O Renascer De Uma Rivalidade escrita por Laryh


Capítulo 41
De Okaasan para Musume


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei, agora pra ficaaaar... Tá, parei!
Oi Oi' Minna
Não fiquem furiosas comigo está bem, tenho bons motivos HAHA' Sem mais delongas.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201540/chapter/41

No Capitulo Anterior

–- Acho que devo explicações e... – Sakura tentou falar, mas apenas recebeu um olhar sério de sua mãe.

–- Vista-se, precisamos conversar! – Disse rapidamente abandonando o quarto. Definitivamente, na visão de Sakura, ela estava bem encrencada!

oOo

A menina vestiu-se rapidamente e trocou algumas palavras com Sasuke, que preferiu ficar na sala esperando enquanto ela falava com a okaasan, seja lá o que fosse ainda sentia-se encabulado pela forma que a mãe dela os encontrou.

Suspirando saiu apressada pelo Clã, assim que se lembrou que sua mãe poderia encontrar-se com Itachi ou Kisame pelos caminhos agitou-se de forma incomum e forçou os pés a correrem em sua procura, quando tropeçou em algo notou que Sayuri a esperava abaixo de uma Cerejeira, olhou ao redor certificando-se que nada de pior havia acontecido e suspirando encarou firmemente a mãe.

-- Okaasan – Sorriu vendo a mulher alta e esguia a sua frente sorrir abertamente lhe tomando em um abraço apertado – Senti tanto sua falta.

-- Nem me fale querida – Sentiu o aroma adocicado da filha que tanto lhe fazia falta em sua casa – Estava com tantas saudades – Separaram-se sorrindo amplamente uma para outra.

-- Quero deixar claro – Desviou o olhar dos grandes orbes rosados da mãe – Que nada entre mim e Sasuke aconteceu Okaasan.

-- Musume – Disse baixo para em seguida respirar fundo e soltar o ar lentamente, olhou ao redor encontrando um banco de concreto e seguiu até ele sentando-se em seguida de modo confortável – Preciso conversar seriamente com você, e isso envolve o Sasuke diretamente.

-- Envolve Sasuke? – Perguntou enquanto caminhava até a mãe e sentava-se a seu lado – Doushite? O que está acontecendo Okaasan? – Sua voz transparecia a crua curiosidade de sua alma.

-- Querida – Voltou a suspirar, o que deixava Sakura mais agitada – Quando duas pessoas se amam muito, é comum que partilhem de uma intimidade maior e...

-- Okaasan – Sakura disse enquanto franzia o cenho e encarava a mãe com os olhos verdes brilhantes e as bochechas rosadas – Acredito que eu não tenha mais 09 anos de idade para que fale desse modo comigo – Sorriu de canto – Entendo o que quer dizer e fique tranquila, Sasuke apenas dormir aqui, nada mas.

-- É sobre isso que preciso conversar com você musume – Sayuri virou-se levemente no banco para poder encarar os grandes orbes esmeraldinos da filha – Quero lhe contar uma pequena história.

-- História? – Perguntou curiosa, sabia que sua mãe não era uma das melhores contadoras de historias do mundo, diferente de seu pai que tinha grande agilidade para inventar personagens ou situações, e grande eloquência para narrar suas grandes batalhas – Então conte-me Okaasan, estou ouvindo.

-- Quero que preste atenção Sakura – Sorriu de canto enquanto levava uma mecha do cabelo rosado da filha até a orelha, o prendendo em seguida, quando Sakura assentiu com a cabeça a mulher sorriu e iniciou a narração – Há muitos anos atrás, uma menina simples apaixonou-se perdidamente pelo grande líder de uma nação, um amor que parecia impossível em sua visão juvenil e que talvez jamais pudesse ser reciproco.

Entretanto, um dia o destino os uniu da forma mais simples possível, fazendo assim que o menino se apaixonasse pela menina, e então, o que parecia impossível, tornou-se realidade. Iniciaram um namoro belíssimo, que era apreciado por todos, já que a menina era estudiosa e considerada habilidosa na arte da cura, empenhava-se ao máximo para que seu namorado tivesse orgulho dela e dia após dia apaixonava-se mais, assim como sentia que ele também o fazia. O sentimento de ambos apenas crescia, de forma desenfreada e incrível, até pessoas más intervirem.

