Ela Voltou - O Passado Está De Volta escrita por Juliana Black Malfoy Riddle


Capítulo 10
Capítulo 10 - "A Conversa", Praia, Susto e Jacob


Notas iniciais do capítulo

Ahh, meus amados leitores, me perdõem mesmo pelo atraso!
Eu tenho outra bela desculpa: como eu estudo á tarde, de manhã preciso fazer as tarefas de casa, e se eu vou pro computador sem fazer nada, meus avós chingam, então, é um porr*! Aí, a tarde tenho que ir pra escola, e só volto ás 18h30. Depois, tenho que chegar, tenho que fazer lição, trabalho e estudar para os meses da escola. Minha vida está de cabeça para baixo.
Mas enfim, sei que não é justo deixar vocês esperando, então já vou adiantando umas coisas para vocês, enquanto não posto nada. Os spoilers estarão nas notas finais.
Até lá, beijos, e boa leitura.
P.S: Me perdoem mesmo pelo atraso.



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POV. Alguém(3ª Pessoa)


Desde aquele dia que encontrei minha mãe novamente, eu não havia ido mais atormentar meu trio favorito.


  Não porque ela me pediu, mas porque eu sei que agora, é errado. Eles praticamente são meus irmãos, pô! E eu nem estava sabendo, só minha irmã estava.


  Agora, as únicas que sabem da nossa família é, claro, minha mãe, minha irmã e eu. A outra ainda não tem nem um pingo de informação.


  Pensando por outro lado, me sinto até culpada por atormentar minha irmã caçula. Se eu soubesse... Se pelo menos, uma única vez, eu não tivesse sido levada pelo meu ciúme, obscessividade e egoísmo... Bem, poderia me aproximar calmamente dos meus irmãos.


  - No que tanto pensa, filha? - perguntou minha mãe, se sentando ao meu lado na varanda.


  - Em como tudo vai ser diferente agora - respondi. Ela leu meus pensamentos e franziu a testa, preocupada.


  - Eles irão entender, querida. Bem, assim espero - tentou me confortar, me abraçando.


  - Se pelo menos eu tivesse prestado atenção em tudo o que você me disse antes... Eu não seria sido tão estúpida!


  - Você não é estúpida, minha flor. Você não sabia. Aliás, quem não se envolveria com os gatos, que são praticamente seus irmãos?


  Ri, juntamente com ela. Minha mãe achando os filhos dela gatos... Aff, que... estranho.


  - Você acha que eles acreditarão em mim quando a hora chegar? - perguntei, séria.


  Ela ficou séria também, pensando, quando disse:


  - Não sei nem se eles acreditarão em mim, filha. São muitos anos separados. É capaz deles terem me esquecido... - murmurou o final, deixando uma única lágrima escorrer. A abracei e sussurrei:


  - Estaremos lá para te apoiar.


-


POV. Bella


Não. Não. Não. NÃO!!!


  Eu não acredito, que á essa hora da madrugada, meu pai queira conversar sobre sexo comigo. Não, nem pensar. Me recuso á escutar o que ele têm a dizer. Eu não ACREDITO!!!


  - Bella, sente - se - mandou meu pai, mais esperto agora.


  - O que foi, pai? - perguntei, tentando disfarçar o máximo possível a ironia, vergonha e raiva.


  - Err, Bells. Sabe, eu andei conversando com algumas pessoas e...


  - Que pessoas? - perguntei, encarando - o.


  - Ahh, você sabe, Sue, Harry, Billy...


  - Humpf! - bufei, me jogando na poltrona.


  - E... bem, como você já voltou á "ativa" - falou ele, fazendo aspas com as mãos. - Você, err, precisa saber algumas coisas como... - pigarreou e falou sério: - Em como se previnir de doenças sexualmente transmissíveis.


  Ri. Ri muito. Mas que porra. Meu pai estava mesmo tentando falar comigo sobre sexo?


  "Ahh, Isabella, dá um crédito. Ele está se esforçando" - falou minha mente.


  "Cale a boca você. Eu não preciso de outra eu, para enlouquecer" - respondi, amarga.


  "Mas veja bem, ele só quer você bem, feliz, saudável. Ele se importa com você!" - tentou novamente, ignorando meu comentário.


  "Se ele me quisesse bem teria me dito a verdade toda desde o início" - retruquei. "E quer saber? Pra mim deu. Fique quieta e nunca mais abra essa boca!"


  "Se é assim... Se lembre que eu sou você..."


  E assim dito, a voz se silênciou.


  Só percebi que meu pai me chamava quando balançou a mão na minha frente.


  - Bells? Bella? Você está me ouvindo?


  - Err, estou sim - respondi depressa.


  - E o que eu disse? - perguntou, com as sombrancelhas arqueadas.


  Repeti tudo o que ele disse a minutos atrás, ganhando um belo espanto do meu pai.


  - Mas, como você mesma disse, você precisa se previnir Bella. Precisa tomar métodos, como: camisinhas, anticoncepcionais, ginecologistas...


  - Argh! Pai! - exclamei, me colocando de pé. - Eu sei de tudo isso desde os meus 8 anos de idade. Eu me previno e me cuido, pai. Não precisa disso tudo.


  - Sério? - perguntou ele, ansioso para terminar isso.


  - Sério - respondi.


  - Então tudo bem - respondeu, se levantando e indo para as escadas, mas se vira, me olhando com a face vermelha, e pergunta: - Como você já sabia disso desde os seus 8 anos, Bella?


  Engulo em seco. Não queria dedurar Renné, e nem dizer que li isso em sua revista, mas também não queria mentir.


  - Err, escola? - meio respondi/perguntei ao mesmo tempo.


  - Ahh! - exclamou, pesaroso. - Boa noite Bells.


  - Boa Noite pai.


  Eu fiquei aqui embaixo escutando, até que ele caiu na cama e não levantou mais. Me dirigi até meu quarto e deitei, pensando.


