mim; era minha melhor amiga! Acho, ela deve achar que eu também a abandonei como o idiota do Cullen. Argh!, raiva! Se não fosse esse bendito e estúpido segredo, ficaria 24 horas com ela, apoiando - a.


  Mas agora, tinha coisas mais urgentes para resolver. Como a invasão de mortes em La Push. Por todo o lado tinha o cheiro enjoativo e nojento daqueles vampirinhos de merda. E não eram os Cullens.


  E eu, como um bom obediente da matilha, por causa de eu ser lobisomem, e ter que obedecer ao Sam(sentiram o sarcasmo, né?), fui fazer uma ronda por outros estados e cidades. E um deles, acabei me perdendo.


  Pois é, eu, um lobisomem, me perdendo. Irônico, não?


  Pois então, me perdi em um desses estados. Fiquei na floresta, observando tudo de longe. O cheiro de vampiros empregnavam o ar. Tinha até ânsia de estar ali, mas Embry só chegaria amanhã aonde estava, para me ajudar a voltar. Pensando assim, até me sinto uma criancinha.


  Voltando para o assunto importante, eu estava lá na floresta. Estava calmo, observando o tempo e os animais, até que a vi...


  *Flashback ON*


  "Eu comecei a sentir movimentos na floresta. Em alta velocidade. Pensei ser vampiros, mas descartei a idéia na hora, por causa do cheiro. A fragância era de um forte cheiro de pêssegos e um cheiro de uva. Preferencialmente, preferi o de pêssegos.


  Resolvi investigar. Me transformei e corri como um lobo, aonde sentia o cheiro e a movimentação. Até que pararam. A movimentação parou.


  Cheguei de fininho, escutando tudo á minha volta. Foi quando escutei vozes:


  - Certeza de que quer continuar? Não quer ir descansar? Ou talvez, ir a Summerland? - perguntou uma voz, doce, calma e divertida. E acreditem, essa voz me fez me lembrar de minha mãe.


  - Nããããããããão! Quero continuar. Vamos, você ainda tem muita coisa para me ensinar! - falou outra voz, que fez meus pelos se eriçarem.


  - Tudo bem. Mas lembre - se: foi você quem pediu! - falou a primeira voz, sumindo ao longe.


  Eu não estava entendendo nada, até que cheguei mais perto e a vi.


  Ela tinha cabelos grandes, que batiam em sua cintura. Eram ondulados e caiam em cascatas pelas costas. Seu corpo era totalmente formado e cheio de curvas, tudo no lugar. Ela usava uma uma regata branca, um short curto jeans e tênis preto. Suas perfeitas pernas estavam de fora, me dando uma visão privilegiada delas. Mas o que era mais perfeito, era seu rosto.


  Seus olhos podiam estar fechados, mas isso não me impedia de admirá - la. Ela tinha uma cor meio brozeada, meio corada, meio pálida, não sei dizer. Só sei que era perfeita! Seu nariz era reto e angulôso, deixando ele perfeito. Sombrancelhas finas e bem feitas e trajava uma expressão feliz.


  Porém, foi só ela abrir os olhos, me fitar com aquela cor acastanhada, que meu mundo virou de cabeça para baixo...


  *Flashback OFF*


  Quando cheguei em La Push, descobri que havia sofrido um imprinting por aquela garota. Não sabia seu nome, onde morava ou até mesmo, o que ela era, pois vi em sua super velocidade, que ela não era totalmente humana.


  Agora estava aqui, no meu quarto, estirado na cama, pensando em como iria encontrá - la. Só de pensar nela dói. Dói em todo o meu corpo. Eu sinceramente não sei. Ás vezes acho esse amor doentio, mas Quil sempre diz que é apenas o imprinting. Que é a melhor coisa do mundo!


  É, ele é um palhaço. Sofreu um imprinting com Claire, uma linda menininha. Gostaria de saber como é viver todo esse amor, carinho, proteção, segurança...


  Parei meus pensamentos quando escutei o velho me chamar, pedindo para abrir a porta. Sério, eu não estava brincando quando disse que ele morreria enfadado á aquela cadeira. Mas me surpreendi, quando vi que era a Bella. E me surpreendi mais ainda, quando ela disse coisas sem nexo, como eu sei o que você é, sei por que tem me evitado e sobre o que ela descobriu. Fiquei curioso, então aceitei ir até a oficina conversar com ela. Quando cheguei lá, não tinha noção do que ela iria me dizer, até eu perguntar:


  - Você sabe o que eu sou?


  - Sei - respondeu, se virando de frente para mim.


  - E... não tem medo? Nojo? Ou sei lá, outra coisa? - perguntei de novo, inseguro.


  - Não - respondeu, olhando em meus olhos. Fiquei feliz com a resposta, mas a preocupação tomou lugar de novo.


  - Mas, você têm certeza de que...


  - Olha, Jake - cortou - me, fazendo eu encará - la surpreso. - Eu preciso te contar umas coisas e espero que você me entenda, do mesmo modo que eu te entendo.


  Ela me encarou, esperando minha resposta.. Por fim, suspirei e disse:


  - Tudo bem. O que você tem para me dizer?


  Ela empacou. Me fitou intensamente, me fazendo sentir vergonha. Ela demorou muito, até que não resisti e perguntei:


  - Bella, o que foi? O que você tem para... - mas ela não deixou eu terminar a pergunta, dizendo, o que me chocou muito.


  - Eu sou uma vampira, Jacob.


  Engasguei e senti meus pés perdendo o chão, mas antes que pudesse cair, Bella estava do meu lado, me amparando, até chegar no sofá que tinha ali.


  - O QUÊ??? - sussurrei, caindo.


  - Jacob? Você está bem? Por favor, fale comigo! Seus lábios estão azuis! - exclamou, passando as mãos em meu rosto, mas as segurei levemente, fazendo ela encarar meus olhos.


  - Você não é vampira. Você não brilha, você não tem um cheiro horrivelmente doce e não tem a pele pálida igual a um defunto igual aos... outros vampiros - iria dizer Cullens, mas resolvi não forçar a barra.


  Ela suspirou, um suspiro cansado e esforçado. Se sentou direito do meu lado, e começou:


  - Antes de interromper, fazer milhares de perguntas, e me ignorar e me chamar de algo ruim e me chingar, escute. Escute tudo, e depois tire as dúvidas - me pediu, fazendo eu encará - la profundamente. Suspirei, não tinha alternativas mesmo.


  - Tudo bem. Eu prometo.


  Ela assentiu e começou, dizendo:


  - Tudo começou a 18 anos atrás...


  {...}


  -


POV. Bella


(n/a: Gente, todos já sabem a história da nossa Bellinha, então não coloquei ela aqui de novo. Se quiserem relembrá - la, vão no cap "A Verdade Vêm A Tona". Mil beijos)


  Jacob me encarava chocado e ao mesmo tempo, aliviado. Aliviado por descobrir que ainda não era vampira; chocado por causa da minha história.


  - Mas... Então quer dizer que, resumidamente, você é adotada; seus pais biológicos são da realeza dos sanguessugas; você tem poderes sobrenaturais, iguais á de um vampiro, mas não tem a imortalidade nem o consumo de sangue, por causa de uma irmã, que é adotada pelos seus pais, que é uma grande bruxa, toda poderosa, mais que todos, que deixou seu lado vampírico adormecido? - perguntou, incrédulo.


  - É, é mais por aí mesmo - respondi, dando uma mordida no lanche que ele havia trazido para nós.


  - Que estranho - murmurou, engolindo seu lanche. Sua careta foi tão engraçada, que não me contive e ri, fazendo ele rir também, sem saber o por quê.


  - Mas... - Jacob começou, com os pensamentos confusos. - Você irá se transformar? - perguntou, cauteloso.


  Balancei a cabeça, sem ter voz para confirmar. Ele engoliu em seco e olhou para o outro lado e sussurrou:


  - Então... não tem jeito. Você vai mesmo virar uma sanguessuga - murmurou, ranzinza.


  Me levantei e fui até ele, o abraçando. Ele se aconchegou em meus braços e disse:


  - Não quero te perder. Você é a minha melhor amiga. Quem vai tomar conta de mim, quando fizer burradas? - perguntou, rindo levemente, me levando junto.


  - O que faremos daqui em diante? - perguntou.


  - Não sei, Jake. Não sei.


-


POV. Demetri Volturi


- Eu ainda acho que Aro vai matar você - murmurou Alec, enquanto jogava cartas com Félix.


  Estávamos na parte de fora do castelo. Fazia bastante sol, então ficamos embaixo da sombra de uma árvore, como humanos. Irônico, não?


  - Alec, se Aro for me matar, eu vou morrer feliz! - exclamei, exagerando no feliz.


  - Arrã, sei. Isso se as meninas não descobrirem o que você tem para a Bella. Cara, ela é tipo a nossa irmã! Se Jane descobre, ela te mata! - falou, dando um ar sombrio a sua irmã. Estremeci.


  - E é por isso, caro Alec, que ficará de boca fechada e não dirá nada. Bella pegou pesado comigo aquele dia, ela irá pagar - murmurei, fechando os olhos e lembrando daquele seu cheiro. Uma ereção já se formava no meio das minhas pernas... Droga! Isabella ainda vai acabar comigo!


  - Mas você não pode negar, Alec - falou Félix, se esticando deitado. - A nossa Bellinha está muito gostosa!


  Rimos. Ás vezes Félix tinha um comportamento de criança, mesmo sendo um homem feito.


  - Verdade - concordou. - Mas ainda acho que você vai acabar matando a garota, Demetri.


  - Só se for de prazer - respondi, rindo.


  É, Isabella. Prepare - se, pois o que irei fazer com você, não vai lhe restar mais forças!


