Eram 5:30 AM horário de Los Angeles, Brendon Urie se encontrava deitado sobre a cama acompanhado por sua noiva, Sarah dormia tranquilamente enquanto Brendon se revirava na cama procurando uma posição confortável, até que nesse meio tempo a campainha começou a tocar, Brendon resmungou para si mesmo todos os palavrões existentes na sua mente. Revirou-se e tampou a cabeça com o travesseiro, Sarah cutucou Brendon que se virou involuntariamente para observa-la. “Brendon vai lá amor” disse meio sonolenta. Brendon choramingou e percebeu que Sarah não iria se ele não fosse. Brendon estava com o seu velho pijama que ganhara de presente de Shane e assim levantou sonolento pisando sobre o tapete do quarto indo em direção a porta que se encontrava na sala. Olhou através do olho mágico e não reconheceu a forma, pois estava sem os seus óculos e foi logo abrindo a porta. Quando abriu percebeu que era nada mais nada menos que Dallon Weekes com um sorriso largo irradiando o seu rosto usando uma camiseta vermelha que caia muito bem em combinação com os olhos azul turquesa a camisa acompanhava uma bermuda preta, nas mãos de Dallon se encontrava o seu baixo e cartas. “Mas que diabos você está fazendo aqui Dallon?” Brendon olhava incrédulo para o amigo que soltou uma risada divertida. “Brendon hoje nós temos que ensaiar e terminar de escrever a nossa próxima musica e ainda mais acertar os acordes, resumindo temos muita coisa para fazer hoje!” Brendon não sabia se batia a porta na cara de Dallon ou o queimava vivo. “Mas agora? Olhe quantas horas são dude!” Disse começando a tatear os bolsos logo lembrando que estava de pijama. “Não vai me convidar para entrar?” Perguntou Dallon fazendo logo um biquinho logo cruzando os braços com falso descaso. “Entre cara” Brendon bocejou, logo que Dallon entrou sentiu o gosto do perfume de Dallon na sua boca e logo a fechou rapidamente logo fechando a porta em seguida. Dallon se sentou observando o ambiente logo veio Penny Lane latindo e Brendon a pegou no colo e começou a fazer cafuné na cachorra inquieta. “Bem Brendon, isso aqui é pra você” disse entregando as cartas “sabe, o porteiro me entregou porque sabe que eu sou seu amigo.” Brendon colocou Penny no sofá e pegou a carta entre as mãos e logo reconheceu o remetente “De quem é?” Dallon olhou com curiosidade por cima do ombro do amigo. “De um amigo meu.” Disse coçando a cabeça com ansiedade logo em seguida abrindo a carta que quando aberta exalou um perfume delicado e inebriante. “Esse perfume é da carta?” Perguntou Dallon, ficando ainda mais interessado, “Claro que sim cara” Brendon estava focado em ler a carta. Quando abriu a caligrafia delicada e confusa logo foi premeditadamente reconhecida como de Ryan Ross. Logo Brendon começou a ler a carta que dizia o seguinte.

Terça, Fevereiro 14th, 2012.

Boa madrugada Brendon, por minha caligrafia você deve ter reconhecido quem eu sou. Devo estar realmente louco por estar te mandando isso, só queria esclarecer alguns quesitos. Brendon, você está feliz meu amigo está seguindo a sua vida, isso são motivos para comemorar, eu sei que você não deseja o mesmo por mim, devo entender o motivo de tanto ressentimento. Você se sente trocado não foi? Eu não vou alimentar as suas esperanças, mas teimo em dizer que não foi mesmo com Alex na minha vida. Tudo o que nós fomos foi algo bom, algo que vai ficar comigo, mas não é algo que eu possa manter em pé. Não sozinho. Você foi um dos meus motivos por ter me exposto tanto um dia na minha vida, pena que você não viu isso. Se nós dois não existe mais Brendon, não quer dizer que nossa amizade tenha que se enterrada junto. Eu como um amigo próximo, gostaria de te pedir pra cuidar de você e da Sarah e principalmente dos seus amigos, eles foram os únicos que se importaram com você enquanto ninguém mais estava. Minha felicidade se baseia também nas suas realizações e minha queda se baseia no seu sofrimento. Não haverá mais palavras além das que estão aqui, eu não mais estarei aqui quando você terminar de ler está carta, te desejo toda a felicidade do mundo.

Cuida-se.

