The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 6
O que o mar trás, as ondas levam, parte 4


Notas iniciais do capítulo

Por sorte estou conseguindo adiantar bastante a fic, e por isso os atrasos de postagens não vão ocorrer, eu espero :D Conto com reviews, beijinhos ;*



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Eu definitivamente não sabia que Rony tocava violão, e tão bem!

Ele começou tocando I’m Yours, eu já amava essa música na voz do Jason, mas na voz linda de Rony deixava melhor ainda. Enquanto ele cantava e tocava nos balançávamos no ritmo da musica e cantávamos baixinho, enquanto Rony cantava em alto e ótimo som.

But I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm yours.

Quando a música terminou e aplaudimos o ruivo talentoso, ele me olhou e sorriu.

– Conhece “Lucky’? –Ele estava falando da linda música do Jason com a participação da gata e loira da Colbie Caillat.

– Conheço sim.

– Canta a parte da Colbie comigo?

– Eu não sei cantar, Ron.

– Aqui é entre família, não uma turnê mundial. –Ele disse, rindo. Comecei a rir também e aceitei a proposta. Então ele começou a tocar e a cantar, entrei em pânico. E se eu cantasse mal?
Lembre-se Hermione. É entre família.
Respirei fundo e minha parte chegou.

Boy I hear you in my dreams,

I feel you whisper across the sea,

I keep you with me in my heart,

You make it easier when life gets hard.


(“Lucky” com legenda em português: http://www.youtube.com/watch?v=UiERtoy-wL4)


Ele ficou olhando nos meus olhos a música inteira, como se estivesse hipnotizado. Ele sorria, olhava um pouco para baixo, voltava a olhar para mim... Finalmente a música acabou e todos aplaudiram.

– Mi, você canta muito bem!

– Eu não canto bem coisa nenhuma. –Ele deu uma risada sonora e voltou a discordar de mim, eu é que não ia ficar discutindo. Gina se ofereceu para cantar Brighter Than The Sun, outra música da Colbie Caillat. Quando Rony começou a tocar e ela a cantar eu fiquei boquiaberta, não sabia que a minha melhor amiga cantava tão bem.
Aquele lugar estava muito mais aconchegante do que eu pensei que iria ser, nós podíamos fechar os olhos, se balançar de um lado para o outro no ritmo da música e cantar baixinho que já se tornava um ótimo momento.

Depois de uns 3 minutos cantando, todos nós aplaudimos a minha ruivinha favorita e Rony colocou seu MP3 pra tocar. Várias músicas apropriadas para o luau tocavam enquanto nós conversávamos coisas aleatórias.

– Estou com saudades do meu Harry. –Gina falou, fazendo beiçinho.

– Daqui a dois dias você vê ele. –Falei sorrindo, ela retribuiu e ficou olhando para o céu. Mais dois longos dias para o primeiro dia de aula... Suspirei e olhei para o céu também, que estava em um tom de azul bem escuro, cheio de estrelas brilhantes e uma lua redonda reluzente. Céu estrelado e com lua cheia, uma noite perfeita para fazer um luau.

– Estão com fome, crianças? Temos várias opções. –Arthur disse, pegando os pacotes com linguiçinhas, marshmallows e sanduíches. – As frutas ficam para sobremesa.

Peguei um palito de churrasco e coloquei uma linguiçinha, deixei por um tempo no fogo da nossa fogueira e fui comer. Estava deliciosamente bem temperada, comi mais duas e parti para o sanduíche. Peguei um suco de caixinha e fiquei tomando enquanto comia um sanduíche de peito de peru. O que eu não esperava era o suco virar todo em cima de mim.

– Ai como eu sou uma pata. –Todos que no momento comiam em silêncio me encararam. – Derrubei suco na minha camiseta, sorte que trouxe uma reserva. - Já volto! –Andei até a minha barraca que estava mais afastada do mar do que a fogueira e quando fui entrar para pegar a regata reserva vi um caranguejo do lado dos colchões infláveis me encarando.

– Eu mereço. GENTE, ALGUÉM AI ME AJUDA COM UM CARANGUEJO QUE ESTÁ DENTRO DA MINHA BARRACA? –Falei bem alto para que todo mundo ouvisse e fiquei balançando meus braços feito alguém pedindo socorro. Foi Rony quem se ofereceu para ajudar, é claro. Ele se levantou das almofadas e caminhou até onde eu estava.