-


POV. Bella


Depois que sai da casa de Jake, fui direto para casa, pois Billy apareceu com uma cara lá na oficina, dizendo que meu pai queria falar comigo. Sinceramente, não estava nem um pouco a vontade ficar encarando Charlie depois de todo esse tempo. Eu sei que ele ajudou muito a mim e a minha família quando cuidou de mim. Mas... Poxa, nem mesmo Renné falou a verdade! Caralho, velho, era pedir demais?


  Saí resmungando do carro, sentindo cheiro de comida e de meu pai em casa. Mas o porém, era que ele não estava sozinho.


  Entrei de fininho e me deparei com uma cena que não esperava ver:


  Sue Clearwater estava sentada na bancada da cozinha, com o meu pai entre as pernas dela, se beijando. Eu não podia acreditar.


  Entrei na mente deles e percebi que já estavam namorando á uma semana, e só pretendiam me contar daqui um mês!!!


  - MAS QUE DROGA É ESSA?!!! - exclamei, assustando - os.


  - Bella, filha, não é o que você está pensando... - meu pai tentou, mas não deixei ele terminar, então gritei:


  - NÃO É O QUE EU ESTOU PENSANDO??? SEI MUITO BEM O QUE ESTOU PENSANDO. E ESTOU PENSANDO QUE MEU QUERIDO PAPAIZINHO ESTAVA SE ENVOLVENDO COM A MULHER DOS OUTROS, QUE NA VERDADE, NÃO ESTÁ DANDO A MÍNIMA PARA A MORTE DO MARIDO QUE FOI Á DOIS TRÊS DIAS ATRÁS, E NEM LIGANDO PARA OS FILHOS ESTÁ, QUE DEVEM ESTAR SOFRENDO COM A MORTE DO PAI!!! - soltei tudo de uma vez, vendo Sue fazer uma careta de choro.


  - MODOS, ISABELLA!!! NÃO VOU DEIXAR QUE TRATE SUE DESSE JEITO! ELA, DAQUI EM DIANTE, SERÁ MINHA COMPANHEIRA E VOCÊ VAI TER QUE ACEITAR!!! - esbravejou Charlie, soltando fumaças de todas as áreas possíveis.


  - TUDO BEM, JÁ QUE É ASSIM. E VOCÊ, ACEITE QUE VOU SAIR, E NÃO SEI QUANDO VOU VOLTAR!!! - gritei, subindo correndo para o quarto, arrumando a metade das minhas roupas, sapatos, etc em uma mala, numa velocidade inumana.


  Desci correndo para a sala, afim de pegar minhas chaves e meu celular, quando vejo Charlie parado na porta, com Sue na cozinha chorando.


  - Você não vai sair de casa até conversarmos, mocinha. Está de castigo! E peça desculpas a Sue, que não tem nada a ver com esse seu comportamento revoltado de adolescente rockeira depressiva, que foi largada pelo namorado!


  Choquei. Meu pai nunca havia falado assim de mim, ainda mais nesse tom. Por tudo, por ele ter mentido e tudo mais, eu sempre considerarei ele um pai para mim. Mas suas palavras me feriram.


  Desliguei os sentimentos, como minha mãe havia dito enquanto treinava:


  "Não importa quem seja. Não importa o que for, em qual situação que você esteje, sempre supere. Não deixe que as pessoas te rebaixem, Isabella. Tanto na vida pessoal, quanto numa batalha..."


  E não seria agora que ignoraria o conselho dela.


  Sorri para o meu pai, que ficou assustado, pois meu sorriso devia ser de arrepiar. Me virei lentamente para Sue, que nos encarava, e disse, com muito sarcásmo carregado:


  - Sue, não leve a mal, tá? Eu sinto, sinto muito... - ela suavizou o rosto, mas foi pega de surpresa quando gritei: - EU SINTO MUITO POR HARRY NÃO TER ACHADO COISA MELHOR! SINTO MUITO POR SETH E LEAH, POR TER UMA MÃE TÃO DESNATURADA, QUE JÁ SE ENVOLVEU COM OUTRO CARA LOGO DEPOIS DA MORTE DO PAI! E SINTO MUITO, POR VOCÊ ACHAR QUE MEU PAI, IRIA ME FAZER LHE PEDIR DESCULPAS, JÁ QUE NÃO TENHO NEM UM APREÇO POR VOCÊ!!!


  Pegando Charlie de guarda baixa e horrorizado, corri para fora e liguei o carro, correndo para o mais longe dali possível, quando ouço meu celular tocar.


  - Droga! Aposto que é Charlie!!! - mas assim que vejo que é um número desconhecido, atendo e deixo no viva - voz.


  - Alô? - indago, nem um pouco paciente.


  - Nossa! E assim que se trata o companhiero de balada por telefone? Hum... Deve estar muito aborrecida para não se lembrar de mim! - mas estava sem paciência para quem quer que fosse.


  - Pode parar de gracinha e dizer quem é? - mandei, raivosa. Mas ele nem escutou, e começou a cantar, com uma ótima voz e melodia, devo dizer:


  -

"...He makes me this/ Brings me up/ Brings me down/ Dancing sweet/ Makes me move like a freak/ (Mr Saxobeat)..."


  Logo, o nome me bate com um estalo na cabeça. Como eu sou burra!


  - Brian! - exclamo, feliz da vida, acalmando os nervos.


  - Até que enfim! Não ia aguentar mais essa sua crise histérica! - falou, dando uma risada no final.


  - Ahh, me desculpa, sério. Acabei de... - engulo em seco, as lágrimas qurendo cair. - ...brigar feio com meu pai. Acabei descontando a raiva em você. Me perdoa - digo, com a voz falhando.


  - Aconteceu algo de muito grave? Quer conversar? - perguntou, preocupado. Sim, quero muito falar com alguém, desabafar tudo.


  - Não por telefone - é a única coisa que digo.


  - Ótimo - ele diz. - Me encontre em Port Angeles, no número XXX. A rua é XXXXXXXXX - explicou ele.


  - Tudo bem, estou indo para aí - digo, desligando o celular e acelerando.


  { 15 minutos depois }


  Paro na frente da casa, com os endereços certos. Além de poder sentir o cheiro dele, e de mais uma pessoa lá dentro.


  Respiro fundo e desço do carro, ganhando uns olhares curiosos de umas meninas dali. Parece que Brian é comentado por aqui...


  Antes que possa bater na porta, Brian a abre, vestindo uma camiseta azul clara e uma bermuda bege clara, com tênis. Ele tem um semblante feliz, e ao mesmo tempo, preocupado.


  - Olá Bella. Entre - gesticulou para dentro. Assenti, tímida, e entrei, observando a casa. Era muito bonita e aconchegante. Tinha tons claros e escuros mesclados, dando contraste com alguns quadros, janelas, e até mesmo vidros como parede, que me fazia lembrar dos Cullens.


  - Quer alguma coisa, Bella? Água, suco, chá, café...? - perguntou Brian, preocupado.


  - Chá, por favor - pedi. Ele se afastou, indo, eu acho, para a cozinha. Segui e encontrei ele de frente pro fogão, e um garoto, muito lindo, sentado a mesa, olhando o celular.


  - Ahh, Bella. Este aqui é o Evan, um amigo meu.


  Quando ele levanta os olhos para me olhar, vejo um brilho repentino trespassar em seus olhos, mas logo ficando normais. Ele trajava uma camiseta preta que marcava seus músculos, jeans e tênis branco. Seus cabelos eram curtos, e ele todo, tinha um ar de mistério...


  Um ar que só podia ser...


  - Olá Bella, sou Evan, como ouviu, amigo do Brian. Muito prazer.


  Vampiro.


  - O prazer é meu - digo, apertando sua mão. Nem percebi que ele estava tão perto de mim.


  - Sente - se, Bella - pediu.


  Me sentei uma cadeira de frente para ele, quando Brian me entregou o chá e se sentou ao meu lado. Peguei a xícara, quando ele perguntou:


  - Então, Bella. Eu ia te chamar para nós podermos sair, mas... parece que você precisa conversar um pouco, não acha? - assenti, levando a xícara aos lábios. Quando tomo um gole, sinto minha garganta arranhar.


  O gosto é tão ruim, tão sufocante, tão... torturoso, que pulo da cadeira num piscar de olhos, derrubando a xícara com o chá, e tossindo descontroladamente.


  Eu nunca tinha tomado esse chá em toda a minha vida, mas assim que desceu pela minha garganta, podia sentir o nome nos pensamentos de Brian.


  Verbena.


  A única coisa que machuca de verdade o corpo de um vampiro da raça da noite, como minha mãe um dia me ensinou. A erva, da qual pode machucar gravemente.


  E como sou uma mistura de raças, tinha esse ponto fraco.


  Me recômpus rapidamente e corri em disparada na direção dos dois, que já estavam preparados para o meu ataque. Lancei Brian a uma parede, enquanto Evan me lançava a outra.


  Brian fica tão chocado e frustrado com o ato, que quando levanta, pergunta, indgnado:


  - Como foi que eu conheci você na balada, e era inteiramente humana, agora que toma verbena, com a mesma aparência, se machuca? Que tipo sobrenatural é você?


  Apenas suspiro e me levanto, andando com as mãos no alto, me rendendo:


  - O motivo disso, é porque eu não sou inteiramente humana - digo. - Mas também não sou inteiramente vampira, se é isso que quer saber.


  A cara dele fica com um enorme ponto de interrogação, quando bufo, e me sento na cadeira, apontando as duas vazias para eles se sentarem. Sentaram e esperaram, quando explico:


  - Em resumo de tudo, eu sou uma meia humana, meia vampira. Sou adotado por um casal de humanos, que, estão separados. Minha família verdadeira são... um casal de vampiros, de raças diferentes. Tenho uma meia irmã, que é um ser sobrenatural muito poderosa, que ajudou aos meus pais á me terem. Mas, numa época nebulosa, meus pais tiveram que me deixar. Minha irmã ocultou minha parte vampírica, assim como os meus dons, e ela é a única que pode trazer minha parte vampira a tona - digo tudo isso em um só fôlego, observando a expressão pasma de Brian, enquanto Evan, não esboça nenhuma reação. Que estranho...