-- Pessoas más? – Sakura perguntou curiosa arqueando uma sobrancelha, afinal que tipo de historia era aquela? – Quem são essas pessoas Okaasan?

-- Deixe que eu termine a narração e prometo que lhe digo quem são – Sorriu

-- Hai – Sorriu para mãe que logo voltou sua narrativa de onde parou.

Essas pessoas más descobriram algo que a menina e sua mãe tentavam esconder, não por envergonhar-se, isso jamais, mas apenas para preservar a imagem daquele que elas tanto amavam. Essas pessoas más, descobriram que o pai da menina era um nukenin perigoso e procurado, e por esse motivo torpe, decidiram que a menina jamais poderia unir-se ao líder, já que era filha de um criminoso qualquer.

O casal de apaixonados, assim como suas famílias não aceitavam que o romance terminasse daquele modo, e por isso, determinados do modo que eram foram atrás de alguma brecha que pudesse faze-los felizes e por sorte encontraram algo.

Naquela nação, a união nunca poderia ser revertida se o casal se entregasse aos desejos da carne, assim, estariam enlaçados não apenas de alma e sim pelo corpo que antes deveria ser imaculado. Menino e menina eram puros e por isso se foi permitido pensar na hipótese, os dias foram passando para que ambos pensassem se de fato aceitariam aquilo, afinal eram jovens ainda e tinham tanto para passar antes de pensar em dividir a cama.

Todavia, o tempo que precisavam foi cortado quando as pessoas más impuseram a deserção da menina daquele lugar, ela seria expulsa por não cumprir as ordens e deixar o líder em paz para que arrumasse uma bela dama. E naquele dia, sem ter mais o que discutir, eles decidiram que entregar-se-iam um ao outro, em um ato desesperado para ficarem juntos.

Naquela noite, disfrutaram de uma paixão que beirava o desatino e descobriram algo prazeroso e intenso demais para ser colocado em palavras, quando as pessoas más descobriram ficaram loucas de ódio e mesmo que em silencio, o casal sentiu que um dia a vingança chegaria.

E foi também naquela noite, que um fruto do amor dos dois foi gerado, o fruto e presente precioso que Kami deu aquele jovem casal, que sabia tão pouca da vida, mas aprenderia a desfruta-la e enfrenta-la da melhor forma possível.

-- Um fruto? – Sakura perguntou curiosa – Que fruto foi esse Okaasan e quem eram essas pessoas? – Sabia que havia mais historia e agora que sua curiosidade havia sido desperta, deveria sacia-la até a ultima informação.

-- Hai, um fruto – Sayuri sorriu tocando o rosto delicado da menina e conclui – Essa noite, gerou uma cerejeira, a minha pequena cerejeira, você minha querida – Suspirou – Essa menina sou eu e esse líder seu pai.

-- Nani? – A menina jamais soubera da historia de amor de seus pais ou sobre seus avós, não eram assuntos que a atormentavam e a enchiam de questões, e como nunca falavam nada, preferia deixar que morresse junto com o passado que ficou para trás.

-- Seu oditchan foi um nukenin Sakura, era um Haruno poderoso e temido, porém por um lapso desviou-se do caminho e acabou fugindo para que eu e sua obaasan não tivéssemos problemas com o Clã – Suspirou – Quando o conselho veio a descobrir, deixaram claro que não gostariam de ver o líder Haruno com uma filha de criminoso.

-- O conselho de anciões? – Perguntou exasperada – Aquele mesmo que me mandou para cá?

-- Exatamente – A mulher cruzou as mãos em cima das pernas – Os Haruno possuem uma tradição antiga, que deixa claro que quando homem e mulher são puros e unem-se a um laço carnal devem pertencer um a outro para sempre – Sorriu – Quando pensei que poderia perder seu otousan Sakura, fiz o que meu coração mandou, por mais que desejasse me casar antes de qualquer coisa, optei por resolver a situação, afinal caso não o fizesse, não teria marido para subir no altar comigo – Deu uma breve risada.

-- Demo... okaasan, se está me contando isso é porque algo aconteceu – Disse firmemente – Conte-me onegai.