– O que tem ai para eu pegar ele sem que eu me machuque?

– Essa toalha. –Entreguei uma toalha branca e ele entrou na barraca. Esperei em pé e logo ele saiu segurando o caranguejo que mexia as garras tentando se soltar. Rony correu até estar bem longe da gente e soltou o caranguejo. Entrei na barraca e procurei minha regata na mochila.

– Mais nenhum bicho ai?

– Não, tudo certo. –Falei, de costas para ele. Quando me virei para agradecer a ajuda ele tropeçou na minha perna e caiu em cima de mim. Ele ficou me encarando por um tempo enquanto nossos rostos estavam tão próximos que nosso nariz se tocava, ele tentou me beijar, mas eu o impedi com um selinho.

– Só isso? –Ele parecia uma criança revoltada que não havia ganhado o presente de natal que queria.

– Isso já basta, foi o meu agradecimento. –Dei um sorriso tímido e até agora nada dele se lembrar que tinha que sair de cima de mim, isso já estava ficando estranho.

– Você gosta de me provocar né?

– Te provocar? Eu não fiz por querer!

– Então você me provocou sem querer? –Eu não estava entendendo o que ele queria dizer com ‘provocar’.

– Acho que sim... ?

– Então vou te provocar de propósito. –Hein?

– Como assim? -Sem me responder ele abaixou seu rosto e mordeu meu lábio inferior de leve e o puxou. Eu fiquei pasma, sem reação. Além do meu coração que estava a mil, meu rosto queimou feito fogo e eu senti minhas pernas bambearem, não sei se conseguiria levantar dali.

– Pronto, agora estou satisfeito. –Rony se ajoelhou no colchão, saindo de cima de mim, piscando e dando um sorriso cheio de malicia. Por que justo ele tinha esse poder de me deixar assim, completamente vulnerável e de pernas bambas? Respirei profundamente e me levantei com toda a força que ainda me restava, arrumei meus cabelos e me aproximei da fogueira.

– Acho que eu posso identificar a espécie do caranguejo. Como ele aparentava, Mione? –Arthur questionou, enquanto eu me sentava ao lado de Gina encarando o nada.

– Gostoso. –Ouvi um riso abafado de Rony e me dei conta do que havia acabado de falar.

– Ahn? –Caramba, eu ainda estava em transe lembrando o momento e falei besteira.

– Ah, é que eu gosto bastante de patinha de caranguejo. É muito saboroso. –Eu parecia uma criança quando mentia, eu gaguejava, me piscava toda e minha mãe sabia como identificar quando eu estava mentindo. Ela me olhou com um olhar duvidoso e Arthur começou a rir.

– É, uma delicia. Então, como ele aparentava?

– Ah, ele era azulzinho, muito bonito, mas eu não gosto daquelas garrinhas. –Fiz minha imitação ridícula de garras de caranguejo e todos riram.

– Deve ser o caranguejo azul, é bem bonito mesmo. Bom, vamos comer as frutas agora? –Ainda bem que eles resolveram esquecer a bobagem que eu havia dito, minha mãe era a única que permanecia desconfiada. Arthur pegou os espetos com frutas de todos os tipos e um pote com chocolate derretido. Peguei um dos espetinhos e passei no na calda e enquanto eu comia distraída resolvi olhar para Rony, ele mordia o morango coberto de chocolate e um pouco escorreu no canto da sua boca, ele percebeu que eu estava olhando e limpou com a língua mesmo, dando aquele sorriso malicioso novamente.

Perdi meu fôlego e arfei procurando por oxigênio, ele percebeu e riu baixinho. Que tal eu entrar no joguinho também?

Passei meu dedo indicador em cima do meu morango, fazendo-o se cobrir de chocolate e enquanto Rony me olhava deixei a calda escorrer para logo depois lamber meu dedo de baixo até em cima, dando uma leve chupada na ponta.

Sua boca formou um ‘O’, ele devia estar incrédulo porque eu havia entrado no jogo dele, vi suas bochechas criarem um tom rosado, eu havia o ENVERGONHADO? Que menino estranho. Ri baixinho e quando escutei a voz de Gina me lembrei que não estávamos sozinhos. Ela me encarava como se tivesse feito uma pergunta e eu não havia escutado.

