The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 7
It's the morning of your very first day;


Notas iniciais do capítulo

Primeiro dia de aula da Mione :D Não esqueçam dos reviews, todo escritor ou escritora fica mega feliz quando recebe um *-*



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You take a deep breath, and you walk through the doors;

It's the morning of your very first day.

“Taylor Swift – Fifteen”


– Querida, não quer dormir lá em casa, não? É que eu vou fazer um café da manhã especial para o primeiro dia de aula e você aproveita ganhando uma carona até em casa! –Molly segurou minhas mãos.

– É uma ótima idéia. MAMÃE, POSSO DORMIR NA CASA DA MOLLY? –Cara de cadelinha abandonada.

– Poder até pode, mas vamos lá em casa pegar suas coisas e levamos você às 18:00.

– Por que às 18:00?

– Não discuta, às 18:00 e deu. –Bufei baixinho, não tinha como vencer ela em uma discussão.

– Então até às 18:00, linda. –Gina me abraçou sorrindo.

– Até. –Retribui o abraço e me afastei de todos acenando. Andei até o carro do meu pai e sentei no banco de trás, do lado da minha irmã.

– Como foi a viagem, Mi? –Meu pai perguntou, acelerando o carro.

– Foi ótima, o Brasil é incrível e eu decididamente acho que as aulas de português não serviram quase pra nada, continuo péssima. –Ele gargalhou e continuou de olho na estrada. O resto do caminho até em casa foi silencioso, fiquei olhando a paisagem branca de Los Angeles. – Nevou nesses dias?


– Um pouco só. –Quando até que enfim chegamos Carmelita aguardava toda sorridente na porta de casa.

– Oi fofa. –Me curvei um pouco para abraçá-la.

– Olá Hermione. –Ela continuou sorridente e retribuiu o meu abraço. Senti um cheiro delicioso vindo da cozinha e entrei dando pulinhos em casa.

– O que tem pra comer?

– Nada que a senhorita possa pegar agora. –Fiz bico e ela riu adoravelmente. Subi as escadas carregando minha mala e a joguei de qualquer jeito no meu quarto. Fui tomar um banho quente e colocar um conjunto de moletom super confortável. Me olhei no espelho e meu cabelo estava um horror, prendi em um coque meio frouxo e coloquei minhas meias. Fui até a cozinha e Carmelita estava jogando caramelo em cima de um grande pote cheio de pipoca quentinha, ela sabia exatamente como me agradar.

Corri até estar próxima a pipoca e a baixinha invocada me lançou um olhar amargo.


– Posso?

– Agora não, está quente menina. –Nós tínhamos uma relação meio estranha, quanto mais patada ela me dava mais eu amava essa fofa. Passado alguns minutos finalmente ela distribuiu a pipoca em 4 potes e deixou em cima da mesa de centro da sala. Peguei um deles e me joguei no sofá, liguei a tv e fiquei assistindo Bob Esponja, olhei no relógio da cozinha e já eram 15:00. Ajustei meu relógio de pulso e vi a pulseira que Rony havia me dado no meu pulso direito. Passei o dedo indicador esquerdo nos fios trançados da pulseira e suspirei involuntariamente.


– Pelo que eu soube você se reconciliou com o Ron... –Meu pai comentou enquanto se sentava do meu lado, pegando um dos potes de pipoca. O QUANTO ELE SABIA?

– O que você soube? –Arregalei meus olhos e ele riu.

– Que vocês estão amigos, só isso. –Inspirei aliviada. – Ele é um bom garoto, eu sabia que um dia vocês estariam próximos novamente.

– É. –Coloquei um punhado de pipoca na minha boca.

– Vocês são só... Amigos não é? –Engasguei e comecei a tossir, ele deu leves tapas nas minhas costas e começou a rir.

– Pipoca quente. –Menti enquanto me abanava e puxava mais oxigênio para meus pulmões. – E de resposta para a sua pergunta, sim, só amigos. Ou quer que eu deixe de ser amiga dele para você parar de uma vez por todas com esse seu ciuminho infantil? Eu já tenho 16 anos e meio, pai.

