No capitulo anterior

Em seguida ambos levantaram, se despediram dos anciões e foram para casa sem trocar uma única palavra, o abraço que Hikaru depositava em Sayuri dizia mais do que qualquer um pudesse imaginar.

CASA PRINCIPAL

–-Ai droga – Gritou Sakura ao errar o alvo de sua Kunai – Hoje o dia está complicado, e não tem como ficar pior – Falando isso Sakura sentou na grama para admirar a paisagem, passado um tempo em silencio, deitou-se e ficou observando o céu.

–- Sakura – Sama – Gritou Keiko – Seus pais chegaram, mandaram se arrumar e descer para o jantar que será servido em uma hora.

Keiko tinha seus 50 anos, possuía cabelos rosa de uma tonalidade quase branca, a idade marcara seu rosto, mas mesmo assim continuava linda. Servia a família Hikaru a muitos anos, por isso a garota a considerava como uma mãe, sendo tão amorosa e ao mesmo tempo rigorosa sempre que Sakura e Saya aprontavam algo.

–- Certo Keiko – Sam, já estou indo – Sakura ouviu Keiko entrar, e decidiu que esperaria um pouco mais deitada na grama, fechou os olhos e começou a pensar “Hm, jantar, mas já? Meus pais demoraram demais conversando com os conselheiros, estou com um mal pressentimento!” abriu os olhos e ficou admirando as nuvens, depois de longos minutos percebeu que o céu escurecia. – Okay, vou tomar banho! – Falou enquanto se levantava e corria casa a dentro com Keiko gritando em seu encalço.

–- Não corra dentro de casa mocinha! – Realmente, ela era sua supervisora.

Chegando na sala, lugar que seus pais costumava ficar conversando, não os encontrou, virou-se para Keiko que a olhava desconfiada e já reclamando.

–- Sakura – sama, não deixe suas kunais espalhadas por ai! Podem causar acidentes, e além do mai – Foi interrompida por Sakura que lhe perguntou

–- Keiko – san, onde estão meus pais?

–- Eles subiram assim que chegaram, estavam preocupados, pelo que parece a reunião do conselho não foi muito boa querida!

–- Hm – Sakura virou-se em direção a escada – Eles falaram alguma coisa?

–- Deixe-me pensar – Keiko colocou uma mão no queixo enquanto tentava se lembrar de algo. – Não não querida, eles apenas falaram para você se arrumar e descer para o jantar.

–- Certo! Vou tomar um banho então, já volto

Sakura subiu as escadas e andando um pouco pelo corredor deparou-se com a porta de seu quarto, abriu, e lá estava ele, Keiko havia arrumado tudo que ela tinha colocado fora do lugar. Não era um quarto muito grande, mas era extremamente aconchegante, possuía traços da cultura japonesa porém tinha seus próprios ajustes, como seu pai mesmo dizia, era um quarto “A La Sakura”

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Entrou no banheiro, e tomou um longo, quente e merecido banho, naquele momento, era tudo o que ela mais precisava. Todos os dias além de freqüentar a academia ninja pela manha, treinava e ajudava as crianças do clã no aperfeiçoamento de técnicas, era sempre muito solicita e ajudava a todos que pudesse e fazia tudo que estivesse ao seu alcance, ela adorava os pequenos, tinha sempre muito carinho pra cada um, mas essa atividade a cansava muito, pois eles eram hiperativos e danados, mas sempre muito educados e respeitosos. Quando chegava em casa era sua vez de ser treinada, seu pai todos os dias desde muito pequena ajudava a menina com as técnicas especiais que ela possuía, e sua mãe acompanhava o processo ensinando e treinando para que Sakura desenvolvesse habilidades médicas, por esse motivo, as férias eram sempre bem vindas, as crianças não treinavam e seu pai dava um trégua nos primeiros dias, para depois voltar tudo ao normal.

Afundou-se um pouco na banheira e começou a pensar “ Nem acredito que estou de férias, vou poder me dedicar mais ao povo do Clã e quem sabe voltar a treinar algumas técnicas antigas” saiu de seus pensamentos quando ouviu um trovão “ Oras, o céu estava tão lindo, o que será que está acontecendo pra chover agora?

Saiu da banheira e colocou um roupão preto, foi até o quarto para se trocar, depois de pronta secou seus longos e sedosos cabelos rosa, arrumou sua franja e antes de sair se olhou no espelho dando assim um breve sorriso e uma negativação com a cabeça.

Sakura tinha 18 anos, altura normal para uma menina da idade, possuía a típica beleza Haruno, com cabelos rosa (uma marca do Clã) na sua tonalidade mais pura, que se igualava a de seus antepassados mais longínquos os chamados criadores. Seus olhos eram como esmeraldas de tão verdes, o corpo que antes era tabular, havia tomado forma e se desenvolvido muito, seu busto era na medida certa e acompanhava seus quadris que eram perfeitamente ajustáveis ao corpo. Suas pernas grossas eram torneadas devido ao intenso treinamento, tinha braços firmes, uma barriga lisa e malhada, entretanto, era muito delicada, como uma verdadeira princiesa. Todo o seu corpo se encaixava na palavra perfeição, incluindo seu rosto que possuía traços delicados.

Porém Sakura simplesmente não ligava pra tudo isso, só mantinha o corpo, pois é ele que sintonizava seu chakra, e caso ele estivesse danificado, atrapalharia seu treinamento e seu desenvolvimento ninja. O corpo bonito pra ela nada mais era que uma arma, já que aparência não vencia batalhas.

É chamada de princesa por alguns, de herdeira por outros, mas apenas aqueles que eram valentes demais davam essas denominações a ela. Independente do apelido, em qualquer lugar que fosse era respeitada e sempre atraia olhares masculinos, sempre chamava a atenção, por ser considerada a segunda mais bela do Clã, a primeira era sua mãe, Haruno Sayuri.

Entretanto, mesmo com tantos olhares, sempre se manteve focada em seu objetivo. Como era filha do líder do Clã, havia sido criada para sucedê-lo, e havia sido treinada para proteger o Clã a qualquer custo, ou seja, daria sua vida se necessário. Era isso que ela tinha aprendido, e assim que agiria quando tivesse que cuidar de sua família. Para Sakura, desenvolver um relacionamento seria perigoso para ela, para ele e para todos a sua volta, em hipótese alguma ela perderia o foco. Esse era seu juramento.

Além de ser dona de uma beleza invejável, possuía uma personalidade forte; Era gentil, simpática e sorridente como TODOS a sua volta, porém tudo que possui de bondade lhe faltava em paciência, não tolerava insultos ou qualquer coisa do gênero, e seu gênio só piorava quando se tratava de sua família, quando mexiam com eles, ela não hesitava em arrumar uma briga. Nas lutar era fria e sem qualquer expressão, nunca gostou de prolongar batalhas e sempre terminava com rapidez, não era do tipo que ficava insultando o adversário, e quando o seu adversário a insultava era apenas mais um motivo para acabar com aquilo. Não se importava em matar quando preciso, porém odiava derramamento de sangue desnecessário.

Sakura sempre soube separar muito bem aqueles que mereciam seu sorriso, daqueles que mereciam apenas seu rancor.

Abriu a porta do quarto e desceu, no meio das escadaria avistou seus pais sentados a mesa conversando baixo, naquele momento ela teve certeza que algo havia acontecido, e precisava urgentemente descobrir o que era.