A morte da bezerra escrita por BubblesChan


Capítulo 1
Diário do medo


Notas iniciais do capítulo

Capitulo escrito por Edson Alca & BubblesChan !



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# 03/05/2001

# 15:55 - Quarto


Querido diário, este é apenas o primeiro relato dos muitos que estão por vir. Não, não quero que pense que o usarei como uma espécie de livro de memórias ou algo assim, eu realmente não tenho nada de tão bom para compartilhar. Na realidade, você será meu porto seguro a partir de agora. Será meu refúgio, onde eu possa me esconder sempre. Onde eu possa desabafar como nunca o fiz antes. Será o que ninguém jamais foi... Será meu amigo.


Talvez, algum dia, outra pessoa o lerá, roubará, encontrará, tanto o faz. Pois fará por curiosidade, como qualquer outra pessoa normal. É "normal” é algo que obviamente não pensarão sobre mim.

Creio que seria de bom tom que eu me apresente agora, brevemente. Meu nome é Estela, Estela Carter. Moro com minha mãe. Uma casa pequena, em uma cidade grande. Estou aqui há mais de dois anos. Fui educada em casa, desde os 5 anos até os 13. Hoje tenho 16, meu primeiro dia de "aula" em uma escola pública foi há três anos.

Peço que compreenda meus pensamentos a respeito de meus colegas. Não lhes quero o mal. De nenhum deles. Não desejo mal a ninguém, nunca. Apenas queria que entendessem que não vejo necessidade de mostrar meu corpo, de me arrumar para pessoas que mal conheço. Apesar de estar acostumada a ser ignorada, ainda choro no banheiro por ser humilhada na frente de todos. Até mesmo os professores parecem rir de mim pelas costas. Eu sei que mudaria tudo se eu fosse uma garota mais atirada, mais não quero correr o risco de não poder voltar atrás depois.

Peço mais uma vez que compreenda. Não é fácil ser a excluída, não é nada bom ser rejeitada e se sentir sozinha em um lugar repleto de gente. Ao menos uma pessoa poderia gostar de mim, mais não há um ser com tamanha educação e que faça algo por alguém sem interesse.

Tenho andado meio estressada e revoltada com tudo isso. Espero mais uma vez que entenda que não fiz por mal. Afinal, quem enfia a caneta no braço de um colega em plena aula com risco de ser até expulso. Alguém estava puxando meu cabelo. Não era minha intenção machuca-lo, mas não tive alternativas.

Mas meu momento garota má acabou juntamente com a aula. Passei a ser a vítima, o alvo. Quase todos da turma queriam me bater, restaria pouco do meu cabelo se aquelas garotas o pegassem. Como toda boa jogadora, eu tinha minha carta na manga. Era o dia da mamãe me buscar na escola. Livrei-me deles naquela partida, mas o jogo ainda continua.



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Notas finais do capítulo

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