  Tem tantas coisas acontecendo. Primeiro: sou adotada; Segundo: meus pais são vampiros diferentes, minha família toda é vampira, e eu sou uma humana anormal com poderes esquisitos; E terceiro: tenho uma irmã, que é muito poderosa, e é a única que pode me transformar em vampira completamente, com direito á imortalidade e a beber sangue.


  É, minha vida não podia ser melhor.


-


POV. Alguém


Estava aqui no bar, quando sinto alguém se sentar ao meu lado.


  Que ótimo! O irmão da minha amada cunhada! (sentiram a ironia, né?)


  - Minha irmã pediu para levar você para casa, cara.


  - Faz um favorzinho para mim? - perguntei, olhando para a cara dele. - Me deixa aqui, aí depois eu vou para casa, aí você diz para a sua irmã que eu estou bem. Não precisa se importar comigo não.


  Ele me olha como se fosse algum bicho esquisito. Ele fica me encarando, quando olho, ele suspira e diz:


  - É difícil, né? Perder alguém que amamos.


  Fiquei em silêncio, sem nada para dizer. Houve um maldito dia que bebi tanto, que acabei contando á ele sobre minha paixão por sua irmã.


  - Eu sei como você se sente, cara. Acredite. Perdi meus pais e, como se não bastasse, perdi minha irmã também.


  - O que essa irmã "gêmea" de vocês tem de tão especial? Porque você só sabem falar dela, pô!


  - Vou te contar, mas você promete não falar nada para a minha irmã? - perguntou, com um brilho nos olhos. Assenti, não dando a mínima. Ele continuou: - Nossa irmã é muuuuuuuuito legal. Ela sempre me tratou bem, tratou bem aos meus pais e nunca deixou de ajudar ninguém. Sabe, quando você conhecê - la, vai ver que ela é mais simpática do que sua cunhada.


  - Humpf! - murmuro, virando todo o meu whisky goela abaixo. - Duvido muito.


  - Acredite, ela é - respondeu. Depois seu corpo todo se retesou, se lembrando de algo. E finalizou: - Antes de ela decidir ir estudar em Roma, ela me prometeu, prometeu á mim e a minha irmã, que nunca, mas nuuuuuuunca nos abandonaria. E... agora, veja o que aconteceu. Nem um sinal dela.


  Maldita hora que fui escutar o pirralho do irmão da minha cunhada. Se ele soubesse o tamanho que essas palavras me feriam... Ahh, preciso pensar, e é agora!


  - Olha, diz para meu irmãozinho e para sua irmã que vou chegar tarde. E se perguntarem aonde eu fui, diga "não interessa", ok? - falei, jogando umas notas para pagar a bebida que bebi ali. - E digam para não me seguirem.


  Nem esperei ele responder. Saí dali aos tropegos, quase não enxergando o chão com essas lágrimas idiotas que insistiam em escorrer pelo meu rosto. Cheguei lá fora e já comecei a correr na velocidade inumana e fui direto para a floresta. Não sabia aonde estava indo, só me concentrava em correr e chorar, porque já era impossível reprimir as lembranças do passado.


  E tudo veio á tona, com as palavras do irmão desprezível da minha cunhada.


  *Flashback ON*


  "- Anda, senhor Salvatore. Não consegue me pegar? - perguntou, sorrindo á uns dois metros de distância de mim.


  Sorri de volta, tentando alcançá - la, mais ela era mais rápida. Eu já estava exausto. Corri á tarde toda atrás dela mata adentro ao redor de nossa casa. Eu tinha apenas 7 anos, mas tinha uma resistência de um soldado.


  Não percebi quando corri tanto, que acabei me perdendo dentro da floresta. Não ouvia a voz dela, só o barulho do riacho e das copas das árvores balançando.


  - Socorro! Socorro! SOCORRO! - comecei a gritar em plenos pulmões, mas ninguém ouvia. Tentei de novo: - Socorro! Me ajuda!


  - Perdido, senhor Salvatore? - perguntou minha adorável companheira, aparecendo em meio ás árvores.


  - Ahh! Nunca mais me deixe me perder nesta imensidão de floresta - digo, correndo ao seu encontro.


  Ela me abraça e me pega no colo. Ela começa a andar, quando diz:


  - Eu nunca te deixaria em apuros, meu anjo. Você e seu irmão são tudo para mim. Você sabe que eu nunca deixaria nada machucá - los.


  - Posso te pedir uma coisa? - perguntei, quando ela parou embaixo de uma árvore com sombra, e nos sentou.


  - O que quiser, anjo.


  - Você promete nunca me deixar? Me deixar, como... Mamãe fez?


  Ela ficou em silêncio, me encarando com aqueles olhos verdes - olivas brilhantes. Eu não sabia por que perguntei aquilo para ela. Só... sentia a necessidade de estar protegido.


  Por fim ela sorri, me estudando com os olhos, enquanto afaga minha bochacha e diz:


  - Eu nunca te abandonarei, filho. Você sabe que eu nunca faria isso. Quanto á sua mãe, você já sabe que papai do céu a chamou para junto de ti. Mas, saiba, que mesmo perto ou longe, eu sempre estarei lá, te protegendo. Eu nunca, mais nuuuuuuuuuunca te abandonarei, querido. Eu prometo.


  Eu sorri, ela sorriu. Depois depositou um beijo na minha testa, e me aconchegou em seus braços, cantando uma canção de ninar. Eu fui adormecendo aos poucos, mas não antes de dizer o que eu tanto queria naquele momento.


  - Te amo... Mamãe.


  *Flashback OFF*


  Parei de correr quando vi aonde tinha chegado: a nossa antiga residência, nossa ex - mansão, que agora estava aos pedaços.


  Sentia falta dali. Sentia falta de quando eu e meu irmão corríamos aqui, enquanto minha mãe nos observava sorrindo.


