The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 43
Forever & Always


Notas iniciais do capítulo

boa tarde, meninas! tranquilas? bom, antes eu queria confessar que pensava que não terminaria o capítulo a tempo, sério. É que por ser o casamento do Ron e da Mione, não iria ser legal entregar um capítulo ruim, pois nessa semana me faltou inspiração e tempo para escrever... Mas sabe, tive uma ajuda dos deuses.
Sim, Nicole, mais conhecida como co-autora invisível ou minha bitchfriend me deu um baita apoio nesse capítulo. Me deu a inspiração que eu necessitava, se prontificou a me ajudar em cada detalhe com suas ideias maravilhosas e tudo que escrevi nesse capítulo, devo à ela. Ela teve um momento "Chico Xavier" nessas últimas semanas, o que foi ótimo, pois eu não estava com a cabeça muito boa para pensar em votos, decoração, festa e coisas do tipo... Só que essa criaturinha que é minha melhor amiga, abriu minha mente.
Acreditam que até o design do vestido ela fez por mim? Então, não se esqueçam de agradecê-la antes de tudo, ela foi realmente um anjo nessas semanas para mim.
Por isso, tudo a te agradecer, Ni, mas nunca será o suficiente. Obrigada por todo o apoio na minha fic, por me ajudar quando me falta inspiração e por ficar com glitter até na alma por ficar desenhando os vestidos para mim. Obrigada também por ser a amiga maravilhosa que é, amo tu chuchu ♥
Enfim, depois destes créditos muito merecidos, vocês precisam conhecer os vestidos, não é...? No decorrer do capítulo coloquei alguns links, aonde tiver link de vídeo ficaria contente se vocês dessem o play porque deixar mais emotivo o momento. HSAUSHAUSHAU
Sem mais delongas, os vestidos:
Hermione: http://a1.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/s720x720/381001_454917371214705_1463663962_n.jpg
Detalhe das costas: http://a2.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/530238_454917411214701_1049742099_n.jpg
Detalhe do buquê e da frente do vestido: http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/309117_454917461214696_2063595490_n.jpg
Vestido da Sophia (Daminha de Honra): http://a3.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/481136_454917481214694_1028403708_n.jpg
AAAH, recebi minha oitava recomendação! *dançando* Por isso, esse capítulo vai para você, LaraPotter. Obrigada por todo o carinho, querida *-* Uma boa leitura a todas, respondo os outros lindos reviews em breve e nos vemos lá embaixo! ;*



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Hermione POV


No dia que antecedeu meu casamento, amanheci na casa de Cho ainda, e Fleur veio me buscar pelos cabelos porque eu deveria estar fazendo um sono da beleza, para não acordar no outro dia com olheiras.

E a francesa surtou mais ainda quando me viu com olheiras enormes embaixo dos olhos por passar a madrugada toda acordada comendo besteiras com minhas amigas.


– Desse jeito você nom vai entrrar no vestide! –Ela dizia, olhando em volta na sala da casa da japonesa, que estava coberta de embalagens de comida. E quando digo “coberta”, é porque ninguém conseguia identificar o que era chão e o que era lixo.

– Ah, relaxa, qualquer coisa nós ajustamos. E meu bebê gostou muito da alimentação variada. –Ri enquanto acariciava minha barriga, e Fleur me lançou um olhar de desgosto.

– Querro que seja perfeite seu casamento, Mione, como foi o meu. Colaborre.

– Ah, por Deus... –Murmurou Gina, suspirando irritada e catando as embalagens de salgadinho espalhados pelo cômodo com a ajuda de Luna. – Não enche, Fleuma, ou vai deixar a Mione louca. –A francesinha olhou indignada para a ruiva.

– Pensei que já tinha parrado de me chamar assim, Ginny! Desde que perrcebeu que eu não erra a garrota terrível que você achava que eu erra... –Disse ela, visivelmente inflamada com o tratamento da cunhada.

– Eu pararia, se você não tivesse ficado tão chata com todo esse negócio de casamento. –Cho fez aquele barulho de quem prende o riso e logo depois, uma expressão de dor. Ela estava em outro canto da casa segurando uma compressa gelada na cabeça, pois havia bebido todo o estoque de vodca do pai dela na madrugada passada. Sorte que os pais dela estavam de férias.

– Gina, deixa ela... –Suspirei, ao ver o olhar maligno que Gina e Fleur trocaram. – Fleur, vou me arrumar e já vou para casa, OK?

– Tudo bem. Já pedi para sua mom que fizesse um café da manhã bom parra que você não passe mal antes do casamente... –O que ela disse depois disso, eu não ouvi, pois me sumi para dentro do banheiro vestir algumas roupas que Cho havia me emprestado, e que serviam no meu corpo “maior” agora.

Depois de ajudar minhas amigas a arrumar a casa e quase vomitar quando escutei a japonesa correndo para o banheiro e jogando fora tudo o que comeu na noite anterior, me despedi delas e fui de carona com Fleur para casa.


– Ah, que pene que minha pequena Victoirre não sabe andarr ainda, ou poderria ser sua daminhe. Porr que não casa o ano que vem? Assim ela vai poderr ser a daminhe... –Pela primeira vez na vida, além da época em que eu e Gina tínhamos um ódio incondicional por ela, eu estava sentindo uma certa impaciência de ficar no mesmo carro com a loira.

– Já está tudo planejado, Fleur. É amanhã mesmo que vai acontecer. –Um frio desagradável percorreu meu corpo todo e meu estômago revirou. Deus, não fique nervosa ainda, Hermione.

E o que eu mais temia, aconteceu. Eu estava ficando tagarela, histérica e muito nervosa conforme as horas passavam, até minha mãe estava começando a reclamar.


– Hermione, por que você está assistindo a tv de pé, mesmo? –Olhei pra ela, percebendo que estava realmente assistindo tv de pé. Sentei no sofá o mais normalmente que pude e dei um sorrisinho de canto.

– Acho que estou enlouquecendo... –Ela riu, se sentando ao meu lado e pondo a mão em cima da minha barriga. Era sua mais nova mania.