R.R.

Brendon quando terminou de ler a carta estava confuso e paralisado, a parte de Ryan ter dito que não estaria mais ali o aterrorizou, novamente começou a tatear os bolsos do pijama, procurando o celular, se sentia anestesiado. “quando é que você vai perceber que o celular não está ai?” Brendon levantou em um pulo, devido ao susto que levou com a voz de Dallon. “O que foi dude? Pode usar o meu.” Brendon foi em direção ao banheiro levando consigo a carta e logo gritou “Ligue para Spencer e avise que estamos indo lá.” Dallon ativou a discagem rápida e logo estava combinando com Spencer aonde se encontrariam enquanto isso Brendon fora tomar banho, enquanto a agua caia sobre si ia aliviando o nervosismo, Brendon começou a se arranhar devido ao quão nervoso estava, sendo assim demorando horas no banheiro como de costume com tempo de Sarah acordar descabelada e se deparar com Dallon na sala com o baixo no colo. A garota corou e soltou uma risada tímida pelo fato de também estar de pijama fazendo Dallon soltar um “Qual é?” em meio uma gargalhada. No tempo mínimo de uma hora Brendon estava pronto mantendo consigo a expressão calma na presença de Sarah que cuidou de arrumar o cabelo de corte indefinido de Brendon. Brendon tomou um gole de whisky e saiu acompanhado de Dallon que carregava o baixo nas costas. “Que café da manhã mais destrutivo cara.” Disse Dallon soltando um comentário aleatório. “Não há tempo” Logo estavam na presença de Spencer (Ian estava com sua irmã e Joey em uma viagem) “Então o que há de errado dessa vez cara?” Spencer estava com a voz meio morta levando em conta o horário que estava acordado “Leia isso” estendeu a carta para Spencer que fez uma expressão de preguiça e começou a ler em alto e bom tom fazendo Brendon estremecer, a resposta de Spencer surpreendeu Urie. “E dai cara? Por algum acaso você se importa com o que está escrito aqui?” Brendon havia ficado sem resposta, sentia-se pequeno Dallon ergueu uma sobrancelha, desconfiado “Você tinha um caso com o seu guitarrista?” Brendon sentiu sua cor de pele mudar e seu rosto ficar quente, permaneceu imóvel estava ali somente para falar da maldita carta. “Brendon essa carta pode ser de qualquer um!” Dallon tentava esfriar o clima que reinava entre eles, silencio e tensão “você não está vendo que essa letra é dele?” Gritou, fazendo Dallon dar um passo para trás e repensar se realmente devia se manifestar ali. “Para de descontar a sua frustação em quem não tem nada a ver com isso!” Spencer lembrou Brendon, mostrando irritação pela atitude do amigo, Brendon logo olhou para Dallon pedindo desculpas meio de má vontade. Spencer logo sacou o celular do bolso e ligou para Ryan, que não atendeu, tentou mais uma vez, mas agora caindo na caixa postal. Logo Spencer, Dallon e Brendon estavam se dirigindo em direção a casa de Ryan que era de qualquer forma nem muito longe muito menos muito perto. Quando chegaram na portaria do condomínio foram apenas reconhecidos apenes pelo nome de Spencer que deixou o carro do lado de fora do local, logo foram adentrando ao local, Dallon de uma certa forma estava eufórico com o local por causa da flora e da vizinhança local, Brendon observava Dallon pelo conto dos olhos, meio constrangido pelo amigo que apenas estava apenas fascinado com o local, a medida que se aproximavam da casa de Ryan avistavam a BMW estacionada do lado de fora, concluindo assim que Ryan estava em casa. Spencer tocava a campainha irritantemente várias vezes até Ryan resolver abri-la, logo escutando resmungos mal-humorados, Spencer sentiu um sorriso rasgar o seu rosto, pelo menos agora tinha certeza que o amigo não estava morto. Quando Ryan abriu a porta, possuía os olhos pequenos estava cambaleando e com os cabelos bagunçados vestindo um roupão de seda preto. “Bom dia.” Disseram Dallon e Spencer juntos, Ryan fechou a expressão que logo se suavizou com um bocejo. “O que estão fazendo aqui ou pela qual devo a honra da presença de vocês?” a risada sarcástica de Ryan