  Não que ela seja minha mãe de verdade. Mas, com o passar do tempo, eu aprendi a amá - la como minha mãe, aquela que faleceu no parto do meu irmão, porque não resistiu.


  Mas pensar nela, só me trazia dor. Eu sentia falta dos seus beijos, dos seus abraços, de nossas brincadeiras... De tudo. Ela me fazia ver cor, ver luz.


  Porém ela me abandonou. Ela quebrou sua promessa. Me deixou sozinho quando mais precisei dela ao meu lado.


  Me prostei na frente da árvore, aonde ainda estava viva a recordação dela. Desabei ali. Não estava nem aí para quem me visse agora.


  Eu só queria chorar, e chorar. Botar tudo para fora, como antigamente. Mas não tinha o colo dela aqui. E isso me fazia sofrer, e muito.


  Ela sempre me ensinou a honrar com minhas promessas. Tanto, que até hoje, nunca deixei de cumprí - las. Mas a dor é tão grande, tão agoniante, que choro tanto, que nem percebo quando durmo embaixo daquela árvore, em posição fetal.


  { 10 minutos depois }


  Acordo ofegante. Não sei o que deu na minha cabeça. Não sabia se era a bebida, se era o sono ou se era a dor do abandono, que me fez alucinar com aquela voz.


  Não qualquer voz. Mas a voz dela. As palavras dela ainda soavam claras em meus ouvidos, repetindo sempre:


  "Eu sempre estive aqui, anjo."


-


POV. Bella


Acordei com um barulhinho dos infernos(leia - se o despertador do meu celular), tocando Brick By Boring Brick, da banda Paramore. Desliguei e fui tomar um banho quente e relaxante, me preparando para a tarde de hoje.


  Coloquei um lingerie branca, de meia taça. Pus um short jeans que ia até a metade das minhas coxas(já que estava sol hoje, um milagre), coloquei uma resgata preta justa e uma sapatilha preta. Deixei os cabelos soltos mesmo, e passei lápis preto no olho bem forte. Por fim, passei gloss de morango.


  Catei minha bolsa e desci ás escadas, vendo que Charlie já tinha saído. Sério, a conversa ainda continuava na minha cabeça. Me envergonhou, e muuuuuuuito. Aff, eu tenho que parar de pensar em bobagens.


  Tomei um suco de uva e comi torradas e fui para a escola. Chegando lá já dou de cara com a intrometida, fofoqueira e burra da Lauren. Meu, ela não cai na real não?


  - Escuta aqui, Swan - começou. Revirei os olhos, mostrando evidente tédio. Ela continuou mesmo assim: - Se você fizer qualquer gracinha para cima do Tyler hoje, eu...


  - Eu o quê? - perguntei fria e maldosa, fazendo a estremecer.


  - E-e-eu, vo-vou...


  - Eu vou? - perguntei, desdenhosa. Continuei: - Olha, Lauren. Se Tyler quisesse alguma coisa com você, já teria ido atrás. Mas como você é uma songa - monga, e não presta atenção em nada, eu tenho que te avisar: ele não gosta de você; ninguém gosta de você! Se conforme, garota!


  Ela ficou vermelha de raiva, vegonha, e por mais que não pareça, razão. Em seus pensamentos ela dá razão á mim. Não que eu vá dizer alguma coisa, né. Mas é bom saber que pelo menos, ela sabe a verdade.


- Você vai ver, Swan. Vai pagar por tudo o que me fez! - gritou ela, correndo para longe de mim. Revirei os olhos. Sério, se não aguenta a verdade, por que faz questão de ser repudiada? Aff.


  Andei até o corredor do meu armário, onde encontrei Ângela, Ben(óbvio), Tyler, Mike e Mônica perto do meu armário. Sorri e eles sorriram de volta.


  - Bom dia! - saudei - os.


  - Bom dia, Bella - disseram em unissono, me fazendo rir.


  - E aí, Bellita? A praia ainda está de pé? - perguntou Tyler, fazendo piadinha.


  - Claro. Mas Tylerzito, não me chama de Bellita não, tá? - mandei, fazendo ele rir.


  - Tudo bem, Belli... Bella.


  Rimos da palhaçada dele e conversamos, até bater o sinal. Primeira aula: biologia. Aff, que coisa patética. A aula que eu mais gosto de aprender, me trazendo recordações dos benditos Cullens. Que ódio!


  { Três aulas depois }


  - Ahh! Comida! - exclamou Mike, saindo da sala ao lado da minha e da Ângela.


  - Mike, seu esfomeado. Não pensa em nada, além de comida? - zombou Tyler, bagunçando os cabelos dele.


  - Claro que penso. Mas agora, é só comida! - exclamou. E sua barriga fez um estrondo tão grande, que rimos da cara dele.


  Chegamos ao refeitório e todos olharam para mim. De primeira não entendi, mas depois que li os pensamentos deles, ficou bem claro.


  Eles ainda estavam chocados por eu ter colocado Jéssica no lugar.


  - Bella, hoje eu não quero nada. Quer que eu vá com você ali na cantina? - perguntou Ângela.


  - Não, Ang. Pode deixar - falei, indo com Mike e Tyler pegar comida.


  Pegamos e voltamos para a mesa, e conversamos sobre a nossa ida a praia. Falei também que queria visitar uns amigos meus, e logo bateu o sinal de novo. Fomos para a sala e esperamos a maldita hora passar.


  Bem, pensando agora: eu não quero ficar igual aos Cullens, estudando toda vez. Quando eu for vampira por completa, vou arrumar alguma coisa melhor para fazer.


  { No estacionamento, depois das aulas }


  - Tchau, Bella! Até La Push! - gritou Ang, se despedindo.


  Me despedi também e fui embora no meu bebê. Cheguei em casa e fui tomar um longo banho. Depois que passei meu shampoo, condicionador e sabonete de morangos(ufa!), fui arrumar uma roupa para mim ir.