  - Mas e vocês? - digo, alternando olhares entre os dois, quando enfim paro no Brian. - Por que não me disse o que era?


  - Acha que eu poderia chegar em você e dizer: "Hey, sou Brian, um vampiro. Vamos ficar junto hoje?" - pergunta, dum jeito desdenhoso.


  - Não, mas poderia ter dado um jeito de ter contado depois - digo.


  - Qual é o nome da sua irmã? - perguntou Evan, misterioso e sarcastico.


  O encarei profundamente e vi.


  Não conseguia ler sua mente!


  Ele esperou pacientemente, quando respondi:


  - Não, me desculpe. Eu não me lembro do nome dela.


  Ele suspirou e se encostou na cadeira. Digitou alguma coisa no telefone e anunciou:


  - Brian, amigo, vou indo nessa. Preciso passar na casa da Dri. Até outro dia - se levantou, dando um tapinha nas costas dele.


  - Vai lá, cara. Mando um abraço por mim.


  - Tabom - murmurou, seguindo para o corredor, quando parou, se virou para mim, e disse:


  - Foi um prazer te conhecer, Bella. Sinto que nos encontraremos de novo.


  E se foi.


-


POV. Evan


Realmente, fiquei surpreso quando vi Bella pela primeira vez. A irmã dela(que é a minha melhor amiga), me fala muito, mas muuuuuuuito dela. Fala com todo o amor e carinho. Isso, porque a irmã da Bella é adotada. Imagina se fosse de sangue?


  Mas enfim, tive que sair de lá, antes que ela desconfiasse de alguma coisa. Podia sentir que ela tentava invadir meus pensamentos. E ficaria pior se eu falasse mais na irmã dela, que no caso, é impossível, para um apaixonado como eu.


  É, eu realmente admito: estou apaixonado pela a irmã de Isabella. Tudo nela me cativa: sua voz, sua maneira de enxergar as coisas, sua perfeição, seu modo carinhoso e gentil com as pessoas... tudo! Até os fios de cabelos dela, me cativam, me enchem de alegria, ternura, carinho, e principalmente, amor.


  Lembro - me ainda como se fosse ontem quando nos conhecemos, e tomei a melhor decisão da minha vida não - vida...


  *Flashback ON*


  "Estava bebendo com uns amigos. Eu nunca fui de ligar para bebidas, mas fazer o quê, quando você descobre que sua namorada é uma vadia de quinta, e que transava com seu melhor amigo, bem... fica difícil de aguentar.


  Namorava com Vick a mais de 4 meses. Quando eu a conheci, disse que era amor a primeira vista. Amei o jeito dela. E ela dizia que me amava. Até então, á dois dias atrás, pegar ela com Simon, meu amigo de infância, no banheiro da escola, transando.


  Quando eu vi, ouvi toda aquelas desculpas do tipo: 'Cara, não é o que você está pensando' e as da Vick 'Amor, eu te amo, não tire conclusões precipitadas'. Mas na hora, eu nem resolvi discutir. Apenas falei um 'Acabou' para a vagabunda, um 'Você merecia mais do que isso' pro Simon, um 'Vou sair, não sei que horas que volto' para meus pais, e fui em direção a floresta, junto com outros amigos, amigos meus mesmo, de verdade, beber. Eles já sabiam o que Vick fazia, e nem me importei na hora. Apenas bebi. Bebi tanto, que até perdi a noção do tempo.


  Perambulei de noite pelas florestas, chorando e murmurando coisas sobre eu amá - la, etc. Até que escutei ruídos, mas achei que era coisa da minha cabeça e continuei andando. Até que o vulto bateu forte em mim, me fazendo cair. Sentei atordoado no chão, até que consegui levantar. Mas se não fosse pela mão na minha boca, teria gritado com a presenção surpresa da garota a minha frente.


  - Não grite! - pediu, olhando para os lados, como se procurasse alguma coisa. Por fim suspirou, tirou a mão da minha boca e falou: - Quem é você?


  - Quem é você? - repeti, feito idiota, olhando hipnotizado para ela. Mas ela apenas ri, um riso suave e melodioso, e diz:


  - Perguntei primeiro - e se sentou na grama, e deu um tapinha na grama á sua frente, onde obedeci.


  - O que faz por aqui uma hora dessas?


  - Bebendo com os amigos, mas e você? - pergunto, afinal, ela parecia ser mais jovem que eu.


  Ela suspira, fazendo um leve levantar de ombros, e pergunta, silenciosamente, por que de eu estar ali.


  - Peguei minha namorada com outro.


  - Sinto muito - falou, passando a mão em meu rosto, por onde passou um choque pelos seus dedos até minha face, reconfortante. E ela percebeu isso, pois imediatamente recuou a mão. - Quer falar sobre isso?


  Neguei com a cabeça, observando - a melhor. Podia estar um pouco bêbado, mas mesmo no ar, eu ainda conseguia raciocinar e observar direito.


  Ela usava uma camiseta e jeans pretos, botas de cano longo e uma jaqueta de couro. Seus cabelos estavam soltos, caindo sobre os ombros. Sua face parecia uma porcelana, ao mesmo tempo bronzeada, com a mistura perfeita. Tinha seus olhos contornados pelo lápis preto que carregava neles. Sua boca tinha um brilho e era convidativo, mas me refreei, pensando que ela me acharia um louco.


  De repente ela ri, como se ouvisse tudo o que estava pensando. Fiquei com cara de bobo, escutando aquele ressoar de sinos, quando diz, sério, de repente:


  - Corra.


  - O quê? - pergunta, olhando para aonde ela encarava.


  - Corra agora, Evan.


  - Mas... Por quê? - insisti.


  - AGORA! - ela mandou, me fazendo dar um pulo, mas já era tarde demais.


  Ela se moveu tão rápido e sinuoso, que quando vi, ela estava me pondo atrás dela, me protegendo, seja lá o que tivesse vindo. E o que vi, me assustou.


  Observei um lobo, enorme, vindo na direção dela, seguidos de um cara muito estranho. Com cabelos louros e pele branca; andar seguro, como se fosse de um predador; olhos observando atentamente a mim, até que param na moça a minha frente, sorrindo de forma sombria, que me fez encolher.


  - Ora, ora, ora. Se não é a nossa 'La Perdita' e seu eterno amante. Como anda seu amado Ethan, querida? Ainda preso naquela escuridão terrível que ele tanto merecia?


  Ethan? Quem é Ethan? E o que é essa história de 'La Perdita'? Não estou entendendo nada.


  - O que quer aqui, Niklaus? - perguntou a garota, se segurando para não pular em cima dele, como o dia em que fiquei quando peguei Simon e Vick.


  - Tsc tsc tsc. Não vamos ser tão precipitados, '

Bambina Abbandonata'. Vamos com calma. Vim lhe proporcionar um acordo - diz, parando a dois metros de distância.


  - Não estou interessada em nenhum acordo, Niklaus - falou pacientemente, me empurrando um pouco mais para trás.


  - NÃO ME CHAME DE NIKLAUS!!! QUEM ME DEU ESTE NOME FOI MINHA MÃE, A ÚLTIMA QUE PRECISA SER MENCIONADA!!! - esbravejou ele, me fazendo encolher contra a moça na minha frente, que estreitou seu corpo mais ao meu, me fazendo sentir o choque na pele de novo, mais dessa vez, mais aconchegante.


  - Esther é que não merece ser incomodada por você, Niklaus. E se está tão horrorizado com o nome, mude, ou morra. Se quiser minha opinião, opino pela segunda opção - diz, ouvindo um sorriso de deboche em sua cara.


  - Morrer está no último ato, que, um dia, acontecerá comigo. Mas antes, você primeiro - falou, nem um pouco afetado pelo o argumento. - Porém, como disse, vim lhe propor um acordo, e é irrecusável - acrescenta o final, vendo alguma coisa que eu não conseguia. - Eu, Klaus, preciso da sua magia e poderes extraordinários ao meu lado, que em troca, lhe darei toda a paz de que necessita. Não irei atrás de sua família, amigos, filhas, e até mesmo, seu eterno amor - disse, olhando fixamente para mim, um gesto que não entendi.


  Mas ela da uma gargalhada sonora, deixando o ambiente sombrio. De repente as árvores começam a balançar ruidosamente, como se fossem cair. Rajadas de vento batem no meu corpo, fazendo - me estremecer, enquanto ela continua intacta, quando diz, com escárnio:


  - Você não é páreo para mim, Niklaus. Sabe muito bem disso. E não foi o simples fato de você tê - lo matado, que me impedirá de ficar com ele. Sua alma é imortal, sempre retornará a Terra, não importa quanto tempo for, sempre esperarei por ele - diz, cobrindo cada ponto de suas palavras com um amor inegável: profundo, sincero e amoroso. Essa onda de palavras flui por mim, como se, de alguma forma, meu eu se importasse com isso, mesmo sem saber quem é ela direito. E ela continua: - Quanto á amigos e familiares, bem, sabe que eles tem toda a proteção de que precisam, além de poder confrontá - lo. Sua estrutura é abalável, Klaus. Não se engane. Não foi antes, e nem será agora que servirei a você. Pegue sua oferta, e volte para de onde veio, do lugar que nunca devia ter saído.


  Ele ri, com uma ar de assombro, incredualidade e até mesmo, medo. Mas é tão mínimo, que penso de ter imaginá - lo.


  - Não se engane, cara 'Vecchia Anima'. Tenho muitas cartas na manga - disse, fazendo um sinal para ela, e depois olhando diretamente para mim: - Não se engane, meu jovem. Ela apenas te usará. Não caia em suas armadilhas. Ela vai te enganar e te manipular, como fez com o outro.


