A morte da bezerra escrita por BubblesChan


Capítulo 8
Anjo caído


Notas iniciais do capítulo

Capitulo escrito por Edson Alca !



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# 15/05/2001

# 04:23 - Quarto


È impossível dormir. A imagem daquele inocente cachorro não sai de mim. Não paro de pensar em como ela foi fria ao queimar o pobre animal. Tento buscar alguma razão para ela ter feito aquilo, mas tudo que vem a minha cabeça é... Maldade.


Fico tentando entender como aquele ser angelical que me protegeu possa ter se tornado maligno. Aquela expressão séria que eu jamais vira em seu rosto. Ela não tinha luz. Estava camuflada na sombra daquelas árvores.


# 15/05/2001


# 11:35 - Sala


Não irei à aula hoje. Sinto-me fraca. Incapaz de resistir à decepção. Ficarei em casa, deitada em minha cama, esperando que o tempo dure mais que o normal. Talvez assim eu possa esquecer, ou pelo menos, amenizar a tristeza.



# 15/05/2001


# 12:20 - Quarto


Mudança de planos. O diretor da escola ligou para minha mãe. Parece que a professora se sentiu ofendida com a minha falta de explicação ao sair correndo da sala, ou melhor, minha imprudência e falta de educação como disse o simpático diretor no telefone. È, não consigo ficar longe daquele lugar. Parece que ele solicitou que eu e minha mãe fôssemos até lá. Então, até mais tarde diário.



# 15/05/2001


# 14:30 - Quarto


Nós duas caminhávamos tranquilamente em direção à escola. Eu parecia calma por fora, mas na verdade estava angustiada. Mamãe não disse nada, mas eu sabia que estava curiosa para saber o que tinha acontecido. Assim que chegamos o sinal tocou. Os alunos foram para suas salas e apenas às folhas secas se moviam no pátio. Entramos na escola e seguimos pelo longo corredor da diretoria. Quando estava a alguns passos da porta do diretor uma força hesitante começou a me controlar. Eu não conseguia me mover. Sentia que algo ruim estava atrás daquela porta. Mamãe colocou sua mão em meu ombro. Seu simples toque fez com que a força hesitante desaparece.


Estava na hora de encarar o medo. Três batidas e uma resposta... ”entre”. Mamãe abriu a porta e lá estava o todo poderoso sentado em uma cadeira de couro preta. Meus olhos foram diretamente para ele, deixando de perceber que ao meu lado esquerdo se encontrava um familiar ser maldoso. Ela estava lá, igualmente sentada, mas em uma das cadeiras de espera. Ao perceber que era eu que se encontrava a sua frente ela se levantou e foi em direção à porta. Antes pudesse sair à primeira voz surgiu naquela sala.

– Aonde você vai filha? – Os três olhavam para a garota. Ela parecia nervosa. Derrepente tudo se encaixou em meus pensamentos. Uma pessoa com tanta influência sobre Matheus só podia ser filha do diretor.

– Vou esperar do lado de fora – disse ela retirando-se da li.

Depois de uma longa conversa ganhei 3 dias de suspensão. Mamãe aceitou tranquilamente meu castigo, mas não engoliu a desculpa que eu dei. Enquanto ela se despedia e continuava batendo papo com o diretor, saí da sala e fui em direção ao Anjo. Peguei em seu braço e olhei séria para seus olhos tristes.

– Como você pode se fingir de boazinha? Qual seu nome? Por que me protegeu?

– Meu nome é Érica, e eu não me finjo de boazinha, você que se engana muito fácil querida. Talvez se você fosse mais, mais... Se você estivesse acostumada com pessoas você seria mais esperta. – suas palavras grosseiras, sua expressão irônica, isso já era o bastante pra mim. Soltei seu braço e caminhei perdidamente pelo corredor.

– Eu não te protegi, eu fingi te proteger – parei de caminhar e fiquei de costas ouvindo o que ela falava – Quero que meu pai tenha orgulho de mim, quero ser a melhor aluna da escola. Más para isso preciso me livrar de você. Usei Matheus para isso, más ele não foi muito útil. Acabou até te estrupando pelo o que eu soube.

Sinto muito diário, mas não consegui me conter. Aquela sensação, aquele breve poder me dominou. Me virei vorazmente acertando um soco em seu rosto. O sangue escorria por seu lábio e ela surpresa caiu sentada no chão. Ficou alguns instantes tentando entender o que eu tinha feito. Levantou e correu saindo pela porta no fim do corredor.

Ainda não acredito no que vi e ouvi. Como posso ter sido tão burra. Idiota ao ponto de pensar que eu teria um amigo, um anjo protetor. Más agora chega, não suporto mais tanta decepção. Não permitirei mais que eles pisem em mim. Eu mesma me protegerei das feras que tentam me matar.



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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Próximo capitulo: Familiar



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