  Optei por um biquini azul, um short jeans curto claro, camiseta branca e rasteirinhas. Depois fui almoçar.


  (n/a: Biquini da Bella)


http://www.google.com.br/imgres?q=Biquini+Azul&start=91&hl=pt-BR&biw=1311&bih=617&gbv=2&tbm=isch&tbnid=DLvqa-3wyiXABM:&imgrefurl=http://www.farfetch.com.br/shopping/women/designer-copa-club-biquini-azul-com-franzido-item-10141784.aspx&docid=InC2rD5iHOC3XM&imgurl=http://cdn-i5.farfetch.com/10/14/17/84/10141784_764174_400.jpg&w=400&h=534&ei=DSBhT-qRDJTlggegpKnpBw&zoom=1&iact=hc&vpx=110&vpy=75&dur=864&hovh=259&hovw=194&tx=104&ty=130&sig=115342237312764829723&page=4&tbnh=130&tbnw=97&ndsp=28&ved=1t:429,r:21,s:91


  Depois de almoçar, dei uma rápida geral na casa e olhei no relógio. Minha mãe disse que ia vim, não ia?


  - Procurando alguém? - me virei, levando um susto ao ver Sulpcia ali.


  - Ai que susto, mãe - falei, lhe dando um abraço.


  - Nossa, sou tão feia assim? - perguntou rindo, retribuindo.


  - Não, só me assustou com essa chegada repentina.


  - Ahh - disse. - Os garotos mandam beijos para você. Demetri, em especial.


  - Hum - murmurei, dando um sorriso diabólico.


  - Você vai ser ainda mais maliciosa e vingativa que sua irmã - falou minha mãe, me fazendo pensar nela.


  - Quando será que nos encontraremos? - murmurei, pensativa.


  Mas ela apenas sorriu, e disse:


  - Em breve. Logo. Ela sabe que eu iria te contar uma hora ou outra, então ela precisa voltar para te ajudar.


  - Arrã.


  - Bom - falou, olhando para o relógio. - Daqui a pouco você precisa ir. Só vim aqui te dar um "Oi" e já vou. Lá em Volterra está tendo uns marmanjos querendo nos expor, e você sabe. Devemos tomar cuidado.


  - Claro - falei, lhe dando um último abraço. - Amanhã, depois da escola, vou para lá, ok?


  - Tudo bem - falou, me dando um beijo na testa e se afastando. - Até amanhã.


  E assim, desapareceu.


  Subi para o meu quarto e peguei a bolsa que tinha arrumado esta manha. Levaria uma cesta de comida também, para o piquenique. E Tyler e Mike comem feito loucos, então, tenho que levar uma cesta bem cheia.


  Tranquei a casa e fui para o meu carro. Recebi uma mensagem da Ângela, dizendo que todos já estavam lá. Respondi dizendo que em 10 minutos estaria lá. Arrumei as bolsas e dei partida no carro e segui para La Push.


  A caminho de lá, percebi vários movimentos estranhos na floresta. E como não sou trouxa, decidi ouvir com mais atenção, com meus sentidos aguçados de vampira - não - imortalizada.


  "Ihh, cara. É a Bella. Ela vai para La Push. Devemos avisar o Jake?" - escutei um transformo dizer. É, eu já sabia o que eles eram.


  "Melhor não, Quil. Eles precisam se resolver. Jake precisa parar de ser criancinha" - falou outro.


  "Mas e o segredo, Embry? Quer que ela descubra?"


  "Ela namorou os sanguessugas, Quil. Não duvido que ela se sinta a vontade perto da gente."


  "Mas e o segredo?"

- perguntou novamente Quil.


  "Deixe para lá. Não avise ninguém, deixe Jacob se virar."


  Logo depois não ouvi mais nada. Já estava estacionando, quando dou de cara com uma Ang empolgadíssima.


  - Demorou, hein?


  - Calma, Ang. Só demorei... - parei, olhando o relógio. - 10 minutos. Em ponto.


  - Ta, ta. Agora vamos! A água está perfeita! - só agora reparei que ela estava com um biquini roxo, e toda molhada.


  (n/a: Não, não. Ela está toda seca. É claro que ela estaria toda molhada, né anta!) (n/Bella: Anta é o seu C* autora.) (n/a: Suas palavras não me ferem mais.) (n/Bella: É? *perguntou, com um sorriso diabólico no rosto*.) (n/a: É *afirmou*) (n/Bella: Então toma isso *falou, usando o poder da Jane na autora*) (n/a: AHHH! Tabom! Parei! Que saco, porr*!) (n/Bella: Bom mesmo!)


  (n/a: Biquini da Ângela)


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- Vamos, Bella. A água está ótima! - gritou Mônica, me chamando.


  - Já estamos indo! - respondi.


  - Ang, amor, vem logo! - chamou Ben, fazendo beicinho.


  - Já vou amor - gritou Ang, se voltando para mim. - Bella, ali é onde a gente deixou as coisas do piquenique, tá? Vou indo.


  - Ta - falei, trancando o carro.


  - Vê se não demora! - gritou, já perto da água.


  - Tabom! - gritei de volta.


  Fui até onde ela apontou e deixei as coisas lá. Tirei a camiseta, o short, a rasteirinha e fui até eles. Eles não mentiram não: a água estava mesmo ótima!


  - Até que enfim a Bella Atrasada chegou! - lamuriou Mike.


  - Vá se fuder, Newton - chinguei, rindo.


  - Own, também te amo, Bellinha.


  - NÃO ME CHAMA DA BELLINHA! É NOME DE CACHORRO! - gritei, correndo atrás dele na água. Não fazia força, já que tinha resistência vampírica.


  - AHH! Peraí, Bella. Foi brincadeira! - gritou, tentando me fazer parar. Mas quem disse que eu parei? Corri até alcançá - lo, que não foi muito longe, porque cansou. Agarrei o pescoço dele e o enforquei, não coloquei muita força, mas ele ficou vermelho.