– Não, só está ansiosa. Senti isso também desde o dia em que seu pai me pediu em casamento. Mas vai dar tudo certo, filha.

– Mas... –Fiz bico. – E se papai surtar na hora de me levar até o Ron? E se ele desmaiar na frente de todo mundo? –Desta vez ela riu mais alto ainda.

– Ele não vai fazer este desfeito, não mesmo. O máximo que poderá fazer é desmaiar na hora do beijo ou sussurrar ameaças para o Ron a cerimônia inteira...

– Mãe! –Meu bico aumentou e ela só ria cada vez mais.

– Brincadeira, bonequinha. –Minha mãe acariciou minha bochecha carinhosamente. – Vou lá voltar a praticar com sua irmã como ela terá de agir amanhã quando entrar antes de você. –Beijou o topo da minha cabeça após se levantar. – E relaxa, bebê.

Respirei fundo quando ela desapareceu escada acima.


– Droga. Preciso comer. –Eu estava sentindo remorso cada vez que mastigava alguma coisa, mas só isso parecia me acalmar. Todos me proibiram até de ligar para Rony, pois amanhã eu já iria vê-lo novamente e passar dias na lua de mel só com ele. Isso estava me torturando.

Levantei andando preguiçosamente pela casa até chegar na cozinha. Abri as portas do armário, da geladeira... Até que a típica vontade súbita que eu estava tendo com cada vez mais freqüência me atingiu, fazendo com que eu pegasse mortadela sem gordura, porque sou saudável, e um pote de nutella.


– Meu filho, nunca mais dê essas vontades loucas na mamãe, por favor. –Fitei com nojo a fatia de mortadela coberta de chocolate, mas mesmo assim peguei e mordi um pedaço. Foi como subir no céu de repente.

Sorte que ninguém me viu comendo aquela gororoba, mas foi um desejo, o que eu poderia fazer? Deixar meu filho nascer com cara de mortadela com nutella? Nem penar.

Depois dessa, resolvi que era hora de dormir. E foi isso que eu fiz, após um banho quentinho e delicioso.


– É, meu bebê... –Murmurei, observando minha barriga coberta por uma camisola fina de seda cor pêssego. – Amanhã você, eu e seu pai seremos três em um. –Acariciei o volume que eu tanto amava e sorri involuntariamente.

Fui deitar com o desejo de que desse tudo certo. Mas se Ron estiver lá quando eu chegar vestida de branco, já vai estar tudo perfeito para mim.

...

Eu poderia dizer que consegui dormir somente por ter virado a madrugada no dia anterior, ou porque Deus tem piedade de mim mesmo, porque para mim que eu não conseguiria dormir nunca depois de tanta ansiedade.

A primeira coisa que fiz ao jogar minhas pernas no chão do meu quarto em plenas seis horas da manhã foi correr até a janela.


– Por favor, esteja um dia bonito... –Murmurei para mim mesma em tom choroso, afastando as cortinas e sorrindo com a visão de um canarinho amarelo banhado pelo sol cantando alegremente na minha janela.

Tudo estava a meu favor hoje. Um lindo céu de brigadeiro, o sol raiando começando a nascer, o dia mostrando que iria ser mais do que favorável.


– Ah, obrigada Senhor. –Falei para a brisa matinal deliciosa após abrir as janelas.

Sorridente, fui fazer minha higiene e me arrumar, já que hoje teria um dia de noiva.


Deus, eu teria um dia de noiva!

HERMIONE GRANGER VAI CASAR!


– Não entre em pânico, não entre em pânico. –Me recostei na porta do banheiro de olhos fechados. – Vai dar tudo certo, não vai, filho? –Acariciei minha barriga, quase chorando de nervosismo. – Tudo bem, vai dar tudo certo sim. -Tenho que parar de falar sozinha às vezes ou vão me mandar para um psiquiatra.

Vesti a melhor roupa que achei no fundo do meu closet, uma blusa cropped com estampa divertida que deixava minha barriga uma fofura, um shorts desfiado, all star e meus cabelos presos em um coque bonitinho. A menina com cara de adolescente que me olhava do espelho hoje se tornaria uma Weasley. Deus, esse pensamento me assusta.

Depois de comer com a presença da animada da minha mãe, minhas amigas vieramme buscar, sempre tão animadas que me contagiaram. Logo, eu estava dentro do carro de Cho cantando Spice Girls junto com elas, ou melhor, gritando.

Paramos no local sugerido por Fleur e vimos que eles não suportariam nossos surtos de loucura. Era um lugar pacífico até demais onde a calma e os cheiros bons reinavam.


– Oi, tem uma reserva ai feito por Fleur Delacour, para quatro meninas. Eu sou a noiva. –Me aproximei da recepcionista com cara de poucos amigos. Se todos os funcionários forem assim, prefiro me arrumar em casa.

– Certo... –Ela deu alguns cliques no notebook e levantou seu olhar para mim novamente. – Senhorita Granger, Weasley, Lovegood e Chang, correto? –Assenti. – Ótimo. Sigam por ali. –Apontou para uma porta. Fomos meio desconfiadas e quando entramos, nossa boca caiu.

Parecia o paraíso, sério mesmo. Até eu que nunca liguei para cabeleireiros, manicures, pedicures, massagistas e coisas do tipo, sempre achando que ninguém deveria tocar no corpinho que mamãe fez com a ajuda do papai, estava achando tudo uma beleza só.

Não demorou muito para que quatro mulheres sorridentes, naturalmente simpáticas, viessem nos atender e nos encarregar para o paraíso da beleza.

Depois de colocarmos um roupão branco de algodão puro, começamos as sessões.

A primeira parte foi uma sessão deliciosa de massagem com pedras quentes, e posso dizer que dormi na metade da massagem. É sério. E parecia que não fui a única, já que Cho nem sequer abriu a boca, o que era uma novidade e tanto.

Só sei que passamos por séries de massagens que eu nem sabia que existiam, e eu só sabia que queria ficar ali para sempre. Dormi de me babar durante uma das sessões.

No resto da manhã nos separamos, já que cada uma foi para seu delicioso ofurô, tem como ficar tensa ao entrar em uma água morninha cheia de pétalas de rosa?