– Calma Mi, não é ciúme não, eu só quero que você me informe sobre sua vida de vê em quando, eu sou seu pai.

– É, verdade. Me desculpa? -Fiz beicinho e ele me abraçou rindo.

– É óbvio que sim, bobinha. –Encostei minha cabeça no ombro dele e nós dois ficamos comendo e assistindo tv. Logo minha mãe, minha irmã e a dona Carmelita chegaram, se ajeitaram no sofá e começaram a comer também. Após alguns minutos contando sobre a viagem subi até meu quarto e fui arrumar minhas roupas no closet. Arrumei as coisas para ir à casa da Gina e olhei no relógio, estava marcando 17:45.


– VAMOOOOOS. –Desci a escada carregando minha mochila e pulando alguns degraus. Meu pai que no momento assistindo um jogo de futebol americano se levantou rolando os olhos.

– Vou ter que parar meu jogo pra te levar?

– Culpa da mamãe que disse que eu iria apenas às 18:00. –Lancei meu melhor olhar inocente e ele riu.

– Está bem, vamos. –Dei um beijo estralado de tchau na minha mãe e desejei um ótimo primeiro dia na escolinha para minha irmã. Calcei meu all star e fui até o carro, sentei no banco da frente e meu pai ligou o ar quente.

– Quer que eu te busque amanhã na escola? –Ele perguntou, abrindo o portão da garagem e dando a partida.

– Não pai, não precisa sair do trabalho pra ir me buscar. –O resto do caminho até a casa dos Weasleys foi silenciosa, apenas o rádio tocava um jazz baixinho. As ruas estavam desertas, cobertas de neblina e uma neve fina enfeitava o verde da grama.


Quando estávamos próximo à esplendorosa casa meu pai estacionou.


– Tchauzinho pai. –Beijei o rosto dele e sai do carro.

– Se cuida. –Sorri e abri o portão da casa. Entrei e caminhei até a entrada e bastou bater de leve que a porta se escancarou.

– E aê pirralha. –Fred me recebeu bagunçando meu cabelo com cascudos. Rosnei e ele me soltou rindo.

– Boa noite, bad girl. –Jorge, não muito diferente do seu irmão me cumprimentou irritantemente, me dando cutucões na costela. Estapeei as mãos dele e os gêmeos caíram na risada. Revirei os olhos e Molly veio até mim em passinhos curtos.


– Oi minha linda, sobe no quarto da Gina pra deixar suas coisas lá. –Retribui seu abraço confortante e sorri.

– Está bem, vou lá. –Arthur estava na sala assistia o mesmo jogo que meu pai estava vendo. O cumprimentei com um sorriso e um aceno de cabeça. Subi as escadas e dei de cara com Gina.

– MI! Quanto tempo! –Ela me envolveu com um abraço forte e comecei a rir, retribuindo o abraço.

– É, quanto tempo Gi.

– Guarda suas coisas ali no quarto e me encontra lá embaixo. –Gina me mandou um beijo no ar e desceu as escadas correndo. Entrei no meu destino final e coloquei minha mochila na cama. Sai no corredor para ir ao andar de baixo e no mesmo momento Rony saiu do banheiro com uma toalha envolvendo sua cintura, ainda um pouco úmido. Seus cabelos pingavam fazendo trilhas provocantes gotas de água pelo corpo dele.


– Olá. –Maldito sorriso de lado que bambeava minhas pernas. Tentei falar, mas não saiu som algum, por que ele tem que ser tão... Tão... Estonteante?

– Oi. –Limpei a garganta e ele riu.

– Depois que eu não estiver mais numa situação tão constrangedora feito essa eu falo mais contigo. –Rony piscou e entrou no quarto dele. Suspirei e desci as escadas.

– Por que demorou tanto? –Gina perguntou, indo na minha direção.

Ah, é que seu irmão gostoso bambeou minhas pernas... De novo.


