Harry Potter e a Paixão Indesejada escrita por Mare


Capítulo 12
Capítulo 12- "Enxergando além da vida"


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora. Boa leitura.



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“HARRY POTTER E A PAIXÃO INDESEJADA”

Capítulo 12- “Vendo além da vida”

Gina acordou radiante aquela manhã. Ela adorava Quadribol, e dali algumas horas, o primeiro jogo do ano ocorreria. Ela sentia falta dos jogos escolares, que tanto a davam um motivo para sorrir mais do que o normal. E para melhorar, Grifinória raramente perdia, principalmente para a Corvinal. Todos os times de Hogwarts eram bons, mas Sonserina e Grifinória ganhavam de disparada.

Ela levantou-se da cama, e fez sua rotina matinal tranquilamente, mas ao invés de vestes normais, colocou suas vestes de Quadribol. Ela não as usava havia um bom tempo, então se sentiu meio estranha. Mas desceu as escadas normalmente, e tomou seu café balanceado, que Harry havia estabelecido para os jogadores aquele ano. Nessa “dieta de jogador”, estavam incluídas algumas comidas trouxas, como pão integral e suco de laranja natural.

Ela terminou a refeição e seguiu para o campo mais cedo com alguns alunos do time que também estavam adiantados. Chegaram ao gramado, que, aliás,  estava recém-cortado(e perfumado especialmente para o jogo). Cada um dos que estavam lá pegaram suas vassouras e pairaram um pouco no ar, experimentando as condições climáticas pré-destinadas para o jogo.

E o estádio foi se enchendo mais e mais de alunos tanto de Hogwarts quanto de Beauxbatons e Durmstrang. O jogo nem começara e o povo já delirava, gritava os nomes das casas. Até que Cho entrou com Gina ao mesmo tempo no campo, e a tensão dominou os alunos.

POV Gina

Eu estava saindo do vestiário de Quadribol da Grifinória e vi que a japonesa fresca fazia o mesmo do outro lado do campo. Logo estampei uma expressão de rivalidade no rosto e continuei a andar pelo campo. Montei na minha Firebolt, que, aliás, é bem melhor que a Nimbus 2001 da Chang. Ela fez o mesmo, e ficamos flutuando no ar, cara a cara. Lino Jordan, que narrava o jogo atrás de mim, com a voz aumentada pelo microfone, disse:

-Uuh, parece que o jogo vai pegar fogo hoje. WEASLEY versus CHANG...

-LINO! –gritou a professora McGonagall

-Mas é a verdade, professora! Esse é meu trabalho! Narrar TUDO em campo...

-Já chega Jordan!

E ela lançou um feitiço no microfone que o desligou na hora. Lino fez uma cara de emburramento e ficou quieto.  A voz de Madame Hooch surgiu do nada, atraindo a atenção de todos para o centro do campo.  

-Quero um jogo limpo! Líderes: apertem as mãos.

Então Harry apertou a mão de Cho, que demorou um pouquinho, devo dizer. Acho que é aquela tensão pré-jogo... Acho.

Então a velha de cabelos grisalhos lançou a goles com dificuldade para cima (já não tinha mais 20 anos), e logo os artilheiros da Grifinória a pegaram no ar. E o jogo começou, e Lino começou a narrar (McGonagall concordou em desenfeitiçar o microfone):

-E a goles é lançada! WEASLEY PEGA E DESPISTA OS CORVINOS ARTILHEIROS E APROXIMA-SE DO GOL, E MARCA! 10 A 00 PARA GRIFINÓRIA!

Senti-me orgulhosa, eu era importante para o desempenho do time, e seria ótimo esfregar aquilo na cara da Chang depois do jogo. E, para minha alegria(ou tristeza, eu não sei), Harry veio e esfregou seus calorosos braços em minhas costas, me envolvendo em um abraço que me deixou esquisita. Ele se separou rapidamente, envergonhado, e foi-se para o meio do campo.

O resto do jogo foi estranho, mas um balaço foi direto para mim naquele meio do jogo. Se não fossem os batedores, eu teria fraturado o crânio (nem tanto, mas seria muito grave!). Vi que os dois apanhadores já corriam atrás do pomo, e tentei enrolar um pouco o outro time com gols inesperados, que, aliás, foram 8 de minha parte.