Fui até para uma banheira de chocolate, só que infelizmente meu momentinho precioso com a linda banheira acabou rápido, já que tive que sair para almoçar. Mas e se eu tomasse todo o chocolate da banheira? Bom, essa ideia estava fora de cogitação, eu ainda queria entrar no vestido.

Me encontrei com minhas amigas em um cômodo luxuoso e confortável servia de refeitório para as mulheres presentes. Elas pareciam tão nas nuvens quanto eu.


– Vou ter que obrigar Ron a aprender a fazer massagem tailandesa, é sério. –Sentei ao lado de Gina, Cho e Luna na nossa frente.

– Ah, sem dúvidas. Harry vai ter que aprender... –Disse a ruiva, suspirando de relaxamento.

– Nunca apreciei tanto uma mulher me tocando. –Olhamos assustadas para Cho, que caiu em uma gargalhada histérica, sendo silenciada por uma atendente que nos explicou que o silêncio deveria prevalecer para o relaxamento geral.

– Ah Cho, só você mesmo. –Luna disse suavemente, dando uma risada preguiçosa.

Fomos servidas com coisas leves e tão coloridas quanto meu café da manhã, o que foi um saco, porque meu filho estava desejando coisas calóricas como mortadela com nutella.

Só que nem deu tanto tempo para me chatear, momentos depois estávamos sendo arrastadas para outro canto que parecia mais uma sala de descontração, onde finalmente podíamos falar sem nos preocupar em agir feito um monge.

Conversamos banalidades, rimos e comemos sorvete de abacate achando que era de menta, e segundos depois eu estava quase vomitando meu estômago, mas tudo bem.

Depois da uma da tarde foi que o momento legal deu início. Ao invés de tratamentos que me deixassem mais bonita, começamos com a produção de uma vez.

Fiz minhas unhas e confesso que choraminguei feito um bebê um monte de vezes. Não sei se era minha gravidez que estava me deixando sensível, mas cada vez que a mulher que fazia minhas unhas do pé cutucava demais, eu reclamava. Uma baita de uma grávida reclamona mesmo.

A parte que mais gostei foi a hora de arrumar o cabelo, já se passavam das três da tarde e o casamento seria realizado às cinco e meia, a cerimônia acabaria no pôr-do-sol então todos se encaminhariam para a festa. Mesmo sabendo que daria tempo para tudo e que a noiva costumava se atrasar, eu não parava de consultar o relógio.


A mulher que agora cuidava do meu cabelo, havia acabado de fazer duas tranças na lateral da minha cabeça, ambas embutidas para juntar com um coque todo estilizado no meu cabelo cacheado.

Depois, ela colocou acima da minha orelha uma linda rosa ornamentada com pedrinhas pequenas que dava um toque simples e belo no penteado. Juntou mais alguns raminhos pelo coque e então sorriu para minha visão no espelho.


– Não chora, ou vai borrar a maquiagem que eu fiz com tanto carinho. –Ela disse se aproximando de mim para visualizar melhor seu trabalho.

– Mi... Que perfeita! –Elogiou Gina, boquiaberta. A mulher que fazia o cabelo dela estava concentrada com o babyliss e deu uma bronca na ruiva quando ela mexeu a cabeça para me ver.

Cho ainda fazia a maquiagem e não pode olhar, só fez um sinal de positivo. Rimos e então Luna terminou seu cabelo, trança lateral com uma guirlanda de lavandas, o penteado das madrinhas. Quando olhou para mim, sorriu na hora.


– Perfeita mesmo!

– Eu quero olhar também... –Choramingou a japonesa e a atendente dela riu, pedindo para que se mantivesse deitada já que iria fazer um traço de delineador e não podia borrar.

Quando eu já estava dando os últimos retoques na maquiagem e no cabelo, Cho ficou pronta e quase surtou quando me viu.


– Quero ser uma réplica de você no meu casamento! –Ri de leve para não atrapalhar a moça que agora com muito cuidado prendia mais raminhos em outras mechas.

– O que acham? –Perguntou Gina exibindo seu cabelo com o mesmo penteado que o de Luna, a cor lilás da lavanda realçava seus cabelos ruivos.

Muitos elogios depois, foi a vez de Cho ficar pronta e rodopiar na cadeira de cabeleireiro mostrando para nós seu cabelo. Não tinha sido ideia minha a coroa de lavandas, mas eu estava adorando.


– Então... Pensei em fazer algo especial para diferenciar as madrinhas. Gostou? –Questionou uma das cabeleireiras, esclarecendo minhas dúvidas.

– Achei perfeito, obrigada. –Sorri contente.

Quando fui colocar meu vestido, fiquei sabendo que minha mãe havia chegado com Sophia, que as outras estavam já no casamento e... Bem, não me lembro mais, porque estava tão nervosa que mal escutei o que Gina disse quando veio me avisar só de calçinha e sutiã, tagarelando feito uma doida.

Com a ajuda de duas outras moças, coloquei meu vestido sem olhar no espelho, ou morreria de ansiedade. Depois que senti que ele se ajustou às minhas curvas e principalmente à minha barriga, que deveria ficar coberta de um jeito especial, senti coragem e me virei para os espelhos que circundavam o provador.

Eu nunca me cansaria de me ver dentro daquele vestido. Era tão... Tão... Não tinha adjetivo que descrevesse a perfeição daquela peça de roupa que mudaria minha vida.


– É o vestido mais lindo que eu já vi, sem dúvidas. –Disse uma das meninas que me ajudou a ajustar o vestido, ela parecia ser mais nova que eu ainda e olhava encantada para mim.

– Realmente. –Concordou sorridente a segunda moça.

– Acho que vou chorar. –As duas começaram a surtar dizendo que iria borrar minha maquiagem, tudo que fiz foi rir para conter as lágrimas, então sai do provador dando de cara com uma platéia a minha espera.

– Meu bebê! –Guinchou minha mãe com um fio de voz, vindo me abraçar quase aos prantos.

– Cuidado com o vestido, mãe. –Alertei, ajeitando o tecido sedoso e abraçando de leve minha mãe. – E não borre sua maquiagem, você está linda. –Ela sorriu, dando uma volta com seu gracioso vestido.