  Num momento, estou absorvendo suas palavras, que em nem um momento, consigo entendê - las. A garota na qual estava me protegendo, estava na minha frente, na outra ela está segurando o cara, Nilkaus, pelo pescoço, fazendo ele ficar sem ar, e diz, suas palavras são duras, frias e enigmáticas:


  - Você, seu monstro nojento e assassino, não tem direito nenhum de falar sobre mim. Sua família te abandonou, ao contrário da minha, pois eu tive que abandoná - los por sua causa. E o que você fez a Ethan, vai ter volta. Acredite, você sofrerá, pagará por todo o sofrimento que me causou, e aos demais. Você verá o quão bom é estar do outro lado. Se arrependerá amargamente por entrar na minha vida, Niklaus. Irá sofrer, e ainda mais, morrerá, e pedirá clemência para que o mate, pois não aguentará a tortura - joga ele longe, quando diz: - Não tente gracinhas comigo, Klaus, pois se arrependerá.


  - VOCÊ VERÁ, 'MALE AMATI'!!! Arrependerá de ter me ouvido! - gritou de algum lugar, enquanto ela lançava uma árvore, na direção, em que ele deveria estar.


  Uma árvore?!


  Nem percebi quando cai e torci o pé. Só senti o impacto, enquanto ainda a observava, mas meu gemido de dor deve ter acordado - a de seu transe. Num piscar de olhos, ela já estava agachada na minha frente, me examinando. Sua aproximidade me pegou de guarda baixa, tanto, que me afastei brusacamente, urrando de dor pelo o movimento feito.


  - Não, por favor... Me deixe cuidar de você... - pediu, me olhando intensamente nos olhos. Assenti, balançando a cabeça, mas ainda um pouco receoso. Ela pegou gentilmente meu tornozelo e examinou. Depois o deixou descansado em sua perna, enquanto fechava os olhos, e alguns utensílios para enfaixar o pé, apareciam a nossa volta.


  - Como... Como conseguiu fazer isso? - perguntei, olhando - a pasmo.


  Ela sorri. Um sorriso lindo, e pergunta, sem responder:


  - Como está se sentindo?


  Eu não sei como interpretar. Por um lado, acho que ela está se referindo ao tornozelo. Porém, ela também pode estar se referindo ao confronto que houve agora pouco, que eu não entendi absolutamente nada.


  Vendo minha confusão, explica:


  - Sei que tudo isso parece ser muito... místico, para você. Mas acredite, tudo o que viu e ouviu é a mais pura verdade. Aquilo, era um lobisomen. Aquele homen, era um vampiro. Quanto á mim... - ela hesita. - Bem, não importa. Mas agora, você corre perigo, e... tudo por minha causa - ela murmura bem baixo, e vira o rosto para a luz da lua, onde vejo um brilho escorrer pelos seus olhos.


  Lágrimas.


  Como se fosse automático, me estiquei, fazendo o máximo possível para não mexer o pé, e afaguei seu rosto, que se virou rapidamente para mim, com um misto de surpresa e carinho em sua expressão.


  - Por que correria perigo por causa de você? - sussurrei, vendo - a se retrair.


  - Porque eu atraio o perigo. Sou muito poderosa, mais do que você pode imaginar... - sua voz morre, concentrando seu olhar fixo no passado.


  - O que você é? - perguntei, ainda afagando sua bochecha.


  De repente, sua pele se enruga embaixo da minha mão, e eu me assusto, quando vejo veias negras saltarem ao redor de seus olhos, que também estão pretos, e longos caninos afiados saem pela sua boca, enquanto ela diz:


  - Vampira. Eu sou uma vampira, Evan.


  {...}


  Agora estávamos numa cabana, bem cuidada, por sinal. Depois daquele confronto, e depois da garota(da qual ainda não sei o nome) enfaixou meu pé, me trouxe para cá, e estava cozinhando não sei o quê na cozinha improvisada.


  Pensando em nomes...


  - Como você sabia meu nome? - perguntei, observando sua reação, que foi um leve levantar de ombros.


  - Tenho poderes sobrenaturais.


  - Sério? Tipo... Super força, velocidade, visão de raio - x? - perguntei, fazendo - a rir, um som melodioso.


  - Força, velocidade, sim. Raio - x, não. Mas posso fazer muitas coisas como... Clonar dons, fazer as pessoas sentirem uma dor imaginável, ocultar os sentidos de alguém, etc, e... o mais importante... - ela parou, deliberando se devia contar ou não.


  - E...?


  - E eu posso ler pensamentos.


  Hãm?


  - Posso ler os pensamentos das pessoas, Evan. Posso ler tudo o que as pessoas pensam. Posso ler tudo o que você está pensando neste exato minuto.


  E o que estou pensando?, pensei.


  - Se deve acreditar - respondeu ela, colocando os pratos na mesa que tinha ali. - Se deve acreditar que tudo isso existe. Que tudo não passa de apenas um sonho, na qual você vai acordar de manhã, e perceber que tudo não passou de uma ilusão, ainda mais se tratando de coisas místicas.


  - Mas... eu devo acreditar?


  Ela me olhou por um tempo, como se procurasse alguma coisa, quando disse, com a voz embargada:


  - Acredite no que você vê. No que você sente. Acredite em mim! - pediu.


  Eu vi que alguma coisa ela tinha, porque uma hora estava feliz, rindo. E agora, estava triste, lembrando de algo.


  O que também me fez lembrar:


  - Você tem filhas? - perguntei, com uma retorção no estômago, agradável.


  - Sim - respondeu, com os olhos brilhando, mas que se perdeu quando completou: - Só uma mora comigo.


  - Quantas?


  - Quê? - perguntou, distraída.


  - Quantas filhas?


  - Aí depende do que você quer saber - falou rindo, enquanto me estendia o prato, com uma sopa escaldante. - Cuidei de muitas pessoas, muitas crianças, que hoje, considero como filhos. Passei a eternidade me preocupando com o bem estar deles. Cuidei de cada um como se fossem mesmo meus filhos.


  - Nossa, você parece tão jovem. Mas já passou por tantas experiências... - disse, olhando - a me encarar, divertida.


  - As aparências enganam, Evan. Nem tudo o que reluz, é ouro. Devemos prestar atenção a nossa volta, o perigo nos cerca sem mesmo nós percebemos - disse, enquanto tomava a sopa. - Mas se quer mesmo saber, tenho três filhas. Três lindas filhas trigêmeas.


  - Trigêmeas? - indaguei, espantado.


  - Sim - ela riu. - Trigêmeas. Duas se conhecem, mas se separaram pelo o estudo, fazendo a irmã do meio ir viajar para estudar, que agora mora comigo. A irmã mais nova mora com os pais adotivos, enquanto a mais velha... bem, não se lembra da irmã, por enquanto...


  - São trigêmeas mas não se conhecem? Nem suspeitam de que sejam irmãs? - perguntei, interessado.


  - É uma história muito longa, Evan. Um dia, quem sabe eu lhe conto - falou. - Se bem que nem precisa, pois você mesmo já sabe de toda história...


  - O que disse? - perguntei, pois ela havia falado baixo.


  - Perguntei como está o tornozelo - falou, mas eu tinha certeza que ela havia falado outra coisa...


  - Está bem, não está mais doendo - respondo. Mas outra coisa bate na minha cabeça, quando ela diz, de repente:


  - Eu preferia que você não me fizesse essa pergunta.


  - Por quê? - pergunto, curioso.


  Por que não quer que eu pergunte sobre quem é Ethan?


  Ela suspira, se levantando e indo até a janela. Olha para a lua, que está brilhando radiantemente, quando explica:


  - Ethan era meu esposo, Evan. Era meu companheiro. Uma ótima pessoa. Era lindo, forte, inteligente, mas porém, nada disso tinha valor, quando recebia os carinhos dele. O amor que ele entregava somente a mim, e a mais ninguém - ela parou, lembrando de algo. Escutar essas palavras em trouxeram uma mistura confusa de sentimentos: dor, amor, carinho e raiva.


  - Sabe, Evan. Minha vida sempre foi corrida, devido ao que eu sou, e ao que eu posso fazer. Nunca tive um momento se quer na vida, que não deixasse de me preocupar com meus filhos, amigos e família. Mas Ethan, me fez enxergar. Me fez enxergar que nada é o que parece. Que podemos viver sem nos preocupar. Bem, isso antes de ele ser morto - parou, fungando e continuou: - Ethan foi assassinado por um de meus inimigos. Tudo o que atraio, é perigo, é risco de morte. Ninguém consegue ficar perto de mim sem se machucar. Por esse motivo, nem mesmo convivo com as minhas filhas, que são tudo para mim - ela se vira de frente para mim, e sua expressão é de partir o coração. - Não convivo com elas para que não sofram. Para que possam viver uma vida feliz e saudável. Não convivo com elas por segurança. É tudo o que importa para mim.


  Eu não sei o que me comoveu mais: se foram suas palavras, sua lágrimas, ou a sua perda que me comoveu. Só sei que em minutos, estava a abraçando, protegendo - a, aparando - a com suas lágrimas, que encharcavam minha blusa, mas nem me importava.


  {...}


  - Chegamos - anunciou, me fazendo acordar de meu transe.


  Há pouco ela estava me trazendo de carro para casa, dizendo que era 'o certo'. Humpf, como se a minha vida fosse certa.


  Mas e se...


  - Não - ela disse rápida, com fúria e com certeza, chocada.


  - Mas por quê? - insisti.


  - Eu não vou te transformar, Evan - disse, como se fosse definitivo. - Para quê você gostaria de se transformar num monstro? Matar pessoas? Viver no tédio monótomo pela a eternidade? Sofrer quando for abandonado ou perder alguém?


  - Não - respondi, nem um pouco removido de minha decisão. - Eu quero viver. Poder viver como eu quero. Viver experiências, viver minha vida do jeito que quero. Amar, desejar, ficar triste, ficar alegre... além do mais, não sei que experiência a mais eu possa ter como humano. Já vivi minha infância, adolescência, que por sinal, foi uma merda - ela riu, me fazendo rir também. - E agora, eu só quero ser feliz, do jeito que eu mereço, do jeito que...