  - HAHAHAHAHAHAHA!!! - chegou Tyler rindo, vendo Mike esfregar nervosamente a garganta e respirar rápido.


  - Isso, ria da desgraça alheia, Tyler. Se fosse com você, não acharia graça - resmungou Mike, emburrado.


  - Own... O Mikezinho está boladinho, está? - zombou Tyler, fazendo uns gestos esuqisitos e engraçados com as mãos.


  - VOU TE PEGAR, CROWLEY!!! - berrou Mike, já correndo atrás do Tyler, que estava gargalhando.


  - Bella! - chamaram Ang e Mônica, que estavam se divertindo com a situação, vendo Tyler e Mike brigarem, enquanto Ben tentava separar os dois.


  { 3 horas depois }


  - Sério, ainda vou te pegar, Tyler - ameaçou Mike, com a cara emburrada igual á de uma criança.


  - Ihh, sai pra lá, Newton. Da fruta que você gosta, eu não sou afim não - zombou Tyler, deixando Mike furioso.


  - Não, sua anta. Não desse jeito! - exclamou. Mas depois sorriu malicioso e disse: - Mas bem que você gostaria que um te pegasse de jeito, né?


  - Vá se fuder, panaca! - disse Tyler.


  - Panaca é o teu c*!


  - Idiota.


  - Vesgo.


  - Besta.


  - Mongo.


  - Filha da p...


  - Peraí! - exclamou Mônica, se pondo no meio dos dois retardados. - Vamos parar com a troca de elogios, sim?


  Todos rimos, deixando as ofensas de lado. Agora, estávamos comendo as coisas que eu e as meninas trouxeram. Vou te contar, nós comemos pra caralh*!


  - Gente, alguém vai estudar pra prova de trigonometria? - perguntou Mike, de boca cheia.


  - Porco - chingou Tyler.


  - Obrigado - agradeceu Mike.


  - Olha, Mike. Eu não vou estudar nada não. Mas se quiser, posso te ajudar - falou Mônica, dando de ombros.


  - Eu adoraria - respondeu Mike, com um tom meloso.


  Ãããããã? Meloso?


  Fui ler mais afundo os pensamentos dos dois, e descobri uma coisa surpreendente. OS DOIS SE AMAM!!! AHHHHHHHH!


  Mordi minha língua para não falar merda. Como é que eu explicaria depois? Diria: "Hey, li nos pensamentos dos dois. Que legal!". Provavelmente me chamariam de louca, isso sim.


  - Bella? Bella? - chamou Ângela, balançando as mãos freneticamente na minha frente. - Está no mundo da lua?


  - Não, não. Só... pensando.


  - Ahã. Sei - murmurou Tyler, malicioso. Taquei um biscoito no meio da cabeça dele, fazendo ele me chingar. Ri e continuamos a conversar.


  Estava tão bom conversando aqui com os meus amigos. Fazia tanto tempo desde que me diverti assim. Estava difícil de encarar tudo, mas eu superei, e estou melhor agora.


  Eu acho.


  - Bella, vamos ao shopping no fim de semana? - chamou Ang, me tirando de meus devaneios.


  - Claro, Ang - respondi, lembrando que não tinha nada para fazer.


  - Que horas? - perguntou.


  - Cedo - ela riu, assentindo. - Vamos passar no salão e você irá conhecer meu cabelereiro. Ele é hiperentusiasmado.


  - Arrã - afirmou ela, rindo. Depois ficamos conversando, até que deu a hora.


  Iria falar com Jake.


  - Bom, galera. Até amanhã na escola - todos já estavam em seus carros, prontos para irem embora.


  - Tudo bem, Bella. Até amanhã - responderam juntos, fazendo eu ri. Depois Ângela perguntou: - Você não vêm, Bella?


  - Não, vou... Visitar um amigo aqui.


  - Ahh, tá. Tudo bem. Até amanhã então - despediu - se, me dando um beijo na bochecha.


  - Até - acenei, enquanto eles davam a partida nos carros e iam.


  Fiquei ali por uns minutos, até que resolvi ir ver o Jake. Precisava conversar com ele. E era para agora.


  Só espero que ele me ouça.


-


POV. Ângela


Eu realmente fiquei surpresa quando Bella disse que ficaria, mas fingi que não me importava, pois ela não poderia saber da verdade, ainda.


  Não gosto de esconder segredos da minha melhor amiga, mas é necessário. Eu sei que ela já sabe sobre sua família verdadeira, mas sua irmã pediu para não dizer nada, por hora.


  É, eu conheço a irmã dela. E devo dizer que é muito protetora. Ela cuida de Bella, como cuida de suas filhas, como um dia ela me disse que tinha. É uma pessoa maravilhosa e responsável, e quando ela pediu para mim ajudá - la, eu me surpreendi.


  Deixa eu contar minha história. Meu nome que todos conhece é Ângela Weber, mas na verdade, sou Ângela Adelaine Nurse, decendente direta de Rebecca Nurse, uma, das 20 bruxas e bruxos enforcados há muito tempo atrás, em Sálem.


  Como eu sei disso? Bem, como eu disse, a irmã de Bella é mesmo maravilhosa, protetora e responsável. Ela cuidou de mim desde quando eu era pequena, que digamos ser, há muito tempo atrás.


   Eu sou filha de Rebecca com um homem, no qual ela se envolveu, mas que foi deixada por ele na época, pois não quis me assumir, ainda mais naqueles tempos, filhos fora de casamento.


  "Minha mãe, pelo pouco que me lembro e sei, era uma ótima mulher. Nunca foi mesmo uma bruxa, pois nunca assumia o seu lado bruxa mesmo, ela nunca quis isso para ela, mas com o passar do tempo e das coisas que aconteceram, ela aceitou o que era."