Já estava de frente ao aro do meio, quase fazendo o nono gol, quando alguma coisa bateu em alta velocidade em minha costela e eu caí da vassoura. Bati com um baque surdo no meio do campo, então a dor me consumiu e tudo o que enxerguei depois foi escuridão.

FIM POV GINA.

POV Harry

Era o dia do grande jogo. Eu nunca fiquei muito nervoso com isso, pelo contrário. Eu ficava ansioso para ver a Grifinória ganhar. Acordei de manhã e tomei meu banho. Coloquei minhas vestes de Quadribol, estava com saudade daquela roupa, e desci para o Salão Principal. Tomei meu café da manhã, e verifiquei se todos os outros jogadores do meu time estavam seguindo a “dieta” que passei para todos.

Eu estava pegando bastante pesado com eles nos treinos, mas acho que isso vai valer a pena quando subirmos naquele campo e detonarmos a Corvinal, que, aliás, tinha Cho como capitã este ano.

Todo esse rolo com Chang me deixou um pouquinho mais ansioso que o normal, digamos assim. E o fato de Gina e Cho no mesmo campo, com balaços voando... Essa idéia arrepiou os pelos de minha nuca, então decidi ir para o campo, para pensar em outra coisa que não desse em desastre.

Alguns jogadores, tanto da Corvinal quanto da Grifinória, estavam já sobrevoando a grama (que percebi que estava recém-cortada e perfumada). Os estudantes já chegavam às arquibancadas mais cedo para reservar lugares melhores, e ver os jogadores testando o campo. Entre esses alunos, reconheci Hermione e Ron, de uma forma nada casual, se é que me entendem. A pintura da boca de Mione já jazia em toda a cara de Ron, mas resolvi dar privacidade e deixá-los pra lá.

Gina passou raspando por mim com sua Firebolt (que, aliás, eu dera a ela). Ela sobrevoou todo o campo, meio tensa ou coisa do tipo. Mas logo avistei o motivo: Cho Chang fazia o mesmo com sua Nimbus 2001 do outro lado do campo. Ela também estava um pouco estranha. Subi na minha vassoura (idêntica a de Gina) e fiquei pairando a uns 3 metros de altura do chão. Parei ao lado de Gina, tendo esperanças de passar despercebido, e deu certo. Nesse exato momento, Madame Hooch assoprou o apito, chamando a atenção de todos os alunos presentes, e professores. Ela disse, ao fim do apito:

-Quero um jogo limpo! Líderes: apertem as mãos.

Fui em direção a Cho, e apertei sua mão. Não sei por que, mas pareceu que foram horas em que nossas mãos ficaram entrelaçadas. Acordei do transe e voltei para o lado de Gina, que resmungava sozinha.

Então, Madame Hooch lançou a goles, e Lino começou a narrar:

-E a goles é lançada! G. WEASLEY PEGA A GOLES E DESPISTA OS ARTILHEIROS D CORVINAL E APROXIMA-SE DO GOL, E MARCA! 10 A 00 PARA GRIFINÓRIA!

Em impulso, corri para Gina e a abracei, esquecendo do passado. Mas quando lembrei o motivo de estarmos separados, logo me soltei dela (que estava já começando a retribuir). Aquilo podia ser muito bom, mas não era certo.

O resto do jogo foi entediante, para falar a verdade. A única coisa que me assustou foi que um balaço quase acertou Gina em cheio na cabeça.

Mas, de repente, avistei alguma coisa dourada flutuando pelo campo. Acho que Cho também notou isso, pois saiu voando do lugar de onde estava observando e disparou atrás do pomo. Eu fiz o mesmo. A pequena bola dourada estava quase em minhas mãos, pois minha vassoura era mais rápida do que a dela, mas um grito me fez parar repentinamente.

Alguém da arquibancada deu um grito muito agudo, apontando seus pequenos dedos para o chão. Vi que alguém caía, e era Gina, com um balaço enterrado em seu abdômen.

Saí em disparada atrás daqueles cabelos cor de fogo cortando o ar, mas já era tarde. A ruiva caiu com um baque alto no chão, e desmaiou.

Comecei a gritar desesperadamente por ajuda, pois Gina não reagia a minhas tentativas de reanimá-la. Dois professores vieram correndo e levaram-na para a ala hospitalar com um só feitiço.