-- Sakura – Sayuri voltou-se a menina – Os conselheiros não aprovam sua união ao Uchiha, para eles apenas a menção de seu nome é uma ameaça declarada ao Clã e uma desonra a todos aqueles que lutaram contra eles no passado.

-- Mas Sasuke não é como os demais – A menina levantou-se do banco prostrando-se a frente da mãe.

-- Eu sei querida, alias, eu sei, seu pai sabe, você sabe, mas aqueles velhos se recusam  a acreditar nisso – Levantou-se também encarando a filha.

-- Um momento – Pensou por um instante olhando a para a mãe em seguida – Está sugerindo que eu...

-- Eles pediram sua deserção caso continue com esse namoro – Disse firmemente encarnado os olhos verdes da menina – Seu pai indeferira e então, eles mandaram a decisão ao povo, sendo assim Sakura, existiram apenas duas possibilidades no fim de tudo.

-- Ou eles negam minha deserção – Disse a menina enquanto pensava nas possibilidades

-- Ou eles simplesmente concordam, por não querer um Uchiha em meio aos Haruno e por não querer desafiar os anciões.

-- Otousan já disse o que é mais provável? – Perguntou depois de alguns breves minutos de silencio.

-- Ele me garantiu que o povo jamais aceitaria te jogar para fora do Clã Haruno por uma bobagem como essa, afinal musume todos sabemos o quanto você lutou e o quanto você perdeu pelo povo. – Sayuri suspirou – Mas eu particularmente temo o quão manipulador aqueles velhos possam vir a ser, não confio de todo nas pessoas e você sabe bem disso querida, todos podem ser traiçoeiros e traidores.

-- Sem falar que... – A menina prendeu o ar nos pulmões por breves minutos para depois concluir – Caso não haja herdeiro quando o líder morrer, os anciões do Clã assumem as responsabilidades de liderança – Encarou a mãe por longos segundos.

-- Mais um motivo para eles tentarem a todo custo convencer o povo a esquecer de que você é uma Haruno.

-- Seria muita ingratidão – Bufou – Injustiça!

-- Tentamos ser um povo justo Sakura e você sabe que em grande parte das vezes conseguimos – Sayuri aproximou-se da menina – Porém temos frutas podres entre nós que querem a todo custo nos ferir onde mais dói – Acariciou os longos cabelos rosados.

-- Então eu tenho que...entregar-me a Sasuke? – Perguntou um tanto quanto perplexa, era fato que o amava e sentia desejo por ele, porém queria que tudo fosse diferente, que não precisasse se ver forçada a fazer algo, afinal, onde estaria o clima, o romantismo se a cada momento pensasse que fora obrigada a fazê-lo para que não fosse expulsa de seu próprio Clã.

-- Não veja isso como um dever querida – Sayuri disse parecendo ler seus pensamentos – Quando me encontrei nessa mesma condição, imaginava que seria algo terrível e que no momento pensaria apenas no dever cumprido de poder permanecer no Clã, porém é algo muito mais profundo que isso, é amor, paixão, prazer, tudo em um mesmo turbilhão de sentimentos indecifráveis.

-- Demo...

-- Tem duas opções agora – Sorriu marota – Ou consuma de fato ou apenas finge que o fez.

-- Está pensando em passar o conselho pra trás okaasan? – A menina sorriu para mãe que possuía um sorriso sapeca.

-- Jamais, estou apenas pensando em omitir alguns detalhes – Sorriu – Caso não sinta-se confortável Sakura, sempre há uma escapatória, apenas diga que o fez e eles não poderão fazer nada para provar o contrario, e obviamente seu pai e eu confirmaremos a historia.

-- Okaasan – Lançou-se em um abraço sendo rapidamente retribuída – Seja qual for minha escolha, me apoiara sempre? – Perguntou seriamente

-- Sempre querida, estarei sempre aqui para lhe apoiar e incentivar – Sorriu – Você tem até o dia do exame final para me dar um parecer sobre isso, caso contrario o conselho já deixou bem claro que no dia seguinte de sua volta, pedira a deserção.

-- Entendo – Suspirou – Pensarei sobre tudo isso.

-- Pense com carinho meu bem – A mulher separou-se da menina – Agora querida, preciso ir.