  "Foi muito trágico sua morte. Enforcada por causa das outras que não foram cautelosas. Não as julgo, mas também deveriam ter tido um pouco de lucidez para não terem feito tanta burrada."


  "Eu nasci em 13 de maio de 1680. Minha mãe, na época, já era uma bruxa experiente, e ao longo da minha infância, ela me ensinou todos os truques que eu devia saber, como bruxa - mirim, assim como ela me chamava."


  "Ninguém sabia que eu existia. Minha mãe não podia ficar comigo o tempo todo, mas sempre que dava, ela vinha me ver."


  Agora você se perguntam: "Se ela não vivia com a mãe, ela vivia com quem?".


  Pois é aí que entra a irmã da Bella.


  "Tudo começou quando eu tinha apenas 3 anos. Minha mãe havia me tido, e com a ajuda de um feitiço, ela enfeitiçou uma senhora, pedindo para que cuidasse de mim quando ela não estivesse presente. Ela aceitou, mas 4 meses depois ela faleceu."


  "Eu e minha mãe, já não sabíamos mais o que fazer. Eu era esperta, sabia me cuidar com apenas 3 anos, mas minha mãe nunca quis me deixar sozinha, até que um dia, ela apareceu..."


  *Flashback ON*


  - Mamãe? Por que não me deixa viver aqui? Eu sei me cuidar! - embirrei, pois ela ainda não me achava "madura o suficiente" para ficar sozinha.


  Ela apenas sorriu e afagou minha bochecha, já que eu estava em seu colo, e disse:


  - Arranjaremos um jeito, minha filha. Para tudo se têm solução.


  Dito isto, as janelas começaram a bater, sendo que elas estavam fechadas, e uma rajada de vento entrava fria e forte pela porta, que estava batendo.


  - Mamãe? O que que é isso? - perguntei, assustada.


  Logo então, vi uma bela moça na minha frente. Ela tinha uma bela face, com lindas maçãs do rosto. Seus cabelos cachedaos caiam em seus ombros, leves em sua cintura. Seu vestido era lindo, de um oliva - esmeralda, ressaltando um pouco da sua pele bronzeada e um pouco branca. Mas o mais intrigante, é que quando eu a vi, podia jurar que ela tinha olhos azuis, mas vendo melhor agora, eram olivas intensos, igual ao vestido.


  - Rebecca - saudou - a minha mãe, fazendo um tipo de reverência, eu acho.


  Minha mãe, que estava de boca aberta até agora, se levantou comigo no colo, e respondeu:


  - Eu não acredito que você está aqui, J...


  - Não diga nada - alertou - a, severamente. Depois sorriu e explicou: - As paredes têm ouvidos, Rebecca.


  - Mas... Como? Como descobriu onde eu estava? - perguntou minha mãe, um pouco em choque, ainda.


  - Oras, se esqueceste o que sou, Nurse? - indagou ela, sorrindo docemente e divertida a minha mãe.


  - Mas... O que fazes aqui?


  - Bem - começou, se sentando na outra cadeira que tinha ali, fazendo um sinal para que minha mãe se sentasse também, que obedeceu. - Vi que minha adorável amiga estava com sérios problemas em relação á uma linda pequena criança, então resolvi vir ajudá - la.


  - Por que retornou? - perguntou minha mãe, não querendo prolongar nada.


  Ela suspirou, expirando com dificuldade. Em seus olhos, vi tanta angústia, tanto sofrimento, que nem tinha percebido que me encolhi tanto, batendo na barriga da minha mãe.


  - Eles estavam atrás de mim e de minha filha, Rebecca. Tive que deixá - la por um tempo.


  A encarei, chocada. Ela havia abandonado a filha?


  A moça subitamente me encarou, com os olhos tristes, e respondeu ao meu pensamento:


  - Eu não a abandonei. Só... deixei - a para que pudesse viver um pouco sem tanta "confusão" perto de mim e seu pai.


  Ela lia a minha mente?


  - Sim - respondeu de novo, ao meu pensamento não verbalizado.


  - Quanto tempo irá ficar? - perguntou minha mãe.


  - Depende - respondeu, se levantando e encarando a casa. - Não sei. Preciso esperar para que toda essa "confusão" se acalme por um tempo - depois me encarou e abriu um largo sorriso e chegou perto de mim, se agachou e meu olhou no fundo dos olhos, sorrindo: - E qual é o seu nome, pequena?


  - Ângela - respondi, sem nem mesmo pensar.


  - Que nome bonito - elogiou, colocando meus cabelos atrás da orelha. Seu toque era quente e suave, e por incrível que pareça, não me assustei com o gesto. Era... reconfortante.


  - Creio eu, que você saiba nossa situação, não é mesmo? - perguntou minha mãe, fazendo a moça desviar a atenção de mim, para ela.


  - Sei, e é por isso que proponho um acordo.


  - Que acordo? - perguntei, impedindo de minha mãe perguntar.


  - Vocês estão precisando de uma... "criada", por assim dizer, não é mesmo? - perguntou, novamente se sentando na cadeira. Fizemos que sim, então ela continuou: - Eu posso cuidar de você, pequena Ângela. Enquanto sua mãe não está. Posso te treinar, pois você é uma filha de uma bruxa muito poderosa que nem descobriu os poderes direito - falou, rindo da última parte. Minha mãe e eu fechamos a cara, então ela continuou: - Então, cuido de você, te treino e te protejo de tudo e de todos, pode ser?


  Olhei intintivamente para minha mãe, lendo sua expressão. Ela estava calma, serena... pensativa. Iria indagar, quando disse:


  - Tudo bem. Será um prazer tê - la em nossa família - respondeu minha mãe.


  - Ótimo - disse a moça, que porventura, eu ainda não sabia o nome.


  - Você pode me chamar simplesmente de Tia, por enquanto, Ângela - falou, respondendo aos meus pensamentos. - Quanto ao meu nome, vamos deixá - lo em segredo, tudo bem?