  - Do jeito que...? - instigou ela a continuar. Afugentei esse pensamento, pois não sabia se queria que ela soubesse ou não.


  - Do jeito que poderia viver - terminei, olhando - a, que tinha uma cara de reprovação.


  - Você está ciente, de que se eu lhe transformar, você sofrerá perdas, danos, tudo por minha causa. Não poderá mais ver seus amigos, familiares, e até mesmo, a pessoa da qual mais te faria falta, mesmo se for um animal. Você correrá perigo perto de mim, e ainda pode se meter na maior encrenca. Tem certeza de que quer isso para você? - perguntou. E ali, eu vi, que ela tinha esperança, mais também receosidade.


  - Tenho - confirmei, convicto. Não sentiria falta de nada. Amigos, poderia conhecer novas pessoas, vampiros, a maioria. Família, bem, eles sofreram um pouco, mas nada do que o tempo não cure. E quanto a pessoa especial... não a conheci ainda para sentir falta.


  Ou... talvez não?


  - Tudo bem - falou, fechando os olhos, onde apareceu uma garrafa de vidro, onde tinha um líquido escuro que eu não soube identificar.


  - É meu sangue - explicou. - Na verdade, parte do meu sangue. Essa é a parte que te transforma num vampiro da noite. Aquela raça que te falei sobre o sol, verbena e estacas. Não te transformarei num vampiro do sol, dói muito... - murmurou, como se lembrasse de algo.


  - Tudo bem - murmurei. - Se eu estiver com você, nada importa - soltei, sem pensar.


  Por que raios tinha dito aquilo???


  Ela me olhou um tanto surpresa quanto magoada. E eu me senti culpado, porque de certa forma, fui eu que disse isso que a deixou assim.


  Mais que raios estava acontecendo comigo?!


  - Vai acontecer assim - ela quebrou o silêncio, recuperando minha atenção. - Vou ter que tomar um pouco do seu sangue, até quando você se sentir fraco. Depois te dou o meu, e quebro seu pescoço. Você vai sentir uma dor, mas logo passa. No final da transição, você precisa tomar sangue, para completar tudo.


  - Tabem - murmurei. Ela se aproximou de mim e me analisou, acho que procurando algum sinal de desistência, mas nada disse. Chegou mais perto, até que senti sua respiração no meu rosto, seu hálito de uva maravilhosamente familiar para mim. Meu coração começou a bater mais rápido. Olhou no fundo dos meus olhos, onde pude ver que tinha uma cor esverdeada azul nos dela, e me disse, num tom amoroso, carinhoso, preocupado e... acho que de desculpas sinceras:


  - Sinto muito - passou a mão no meu rosto, provocando choques elétricos, me arrepiando prazerosamente, enquanto abaixava a cabeça para o meu pescoço, onde sussurrou, me fazendo estremecer com a sua voz rouca:


  - Se eu te machucar muito, qualquer coisa, me diga, pois pararei na hora.


  Assenti, balançando a cabeça. Ela me deu um beijo no pescoço, e mordeu, me dando sensações incríveis.


  Achei que doeria, que me incomodaria. Que sentiria uma dor terrível que não conseguiria suportar. Mas não, foi extremamente prazeroso, tanto, que acabei gemendo alto. GEMENDO!!! E já estava no fim, quando me senti mole, quando ela levantou a boca do meu pescoço, o lambendo, e me encarou, com seus olhos e veias negras, caninos pingando sangue, que, assustadoramente, eu achei sexy.


  E num movimento inesperado, ela me beijou. É, isso mesmo. ELA ME BEIJOU!!! Com o gosto do meu sangue na boca, que me deixou excitado. Depois ela se afastou, com os olhos azuis, duas orbes incrivelmente azuis safiras, e sussurrou:


  - Me perdoe - murmurou antes de quebrar meu pescoço. Senti uma terrível dor, um líquido doce e quente descendo pela minha garganta, e depois, somente a escuridão.


  {...}


  Acordei num lugar escuro. Meu pescoço estava dolorido, minha gengiva estava doendo e sentia uma incrível secura na garganta, tanto, que me fez gemer de dor.


  - Pensei que tivesse entrado em coma - falou a garota zombeteira, me fazendo pular de susto da cama onde estava deitado a minutos atrás. - Calma, sou eu.


  - Arrã - disse. - Por que está tão escuro aqui?


  - Porque você vai completar a transformação tomando sangue. E acredite: você não vai querer ver o sol tão cedo.


  - Entendo - murmurei. - Err, que... sangue vou tomar? - perguntei.


  - É isso o que queria perguntar a você - disse, se sentando ao meu lado da cama. Reparei que ela usava um vestido azul, com um cinto preto e sapatilhas pretas, daquele tipo de boneca de porcelana. - Você tem três opções.


  (n/a: Vestido e sapato da irmã da Bella)


http://www.google.com.br/imgres?q=Vestido+azul+com+cinto+preto&start=169&hl=pt-BR&biw=1366&bih=674&gbv=2&tbm=isch&tbnid=G1bVZeqWXx96uM:&imgrefurl=http://sandaliamelissa.net/tag/look/page/3/&docid=3FYf4OoFot6KbM&imgurl=http://sandaliamelissa.net/wp-content/uploads/2011/09/Look-casamento-melissa-j-maskrey-7.jpg&w=334&h=318&ei=bVhyT5ScJsro0QGfirWsAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=175&vpy=326&dur=5434&hovh=219&hovw=230&tx=94&ty=143&sig=106701968779773485331&page=7&tbnh=136&tbnw=143&ndsp=29&ved=1t:429,r:0,s:169


  (n/a: Cinto da irmã da Bella)


http://www.google.com.br/imgres?q=Cintos+finos+pretos&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1366&bih=674&tbm=isch&tbnid=PocV5NHcz2w00M:&imgrefurl=http://www.garimpourbano.com.br/cinto-fino-preto-a.html&docid=sz5ownhfz21tzM&imgurl=http://www.garimpourbano.com.br/media/catalog/product/cache/1/thumbnail2/300x300/5e06319eda06f020e43594a9c230972d/f/i/file_56_6.jpg&w=300&h=300&ei=LllyT_OIPITk0QGKosnkAQ&zoom=1&iact=hc&vpx=178&vpy=138&dur=50&hovh=225&hovw=225&tx=79&ty=133&sig=106701968779773485331&page=1&tbnh=146&tbnw=145&start=0&ndsp=21&ved=1t:429,r:0,s:0


  - Três opções? - perguntei.


  - Sim, três. A primeira: você pode tomar sangue humano, direto da fonte, ou seja, sangue direto do pescoço. Na sua primeira alimentação, se escolher sangue humano, acabará matando o humano, mas com o tempo, você consegue se alimentar sem matar. A segunda opção é caçar animais, mas já vou logo avisando: não nos fortalece direito, além de não saciar toda sede. E terceiro... - ela parou, olhando para frente.


  - E terceiro? - instiguei.


  Ela voltou para o presente, me olhando curiosa e terminou:


  - Você pode roubar as doações de sangue do hospital. Pode tomar sangue das bolsas que os humanos doam. É só roubar, e pronto. Qualquer que seja sua decisão, eu já tenho tudo preparado.


  Sabe quando você está entre aqueles dilemas difíceis? Então. Primeiro: não quero matar ninguém. Segundo: não quero tomar sangue animal. Terceiro: não quero sangue frio, porque deve ser nojento.


  - Lembre - se de que você só matará na primeira alimentação - soprou ela.


  Respirei fundo e decidi: sangue humano direto da pessoa. Logo, senti uma corrente de ar, e voltando de novo, dessa vez, ela não estava sozinha:


  Tinha dois homens desacordados ali no chão, e institivamente, minha boca começou a salivar.


  - Uma coisa que você precisa saber é: só se alimente da escória. Não mate ou machuque inocentes. Eles não precisam sofrer sem ter alguma explicação. Já drogados, ladrões, assassinos, estrupadores, etc... Bem, merecem bem mais que isso. Mas somente aqueles que fazem isso por prazer de fazer coisas erradas, caso contrário, nós ajudamos as pessoas a tomarem seus rumos de verdade - parou, me examinando diferente. - O que está esperando? Se alimente, ou você pode...


  Nem esperei ela terminar, ataquei os dois humanos que tinha ali, e devo ressaltar, aquele líquido quente foi o manjar dos deuses para mim. Me senti flutuar, e quando acabou, senti minhas gengivas doerem um pouco menos.


  - A propósito - falou ela, fazendo - me virar e encará - la, que tinha um enorme sorriso no rosto, que me fez sorrir também. - Eu sou J...


  *Flashback OFF*


  Freei o carro bruscamente, me certificando de que não havia ninguém por perto. Irmã de Bella sempre disse que as paredes têm ouvidos, e que nossos pensamentos não estariam seguros. Se bem tenho o escudo que ela mesma colocou em mim, para me proteger, mas nada do que um pouco de cuidado vale a pena a riscar, não é mesmo?


  Sempre me avisou a não pensar nela, pois alguém poderia tirar proveito disso. Mas quem disse que eu obedeço? 24 horas por dia ela poveia meus pensamentos, me fazendo agoniar com esse amor que sentia por ela.


  E sei que é real e verdadeiro, pois é mais forte do que um dia já senti pela Vick, ou por qualquer outra garota. E olha, já fiquei com tantas, que acho que a irmã da Bella me acha um galinha. Mas fazer o que, quando se é homem, seu amor não é conrespondido, e super gostoso perto da mulherada? Nem rocha consegue resistir.


  Estacionei em frente a casa dela, sentindo seu delicioso e inconfundível aroma de uvas em volta da casa, me recebendo. É, quando ela sabe que alguém que ela conhece está chegando, anuncia com diversas formas de que está em casa. E esse, é um de seus amados modos de me receber.