E lá estavam minhas três madrinhas com seus vestidos Louis Vuitton lilás de chiffon, de bojo de coração e uma fita de seda mais escura na cintura, calçando sandálias de cristais. Todas lindas e olhando admiradas para mim.


– Bom, acho que está na hora de irmos, né? –Perguntou Gina. – Quero ver o mais cedo o possível a cara de pânico do meu irmão. –Até eu ri, mas de nervosismo.

– Sim, vocês e eu. Seu pai chega daqui a pouco querida, e filha, você fica com a mana e com o pai, tudo bem? –E foi ai que eu vi Sophia. Estava tão linda, parecia uma princesa.

Seu vestido era sem dúvidas lindo, seus cabelos escuros estavam cacheados com uma coroa pequena no topo, era realmente uma princesinha.


– Tudo bem, então. –Concordei, suspirando e me sentando em uma poltrona para que pudesse calçar minhas sapatilhas, já que não cairia bem ir de salto para um casamento na praia, além de estar grávida. Mas a sapatilha era um sonho de tão bonita, e Sophia calçava a miniatura dela também.


(Sapatilha: http://spaziomulti.loja2.com.br/img/ade63712c0f40845132facf6ac570afe.jpg)

Depois de se despedirem de mim, as meninas foram para meu casamento, me deixando sozinha com Sophia que me encarava sem rodeios. Olhei-a em indagação e ela sorriu.


– Você tá linda, mana. –Sorri de volta.

– Ah, você também está, Soso. –Acariciei a bochecha rosada dela e virei meu rosto quando ouvi passos se aproximando.

– Dá azar o pai ver a noiva? –Questionou meu pai já vestido com seu elegantíssimo terno e seus sapatos italianos. Ri ao perceber que ele tampava os olhos com as mãos e andava tropeçando nos móveis claros da sala em que estávamos, uma sala particular para a noiva com todos os apetrechos necessários.

– Como você não vai me ver, criatura? Vai me levar para o altar como? –Ele riu, destampando os olhos e titubeando ao me visualizar. – Que foi? Extravagante demais? É o decote? –Perguntei enérgica, o nervosismo tomando conta de mim.

– Não, não é isso. Você está... Mais do que linda, filha. –Sorri aliviada e o abracei. – Cuida para não estragar. –Ri, controlando as lágrimas. Beijei a bochecha dele e me afastei, abanando meus olhos.

– Vai dar tudo certo, não vai pai?

– Vai. E se não der, mato o Weasley. –Gargalhei com o tom sério que ele usou. – Hey princesa, te entrego as alianças depois, ok? Não perca. –Disse meu pai para Sophia, que assentiu sorridente.

– Já está na hora? –Olhei para o relógio na parede, marcava exatas cinco horas.

– Já, minha pequena. Estão prontos? –Ele acariciou minha barriga sorrindo.

– Mais do que nunca. –Inspirei profundamente e sorri. Meu grande dia havia chegado, era óbvio que eu estava pronta.


Rony POV

Era apenas quatro horas quando cheguei em Malibu para checar se o local da cerimônia estava devidamente decorado do jeito que exigi.

E estava tudo perfeito, graças a Deus. A decoração constituía em um tapete verde enorme que começava no início da faixa de areia até o altar, a cor verde contrastava com o azul do mar e do céu.

No altar de marfim, três degraus tinham que ser subidos para chegar até ele. Acima dele havia um arco com rosas, folhas em um ornamento de metal branco com algumas flores de lavanda pelo meio, coisas das meninas que planejaram.

Nos bancos de madeira da cor branca com o encosto vazado onde ficavam desenhos de rosas semelhantes a do altar, agora as lavandas ornamentavam também os bancos enfeitando o escosto e interligando os bancos de trás.

No último, uma cascata de lavanda descia pela parte de trás e quando as flores encostam no chão, rosas brancas estavam na ponta lembrando as ondas quebrando. Estava tudo lindo, e eu devia tudo para a criatividade das garotas.

Por ser um dia quente, eu não parava de suar dentro das roupas que eu vestia, uma calça branca, sapatos tão lustrados que me cegavam e uma camisa branca. E além de tudo eu estava terrivelmente nervoso.


– Cara, você está pálido. –Comentou Cedrico dentro da casa da minha avó, onde ela dava os últimos retoques em meus cabelos bagunçados.

– Por que será? –Respondi acidamente, bufando. Ficar nervoso não era comigo. – E vovó, não lamba meu cabelo, por favor! –Me afastei do pente que ela carregava e tentava a todo custo pentear meus cabelos para trás.

– Mas querido, vai ficar mais bonito para a ocasião...

– O vento do mar vai bagunçar! –Justifiquei, suspirando.

– É vó, não lamba as madeixas do Roniquinho. –Disse Jorge adentrando no quarto com Angelina que vestia um adorável vestido amarelo claro, que contrastava com sua pele morena. Após o comentário do namorado, ela ri, se abraçando a ele.

– Jorginho, não o deixe mais nervoso. –Meu irmão riu, beijando o topo da cabeça da Johnson.

– Tudo bem, Ang. Vamos voltar para a sala? Durante a cerimônia não vou poder te dar uns beijinhos... –Angelina revirou os olhos e gargalhou, saindo com ele do quarto. Jorge estava bem melhor do que há um tempo, e isso só me deixava mais feliz, além de tudo era engraçado vê-lo se rendendo aos encantos da namorada.

– E ai, estamos gatões? –Harry apareceu seguido de Neville. Os dois, como Cedrico, vestiam ternos Armani de risca de giz cinza claro, sapatos Gucci e gravata lilás, tudo criação da doida de Cho que sugeriu os trajes por conhecer melhor as marcas famosas.

– Estão, um arraso. –Eles riram, se olhando no espelho.

– É, não consigo dar um jeito nesses teus cabelos, querido. –Disse minha avó dando um longo suspiro.

– Eu falei, vó. –Gargalhei, passando as mãos pela cabeça.