  Assenti e olhei para minha mãe, ela nos olhava sorrindo. Como minha mãe iria chamá - la?


  Mas dessa vez, quem respondeu foi ela mesma:


  - Não se preocupe, filha. Eu e sua... err, Tia, nos viramos aqui.


  Rimos e logo depois discutimos de quando minha mãe partiria de volta á cidade, já que morávamos afastadas, no campo. Combinamos de ser quando o sol nascer.


  Chegando no dia seguinte, minha mãe se despediu de mim com muitos beijos, e um abraço na minha Tia. Logo que partiu, fomos para dentro, onde Tia disse:


  - Ângela, amanhã, iremos treinar os seus poderes, tudo bem querida? - perguntou, me sentando na cadeira, onde iria pentear meus cabelos castanhos.


  - Arrã.


  - Você já conhece algum? - perguntou. Não respondi, apenas demonstrei. Assim que terminei, ela sorria, vendo meu desenvolvimento.


  - E você? Conhece algum? - perguntei, curiosa.


  - Olhe - pediu, apontando para o espelho. Eu obedeci, e logo vi uma paisagem muito bonita, brilhante e bonita, mas logo saiu de foco. E depois ela retirou uma borboleta da minha orelha.


  Incrível!, exclamei em minha mente, maravilhada.


  - Ângela - chamou ela, de repente. Me virei e vi ela fitando o outro lado. Fui até ela e a fiz se abaixar, para mim vê - la. Perguntei silenciosamente o que se passava e ela respondeu: - Eu... Se eu te contar uma coisa, promete não me julgar, gritar, sair correndo ou ate mesmo, me odiar, até saber da história toda?


  Mas o que é isso? Por que da pergunta?


  - Só responda - pediu, lendo minha mente. Assenti e ela gesticulou para a cadeira novamente. Me sentei e a observei. Ela fechou os olhos e disse:


  - Eu, na verdade, sou assim - ela abriu os olhos num rompante, bem na hora em que veias saltaram de seus olhos e eles ficaram escuros, negros como breu, e em sua boca meia aberta, notava - se longos caninos, pontudos e afiados.


  De início, fiquei sem reação. O que era aquilo, meu Deus? Era uma ilusão? O que ela era?


  - Eu sou uma vampira, Ângela.


  - Mas vampiros não existem - sussurro, vendo seu rosto ficar normal de novo.


  - Igualmente como bruxas não existem. Todo ser sobrenatural que você pensou que não existe, esqueça. Eles são reais e têm vários deles soltos por aí. Por isso devemos tomar cuidado.


  - E você... err, toma... - perguntei, incapaz de terminar.


  Ela balançou a cabeça, afirmando meus pensamentos.


  - Não mato por gostar, Ângela. É somente quando sinto fome. Caso contrário, não mato nem coelho.


  - Entendi - digo por fim, encarando seus olhos. - E, suponho eu, que você tenha uma história para me contar.


  - Tenho. Mas ela é muito complicada e longa, então acho que devemos esperar você crescer mais um pouco, assim, poderei contar tudo á você.


  Esperava que fosse tudo mesmo.


  *Flashback OFF*


  Passaram se muitos anos depois, minha mãe morreu. Mas minha "Tia", como a chamava na época, me ensinou tudo o que eu sei hoje. Sou uma bruxa muito poderosa e vivo eternamente, pois a irmã de Bella me lançou um feitiço, na qual eu viveria para sempre, mas quando eu quisesse, poderia ser uma simples mortal, mas bruxa. Concordei na época, e hoje em dia, moro com os Weber, que são meus segundos pais.


  - No que tanto meu amor pensa? - perguntou Ben, passando a mão em meu rosto. Nem havia reparado que ele já havia chegado na minha casa.


  - Coisas - respondo, rindo. - Já vai? - perguntei.


  - Sim. Minha mãe vai dar um jantar para toda família lá em casa, e eu tenho que ir - falou, afagando minha bochecha. - Queria que você fosse...


  - Hoje é dia em família, Ben. Você nem fica mais direito com sua família, e...


  - Mas agora, você também é minha família, Ang. Minha namorada - falou, aproximando seus lábios dos meus, me dando um beijo cálido nos lábios. E continuou: - Minha amante - beijo. - Meu sol - beijo. - Minha luz - outro beijo. - E por fim, mas que resume a tudo: minha vida! - e me deu um beijo de matar mesmo.


  Eu deixei umas lágrimas escaparem, de tamanha felicidade. Era a primeira vez que ele falava com tanta intensidade.


  Ele arrastou seus lábios até meu olhos e deu - lhes um beijo e se afastou, sorrindo.


  - Obrigada, amor. Você também é meu ser, meu tudo, minha vida - respondi, dando outro beijo nele.


  - Eu sei - respondeu, convencido. Dei um leve tapa em seu braço, que o fez rir.


  - Te vejo amanhã - falei, saindo do carro e dando a volta.


  - Ang! - gritou Ben, me fazendo virar, sorrindo. - Vem aqui.


  Fui até e me abaixei. Ele me lascou um beijo apaixonado e depois se separou, sorrindo e disse:


  - Eu te amo.


  Sorri, e dei - lhe outro beijo, dessa vez mais calmo, me separei dele, que fez biquinho, e disse:


  - Eu também te amo.


  E assim, ele saiu businando pela rua. Eu ainda me encontrava olhando abobada para onde ele havia ido. Depois que suspirei, fui em direção até minha casa, que por sinal, estava muito silenciosa. Todos deviam ter saído.


  Entrei e joguei minha bolsa na mesa, as chaves no chaveiro de porcelana da minha mãe e fui até a geladeira, aonde peguei a jarra d'água. Mas quando me viro, levo um susto tão grande que acabo deixando a jarra cair de minhas mãos e grito.


  - SHHH!!! Se acalma, Ângela. Sou eu - falou a irmã de Bella, segurando a jarra, que por pouco, não se estilhaçava em mil pedaços no chão.