  Desci do carro com um enorme sorriso no rosto. Antes de bater, ela já estava lá, linda como sempre.


  - Oi Evan - falou, me dando um beijo no rosto que me arrepiou. Ela riu.


  - Oi, errr, colega - ela riu mais ainda e me puxou para dentro, fechando a porta.


  - Fala - começou, se jogando no sofá - Como estão as coisas com Brian?


  - Ahh, você sabe como Brian é. Sempre com uma mulher e tals... Mas agora ele está com Bella.


  - Eu vi - disse, se levantando e indo até o mini - bar que tinha ali, e pegando dois copos com whisky. - Quer dizer, vi quando Brian ligou para ela, e ela foi visitá - lo. Mas então, como foi lá? - falou, me estendendo o copo.


  - Bem, ela já está ciente que é vampira.


  - Eu sei. Ahh, me lembra de dar um castigo no Brian. Aposto que ele fez de propósito, ao dar o chá com verbena á Bella.


  - Ta. Mas enfim, ela nos contou, resumidamente, a história dela e... tenho certeza que ela vai começar uma busca atrás de você. Sabe, para ser uma vampira completa - disse, vendo ela se levantar e ir até a janela, onde o sol batia em sua pele, deixando ela levemente brilhante. Não igual aos outros vampiros do sol, mas... diferente.


  - Eu não sei como vou me aproximar dela - começou, com um sussurro de voz, que logo ganhou intensidade. - Sabe, apesar de tudo, eu não quero trazer problemas á ela. Isabella é uma garota linda e forte, supera qualquer coisa. Mas e se eu trazer algum risco á família dela? Se um, dos meus inimigos, voltar para me infernizar? - perguntou, se virando para mim, onde pude ver seus olhos adquirindo um tom profundo de azul marinho. - Você sabe como é viver comigo, Evan. Sabe quantas pessoas vem atrás de mim. Você mesmo testemunhou, você viu quando Klaus veio atrás de mim naquela noite...


  Fui até ela, afugentando os pensamentos daquela noite. A abracei, sentindo sua leve respiração em meu peito. Sentindo ela em meus braços, da onde eu não queria que ela saísse.


  - Não se preocupe, querida. Vamos dar um jeito nisso. Você vai ver, vamos superar tudo.


  De repente, escuto um barulho na escada, e me viro, sentindo uma pontada de dor em meu peito.


  - Gostosa, já estou indo. Qualquer coisa, liga - falou um colega nosso, só de calça jeans, na escada, com os cabelos molhados.


  - Tudo bem, Blake. Foi bom ficar com você essa noite - falou minha garota, indo abraçar ele, que retribuiu.


  - Que nada. Qualquer coisa, só chamar. Pra isso servem os amigos.


  - Obrigada - falou, dando um beijo em seu rosto. Ele devolveu, e saiu, vestindo a camiseta branca.


  - O que Blake estava fazendo aqui? - perguntei, ouvindo uma pontada de irritação em meu tom. Tentei suavizar: - Quer dizer, por que não falou que ele estava aí em cima?


  Ela deu de ombros e se jogou no sofá, se afundando nele.


  - Ele estava pelas redondezas. Pedi pra ele fazer compainha pra mim, já que Isabelly está a procura de alguém, que ela disse que não é para mim saber, ainda. Mas aposto que ela está atrás de Jacob, o amigo transmorfo de Bella, pelo qual ela está morrendo de amores. Minha outra filha, está indo na casa dos irmãos em Mystic Falls, ver como eles estão para mim. E você, estava com Dri ontem a noite, então... - ela parou, levantando as sombrancelhas. - Qual é o problema?


  - Nada não - disse, me sentando. - Mas parece que você se divertiu ontem.


  - Humpf. Não, só joguei conversa fora com Blake. Ele é engraçado, me faz rir - disse rindo, se lembrando de algo.


  E vejo que ele te faz sentir outras coisas também, né?, pensei, sarcástico e amargo. É, estava com ciúmes, era visível, só ela não ligava.


  Ela ignorou meus pensamentos e disse:


  - Ele foi atrás de Lucy. Sabe, parece que os dois estão namorando ás escondidas, e estão gostando. Por isso - disse, indo para o outro cômodo, rebolando aquela bunda linda. - Não será eu que acabará com a festinha deles.


  E saiu da sala, me deixando de boca aberta.


  Blake e Lucy numa mesma frase? Putz, a coisa devia ser séria mesmo. E eu aqui, me retorcendo de ciúmes, pensando coisas ruins da minha amada.


  Soquei o sofá com violência, desejando que um raio caísse sobre minha cabeça por ser tão estúpido, e...


  - Continue desejando o raio, que Zeus cumprirá o que você quer, hein! - gritou ela de outro cômodo, me fazendo relaxar com seu poder de emoções.


  É verdade. Desde a última vez que desejei que as águas me levassem para bem longe, e nunca mais voltar, quase que Poseidon me levou embora. A sorte, foi que ela estava por perto. Se não, não voltava nunca mais.


  Uma vez ela me explicou esse negócio dos deuses do Olimpo. E... ela disse que vai em todas as reuniãos em que é convocada. Que quase sempre, são todas. Ela disse que em uma hora, ela me leva até lá. E ela disse que lá é muuuuuuuuuuito grande. Até posso imaginar...


  - Se eu fosse você não continuava pensando como mortal naquele lugar. Sabe, Hera ficaria uma fera com você, tentando entrar no reindo dela... - falou, aparecendo do nada na minha frente. Um de seus poderes: ocultação de sentidos. Não podemos sentir quando ela se aproxima. Nada, nadinha mesmo. Coisa que assusta pra caramba.


  - Sabia que você tem que parar de aparecer assim de repente, e vir como uma pessoa normal? - indaguei, nervoso.


  Ela riu e respondeu:


  - Evan, eu posso ser tudo, menos normal - e só agora percebi no que ela vestia:


  Um vestido, tomara - que - caia roxo, que ia até a metade das suas pernas. Um cinto marcava logo abaixo busto, deixando ele totalmente empinado para cima dentro do vestido, mas nada de vulgaridade. Seus cabelos estavam presos num coque elegante, com uma mexas soltas. Seus olhos, que agoram estavam na cor de um dourado escuro cintilante, carregavam uma maquiagem clara, contra - destacando suas maçãs do rosto, que estavam vermelhas, livre de maquiagens. Ela sentava elegantemente equilibrada num salto preto.


  Só agora percebi que ela ia sair.


  - Onde vai? - perguntei, curioso.


  - Numa festa que terá em Mystic Falls. Acho que é a festa dos Fundadores. Faz tanto tempo, desde que apareci lá... - eu sabia que falar em Mystic Falls perto dela, magoava - a. Seus outros filhos moravam lá. - Suas roupas estão no quarto lá em cima.


  - Hãm? - perguntei, saindo do transe.


  - Oras, acha que eu vou sozinha? Até parece. Eu até ia com Julio, mas acabou ficando para namorar Raquel. Pedro está com Kelly; Vih com Gabih; Carlos com Michele; Jake com Sara; Thiago com Máh; Blake com Driele, como sabe; e Jamie saiu com a Isa, Lena e Kathy. E como você está aí de bobeira, vai me acompanhar. A menos que queira voltar para a casa de Brian e segurar vela para ele e Bella - indagou, com uma sombrancelha perfeita arqueada.


  - Já estou indo - falei, dando um beijo em sua bochecha(me fazendo estremecer), e subi correndo na minha velocidade inumana, ouvindo ela rir lá embaixo. Cheguei no quarto e vi o smoking em cima da cama, com a gravata do lado.


  É... lá vamos nós de novo.


-


POV. Bella


Já fazia uma meia hora que Evan tinha ido embora. E eu ainda estava tentando descobrir o por que de eu não conseguir ler sua mente. Pensei até na hipótese de ele ter um escudo, igual ao meu, mas a proteção que ele tinha não vinha dele, e sim de outra pessoa...


  - No que tanto pensa, Bells? - perguntou Brian, se sentando ao meu lado na espreguiçadeira, já que estava observando a piscina.


  - Evan... - soltei, sem pensar.


  Mas quem disse que ele levou a sério? Ele riu. Isso mesmo, ele riu! Que besta.


  - Que foi? Gamou no cara, Bella?


  - Não, só pensando... - murmurei, o encarando. - Ele é meio estranho.


  - É assim que as pessoas ficam quando estão apaixonadas - falou rindo, pegando um energético de sei lá aonde.


  - Apaixonado? - indaguei. Ele tinha cara de ser um cara fechado. Mas quem sou eu para dizer o que as pessoas são ou não são, não é mesmo?


  - É, ele está amarradão em uma amiga nossa...


  - Dri? - cortei, lembrando do nome que eles haviam usado.


  - Não, não. Outra pessoa. Mas e você - falou. - Está apaixonada por alguém?


  - Não - falei, mas recebi uma apontada aguda no coração. Tão forte, que me fez ofegar e vergar a coluna para frente.


  - Tudo bem? - perguntou Brian, aparecendo de repente ao meu lado, preocupado.


  - Estou legal - disse. Fiquei relaxando um pouco, até que pensei numa idéia.


  Fiz tudo muito rápido. Uma hora estava sentada na espreguiçadeira, na outra, estava na borda da piscina, vendo Brian emergir na água.


  Eu ri. Ri pra caramba! Poxa, ele estava com o penteado todo bagunçado, e ainda por cima, com uma cara que... Ui, melhor nem dizer.


  - ISABELLA! Você me paga! - gritou, batendo na água.


  - Ohhhhh!, estou morrendo de medo - zombei, mas engoli em seco quando ele começou a vir em minha direção, com um sorriso malicioso e macabro ao mesmo tempo.


  Nem esperei para ver o que ele ia fazer. Saí correndo para dentro da casa, mas acabei me perdendo. Vi um monte de portas, e entrei por uma, onde tinha uma imensa cama com lençóis vermelhos; não tinha janelas e tinha uma porta, que eu vi que dava para um banheiro.