– É bom já ir, bebê, o padre acabou de chegar. –Minha mãe entrou no quarto, sorrindo. – Ah, que lindo! –Deu um gritinho agudo e veio me abraçar.

– Você também está linda, mamãe. –Ri, abraçando-a.

– Sei que estou. –Falou ela cheia de si, dando uma voltinha. Todos riram.

– Então... Chegou a hora? –Estralei meus dedos, ansioso.

– Sim. –Seus olhos marejaram. – Deus, não posso borrar minha maquiagem. Vá antes que sua mãe se afogue em lágrimas. –Ela sorriu docemente. – Ah, vocês primeiro, garotos, os padrinhos entram primeiro. –Os três se olharam surpresos.

– C-certo. –Gaguejou Neville. Se ele estava nervoso, o que eu estava?

– Vamos então! –Diggory sorriu descontraidamente, cruzando a porta de vidro da varanda e descendo para a faixa de areia, seguindo para o local da cerimônia.

– Boa sorte, mano. –Potter deu tapinhas amigáveis em meu ombro e eu assenti em agradecimento.

– Relaxa, o pior é a Mione não aparecer. –Arregalei meus olhos para o Longbottom.

– Tá louco, cara? –Ele gargalhou alto.

– Brincadeira. Vai dar tudo certo. –E seguiu junto com os outros.

Olhei para meu reflexo no espelho e inspirei várias vezes, minhas mãos tremiam e meu rosto estava pálido. Eu só queria ouvir a voz de Hermione, só precisava disso para me acalmar... E esse pensamento só piorava meu estado.

Sequei o suor da minha testa com a ajuda de um lenço que meu pai me deu, tempos depois, e então segui para a cerimônia.

Houve aquela entrada dramática em que todos os convidados já presentes olharam para mim, um número não muito grande, porém somente conhecidos. O fotógrafo ficou a postos e tirou fotos da minha entrada, com certeza o sorriso que eu tentei dar pareceria mais uma cara de dor.

Meus amigos já estavam em seus lugares, olhando sorridentes para mim. Minha irmã parecia prestes a cair na gargalhada, mas esperou que eu achasse meu lugar antes de tirar com minha cara.


– Não fuja, ou vou te agarrar pelos cabelos. –Sussurrou ela.

– Essa será a última coisa que irei fazer. –A ruiva sorriu, beijando rapidamente minha bochecha.

– Era isso que eu queria ouvir.

Os minutos pareciam correr tão lentamente que estavam me torturando. Os convidados conversavam distraidamente sentados em seus bancos, meus amigos pareciam dispersos também e as meninas comentavam algo sobre um ninho de gaivotas ao longe.


Eu já não agüentava mais, queria correr ao encontro de Hermione antes que ficasse louco. As horas não pareciam querer passar, e a todo segundo alguém vinha me avisar que as noivas têm mania de se atrasarem, como se isso fosse me deixar mais tranqüilo. Não ter nem ideia do momento em que minha noiva chegaria só piorava meu estado.

Não sabia dizer ao certo se havia passado horas ou dias, mas quando todos se silenciaram virando suas cabeças para trás e o pequeno grupo musical que veio tocar tomaram posição em seus instrumentos, eu sabia que havia chegado a hora. Finalmente.

Até o momento, nada fazia sentido, mas quando Hermione saiu graciosamente do Rolls Royce em que estava e começou sua caminhada pelo tapete até a mim, seus olhos marejados encontraram os meus e tudo se encaixou. Ela era meu mundo.


Hermione POV


Dentro do carro que me levaria até Malibu, eu não parava de tremer. Era involuntário, eu simplesmente não conseguia controlar minhas pernas saltitantes e minhas mãos parecendo que estavam em um terremoto.


– Filha, acalme-se, você está gelada. –Meu pai disse, segurando minha mão.

– Estou com vontade de chorar. –Confessei e ele sorriu, beijando de leve minha mão.

– Não precisa ficar assim, já estamos até chegando, olha. –Olhei para meu lado direito e lá longe era visível um altar belíssimo no meio da faixa de areia, senti meu coração palpitar.

Não falei mais nada até o motorista muito bem vestido estacionar o veículo.


– É aqui que ficamos, senhorita. Boa sorte. –Tentei sorrir, mas saiu mais como a expressão que a Vic faz quando vai chorar.

– Obrigada. Vamos, pai? –Ele assentiu, entregando uma cesta com pétalas de flores para Sophia.

– Você sabe o que fazer, pequena. –O motorista saiu do carro, deu a volta e abriu a porta para minha irmã, que saiu toda feliz caminhando em direção ao altar jogando as pétalas pelo caminho.

Peguei o buquê de flores magnífico ao meu lado que estava enfeitado com um lindo rosário e foi a vez do meu pai sair do carro e vir me buscar do outro lado. Quando ele abriu a porta e percebi todos os olhares presos onde eu estava, o nervosismo aumentou em mim, como se fosse possível.


– Venha, princesa. Hoje é seu dia. –Ele estendeu sua mão que aceitei sem pestanejar, estava tão gelada quanto a minha. Sai do veículo com sua ajuda e então arrumei rapidamente a saia do meu vestido, para depois levantar meu rosto e encarar meu pai, tentando me acalmar. – Um passo de cada vez, tudo bem? –Assenti, colocando meu braço por entre o dele e me agarrando com força ao seu terno.

Lá no fundo pude escutar a música que eu havia escolhido sendo tocada instrumentalmente. Only Hope, da Mandy Moore.


(Música: http://www.youtube.com/watch?v=_gwjPkj4znI)


Eu queria chorar agora mais do que nunca. Conforme pisava no tapete verde bandeira estendido sobre a areia, meu coração acelerava mais e mais. Por mais que desejasse olhar para os lados e ver meus conhecidos presentes, eu só conseguia olhar para frente, diretamente para o homem da minha vida.

Rony... Estava tão lindo vestido de branco, seus cabelos ruivos voando ao vento do mar, seus olhos azuis perfurando os meus e um sorriso tímido crescendo em seus lábios.

Minha visão estava ficando embaçada, lágrimas que eu não queria que escorressem se formavam em meus olhos. Mas segui em frente, sendo guiada por meu pai que se não estivesse me segurando, certamente eu cairia no chão.