– Fiquei distraída com as fotos do seu mural. –Menti e ela pareceu se contentar com a resposta.


Ding Dong


A campainha soou no meio do barulho da tv e da janta sendo feita. Molly foi atender a porta e uma voz reconhecível falou.


– HARRY! –Gina correu até a porta e abraçou seu namorado com tanta força que eu pensei que os olhinhos verdes dele iriam saltar das órbitas.

– Oi minha ruivinha, que saudades de você. –Os dois deram um beijo rápido para respeitar o fato de que Molly e Arthur observavam. Me aproximei deles e quando Harry me viu deu um grande sorriso. – Mione, que ótimo te ver! –Sem soltar de uma das mãos de Gina, ele me abraçou e me deu um beijo no rosto, retribui e sorri.


– É ótimo te ver também, pequeno. –Escutei passos e quando olhei para trás Rony descia as escadas correndo vestindo uma calça de moletom e uma camiseta estampada.

– Hey mano, a quanto tempo! –Os dois se deram um típico abraço de menino com direito a tapas nas costas e outras inutilidades.

– Pois é, senti sua falta cara. –Após se soltarem, Gina já se grudou a ele novamente. Dessa vez o alvo de Rony foi eu.

– Agora eu posso te dar um oi decente. –Ele riu e me puxou para um abraço.

– Como assim ‘oi decente’? –Maldita ruivinha, já estava desconfiada.

– É que a gente não tinha se visto, Gi. –Rony mentiu, para meu grande alívio.

– Molly, quer ajuda com a janta? –Perguntei, limpando minha garganta.

– Não querida, vai assistir tv com a Gi. –Ela sorriu e se retirou.

Subi com Gina até chegar no quarto dela, ligamos a tv e ficamos assistindo a uma maratona de 2 Broke Girls. Logo Rony e Harry chegaram também, a ruivinha se grudou no namorado feito uma macaquinha e me senti um pouco deslocada ali, já Rony não parecia ligar em segurar vela para sua própria irmã.

Passada 2 horas de conversas aleatórias e risos por causa da série que passava na tv, Molly gritou que o jantar estava pronto. Descemos famintos e sobre a mesa estava uma torta grande salgada com uma aparência deliciosa. Travessas com saladas também estavam sobrepostas.

Sentei em uma das cadeiras e me servi, comprovei que não era só a aparência da torta que estava deliciosa.


– Molly, não me canso de dizer que suas comidas são perfeitas. –Ela riu e agradeceu.

– Puxa-saco. –Fred comentou baixinho, tomando um gole de suco. Dei um tapa forte na nuca dele e todos riram.

A janta foi longa, repleta de conversas animadas e elogios pela comida, Molly estava extremamente lisonjeada. Ajudei-a a retirar a mesa e a lavar a louça, enquanto Gina secava. Os meninos sumiram rapidinho, para se safarem das tarefas domésticas, idiotas.

Depois que deixamos a cozinha e a sala de jantar em ordem subi para colocar meu pijama. Enquanto Gina tomava banho fiquei assistindo tv sentada na cama auxiliar na qual eu iria dormir.


– Boa noite, Mi. –Harry se aproximou de mim sorrindo. Levantei e o abracei.

– Dorme bem, amo você. –Ele retribuiu o abraço.

– Eu também. –Sorri e ele foi em direção ao quarto de hóspedes.

– Vem cá, quero te mostrar uma coisa. –Rony adentrou no quarto e estendeu sua mão para mim, aceitei a ajuda e me levantei. Caminhamos até o quarto dele e em um canto mais escuro tinha uma caixa grande forrada de cobertores. Escutei um miado baixo e me aproximei, uma gata persa branca muito peluda e linda estava deitada com 3 filhotinhos tão novinhos que nem seus olhos estavam abertos ainda.


– A gatinha deu a luz no quintal, tinham 5 filhotes, mas dois morreram, infelizmente.

– Ela arranha se eu me aproximar dos filhotes?