– O que disse, Gi?

– Que é para vocês pararem de brincar com a calda de chocolate e comer esse espetinho de uma vez. –Eu tinha certeza que estava vermelha quando Rony começou a rir, ela tinha visto aquela cena altamente constrangedora de se fazer na frente da família. Limpei minha garganta lembrando o ruivo que já era hora de parar de rir e voltei a comer as frutas. Depois de mais dois espetinhos, fui comer alguns marshmallows. Olhei no relógio e já se passavam das 21:00, tomei uma água de côco e fiquei escutando as músicas que passavam no MP3 do Rony.

– Gente, quero todos acordados amanhã às 7:00 para arrumarmos tudo, depois nos arrumarmos e partirmos para o aeroporto. –Todos assentiram e eu caminhei até estar próxima ao mar. A maré estava bem alta e nossas barracas estavam quase na calçada de Copacabana. Me sentei no chão e fiquei escutando o barulho das pequenas ondas.

– Filha, vem! Vamos dormir. –Olhei para trás e minha mãe me aguardava. Levantei e andei até a barraca com capacidade para 4 pessoas, as minhas mesmas companheiras de quarto de hotel iriam dormir comigo. O vento da praia começou a ficar mais forte e aproveitamos para entrarmos rápido na barraca e nos fechamos lá. Minha mãe acendeu a lanterna e nos ajeitamos para dormir. Me deitei em um dos colchões de casal e Gina ficou do meu lado, peguei uma coberta fina e me cobri até a cintura. A luz que saia dos postes da rua iluminavam a barraca, deixando bem menos escuro do que seria se estivéssemos mais próximo a praia. Por causa do barulho das ondas, adormeci rapidamente.

Abri os olhos quando o barulho de carros ficou mais visível, sai da barraca lentamente para não acordar as meninas e vi que o movimento na praia já começava, sendo que o sol nem havia nascido ainda. Dei um grande bocejo e percebi que a maré já havia baixado, me sentei na areia enquanto prendia meu cabelo em um coque bem simples.

Escutei um barulho de zíper e quando olhei na direção de uma das barracas Rony saia bocejando, com uma coberta nas costas como uma capa, sem camisa e despenteando mais ainda os cabelos com as mãos. Estupidamente adorável e lindo.

Fiquei acompanhando-o com os olhos enquanto ele se aproximava de mim, sentando ao meu lado.

– Bom dia. –Ele disse, dando um sorriso largo.

– Bom dia. –Retribui o sorriso.

– Está com frio?

– O vento está um pouco chato. –E estava mesmo, meu coque parecia agora uma coisa totalmente desmanchada com um amarrador pendurado por causa do vento.

– Então vem aqui. –Ele disse, mexendo um pouco o quadril para chegar mais perto de mim me envolveu com a coberta que estava em suas costas, passou um dos braços pela minha cintura e ficou me segurando. Deitei minha cabeça no ombro dele e ele não fez nada, continuou encarando as ondas. Logo o sol começou a surgir atrás do longo oceano e ele suspirou.

– É bonito, né? –Assenti com a cabeça ainda no seu ombro e ele me puxou para mais perto ainda. – Pena que temos que ir embora.

– É... –Dei um longo suspiro. Daqui a algumas horas eu estaria de volta a minha vida normal. Passaram-se alguns minutos e Rony pegou meu rosto em sua mão direita.

– Sabe que eu gosto muito de você, não é? –Assenti com a cabeça e ele deu um sorriso incomodado. – Mas eu não quero te iludir, nem nada. Então, eu acho que é bom a gente esperar um pouco até eu decidir o que eu quero.

– Então... Sem beijos?

– Não sei se eu consigo viver longe dessa boquinha. –Ele disse, dando o sorriso torto que eu tanto amava. Senti minhas bochechas formigarem, eu sabia que estava feito um pimentão ambulante agora, mas eu não ligava. – Você fica linda envergonhada. Na verdade você fica linda de qualquer jeito.

– Você quer que eu vire uma grande cerejinha com pernas? –Ele deu uma gargalhada com gosto e voltou a me olhar. – Então... Como vai ser?

– Vamos continuar do jeito que estamos.

– Tipo... Namorados?

– O certo seria amigos coloridos.