Pareceram séculos o tempo que levei até chegar ao altar, mas quando cheguei, vi que estava no lugar certo e na hora certa.


– Cuide bem da minha pequena, Rony. –Meu pai estendeu minha mão para meu noivo, que a segurou com carinho, depositando um beijo doce nela enquanto sorria com os olhos brilhando de lágrimas.

– Com certeza, Sr. Granger. É isso que irei fazer. –Não consegui resistir e o abracei com força, tentando segurar o choro.

– Eu te amo. –Sussurrei com a voz embarga.

– Eu também te amo, meu amor. Vocês dois. –Ele retribuiu meu abraço com cuidado, acariciando minha barriga, para depois se afastar e pegar minhas mãos sorrindo. Nos viramos para o padre e ele começou a cerimônia, mas confesso, não escutei uma palavra do que ele dizia.

Eu só conseguia olhar para a pessoa ao meu lado, que antes era mais um garoto, e que agora se tornava um homem na frente de todos. De vez em quando o ruivo trocava olhares comigo, sorrindo docemente e secando minhas lágrimas com a ajuda de um lençinho macio.


– Agora... Os votos, se puderem. –Disse o padre me puxando de volta à realidade. – Primeiro, o Sr. Ronald. -Rony, pegou uma folha decorada na mão de Gina, que sorria para mim.

– Certo... –Ele pigarreou, pegando o microfone na sua mão, que tremia. – Hermione... –E olhou em meus olhos. – Passei uma noite olhando as estrelas, procurando pelo que dizer, algo que conseguisse expressão tudo o que se passa aqui dentro. –Colocou a mão em cima do peito, sorrindo de leve para mim. – Passei algum tempo ali, mergulhado em pensamento, mas em certa parte acabei encontrando sua estrela, a estrela que mais tarde seria minha e percebi que não conseguiria dizer tudo o que se passa em meu coração pelo simples fato dele não pertencer mais a mim, mas sim a você.

“Você o teve em mãos desde o momento que me beijou, que me olhou pela primeira vez, tudo o que sou, tudo que me tornei, é por você. Foi você que me motivou a mudanças, pode o mundo acabar, as estrelas caírem, o sol apagar, a lua queimar até o fim, porque se eu tiver você, minha vida terá luz como uma vela num quarto escuro, um raio em meio a tempestade, você será a luz que me guiará para a felicidade, a nossa felicidade.

Eu preciso de você, para sempre. Porque sem seu amor, minha vida fica nas trevas. Eu te amo, Hermione.” –Todos aplaudiram com fervor. Preciso dizer que me afoguei em lágrimas? Uma olhadinha rápida para trás percebi que não era somente eu que chorava feito um bebê, praticamente todas as mulheres choravam.

Ron beijou minha testa carinhosamente e secou minhas lágrimas, para depois o padre sorrir e olhar para mim.


– Agora a senhorita. –Peguei minha folha de votos na mão de Harry e segurei o microfone com a outra mão, ambos tremendo incontrolavelmente.


– Ronald... –Falei com a voz carregada de choro. Inspirei profundamente, tentando me acalmar. – Esse momento é o que a gente mais pensa e se influencia pelo que vai dizer.

“Passei muito tempo pensando no que dizer, foi ai que eu percebi que quando você está longe de mim é tudo tão difícil, até mesmo me concentrar, ficar longe de você abre um buraco em meu coração e na minha mente, minha única distração seria olhar o teto e simplesmente viajar para uma dimensão totalmente diferente, só que ai que está o problema... –Funguei mais uma vez, retomando a leitura. – Não importa o lugar, a dimensão, realidade ou fantasia, você sempre vai estar ali, segurando minha mão, me olhando de forma doce, me encorajando a seguir em frente, encarar o mundo.

Tudo que eu faço hoje não teria sentido se quando eu chegasse em casa, fosse até o quarto e não encontrasse minha maior preciosidade, minhas pedras mais preciosas. Seus olhos me fitando com um amor indescritível, eu não viveria em nenhum espaço de tempo sem você ao meu lado, porque eu te amo e nós vamos ser muito felizes. –Coloco a mão dele em minha barriga e dou um sorriso choroso. – Nós três, para sempre. Eu te amo.”

Todos aplaudiram de pé novamente, por sorte não chegaram a ouvir meus soluços altos. Aquilo estava acontecendo, eu estava realmente me casando.


– Ronald Bilius Weasley, aceita Hermione Jean Granger como sua legítima esposa? –Perguntou o padre, olhando para Ron.

– Eu aceito. –Respondeu ele sem pestanejar, me mirando sorrindo.

– Hermione Jean Granger, aceita Ronald Bilius Weasley como seu legítimo esposo?

– Aceito. –Respondi rapidamente e muitos riram da minha pressa.

– As alianças, por favor. –Sophia se aproximou contente e estendeu no ar uma almofada vermelha com uma rosa branca em cima, dentro da flor haviam as alianças. Eram magníficas, largas e de ouro com desenho de rosas em alto relevo na minha. – Obrigado. –Ele sorriu para minha irmã que alargou mais ainda seu sorriso fofo. – Agora, Ronald Weasley, repita comigo. –Rony assentiu, pegando a aliança na almofada e voltando a olhar para o padre. – Eu, Ronald Bilius Weasley...

– Eu, Ronald Bilius Weasley. –A partir daí a voz do homem a nossa frente desapareceu. Eu só conseguia sorrir e mirar os olhos azuis molhados de Ron e escutar sua bela voz dizendo as palavras que eu estava tanto aguardando. - Prometo te amar e te respeitar... Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe. –Pegou minha mão esquerda com delicadeza, deslizando o anel pelo meu dedo.

– Agora, a senhorita Hermione Granger. –Me virei e tirei a última aliança da almofada, retomando a olhar nos olhos do ruivo. – Repita comigo...

– Eu... Hermione Jean Granger... Prometo te amar e te respeitar... Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe. –Coloquei com carinho o anel no dedo dele e sorri, secando a lágrima que escorreu de seus olhos.

– Se há alguém contra esse matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre. –Olhei hesitante para trás.