– Não, ela é bem calma. –Me abaixei e toquei a cabeça da gata de leve, fiz um afago e logo escutei um ronrono. Sorri e passei minha mão nos filhotinhos, um era todo branco, outro tinha preto misturado e o terceiro era de um amarelo diferente, mas bonito. O amarelinho estava afastado da gata e miando agudamente sem parar, peguei ele com cuidado e levei até perto da sua mãe.


– Que fofa. –Rony comentou sorrindo.

– A gatinha? –Levantei e sorri.

– Não a gatinha que mia, a gatinha você. –Ele envolveu minha cintura com os braços e continuou sorrindo, eu sabia que estava vermelha uma hora dessas. – Vai querer um gatinho pra você? –Assenti com a cabeça. – Qual?

– O amarelinho, ele é diferente e parece ruivo, me lembra você. –Joguei meus braços em volta do seu pescoço e um sorriso de orelha em orelha cresceu nos lábios dele.

– Então tá, quando eles desmamarem vou dar o ruivinho ali pra você. Mas agora é bom irmos dormir, está ficando tarde e amanhã o dia é longo. Não está precisando de mais cobertas ou algo assim para dormir? –Ele? Preocupado comigo? Adorável.

– Geralmente são as mães que perguntam isso, mas não, não preciso de nada. Obrigada por perguntar. –Ri baixinho e ele rolou os olhos, rindo logo depois.

– Então durma bem. –Antes que eu falasse qualquer coisa ele me beijou docemente. Retribui o beijo e quando nos afastamos ele sorriu. – Até amanhã, pestinha.

– Até, chatinho. –Dei um selinho rápido e me soltei dele. Quando dei as costas adentrando no quarto de Gina, suspirei longamente. Meu coração estava batendo fora do compasso e havia borboletas no meu estômago.


Ok, era oficial, eu estava perdidamente apaixonada pelo meu melhor amigo.

Quando me sentei na cama a porta do banheiro foi aberta e Gina apareceu vestida com seu pijama e penteando seus longos cabelos acobreados.


– Que cara é essa? –Ops, esqueci de apagar o sorriso bobo do meu rosto.

– Tenho uma coisa pra te falar, mas fecha a porta primeiro. –Eu prometi a ela que iria contar o que eu sentia quando tivesse certeza, e acho que essa era a hora. A ruivinha apenas me olhou desconfiada e trancou a porta do quarto, sentando-se do meu lado logo após isso.

– O que foi?

– Eu disse que quando tivesse certeza do que sinto pelo seu irmão iria te falar, não é? –Ela assentiu. – Então... Eu... Eu estou apaixonada por ele. –Sussurrei, suspirando em seguida.

– Quando que eu posso te matar? –Ri um pouco incomodada. – Tá, falando sério agora. Eu sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, sempre assemelhei vocês dois como cão e gato por causa das brigas, mas nunca pensei que dois seres tão diferentes iriam se apaixonar.

– No caso só eu estou apaixonada, e ele?

– Ele pode estar também porque vive falando bem de você.

– Sério?

– Olha só seus olhinhos cor de mel brilhando. –Rimos. – Sério. Ele já falou que você está muito bonita e madura, sei que ele precisa de uma menina inteligente para cuidar de um sem cérebro feito ele. Você dá conta?

– Ah, acho que sim. –Ficamos rindo por um tempo.

– E agora? O que você vai fazer? –Ótima pergunta.

– Eu não faço ideia. A única coisa que tenho em mente é esperar ele corresponder.

– E a amiga aqui não pode fazer nada pra ajudar? –Eu sabia exatamente que ela estava pensando em perguntar pro Rony se ele gostava de mim do jeito que eu gostava dele, e influenciá-lo para namorar comigo.

– Não, nada mesmo. Você só vai ficar no seu cantinho vendo as coisas acontecerem, não preciso de cupido. –Gina riu e concordou em não fazer nada. – Bom, vamos dormir porque amanhã temos que acordar cedo. –Ela assentiu, desligou a tv e me deu um beijo no rosto de boa noite, apaguei a luz e deitei, me cobrindo com o edredom fofo que Molly havia posto pra mim.