  BAM! - escutei esse estrondo e me virei para a porta, onde tinha um Brian molhado sensual, com a cabeça baixa.


  - Hum... Acho que uma menina foi muito mal, e precisa de uma liçãozinha...


  - O que você vai fazer? - perguntei com um fio de voz.


  - Te dar uma lição. Aprender a não mexer com fogo, meu bem - falou e levantou a cabeça. Quando vi seus olhos totalmente escuros pelo desejo, não pensei em mais nada, e entrei no jogo.


  - Que castigo você vai me dar? - perguntei, mastigando o lábio inferior, sinal de quando estou nervosa.


  Acho que esse gesto fez ele perder o controle. Me pegou e me jogou na  cama, onde sussurrou no meu ouvido, com a voz rouca e cheio de desejo:


  - Vou fazer você ver estrelas, Isabella. Vou fazer você gemer meu nome até não aguentar mais e perder a voz. Vou te molhar tanto com meu líquido, que você ficará librificadinha.


  Eu gemi. Sério, EU GEMI! Porra, só com essas palavras me deixaram totalmente molhada.


  - Hum... - murmurou, sentindo meu cheiro, apoiando o rosto no meu pescoço. - Já está excitadinha, não é mesmo?


  Eu esfreguei as pernas inutilmente, tentando aplacar o fogo. Mas quem disse que deu certo?


  - Vou te mostrar quem é que dita as regras, meu bem. E tenha a certeza, você vai amar esse jogo.


-


POV. Evan


- Pronto, Evan. Está bem melhor - falou ela, terminando de ajeitar minha gravata.


  É, eu estava mesmo bonito de smoking.


  (n/a: Smoking do Evan)


http://www.google.com.br/imgres?q=Smoking+para+festa&hl=pt-BR&biw=1366&bih=674&gbv=2&tbm=isch&tbnid=5NHT3t7-7TwFzM:&imgrefurl=http://barmetrosexual.com/ternos-e-trajes-para-casamentos&docid=KdIrSD4TpGKZ6M&imgurl=http://barmetrosexual.com/wp-content/gallery/terno-para-casamento_1/smoking-para-casamento.jpg&w=412&h=624&ei=6Ut3T5qxB9LyggeJ5pWIDw&zoom=1&iact=rc&dur=306&sig=106701968779773485331&page=1&tbnh=146&tbnw=96&start=0&ndsp=22&ved=1t:429,r:16,s:0&tx=32&ty=82


  E minha companheira também. Só que estava perfeita.


  (n/a: Vestido)


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  (n/a: Sapato)


http://www.google.com.br/imgres?q=Salto+alto+preto+camur%C3%A7a&start=178&hl=pt-BR&gbv=2&biw=1366&bih=674&addh=36&tbm=isch&tbnid=GUUqFRAon4u98M:&imgrefurl=http://www.anabellacalcados.com.br/produtos/317/peep-toe-camurca-preto-(cris-franca-92001314).html&docid=YWGorl5VO3yt5M&imgurl=http://www.anabellacalcados.com.br/product_images/p/508/014__11197_zoom.JPG&w=1280&h=1242&ei=JE93T4WFH8XXgQff842TDw&zoom=1&iact=hc&vpx=1003&vpy=2&dur=1466&hovh=221&hovw=228&tx=96&ty=122&sig=106701968779773485331&page=8&tbnh=152&tbnw=166&ndsp=25&ved=1t:429,r:10,s:178


- Vamos? - perguntou, me estendendo o braço.


  - Vamos - respondi, enlaçando o meu ao dela. - Vai com calma nesse negócio de teletransporte, tá? Eu ainda não me acostumei.


  - Tabom, medroso - falou, apertando minha bochecha e fechando os olhos. Bufei, enquanto ela se concentrava.


  Senti um vento gelado nas costas e logo estávamos atrás de uma mansão, onde já se podia ouvir os convidados da festa dos Fundadores chegando.


  - Você está bem? - perguntei a ela, que assentiu com a cabeça, sorrindo.


  - Venha - me puxou, indo para a frente do salão. Ao longe, já podia avistar a filha dela, acompanhado do namorado e cunhado, que também são seus "filhos", entrando. Como eu sei? Bem, outro dia ela me mostrou a foto deles, aí fiquei sabendo quem são, apesar de Isabelly ser exatamente igual a outra, e a outra.


  Entramos na fila e dei uma olhada em volta. A decoração, o som, as pessoas... Nossa, quanto tempo faz que não vou em uma festa assim.


  "Você poderia ter feito outra escolha..." - sussurrou ela em meus pensamentos, fazendo eu vacilar.


  "Você sabe que eu não quis dizer assim" - passei a mão em seu rosto, a olhando com ternura, na qual aceitou de bom grado, fechando os olhos.


  - Bem vinda, senhorita e senhor. Aproveitem a festa - falou a moça que estava ali.


  - Obrigada, senhora Lockwood - falou minha companheira.


  Entramos e já vimos muitos adolescentes com copos de bebidas alcoólicas na mão. O cheiro era repugnante.


  Não que eu deixasse de desfrutar um bom vinho, champagne, whisky, etc. Mas tinha que ter moderação, né?


  "Agora falou o santo do pau oco" - falou minha consciência.


  "Cale a boca, vai. Não quero você me atormentando hoje" - resmunguei.


  "Ô dãrrr! Eu sou você! Tecnicamente, você está mandando você calar a boca" - retrucou.


  "Ahhh, me deixe!" - disse. Saí da minha conversa interna quando começou a tocar uma música, e pensei numa idéia.


  Parei na frente da minha companheira e estendi minha mão, sorri e disse:


  - Me dá a honra desta dança?


  - Com todo o prazer - aceitou, sorrindo gentilmente.


  Conduzi - a até a pista de dança, onde a música tocava.


  (n/a: Escutem aí, gente. Eu escolhi aleatoriamente. Não faço a mínima idéia se essa música é adequada. Peço desculpas antecipadamente.)


http://www.youtube.com/watch?v=sRXc2oLxI1Q&feature=related


  Comecei girando ela, que fazia movimentos graciosos. Todos pararam para nos olhar, menos um casal, mas não estava nem aí. Só queria desfrutar o momento com a garota, pela qual, eu estava apaixonado.


  A música foi tocando, e eu fui girando ela, que estava sorrindo, amando tudo isso. Girei ela, e ela parou, fazendo uma espécie de reverência, e voltou, onde a abracei. Ela me fez um sinal, que entendi, e a girei de novo, mas quem voltou não foi ela, mais sim uma garota.


  Muito parecida com Isabelly.


-


  POV. Stefan Salvatore(Especial, minutos atrás)


(n/a: Para quem estava com saudades dos nossos Salvatores, aqui estão eles! Eu sei vocês me amam! *sorrindo convencida*)


  - Damon! Vamos, se não Elena vai te matar! - gritei, escutando Elena rir baixinho na cozinha.


  - Sabe, eu ainda não sei por que aceitei ir com vocês nessa festa chata. Sério, eu poderia ficar aqui, tomar sangue, chamar uma garota qualquer e me divertir. Mas não, tinha que vir o batalhão da Elena para cima de mim, e você nem para me ajudar, caraca. Que belo irmão você, hein Stefan! - reclamou Damon, descendo com o terno.


  - Pare de reclamar, Damon. Vamos, Stefan. Ainda temos que nos encontrar com Jenna e Alaric - falou Elena, aparecendo ao meu lado.


  Escutei Damon bufar atrás de mim, enquanto íamos em direção aos carros. Damon saiu cantando pneu, como sempre. Abri a porta para Elena, que sorriu e corri até meu lado. Mal sentei e Elena disparou perguntas:


  - Você acha que Damon vai se comportar hoje?


  - Dá um crédito para ele, Elena. Ele tem sido bonzinho, ultimamente. Não está matando ninguém, e nem infernizando Bonnie, Jeremy, Caroline, Matt e Tyler. Ele realmente está melhor.


  - Assim espero, Stefan - disse ela, olhando para fora da janela.


  Ninguém entende Damon. Somente eu, e ele, mas ele não admite, porque é teimoso. Mas fazer o quê, essa personalidade já vem com ele desde o passado...


  Afastei esses pensamentos de mim, focando em Elena. Eu realmente não queria ter relapsos de memória do passado agora, já que estão mais frenquentes do que antes...


  As ruas já estavam cheias, todos pela festa dos Fundadores. A família Lockwood não deixa passar uma mesmo.


  - Nossa! - exclamou Elena, maravilhada com a decoração. Sorri, vendo a última vez que ela sorriu desse jeito, antes de todos virem atrás dela.


  Bem, pensando em atrás dela, me lembrei de Katherine, que apareceu hoje de manhã lá no meu quarto. Não pensem merda, eu realmente fiquei surpreso quando ela apareceu, ainda mais depois de um bom tempo sem falar com a gente...


  *Flashback ON*


  Estava deitado no quarto, observando Elena dormir, enquanto os primeiros raios entravam pela janela. Hoje seria a festa, Elena estava ansiosa para ir.


  Incoscientemente ela se aconchegou mais a mim, e eu sorri, feito um pateta.


  - O amor é lindo, não? - falou uma voz, me fazendo levantar a cabeça, com o susto.


  - O que você...


  - Shiiiiu! - murmurou Katherine, olhando para a porta. - Fale baixo! Vai acordar Elena e Damon!


  Olhei para ela com um ponto de interrogação no rosto, que somente suspirou e disse:


  - Como vocês andam?


  - Por que quer saber? Você nos despreza, Katherine. Por que se importa agora? - disparei, realmente confuso e intrigado.


  Ela suspirou de novo, e olhou pela janela, onde acho que murmurou: "Eu bem que tentei..."


  - Não posso mais saber como vocês andam? Se Klaus não voltou para tirar Elena de vocês? - perguntou ela, sarcástica. Agora sim, essa era a Katherine que eu conheço.