Estava tão ansiosa para que desse tudo certo e que o momento de beijar Ron chegasse, que até fiquei com medo de um mendigo bêbado aparecer em meu casamento berrando que tinha algo contra, mas seria algo impossível de acontecer, já que seguranças muito bem preparados guardavam nossa cerimônia.

Ninguém se manifestou, e isso me fez olhar esperançosa para o padre.


– Ah, claro... –Ele riu de leve da minha cara. – E agora, vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

A frase que eu estava tanto aguardando. Ron sorriu acariciando meu rosto com uma das mãos, a outra foi para minha cintura. Envolvi seu pescoço com meus braços, meu mundo estava agora em minhas mãos. Seus lábios não demoraram em encontrar os meus, sedentos de seus beijos carinhosos. E ele não economizou na paixão que depositou naquele simples e incrível ato, que selava nosso amor.

No momento em que nossos lábios se encontraram, foi como se fogos de artifício explodissem dentro de mim. Fiquei surda de tudo ao meu redor, era como se o mundo tivesse parado de girar e só Rony fazia as coisas terem sentido.

Iniciamos em um beijo lento e cheio de saudade, onde as línguas dançavam com calma, apenas provando o gosto um do outro. Nos aprofundamos em um beijo apaixonado, enquanto minhas mãos passeavam em seus cabelos, o barulho do mar fazia a sinfonia de fundo, o aroma de flores adentrando pelas nossas narinas, deixando o momento ainda mais mágico.

Quando o oxigênio se fez necessário, desejei não ser vital respirar. Me separei dele relutante e encostei nossas testas, sorrindo feliz.


– Eu te amo... –Sussurrou ele, ainda acariciando meu rosto.

– Eu te amo. –Sussurrei de volta, dando um selinho nele.
Nessa hora percebi os aplausos altos que nos circundavam. Olhei em volta e meus padrinhos e madrinhas aplaudiam com força, assoviando e sorrindo abertamente. Logo atrás de nós, minha mãe e meu pai choravam, aplaudindo de pé. O resto da família Weasley também estava muito emocionada, principalmente Molly que assoava frequentemente seu nariz em um lencinho.

Minha família estava toda lá, até tias que eu não via a um tempão, primos, meus avós... Sorri com a visão de que todos se importavam com minha felicidade.


– Agora, todos para a festa, pessoal! –Nem notei que Cedrico havia roubado o microfone da mão do padre e gritava todo animado. – E desculpa ai, seu Meritíssimo. –E devolveu para o padre, fazendo uma reverência. Ele apenas levou na brincadeira e riu, ainda bem.

Sai de mãos dadas com Rony pelo tapete verde e fomos surpreendidos com uma chuva de arroz. Rindo, adentramos no Rolls Royce que nos esperava estacionado e nos ajeitamos no banco de trás.


– Você está linda, simplesmente linda. –Disse ele no momento em que o carro começou a andar, nos levando para o local da festa.

– Você também está. –Respondi corada, me aproximando mais dele e deitando minha cabeça no ombro dele.

– Você está mais. Pensei em estar no céu quando você começou a caminhar até a mim, acreditei que você fosse um anjo. –Sorri de olhos fechados, levantando minha mão para acariciar a face dele.

– Então nós dois estamos no céu, pois casei com meu anjo da guarda. –Levantei meu rosto para beijá-lo com ternura, ele correspondeu com doçura e só parou quando o motorista anunciou que havíamos chegado à casa de praia dos meus avós.

Sai sendo recepcionada pela minha avó Sarah, que sorria emocionada para mim.


– Tão perfeita, minha pequena. Venha, vamos nos arrumar para a festa! –Nem deu tempo de me despedir de Ron que já fui arrastada para dentro do quarto, onde minhas madrinhas também estavam e tagarelavam sem parar.

– Ah, eu chorei tanto! Preciso refazer minha maquiagem. –Dizia Luna, limpando o rosto com um lençinho úmido.

– E eu chorei pelo meu irmão não ter desmaiado. –Comentou Gina, fazendo biquinho e todas riram.

– Noiva linda passando, gatinhas. Cadê o vestido “bafônico” dela? –Indagou Cho, que logo foi atendida por Fleur que passava correndo com meu vestido.

– Vai no quarrto ao lado que é maiorr, Mione. –Seu rosto geralmente impecável de tão gracioso, agora estava inchado e vermelho. Todas haviam chorado, então? Esse pensamento me fez rir baixinho.

– Certo. –Peguei o vestido com cuidado e me encaminhei até o quarto ao lado, onde troquei de roupa com a ajuda da loirinha.

Agora o vestido era curto, batia na altura do joelho, era tomara que caia e tinha uma saia linda de renda.


(Vestido: http://25.media.tumblr.com/tumblr_ksuw6pK1jy1qzaq9bo1_500.jpg)

Me olhei no espelho e sorri para meu reflexo. Era tão bonito quanto o outro.

Calcei minhas sapatilhas e deixei que Fleur cuidasse da minha maquiagem e do meu cabelo. Depois de lavar bem meu rosto, ela passou uma maquiagem leve que realçou minha beleza natural. Apenas uma sombra dourada nos olhos, batom nude e blush.

Meus cabelos ficaram soltos, apenas com as duas tranças laterais. Os cachos estavam bem formados e minhas madeixas bem compridas, com as flores ainda enfeitando. Estava lindo.

Depois de pronta, fui ver as outras. Todas já muito bem arrumadas e prontas.


– Gatinha... Agora você vai lá no carro que te espera lá fora. –Falou a japonesa me guiando para fora e apontando um belo Mini Cooper branco estacionado. – Ah, não esquece o buquê. –Ela me entregou meu buquê sorrindo e sussurrou: - Joga direto para mim, vamos ver se isso faz o idiota do meu namorado me pedir logo em casamento. –Ri discretamente.

– Tudo bem, vejo vocês depois. –Dei um sorriso nervoso e me encaminhei até o carro, onde o motorista segurava a porta aberta para mim.

Chegando ao local da festa foi que percebi o quão perfeito estava.
Era o lugar que eu havia escolhido, uma planície com uma enorme e esplêndida árvore, além de tudo possuía visão para o mar.