– Amigos coloridos? Amizade colorida é para...

– Sexo, eu sei. –Mais uma gargalhada. - Mas no nosso caso é só uma relação afetuosa. –Continuei em dúvida sobre o que ele queria dizer com tudo aquilo. – Vamos continuar melhores amigos, mas um beijinho de vez em quando...

– Não quero ser sua ficante, Rony.

– Eu sei que não quer, mas eu não tenho certeza se quero um compromisso com você, namoro é uma coisa séria.

– Ah, então você só me quer pra me dar um beijo hoje e amanhã você correr para os braços de outras ‘amigas coloridas’? –Eu estava ficando levemente irritada já.

– Não é isso, Mi! Deixa eu explic-

– Não precisa de explicação. –Tirei o braço dele que envolvia minha cintura e fui até a minha barraca.

– MI, ESPERA! –Rony gritou enquanto me seguia. De repente minha mãe saiu carregando minha irmã no colo e Gina logo atrás delas. Fiz um sinal para ele se calar e finalmente desistiu de me perseguir com suas explicaçõezinhas. Ele queria que eu desse meus beijos para ele de graça? Assim, sem sentimento? Ele precisa pensar um pouco, aliás, NÓS precisamos pensar sobre o que estamos fazendo.

Quando todos acordaram, nós desmontamos as barracas, pegamos nossas coisas e fomos para o hotel. Peguei na minha mala uma calça skinny, meu all star novo, uma t-shirt estampada e uma outra camisa xadrez. Organizei o resto das roupas e fui tomar banho rápido porque as minhas colegas de quarto queriam tomar banho também. Depois de me secar e me vestir sai do banheiro, penteei meu cabelo na frente do espelho, passei creme e deixei-o molhado mesmo.

– Psiu. –Olhei para a porta e Rony estava parado olhando para mim e bagunçando os cabelos ruivos molhados. – Você não está brava comigo, não é?

– Reflita sobre o que você disse.

– Eu sei, foi besteira. Esquece, por favor! –Dei um longo suspiro e ele continuou me olhando apreensivo.
– Tudo bem.

– Aaaawn, obrigado! –Ele já estava se aproximando pra me abraçar e eu me afastei.

– Muitas vezes eu guardo ressentimento, Ron. Continue tentando. –Pisquei e ele revirou os olhos. Minha vontade foi rir porque eu estava fingindo que ainda estava brava e ele ficou visivelmente revoltado. Isso iria ser divertido.

Deitei na cama do hotel pela última vez e fechei meus olhos, o sono estava começando a bater. Olhei no relógio e já se passavam das 7:30, e quando todos estavam prontos descemos para tomar o café da manhã. Comi um pedaço grande de torta de maracujá e tomei suco de morango.

– Às 10:00 vamos sair daqui e vamos ao aeroporto, ok? –Molly falou, olhando para todos. Logo que acabei de comer subi até meu quarto e fiquei assistindo qualquer desenho que estava passando na tv nesse momento.

Rony POV

Ok, eu fui um completo idiota, eu entendo. Mas Hermione insistir em não me perdoar estava ficando chato, eu ia conseguir o seu perdão nem que a forçasse a isso.

– Posso entrar? –Fui até a porta do quarto das meninas e Hermione estava deitada na cama. Ela assentiu e andei devagar até a cama de Gina, me deitei lá mesmo, mas meu desejo era me espremer na cama em que ela estava deitada.
– Que desenho é esse?

– Pica-pau. –Ela permanecia quieta e séria o tempo todo.

– Muda o áudio? É que eu não estou entendendo... –Ela negou com a cabeça. – Mi, para com isso. –Que menina mais irritante. Depois de alguns segundos ela finalmente mudou o áudio.– Obrigado, agora vê se me perdoa. –Levantei da cama de Gina e sentei do lado dela, puxei-a pela cintura e beijei seu pescoço de leve, vi que seus antebraços ficaram visivelmente arrepiados, e então se afastou de mim.

– Contato demais. –Estralei a língua raivoso.

– Ah, eu sei que você está querendo me perdoar... –Inspirei profundamente no seu pescoço para sentir o seu delicioso cheirinho de baunilha. Dessa vez mordi seu pescoço de leve.