Como eu já esperava, dormir foi o que eu menos fiz naquela noite. Ansiedade, expectativas... Tudo embrulhando minha cabeça. Fiquei me virando de um lado para o outro até que consegui pegar no sono, mas já se passava da uma da manhã.

Fui acordada pela Gina quase que pulando em cima de mim, dizendo algo como “não vamos conseguir nos arrumar a tempo porque o café da manhã é às sete e meia.” Sentei na cama bocejando e dei uma olhadinha rápida no meu relógio de pulso. Já eram sete horas, eu conseguia me arrumar em 30 minutos, não tenho esse negócio de demorar para se arrumar, que é comum em meninas.

Levantei feito um zumbi e abri a janela do quarto para checar a temperatura, e estava frio, bem frio. Fechei a janela e peguei minhas roupas que estavam dentro de uma bolsa.


–Vou tomar banho no banheiro do corredor, ok? –Gina assentiu indo ao banheiro do quarto dela, peguei minha toalha e parti para o banheiro. Foi eu abrir a porta do quarto para ver o caos se formando, era gente pra todo o lado. Desviei de alguns Weasleys até que cheguei no banheiro. Tranquei a porta e tomei um banho rapidíssimo, enrolei meus cabelos na toalha e voltei ao quarto. Gina estava sentada na cama de roupão e com cara de choro.


– O que foi? –Perguntei.

– Não sei o que vestir. –Comecei a rir e entrei no closet dela. Peguei uma calça skinny um pouco desgastada e um moletom amarelo claro com um “smile” desenhado.

– Pronto, confortável e bonita. –Deixei as roupas em cima da cama e ela sorriu.

– Obrigada, minha anjinha. Você está linda com essas roupas. –Sorri e dei uma volta vestindo meu moletom rosa claro com um bigode preto estampado, uma calça skinny clara e botas ugg beges.

Agradeci o elogio e fui secar meus cabelos enquanto Gina se vestia.


Depois dos meus fios ficarem secos foi a vez dela usar o secador e minha vez de fazer cachos com o babyliss. O momento estava no mínimo hilário, Gina xingava o mundo todo quando se queimava com a prancha, eu explodia de raiva quando pegava em um cacho muito quente...


– Hey, já usaram o secador? Mamãe não quer que eu vá de cabelos molhados para a aula. –Olhei para a porta e Rony estava encostado na parede com a toalha enrolada na cintura e os cabelos pingando, igual a noite anterior.

–Já, e o que você está fazendo só de toalha por ai? Nós temos visita, folgado. –Gina lançou um olhar de desgosto para Rony, que só riu.

– A visita gosta disso. –Ele me lançou um olhar provocativo, já a ruiva me olhou maliciosamente.

– Sinceramente, vocês dois. –Cerrei meus olhos e entreguei o secador, ele riu novamente e foi para seu quarto. Vi que Gina se preparou para dizer algo para me provocar e rapidamente fiz sinal para ela se calar, escutei sua gargalhada enquanto desfazia meus cachos. Me maquiei, mas passei coisas básicas só para sumir com a minha cara de sono.

Bem na hora que passei meu perfume, acabando de me arrumar, Fred veio dizer que o café estava na mesa. Desci as escadas com Gina logo atrás de mim e senti um cheiro delicioso vindo da cozinha, vi que Gui e Fleur tinham vindo também. Me aproximei e sobre a mesa tinha um café da manhã suficiente para uma tropa com torradas, geléias, bolos, sanduíches e sucos.

Fui saudada com diversos ‘Bom dias’, respondi a todos com animação e me sentei. Geralmente não como muito de manhã, mas todas aquelas delícias fizeram meu estômago pedir por mais. Devorei um pedaço de bolo de morango e algumas torradas com geléia de framboesa.

Logo os gêmeos se despediram da gente porque a faculdade deles era mais longe e por isso tinham que sair mais cedo. Depois que acabamos de comer escovei meus dentes e minutos depois eu já estava na porta esperando pelos outros.