-- Está bem! – Abraçou a mãe novamente

-- Mas saiba musume – Sorriu do modo travesso que sempre fazia – Criar intimidade entre quatro paredes não é tão ruim quanto parece, pode até ser assustador, mas é melhor do que se pode imaginar.

-- Okaasan – Reprendeu a menina enquanto corava levemente.

-- Falo a verdade musume – Sorriu – Afinal, se você o ama e o sentimento é reciproco, como sei que é, talvez fosse o momento e...

-- Sayonara Okaasan – Despediu-se cortando a fala da mulher antes que ela falasse mais coisas constrangedoras.

-- Sayonara Sakura – Acenou sorridente – Foi ótimo ter essa conversa de Okaasan para Musume com você querida – E sem prévio aviso sumiu em meio às flores de Sakura enquanto elas espalhavam seu doce aroma pelo ar.

Não soube precisar quanto tempo ficou sentada sobre aquele banco refletindo sobre tudo que sua mãe dissera, depois de muito suspirar, resmungar, imaginar e amaldiçoar os anciões intrometidos, levantou-se rumando à casa principal. Talvez, colocar a cabeça no travesseiro e descansar fosse a melhor solução.

Como se não bastasse à guerra eclodindo em seus portões, o exame Jounnin lhe quebrando a porta, agora mais essa novidade invadindo sua casa pela janela sem ao menos ser convidada ou esperada. Sakura sentia-se sendo saqueada e forçada a ser forte a todo o momento e apenas deu-se conta que seu problema com os anciões era razoavelmente pequeno quando pegou-se imaginando os beijos ardentes que trocara com Sasuke noite passada.

-- Oh não, por Kami Sakura – Bateu em sua própria testa repreendendo-se – Não seja pervertida como sua Okaasan, não seja pervertida como sua Okaasan – Repetia baixinho como um mantra para acalmar os nervos.

Assim que abriu a porta da entrada deparou-se com o motivo de seus pensamentos, bonito como o diabo, ali parado onde o sol iluminava os cabelos negros e tocava-lhe a pele de forma sutil, brincava com uma kunai de forma descompromissada, enquanto a rodava nos dedos Sakura observou que os músculos do braço se contraiam, as pernas balançavam tranquilamente e o pescoço másculo se mexia de forma sutil.

Quando os olhos negros encaravam os verdes e um sorriso de canto lhe surgiu na face Sakura teve certeza, não ia querer fingir que algo aconteceu entre eles, queria de fato que algo acontecesse entre eles, o desejava como amante a mais tempo do que imaginava, sorriu de volta docemente enquanto voltava a repetir Não seja pervertida como sua Okaasan, Não seja pervertida como sua Okaasan.

Era irremediável, podia sentir nos olhos deles quando estavam juntos e mais íntimos que ele também queria e isso seria um triunfo no momento certo. Porém, sabia muito bem de suas responsabilidades, sabia que tinha um exame a cumprir antes de qualquer coisa, mas sabia que poderia arrumar tempo para cumprir o seu papel e ainda por cima transformar-se na mulher do homem mais bonito e mais apaixonante que já vira na vida.

Por hora, devia apenas dedicar-se a prova que chegava, mas depois sabia que teria tempo suficiente para explorar esse caminho sem volta que chamava-se amor!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, digno de reviews?
Meninas, estou exausta. Semana passada teve Jornada de palestras na faculdade e eu fui monitora, sabe como é né, ficar mendigando por horas complementares. Eu tinha que sair de casa 17h da tarde, pra poder estar lá as 19h e as palestras acabavam só as 22h, sendo assim eu chegava em minha humilde residencia 00h00.
Vocês imaginam que não tive tempo de escrever o capitulo (nem de viver, diga-se de passagem), e como se não bastasse a professora adiou uma prova e eu simplesmente esqueci dela, ♪ RAIOS ♪
Mas enfim, as coisas vão começar a se normalizar, só preciso apresentar dois últimos trabalhos e pronto, só em Novembro maratona de provas novamente.
Peço desculpas pela falação, mas achei direito dar uma explicação a vocês, quem acompanhar "A Volta da Cerejeira" entre quinta e sexta vai ter capitulo, esperem só mais um tiquinho.
Beeijos e Boa Semana a todos!