– Hey vampirinho, eu já falei, contato demais. –A maldita se afastou novamente. Cerrei meus olhos e ela fez o bendito som que fizemos quando estamos prendendo o riso.
Gina adentrou o quarto e me joguei na cama dela.

– Podem continuar, finjam que eu nem estou aqui. –Ruivinha implicante.

– Nós não temos nada para continuar, Gi. –Hermione se levantou e deu uma discreta piscada para mim. Vi que Gina havia pego o celular e no banheiro, logo depois ela saiu chorando e foi para a varanda e eu a segui, juntamente com a Mione.

– O que houve Gi? –Fiquei atento a conversa.

– Harry ficou de castigo e não sei se ele vai para a Campbell com a gente. –Vi que seus olhos se encheram de lágrimas e Hermione a abraçou. O pai de Harry eram bem mais rígido que a mãe dele e por isso viviam em brigas, geralmente ele enfiava o próprio filho no meio.

– Mas o que ele fez?

– Os pais dele brigaram novamente e Harry arrumou as malas para ir morar lá em casa hoje mesmo e James disse que por causa dessa “rebeldia” dele, ele não iria pagar a matrícula do Harry para entrar na Campbell, Lily disse que iria pagar, mas James disse que se ela fizesse isso os dois iriam se separar. Harry para impedir isso, disse para a mãe dele não pagar. –De repente ela começou a chorar rios de lágrimas, Hermione tentou consolá-la, mas de nada adiantava.

– Argh, James é realmente o pior pai do mundo. –James sempre foi assim, levemente arrogante. Mas piora com Harry, porque Lily é a mãe que dá tudo ao filho e James preferia tirar para não mimar muito.

– É, eu sei. –Gina apenas soluçava.

– Me dá seu celular e chama sua mãe. –Gina a obedeceu e foi buscá-la. Quando elas chegaram a situação foi explicada e minha mãe foi ligar para os Potters. Depois ela pediu para nos retirarmos porque a conversa era particular.

Minutos depois a porta da varanda foi aberta e minha mãe saiu sorrindo.

– E ai, mãe? –Gina se levantou ansiosa pela resposta.

– E ai que deu certo né, sabe como a mamãe Molly aqui é. –Molly começou a rir e Gina a abraçou. Hermione sorriu aliviada.

– Beleza gente, depois desse super drama de família vamos agilizar porque já são 9:30. 10:00 quero todo mundo lá em baixo –Minha irmã levantou-se e foi no banheiro lavar o rosto.

– Que situação mais dramática. –Comentei, deitado na cama de Gina.
– Muita informação na sua cabeçinha?

– Muita. –Rimos e então o silêncio constrangedor se formou. Limpei a garganta e continuei. – Voltando ao papo de antes, vai me perdoar?

– Vou pensar no seu caso, continue tentando me agradar. –Hermione piscou e se levantou, olhando aos arredores da tv. Me levantei e fiquei parado na frente dela com as duas mãos no rack da sala trancando-a, quando ela se virou seus olhos se arregalaram, lancei um olhar malicioso.

– Quer que eu te agrade como? –Sua respiração falhou quando beijei a extensão do seu maxilar, passando pelo pequeno queixo dela.

– V-você é quem s-abe. –Gaguejou.

– Pena que a minha irmã está aqui. –Dei um leve beijo no canto da boca dela.

– Mesmo se ela não estivesse, nada aconteceria. –Ela foi me empurrando até eu cair na cama. Seria um sério desafio conquistá-la, e eu estava pronto para enfrentar esse desafio.

Hermione POV

Coitado do Rony, achava que me seduzia tão fácil assim. Na verdade... Me seduzia. Mas a pergunta é: Eu me entregaria tão fácil assim? Obviamente não, ele tinha muito caminho pra andar antes de conseguir algo de mim.

Quando finalmente a porta do banheiro foi destrancada fui até lá e chequei nos armários, não tinha nada que me pertencesse. Verifiquei na minha mala e tudo estava em ordem, olhei no relógio e já eram 9:50. Fui na sacada do quarto e fiquei por alguns minutos observando o mar lá de cima, iria sentir falta dessa tranqüilidade, eu realmente havia amado o Brasil.

– Vem, Mi! –Olhei para trás e Gina estava sorrindo, estendendo sua mão para mim. Aceitei a mão dela e caminhamos juntas até o Lobby de entrada, já eram 10:00 e todos os integrantes estavam presentes, nos dividimos pelos táxis e partimos para o aeroporto.