– Mi, eu e Harry vamos com meu pai, você vai com o Ron, esperamos você lá. –Gina disse isso no maior tom de tranqüilidade, mas eu tinha certeza que era armação dela. Decidi não discutir, apenas assenti e sai da casa, indo em direção ao portão.

Rony estava parado do lado de uma BMW, girando a chave no dedo. Um pouco contrariada fui até o carro e ele abriu um sorriso enorme.


– Gostou da carroça? –Observei o grande automóvel preto bem brilhante e assenti. – Então entra. –Ele abriu a porta da frente e eu entrei. Eu ia matar a Gina quando visse ela, eu estava visivelmente desconfortável sozinha assim com o Rony.


(Carro: http://img.automobile.de/modellbilder/BMW-X5-29512_panzerautos_kw14-2011_23.jpg)


– Está feliz em ir pra escola nova com o menino mais popular da escola? –Que convencido.

– Estou indiferente a situação.

– Muitas meninas se matariam para estar no seu lugar. –Rolei os olhos.

– Eu não sou essas meninas. –Ele bufou e eu sorri vitoriosa. Liguei o rádio e estava passando uma maratona de músicas da Taylor Swift, azar do Rony que eu sabia todas de cor. Ele dirigia bem apesar de eu estar berrando as músicas no ouvido dele, mas antes que ele enfiasse o punho na minha garganta e arrancasse minhas cordas vocais nós chegamos na escola.


– Você é mais chata do que eu pensava, hein. –Comecei a rir e ele se aproximou, me beijando em seguida. – Pronta para o primeiro dia? –Rony sorriu e tirou uma mecha do meu cabelo de cima dos meus olhos.
– Acho que sim...

– Não se preocupa, estou com você.

– Me alivia muito saber disso. –Falei em um tom sarcástico, ele riu e saiu do carro, abrindo a porta para mim. Sai e coloquei minha mochila em um dos ombros e caminhei até a entrada, suspirei e Rony se posicionou do meu lado, fomos adentrando na escola e várias pessoas cumprimentavam ele, agora entendi o significado de “popular”.


Dois meninos bem diferentes, um alto e negro e o outro baixo e de pele clara, vieram animados cumprimentando Rony.


– Hermione, esses são Dino Thomas e Simas Finnigan. –Eles me olharam com curiosidade e sorriram.

Bienvenue (Bem-vinda), madame. –O mais baixinho tomou minha mão e a beijou, que galanteador.

Merci (Obrigada). –Fiquei rindo e me apresentei ao Dino.

– Não falo francês, mas sou um ótimo menino também. –Apertei sua mão e sorri.

– Ei meninos, já estão dando em cima dela?

– Por quê? Ela está com você? –Silêncio mortal. Por sorte uma menina de olhinhos puxados chegou correndo, tropeçando no Rony.

– Oi Ron! –A menina deu um abraço forte e ele retribuiu.

– E ai japinha, beleza? –Ela assentiu, parecendo inquieta.

– Você viu o Ced?

– Se perdeu do namorado? –Ótimo, ela tem namorado, bom saber disso.

– Sim, agora estou preocupada. Me ajuda a procurar?

– É que vou mostrar a escola pra ela... –Rony apontou pra mim e a japonesa sorriu, colocando uma mecha dos seus cabelos lisos e pretos atrás da orelha.

– Nossa, nem percebi você aqui. Cho Chang, prazer!

– Hermione Granger, o prazer é meu. –Sorrimos e nos cumprimentamos com um beijo no rosto. De repente um menino alto, bem bonito e robusto chegou por trás de Cho e a abraçou.

– CED! –Ela pulou animadamente nele e deu um selinho rápido, por ser baixinha pode se grudar nele com facilidade.

– Oi minha pequena. Estava te procurando! –O menino disse enquanto arrumava seus cabelos castanhos desalinhados.