  - Não, estamos bem sim. E o que andou fazendo, sumiu durante esse tempo... - deixei a frase morrer, vendo ela sorrir, feliz.


  Feliz?! Nada de maliciosidade ou ironicidade? O mundo vai acabar!


  - Andei visitando umas pessoas... Pessoas que se importam comigo... - falou, deixando a frase morrer também, me olhando com os olhos tristes.


  Suspirei e me remexi, desconfortável:


  - Katherine, não seja assim. Sabe que eu e Damon, nós...


  - Não diga nada - falou, sorrindo para mim. Tá, agora começou a assustar. - Eu sei o que vocês fizeram, e o que sentiram, mais vocês não eram para mim, então... Deixe para lá - falou, olhando para o celular em sua mão. - Tenho que ir, Stefan. Cuida dos outros, e se cuida ir... Stefan - e sumiu.


  Mas o que foi isso agora? Katherine boazinha? Será mesmo que ela achou seu lado humano? Realmente, assustou.


  Porém, o mais estranho, é que eu tenho certeza que ela me chamaria de irmão.


  E eu não acharia ruim.


  *Flashback OFF*


  Estacionei o carro, e desci para abrir a porta á Elena. De longe, pude ver damon rodeado de garotas. Bufei e sorri, vendo minha amada.


  - Vamos entrar? - assenti e enlacei seu braço ao meu, caminhando para dentro da mansão, onde já estava uma música muito alto á tocar.


  Cumprimentei todos, e vi Elena ser chamada por Caroline. Lhe dei um beijo, e fui procurar Damon, que já estava no bar, bebendo.


  - Você, por algum acaso, bebe mais alguma coisa além de sangue e whisky? - esnobei, sentando ao seu lado.


  - Sim - respondeu, divertido. - Mas não estou afim agora - disse grosso.


  - Sabe, você poderia parar de beber tanto, e fazer alguma coisa, Damon. Esses dias para cá você tem andado muito estranho - observei.


  - Você também percebeu? - olhou ele para mim, com surpresa e indgnação no olhar.


  - Mas o que você... - não terminei de falar, pois fui apunhalado por um doce cheiro leve de uva, familiar.


  - Quem é aquela? - apontou Damon. Me virei, e encontrei a porta, conversando com a senhora Lockwood, uma linda garota, e um rapaz ao seu lado.


  - Eu não sei, Damon. Ela está acompanhada, não estrague nada - adverti - o, vendo ele sorrir, malicioso.


  - Quem disse que eu estrago alguma coisa? Eu só deixo melhor, e com certeza aquela garota precisa receber uma boa foda, e quem melhor para fazer isso, se não Damon Salvatore?


  - Ela está acompanhada, Damon - respeti, inutilmente.


  - Logo, logo estará desacompanhada - respondeu, e saiu do bar, indo para algum lugar.


  Suspirei e vi Elena acenando do outro lado da pista. Atravessei e fui parar ao seu lado, que comentou:


  - Você viu a garota e o rapaz que chegaram agora?


  - Vi, mas não faço a mínima noção de quem seja.


  - Que pena - murmurou, tomando champagne da taça. Logo, uma música começou a tocar, e Elena, como sempre, me chamou:


  - Stefan, vamos, vai? Dançar, por favor? - pediu, já estava preparando para rejeitar, quando vi os dois indo para a pista, e como não sou nem um pouco curioso, aceitei, que até bateu palminhas, dizendo que era um milagre. Ri e me juntei ao casal novo que estava dançando ali.


  Tinha que admitir, os dois dançavam muito bem. Ainda mais a garota. Ele a girava, e ela vinha com seus giros para o meu lado, e voltava para os braços dele. E num movimento impensado, como se tivesse sido induzido a fazer, girei Elena para os braços do outro, enquanto aquela garota vinha para os meus braços.


  - Oras, se não tive a sorte de cair nos braços de um Salvatore - falou, enquanto eu a girava.


  - Como sabe meu nome? - perguntei, vendo sua expressão divertida.


  - Quem não sabe o seu nome, Stefan? - respondeu/perguntou de volta.


  - Qual é o nome da senhorita? - perguntei, fazendo uma leve reverência, que ela também fazia.


  - Vamos deixar como está, por enquanto. Por hora, só saberá o nescessário - disse, se afastando, enquanto a música acabava. - Foi muito bom conversar com você, Stefan. Espero te ver logo.


  "E espero que se lembre de mim" - sussurrou uma voz na minha cabeça, que reconheci como a dela. Quando fui chamá - la, ela já tinha desaparecido.


  - Stefan - chamou Elena, me fazendo virar de frente para ela. - Quem era?


  - Eu não sei - ela ficou confusa, e eu expliquei: - Ela não disse. Eu perguntei, mas ela não respondeu muito bem.


  Sua expressão ficou mais confusa ainda, então fiz um gesto de depois. Só lembrava das palavras em minha mente, e em como pensei que fossem dela.


  E muito familiares.


-


POV. Damon Salvatore(Especial)


(n/a: Eu sei que eu sou demais, então, para me redimir, um POV do nosso Damon-Delícia-Salvatore! hehe)


  Meu irmão é mesmo um cara sortudo!


  Não, como se não bastasse, ele tem Katherine aos seus pés, o amor de Elena, e ainda dançou com a garota gostosa do baile! Argh! Acho que a sorte dentro da barriga da minha mãe foi toda para ele, não é possível.


  Vi de longe na hora que a música acabou e ela se retirou, deixando o companheiro dela para trás, que desapareceu de repente. Nem liguei, só me aproximei do bar, onde estava aquela deusa, e escutei sua conversa com o barman:


  - "Whisky, por favor" - pediu.


  - "Aqui está" - falou. Ela agradeceu e virou tudo num gole só. Meu Deus, além de ser gostosa, ainda gosta do mesmo whisky que eu! Só pode, né?


  Ela saiu pela lateral da mansão e eu segui, parando no bar:


  - Dois copos com whisky, por favor.


  - Aqui - falou, entregando.


  Saí dali e vi ela admirando o Sol, que já estava bem no final de desaparecer.


  - Uma noite pelos seus pensamentos - sussurrei bem perto da sua nuca, estendendo o copo á sua frente. Mas ela teve uma reação diferente.


  Em vez de ficar arrepiada, como todas ficam, apenas se virou, pegou o copo e me olhou intensamente, com seus olhos turquesa claros, me fazendo sentir como se estivesse nú.


  - Outro Salvatore? - indagou, divertida, bebendo de seu whisky.


  - Por que? Teve a honra de conhecer meu irmão? - perguntei zombeteiro, já sabendo a resposta.


  - Acabei de dançar com ele. Um bom dançarino.


  - Seu namorado também é um bom dançarino - disparei, sutil...


  - Ele não é meu namorado - disse, rápido. - É só um amigo que está me fazendo compainha.


  - Mas parece que ele te abandonou - disse, me aproximando. Ele sorriu, de um jeito que deu medo. Sério, um deu um medo em mim que até parei no lugar.


  - Ele apenas está dando uma volta, vendo algumas coisas aqui. É a primeira vez dele aqui em Mystic Falls.


  - Você já conhecia aqui? - perguntei.


  - Estive aqui á muito tempo... - respondeu, olhando longe. Conhecia aquele olhar: preso ao passado.


  - Morava aqui? - perguntei, tentando distraí - la.


  - Morei aqui sim - respondeu, sorrindo, um sorriso lindo, na verdade. - Mas como disse, foi á muito tempo. Creio eu, que ninguém se lembre de mim.


  - Ahh, mas eu tenho uma memória espetacular. Com certeza se eu me esforçar, consigo me lembrar de você, de alguma forma. Moro aqui a bastante tempo - disse, convicto, mas o que ela disse a seguir me deixou sem fala:


  - Tem certeza que se lembraria de mim, Damon? Saberia me dizer a quanto tempo, desde que um dia morei aqui? Tem certeza que depois de tudo, você ainda me aceitaria? Você ainda acreditaria quem eu sou?


  Não respondi. Em parte, por que não entendi nada do que ela disse. Em outra, por causa do olhar penetrante que ela me lançava, com seus olhos azuis - gelos, mas que eu tinha certeza de que eram turquesa.


  - Err, interrompo? - perguntou o companheiro da garota que estava a minha frente, que esqueceu do nosso confronto e sorriu:


  - Não, Evan. Já estava indo lhe procurar. Preciso falar com você.


  - Ahh, ok. Vou te esperar no bar - disse, e se retirou dali.


  - Pense bem, Salvatore. Há muitas coisas que você ainda não sabe - e dito isso, ela se retirou, rapidamente, devo dizer.


  Mas que merda, foi essa? Como é que eu fui ter medo de uma garota? Hã? Eu só posso estar bêbado, isso sim.


  Tomei tudo de uma vez só o whisky, mas joguei tudo fora quando veio aquela voz de novo.


  A voz dela.


  "Tenha certeza, Damon. Você não está bêbado".


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Notas finais do capítulo

ATÉ QUE ENFIM! ATÉ QUE ENFIM! Finalmente terminei o cap! Meu Deus! Sério, esse monte de coisas da escola acabou atrasando minha postagem, e que raiva, viu? Vou te dizer.
Mas enfim, gostaram do cap? Eu, sinceramente, acho que ele poderia ter ficado melhor, mas fazer o quê, né? Por hora, é só isso.
Gente, eu queria pedir uma coisinha para vocês:
Tem uma grande, hiper, ultra, mega, super autora aqui no Nyah!, que eu gosto muito, e queria que vocês dessem uma passadinha em uma Fic dela lá. Se chama "A Nossa História". Eu realemente gosto muito, e super recomendo. É da gabhi_cullen, mas acho que vocês conhecem ela.
Beijão, gente, até a próxima!
P.S: Aqui o link da Fic:
https://www.fanfiction.com.br/historia/166341/A_Nossa_Historia