fez Dallon rir nervoso, mas Spencer conhecia o amigo e sabia que isso não passava de uma brincadeira. “Bem, não vai nos convidar para entrar?” Perguntou Brendon com deboche. Ryan respirou fundo massageando as têmporas dos olhos logo soltando um “entrem”. Brendon logo entrou se jogando no sofá e colocando os pés na mesa de centro, enquanto Spencer e Dallon preferiram permanecer em pé. Quando Ryan bateu os olhos em Brendon, sentiu vontade de socar a sua guitarra diversas vezes em sua cabeça, pois, Brendon sabia o quanto Ryan não gosta desse tipo de coisa, ao menos que fosse o próprio Ryan que estivesse o fazendo. “Brendon, por favor, tire os pés da mesa.” Brendon ignorou o pedido de Ryan e começou a falar “Bem Ryan, por favor, pare de correr atrás de mim” Spencer, Dallon e Ryan arregalaram os olhos. “Não me diga que você se deu o trabalho de vir aqui pra dizer isso“ Ryan literalmente queria esfregar a cara de Brendon no chão áspero. “você está mais estúpido do que nunca dude, tira o caralho dos seus pés de cima da porra da minha mesa!” Brendon soltou uma risada irônica “Você não desiste de mim, não é?” Spencer se sentia decepcionado e Dallon inutilmente tentava lembrar aos meninos que Brendon só tinha álcool no estômago. Logo Alex Greenwald saiu do quarto de Ryan descalço e com o cabelo cobrindo o rosto. “Brendon, você realmente não escutou o Ryan te implorar para tirar os pés da mesa?” Brendon mais uma vez se assustou e se levantou em um pulo, deixando os óculos caírem no chão. “O q-que e-el-ele está f-fazendo aqui?” Ryan riu de um modo que veio do fundo da garganta. “Não devo satisfações da minha vida pra você, não mais.” Alex cumprimentou todos, se apresentando como amigo de Ryan. “O que você veio fazer aqui?” Perguntou Ryan se sentando de frente para Brendon colocando as duas mãos sobre o próprio joelho, Ryan agora estava mais calmo devido à presença de Alex. “Por que me enviou essa carta?” disse entregando a carta a Ryan que começou a lê-la rapidamente rindo um pouco da situação. “Eu não te mandei isso cara” disse franzindo a testa “Não mesmo”. Brendon ficou confuso “como assim não mandou? Essa caligrafia é sua.” Ryan estranhou e olhou para a carta mais uma vez confirmando “Olha, de fato a letra é deveras parecida com a minha, mas não é eu sinto muito” Brendon queria se enterrar vivo, estava com vergonha de si mesmo por ter feito aquele teatro. “Mas uma coisa aqui é certa, eu te desejo toda a felicidade do mundo e todo o sucesso que você consiga adquirir com o seu talento” Brendon olhou para Alex, e percebeu que Alex tinha os olhos focados em Ryan, quando Ryan percebeu sentiu seu rosto corar em um rosado leve. “Esclarecido?” Perguntou Ryan com um tom animado misterioso. “Sim, desculpas pelo o que houve aqui” Brendon e Ryan trocaram um aperto de mão logo em seguida Spencer abraçou Ryan se despedindo e Dallon se despediu de Ryan e Alex em um aperto de mãos amigável. Logo quando iam acompanhados por Alex, Ryan chamou Dallon em um canto e começou a falar “Olhe, eu sei que você é uma boa pessoa que tem uma família e tudo mais, mas eu gostaria de te pedir uma coisa” Dallon assentiu um pouco inseguro “Cuida desse cara como se estivesse cuidando de um filho seu, só isso eu sei que é estranho, mas ele é meu amigo e eu não posso fazer mais nada para ajuda-lo” Dallon assentiu “entendo perfeitamente” Ryan respirou fundo e completou “Ele está experimentando um novo tipo de liberdade e não adianta ter liberdade se não sabe utiliza-la para o bem próprio. Só observe ele, somente isso não diga nada sobre isso a ninguém ok? Isso morre aqui entre nós.” Dallon logo foi correndo atrás dos meninos, Brendon estava mais decepcionado do que quando chegou que chegava a ficar desconfiado “me perdi” Disse Dallon rindo cansado pela correria, logo estavam indo embora e Spencer dirigia, Brendon pensou consigo mesmo “Como eu posso amar mais alguém, quando eu não consigo nem amar a mim mesmo?” mas faria o impossível para ter Ryan novamente em suas mãos.