– Vou sentir saudades disso. –Suspirei, enquanto olhava a praia ensolarada de Copacabana.

– Quem sabe quando for inverno lá em LA nós voltamos aqui, porque prefiro enfrentar esse calor do que as nevascas. –Gina comentou rindo, apenas assenti com a cabeça e acompanhei a viagem olhando pela janela do carro. Quando o táxi estacionou no aeroporto fui a primeira a pular do carro, o táxi dos meninos foi o último a chegar. Fomos fazer o check-in e fomos fazer um lanchinho em uma padaria. Enquanto nós comíamos ficamos conversando coisas aleatórias.

– Rach, porque não comemora o aniversário de casado com seu marido aqui no Rio? –Arthur comentou.

– É, seria uma ótima idéia, querida! –Molly falou animada.

– Eu acho que não seria uma má idéia, mas o problema é que eu e meu marido não temos mais essa relação apaixonada, sinto que esfriou um pouco. Nossas cabeças só tem lugar para trabalho e o nossas filhas. –Lancei um olhar azedo para minha mãe, esse ano vou completar 17 anos e acho que tenho condições de cuidar da minha irmã por uma noite para os dois saírem e se divertirem, eles tem o final de semana para isso.

– Sempre há um tempo para romance! –Arthur e Molly sorriram, dando um beijo de esquimó, tão fofos.

– Não para eu e Robert. –Eu estava achando estranho minha mãe se referindo desse jeito ao meu pai, antes de Sophia existir os dois saiam, namoravam, eu não atrapalhava em nada. Mas foi minha irmã nascer que meus pais simplesmente surtaram e davam mais atenção à ela, aos meus estudos e ao trabalho deles. Eu sentia falta dessa relação amorosa dos dois.

Molly deu um longo suspiro e se levantou, indo pagar a conta.

–Vamos indo gente, daqui a pouco o avião chega. –Todos nós se levantamos e acompanhamos ela até o portão de embarque. Minutos depois nosso respectivo avião chegou, embarcamos e Sophia foi na janela, Gina do lado dela, eu do lado da Gina e Rony do meu lado. Na fila da frente foram os gêmeos e na frente deles foram os adultos.

– Só não faça nenhum escândalo se uma aeromoça bonita vir dar em cima de mim. –Rony comentou baixinho, apenas para eu ouvir. Bufei audivelmente e ele riu.

Todas as aeromoças foram passando e dando instruções para todos os passageiros, colocamos nossos cintos de segurança e o avião começou a ganhar altitude.

– Oi menino lindo, qual o seu nome? –Olhei para a fila do lado da nossa e uma morena bonita com sotaque espanhol feito a minha empregada sorria para Rony, sinceramente, todas as meninas do mundo têm que se atirar nele? O maldito ruivo me olhou e riu, voltando a observar a morena e a sorrir.

– Hey Mione, aposto 10 dólares que se você discutir com ela, ela não vai te bater. –Jorge disse baixinho, virado na sua poltrona e olhando para mim.

– Eu já aposto que ela vai, você tem é inteligente e tem uma língua boa para discutir, mas não é de bater em ninguém.

– Fred, o senhor está desejando o meu mal?

– É óbvio que não, você sabe que eu te amo, mas são os cálculos minha querida. –Olhei para os dois desconfiada e aceitei a proposta, 10 dólares na jogada.

– Olá, Ronald, mas me chame de Rony. E o seu? –Rony respondeu a menina.

– Isabel. Americano? –O bendito olhar provocar, isso estava cansando minha beleza. Antes que meu querido amigo desejado respondesse algo resolvi debochar um pouquinho da situação.

– Não, japonês. Não está vendo o olhinho puxado? –Sorri forçadamente para a menina e ela me encarou com raiva.

– Boa, Mione. –Os gêmeos comentaram baixinho, em uníssono. Pisquei para eles e aguardei a resposta da morena.

– Desculpe, mas não me lembro de começar uma conversa com você. –Fiz uma cara de inocente e pedi desculpas pela “intromissão”. Rony se conteve para não rir e limpou a garganta.

– Sim, americano, e você?