  - Você é louca, ou o quê? Quer me matar do coração? - indago, pondo a mão em cima do peito.


  - Você não morreria - respondeu, dando uma risadinha.


  - Haha, muito engraçado - digo, pegando dois copos no armário. Servi ela e depois a mim, e perguntei: - O que a trás aqui?


  - Nossa, se quer que eu vá embora, é só mandar, não precisa de rodeios não - disse, fazendo cara de ofendida, andando na direção da porta.


  - Não seja melodramática. Sente - se e fale.


  - Ta, ta - falou, se sentando de novo. - Vim saber de Isabella. Como está? Já está melhor?


  - Está sim - digo, sorrindo. Á meses ela me vem fazendo a mesma pergunta, e eu sempre respondendo não. - Hoje ela saiu comigo, Ben, Mike, Tyler e Mônica.


  - Arrã - assentiu, continuando: - Ela já foi pra casa?


  - Não - digo, repassando nossa despedida. - Ela disse que queria falar com uns amigos dela lá. Acho que era com os transmorfos.


  - Urrum - respondeu, olhando para os lados.


  - Você não se preocupa? Sabe, eles são meio descontrolados e...


  - Jacob e alcateia não fariam mal a ela nem que pagassem - respondeu, me olhando.


  - Como sabe? - perguntei, curiosa. - Porque, como você viu, Jacob gosta dela e...


  - Ele não fará nada, porque ele prometeu protegê - la. Ele me prometeu.


  - Mas isso não impede o fato de que ele ainda goste dela - tento novamente, vendo se ela entende.


  Mas ela somente suspira, balança a cabeça, me olha e diz:


  - Ele não gosta mais dela, porque ele sofreu um imprinting pela minha filha, Ângela.


-


POV. Bella


Aii, meu Deus do Céu. E agora? Vou ou não vou falar com ele?


  Estou aqui do lado de fora já faz uns bons 10 minutos, mas a coragem não vem. Sei que ele está la dentro, pois já ouvi sua voz e seu coração batendo, bem diferente do de Billy, que está assistindo o jogo.


  Com um suspiro, largo para trás todas as incertezas e caminho com passos firmes até a porta. Devo mencionar que coloquei o escudo inteiro em mim, para que ele não perceba minha chegada?


  Toc, toc, toc - bati na porta de sua casa.


  - Jacob! Atenda para o seu velho! - gritou Billy.


  - Você ainda vai falecer enfadado por causa dessa cadeira e jogo, pai - murmurou Jacob, chegando perto da porta e destrancando - a.


  - Ahhh, dá um desconto. Sou velho e estou aproveitando - terminou Billy.


  - E devo dizer que sua forga já está me cansando - falou Jacob, terminando de destrancar a porta e abri - la num rompante, mas suas palavras se congelam assim quando seus olhos me veêm.


  - Olá Jacob - digo segura e confiante, sem deixar a voz tremer.


  - Bel... Bella, o que faz aqui? - perguntou, gaguejando. Em sua mente eu via uma forma de como ele tentaria me proteger, me mandando ir embora.


  - Antes que você faça qualquer coisa - corto ele, que já iria inventar qualquer coisa para mim ir embora. - Eu sei o que você é, eu sei no que você está envolvido e sei o por quê de você ter me evitado. Só quero conversar com você e te contar umas coisas que eu descobri - essa última eu meio que sussurrei, porque o fofoqueiro do Billy estava escutando.


  - Tudo bem - por fim, ele se rende. Olha para o pai de relance quando fecha a porta, recebendo um olhar penetrante do mesmo.


  - Vamos caminhar - sugiro, indicando para a oficina. Ele assente e anda, nervoso, pensando em um jeito de explicar tudo, e de me entender, já que ele não me disse nada.


  Quando entramos na oficina, eu começo a olhar, de quando eu fiquei aqui, nos primeiros dias da minha depressão, e quando tudo desandou de vez.


  Eu sinto os olhos de Jacob cravejados nas minhas costas, quando não aguenta mais e pergunta:


  - Você sabe o que eu sou?


  - Sei - respondo, me virando para ele.


  - E... não tem medo? Nojo? Ou sei lá, outra coisa? - pergunta de novo, inseguro.


  - Não - respondo, olhando em seus olhos, que brilharam com a resposta.


  - Mas, você têm certeza de que...


  - Olha, Jake - cortei - o, fazendo ele me encarar surpreso. - Eu preciso te contar umas coisas e espero que você me entenda, do mesmo modo que eu te entendo.


  Ele me encarou, pelo o que me pareceu, minutos intermináveis. Por fim, suspirou e disse:


  - Tudo bem. O que você tem para me dizer?


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Notas finais do capítulo

Ahh, amores da minha vida, este foi o cap mais trabalhoso que eu já fiz até agora.
Além de todas os trabalhos que tenho, estava sem criatividade, então tive que me esforçar e aqui está esse cap "bonzinho" para vocês! (risos)
Então, para os meus leitores com os olhos de gavião, as coisas já estão se desenrolando, não é mesmo? Vimos 2 POV's diferentes de pessoas diferentes, e os 2, revelam muitas coisas com apenas poucas palavras.
E a Ângela? Quem poderia imaginar que ela era uma Bruxa? E que a irmã de Isabella tem contato com ela? Ahhhhhh! *surtando de vez aqui*
Bem, vou ver se posto o próximo cap amanhã ou depois de amanhã, pois agora sim a Fic vai acelerar um pouco.
Mil beijos para todos os meus fiéis leitores e até a próxima!
P.S: E aí, gente? Será que por esse cap não merece uma outra recomendaçãozinha? Ou muitos reviews? Leitores fantasmas, não sejam tímidos, comentem! Mesmo se for para criticar, não tem problema.
Ficarei feliz com a decisão que for.
Até a próxima!!!