Saí voando com minha vassoura até o castelo, e entrei voando nela até dentro do castelo. Eu só queria vê-la, queria consolá-la  caso ela acordasse e começasse a gemer de dor, pois pelo que vi, aquele balaço acertou-a em cheio nas costelas.

Cheguei finalmente a ala hospitalar, e Gina jazia em uma cama no canto. Vários para-médicos (não sei de onde surgiram) davam choques ao redor de seu corpo, tentando reanimá-la.

Vendo essa cena assustadora, comecei a sentir gotas quentes escorrerem pelo meu rosto. Minha Gina NÃO podia morrer.

POV Gina

Acordei já sem dor, mas não estava em Hogwarts. Eu me vi sentada em um banco vermelho, com meu suéter feito pela minha mãe, com aquele “G” de sempre estampado na frente.

Então vi que uma mulher me observava. Ela tinha cabelos ruivos e aparentava ter 30 anos, usava uma aliança de ouro no dedo da mão esquerda. Era tão maravilhosa que me deu uma gotinha de inveja. Parecia também ser bem-sucedida no mundo dos negócios, pois usava uma saia de executiva, e uma blusa casual. Segurava uma Firebolt 3.0. Indaguei-me aonde teria conseguido, sendo que só existia a 1.0 ainda. Ela estampou um sorriso familiar no rosto, que me aqueceu internamente de felicidade.

-Olá, Gina. –a estranha disse.

-Como sabe meu nome? –repliquei

- Ah, minha querida, me explique você.

 -Como assim...?

- Porque EU sou VOCÊ, no futuro, Gina.

Eu não estava entendendo nada, para falar a verdade. Finalmente percebi, depois de algum tempo, em onde estávamos. Eu estava sentada no banco de torcida da Grifinória, lugar onde assistia aos jogos escolares de Quadribol e sempre sonhara em ser do time e jogar bem, o que se tornou realidade, com o tempo. Não pude evitar que as lágrimas corressem pelo meu rosto. Estaria eu morta, e me vendo como teria me saído na vida se não deixasse o orgulho me matar?

-Não, você não está morta. Não ainda.

-Como...?

-Eu sou você, esqueceu? Eu estou pensando junto com você, minha jovem.

Limpei as lágrimas e me acomodei melhor naquele banco de madeira. A Gina mais velha fez o mesmo, e me abraçou em um ato de consolo. Eu não queria morrer! Tinha muita coisa para viver ainda... Pessoas com quem me desculpar... Lugares aonde eu deveria estar...

-Eu sei querida. Eu sei. -disse a Gina do futuro.- Você não está morta, como eu disse. Você tem uma escolha. Pode escolher ficar aqui, eternizada neste campo, fazendo o que ama para sempre. Ou, você pode abraçar-me como sua velha amiga, que um dia se tornará você mesma. Mas, se você escolher-me, terá que lidar com as conseqüências da vida que nunca lidou antes.

Se eu ficasse naquele campo, poderia largar o sofrimento humano para sempre, e viver jogando Quadribol eternamente! Não havia escolha melhor. Mas aquilo iria significar morte.E não era aquilo o que eu queria. Eu aceitaria as conseqüências humanas da vida, que aceitei até hoje e viverei normalmente,ou não, mas pelo menos viverei.

-Se é isso o que quer.

A voz dela me assustou, então lembrei que ela podia ler meus pensamentos. Ela relou seu dedo no local onde minhas costelas tinham se quebrado, dificultando os batimentos do coração, e um choque percorreu meu corpo.

-Ai! Para com isso!

Mas ela refez esse gesto mais três vezes, e eu voltei para a realidade.

-GINA! POR FAVOR!

Era Harry que gritava fora da ala hospitalar. Para-médicos me davam choques eletrizantes sem parar, até que ouvi meus batimentos cardíacos de novo.

Percebendo isso, eles pararam. Afastaram-se por um momento e me colocaram em uma cama ao lado.

Deram-me algum tipo de líquido, e dormi instantaneamente.

Mas todo o sofrimento que iria ocorrer ao meu acordar valeria a pena, por que eu estava viva.

FIM POV Gina.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? (pelo atraso não, mas já me desculpei u.u)



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