Ele cumprimentou cada pessoa que estava lá e quando seus olhos acinzentados encontraram os meus um sorriso simpático surgiu no rosto dele.

– Ahn, Cedrico, essa é Hermione Granger, minha amiga. –Rony sorriu me puxando para perto.

– Prazer em conhecê-la, Hermione. Sou Cedrico Diggory. –Retribui seu sorriso e ele se aproximou de mim, beijando de leve minha bochecha.

Depois de compartilhar algumas informações sobre mim fui apresentada para uma loirinha muito fofa, Luna Lovegood, melhor amiga de Cho. Era ótimo estar rodeada de pessoas legais, já não me sentia mais feito um pintinho fora do ninho.


– Ah não, elas estão vindo. –Cho comentou em voz baixa, olhei para trás e vi as benditas gêmeas que Rony havia “pegado” na festa, elas eram idênticas, um pouco mais baixas que eu, possuíam pele morena e cabelos longos pretos presos em um rabo de cavalo, vestiam um vestido curto azul marinho com alguns detalhes em branco e amarelo, escrito “Vikings” na frente, calculei ser o uniforme das cheerleaders daqui. Logo atrás delas vinha uma menina com o mesmo uniforme, mais baixa que elas, tinha cabelos loiros presos também.

Passou rapidamente seus olhos por nós com uma expressão indiferente, mas quando viu Rony seu rosto radiou de felicidade, oh droga, era a ex paranóica dele.


– RON! –Ela pulou nele sorrindo, Cho rolou os olhos.

– Lilá, bom te ver, mas já disse para não me cumprimentar assim.

– Ah, nós somos amigos, não somos Won-Won?

– Somos, mas não estou com tempo então, até depois na aula. –Ele desviou dos braços da vaca loira e pegou a minha mão, entrelaçando nossos dedos, e me puxou para longe, os outros nos seguiram, mas o cardume de piranhas ficou para trás.


– Não sei como você agüenta, cara. –Cedrico comentou enquanto andava do nosso lado pelos corredores com Cho grudada nele, Simas e Dino estavam mais atrás e Luna também.

– Nem eu sei como agüento. –Passamos pelo pátio até que chegamos em um local com poucas pessoas, então ele se lembrou de soltar minha mão. Um silêncio se formou até Cho se manifestar.

– Meninos, daqui a pouco o sinal bate, encontramos você lá na sala de aula. –Ela mandou um beijo no ar e puxou Luna e eu pela mão.

– Quem são as gêmeas? –Perguntei.

– Padma e Parvati Patil, duas vadias que nem a “rainha” delas, Lilá. –Comecei a rir e gostei do fato de Cho adorar Rony e odiar as meninas, essa seria uma das minhas.


Depois de conhecer a escola toda deu a hora de ir para as salas, acompanhei as minhas mais novas amigas e quando chegamos, descobrimos que a primeira aula era de literatura. Foram duas longas aulas de leituras e interpretações de poemas.

Após o professor sair da sala, um pouco antes do sinal bater anunciando o começo da aula de física recebi um bilhete entregue por uma das gêmeas. Abri o pequeno papel que estava escrito:


Nem pense em tirar o meu Rony de mim que eu acabo com você.
Beijinhos aluna nova estranha :)

A japonesa que estava no momento sentada ao meu lado tirou o bilhete das minhas mãos e bufou furiosamente.


– O que essas piranhas estão pensando? –Ron percebeu a agitação de Cho e perguntou sussurrando o que estava escrito, não respondi, apenas peguei o papel e caminhei até Lilá, jogando o bilhete em cima da carteira dela.

– Que coisinha de pré-escola ficar ameaçando por bilhetes, Lilá.

– Quer que eu ameace pessoalmente ou aproveite e cumpra as ameaças? –Ela se levantou vindo com o punho cerrado para perto de mim e Cho veio correndo e parou na minha frente.

– Confusão no primeiro dia de aula? Bem a sua cara! –Antes que alguma coisa acontecesse o professor chegou, fazendo os alunos se dispersarem e sentarem novamente.