– Cubana. –Pronto, a querida estava toda feliz novamente porque o ruivo encantador voltou a dar atenção a ela. – Você mora em LA?

– Não, ele está nesse avião para ir para o Japão, vão fazer ele descer de pára-quedas. –Por mais que eu tivesse chance de apanhar nessa linda viagem não ia perder uma chance tão linda de debochar assim. Vi que os gêmeos fizeram um sinal de ‘OK’ quando a cubaninha se levantou, muito brabinha.

– ESCUTA AQUI, PERRA! (Cadela) –Me xingando em espanhol, adorável. Gina ria do meu lado, observando todo o escândalo que ela estava fazendo. Antes que ela pudesse pular no meu pescoço uma aeromoça chegou, brigando com ela.

– Aqui não é lugar para escandalizar, menina! –A aeromoça fez uma pausa e me olhou, já aguardei por uma bronca. –E você querida, precisa de algo? –OBA, uma aeromoça que gosta de mim e não deu em cima de Rony até agora!

– Não, nadinha. Obrigada por resolver o problema, só preciso ir ao toillet. –Me levantei calmamente enquanto a aeromoça se retirava sorrindo para mim e a vadia estrangeira coloca o pé na minha frente, com o objetivo de me fazer tropeçar. Olhei para ela completamente irritada e ela sorriu.

– É assim que eu resolvo problemas com perras feito você.

– Sabe falar inglês? Então me xingue em inglês, vadia. –Acertei um tapa na cara dela em cheio, quando percebi o que eu havia acabado de fazer coloquei as duas mãos na boca, arregalando os olhos por causa da cara demoníaca que aquela morena estava fazendo para mim. Senti alguém me puxar e eu cai sentada na minha poltrona. A aeromoça chegou correndo, assustada feito eu, e acalmou a cubana que estava gritando que ia me matar, que esquentadinha. Logo após ela ser trocada de poltrona, aguardei todos me darem broncas.

– Por mais que eu estou amando essa confusão, -Rony começou, falando baixinho. – O que você acabou de fazer foi muito longe do que eu esperava que você fizesse.

– Eu sei. Minha mãe viu? –Continuei com a minha cara de assustada e ele apenas riu e negou com a cabeça.

– Ela, mamãe e papai tomaram alguma coisa para não enjoar e dormiram pesado, ainda bem. –Concordei e olhei para o lado, Gina estava chorando de rir e minha irmã entretida com a janela, de certo nem ligou para a confusão.

– Isso foi extremamente lindo. –Jorge balançou 10 dólares no ar.

– Você merece todo o nosso dinheiro depois dessa. Quem diria a Santa Hermione dando na cara de uma morena enorme que nem aquela ali? –Fred comentou, jogando 10 dólares no meu colo, Jorge repetiu o movimento.

– E nem pense em devolver nosso dinheiro, você merece. –Dessa vez foi Jorge que falou, fiz uma cara de injustiça e os dois riram.

– Você anda impossível, Mi. –Rony disse, se abaixando e mordendo minha bochecha. Gargalhei e coloquei as notas de 10 dólares no bolso da minha calça.

Passamos 1 hora assistindo qualquer filme infantil passando nas tv’s do avião e o resto das 7 longas horas foram repletas de monotonia. Por mais que eu estivesse em uma poltrona confortável, com música, tv e serviços das aeromoças ao meu dispor a viagem estava me cansando mais do que deveria.

Quando para a minha alegria o avião pousou desci me espreguiçando, fomos pegar as nossas bagagens e mais a frente meu pai nos aguardava sorrindo. Corri até ele e o abracei, ele me girou no ar e beijou minha bochecha.

– Que saudades, minha linda! –Sorri e retribui o beijo na bochecha dele.

– Eu também estava sentindo saudades. –Seus braços me envolveram novamente em um abraço apertado e Sophia chegou esfregando os olhos, meu pai me soltou e pegou ela no colo. Virei meu rosto e vi Gui e Fleur recebendo os Weasley com alegria, fui me aproximando até que notaram a minha presença.

– Olá cachinhos dourados! -Cumprimentei Gui com um abraço e ele retribuiu.

– Como foi a viagem? Me contem tudo. –Sorri e abracei a linda francesinha também.

– Temos todo o tempo do mundo para contarmos, Fleur. –Molly disse, sorrindo.


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