– Bom dia, pessoal. –O professor adentrou sorrindo e todos deram bom dia a ele também. – Para quem não me conhece, me chamo Remo Lupin. Pra quem me conhece, o nome é o mesmo. -Além de engraçado era um ótimo professor, fez a aula de física parecer bem mais divertida do que é.


Após a aula acabar, duas de biologia começaram. Dessa vez era uma mulher chamada Dolores Umbridge, a professora mais chata que eu já conheci na minha vida, apenas as vadias das cheerleaders que puxavam o saco dela, vacas.

Na hora do almoço o refeitório lotou de conversas animadas, fui com Cho e Luna, os garotos nos encontraram depois.


– O que a Lilá fez no final da aula de literatura? Vi que vocês quase se pegaram lá. –Rony falou, enquanto colocava um pedaço de pizza na boca.

– Nada tão importante assim, Ron. –Fiz um sinal discreto para as meninas não comentarem nada, não seria legal meter ele nisso.

– Já houve algum babado por causa da loira burra? –Gina chegou tão silenciosamente que eu nem havia percebido, sorri e dei um beijo no rosto dela.

– Depois eu te conto, Gi. –Ela se sentou e cumprimentou os outros.

– Por que só eu não posso saber? –O ruivo reclamou em um tom injustiçado.

– Não reclama. –Belisquei seu braço e ele deu um berro de dor. Enquanto eu fazia minha cara de inocente e comia um sanduíche natural, Rony roubou um pedaço da minha pizza. – EI! Você tem pizza! –Resmunguei irritada, puxando o meu prato pra longe dele.

– Que gatinha mais brabinha você. –Ele riu e mordeu minha bochecha. Ok, eu gostava da sensação que provocava quando ele roçava seus dentes na minha pele, mas eu achava vergonhoso se ele fizesse isso na frente da escola toda, no meio do almoço. Todos que estavam presentes na mesa riram da cena e voltaram a comer. Depois de algumas conversas aleatórias finalmente acabamos nossas sobremesas, que no meu caso foi salada de frutas, e fomos se arrumar para a educação física e aproveitar os 15 minutos de descanso que ainda restava.

Me despedi de Gina e corremos para os vestiários e percebi que todo local fechado que passávamos estava aquecido, ótimo pelo fato que as roupas da educação física era um shorts de ginástica azul marinho e uma camiseta branca. Prendi meus cabelos e fiquei sentada no banco do vestiário esperando as meninas ficarem prontas.


– O jeito que o Ron te olha é tão diferente, Mi. Nunca vi ele olhando assim nem mesmo para Lilá, quando namorava com ela. –Me assustei quando Cho falou, enquanto prendia seus cabelos em um rabo de cavalo.


– C-como assim? De que jeito ele me olha? –Gaguejei, com um olhar interessado.

– Parece o olhar que o Ced lançava na Cho quando estava ainda conquistando o coraçãozinho dela. –Luna comentou sorrindo, com sua voz suave feito uma pluma.

– Vocês acham que ele gosta de mim? –Eu sei que elas eram praticamente estranhas para mim ainda, mas eu me sentia tão bem com elas que poderia falar tudo sobre o que eu penso e sinto.

– O meu “amorômetro” está apontando que sim. Por quê? A Mionezinha gosta do Ronyzinho? –Cho sorriu divertida, bufei e as duas me encararam rindo.

– Talvez. –Quando percebi que elas estavam prontas dei essa resposta nem tão misteriosa assim e sai do vestiário com elas na minha retaguarda, elas eram definitivamente minhas mais novas parceiras de crime.


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Notas finais do capítulo

Gente, esse Ron é um sem vergonha, né? Acha que pode ficar passeando pela casa só de toalha com a Mione de visita. Mas ela goooosta :9 HAHAHAH
Depois de bastante trabalho para adiantar a fic e postar bastante para vocês, meus capítulos são grande e por isso acho que eu mereço mais alguns reviews né? ): HAHAHAHAH
Beijinhos, até o próximo capítulo ;*



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