(Local: http://2.bp.blogspot.com/_KN0yvjbuXr4/TJbIaRg4__I/AAAAAAAAB_M/Iy-W8YsRG8M/s1600/BXK24592_arvore-porto-seguro-brasil800.jpg)

Lá longe o sol já estava se pondo, deixando tudo mais perfeito do que eu pensei que seria. A árvore estava toda decorada com luzes de duas cores, vermelhas e brancas, em formato de lírios, que iriam iluminar a noite de um jeito mais... Mágico.

Embaixo da árvore havia um tapete branco com várias mesas onde todos já estavam sentados, com toalhas marfim e por cima uma de renda com fios de ouro, além de flores vermelhas decorando, coisas do perfeccionista do meu recém-marido.

Foi só eu colocar o pé para fora do carro que o fotógrafo começou a tirar fotos, sorri e acenei para todos que começaram a aplaudir. E lá ao lado da árvore, na pista de dança, me aguardava Ron vestindo um traje social que o deixava mais lindo ainda.

Conforme caminhava em direção do meu maior amor, através de um enorme tapete vermelho, podia escutar o começo da música “A Thousand Years”, da Christina Perri, a música da nossa valsa.
“Não chore agora, Hermione, não agora.” Pensei, já sentindo que eu iria desabar a qualquer momento. Mas logo a caminhada cessou e eu pude me jogar nos braços de Rony, sentir sua mão na minha cintura e a outra segurando minha mão. Ele sorriu quando coloquei a minha outra mão em suas costas e começamos a bailar pela pista de dança.

Nada mais me importava, eu só queria fitar os olhos azuis do meu marido e dançar com ele até que meus pés desaparecessem. Ele me olhava de forma tão doce, tão apaixonada, que combinava com a letra da música.


(Música: http://www.youtube.com/watch?v=8FcUJt4gN8E&feature=fvsr)

Quando ela finalizou, todos aplaudiram muito e então uma música calma de fundo iniciou, deixando o clima mais relaxado.


– Antes de tudo, precisamos do buquê da noiva, não é? –Disse Cho no microfone em um tom acusador, me fazendo gargalhar.

– Certo. Venham aqui! –Gritei, pegando meu buquê que havia sido trazido pelo motorista e estava em cima de uma das mesas. As mulheres se juntaram ao meu redor, todas esperançosas. – Lá vai... –Me virei de costas para elas. – Um... Dois... Três! –Joguei para o ar e houve aquela briguinha comum nesse tipo de ocasião, até que dona Carmelita sai comemorando com o buquê nas mãos.

– E ai dona Carmelita, quem vai ser o bofe? –Perguntou a japa, todo mundo rindo muito da reação da minha adorável empregada.

– Alguém bem sortudo, Cho. –Respondeu ela toda pomposa e isso fez as risadas aumentarem.

– E que tal a cinta-liga agora, hein? –Ron me puxou pela cintura, piscando. Os homens comemoraram e isso me fez ficar mais vermelha do que um tomate.

– Tudo para a melhor festa. –Ri, observando-o se abaixar e levantando um pouco da barra do meu vestido, a ponto de poder tirar a cinta-liga branca da minha coxa com os dentes. O fotógrafo aproveitou muito esse momento.

Quando ele jogou para o amontoado de caras, foi Cedrico que pegou e comemorou pulando.


– Aê amor, a próxima a se engatar vai ser você. –Disse ele puxando Cho para um abraço de urso, eu não conseguia parar de rir.

A festa rolou da melhor forma o possível, nos divertimos um bocado. A comida estava uma delícia, muitos frutos do mar e coisas do tipo servidos em louças sofisticadas. Um barman servia a todos com muitos drinks com e sem álcool, todos enfeitados com frutas, mini guarda-chuva e tudo que desse um toque mais divertido e descontraído.

Quando a noite foi esfriando, tive que trocar de vestido e coloquei um super confortável, que deixava minha barriga uma graça.


(http://www.noivas.net/files/2011/04/vestido-de-noiva-para-gr%C3%A1vida.jpg)

Dancei com meus amigos até minhas pernas doerem, valsei com meu pai, dancei hip-hop com Sophia, tentei tango com Jorge e quase morri de tanto rir quando ele pôs uma rosa na boca, tirei muitas fotos para recordação e só parei para me sentar um pouco quando já se passava das dez da noite e a lua reluzia lá em cima junto com as estrelas que pintavam o céu azul marinho.


– Qual é? Não vai ter discurso? –Perguntou Harry no microfone. – Vamos Rony, discurso! –E todos começaram um coro para que ele discursasse.

– Está bem! –O ruivo se deu por vencido, rindo, e se levantou encaminhando-se ao palco. Quando se virou de frente novamente, seus olhos logo encontraram os meus. – Música de fundo, DJ, por favor. –O DJ assentiu e colocou “When I Look At You” da Miley Cyrus, o que me fez suspirar. Eu simplesmente amava a letra desta música.


(Música: http://www.youtube.com/watch?v=zY1hLTpjWvo)


– Mione... Bom... O que posso dizer agora? –Suspirou. – Você é oficialmente minha. –Ele diz sorrindo e eu retribuo. – Eu quero ser a pessoa responsável por quebrar as regras, por fazer disso eterno, pois isso não é algo fútil. Um relacionamento hoje em dia dura alguns meses e raramente anos, e eu acho isso tão ridículo, porque as pessoas tem a capacidade de magoarem umas as outras de uma forma tão egoísta!

“Quando você casa com uma pessoa não é para na primeira oportunidade virar as costas, porque se você casa é porque você ama, e se você ama duas almas se tornam uma, e se você se separa as almas se esvaem como a água escorre pelos dedos, como a areia da praia vem e vai com a onda.
Eu quero ser o sol que toca sua pele exposta pela manhã, eu quero fazer disso centenário como esta árvore que apesar dos anos e anos decorrentes se faz vistosa e perfeita, que apesar das instabilidades continua aqui, e o nosso amor também. Apesar das tempestades, da maré alta que quase nos afogou muitas vezes nós nadamos e nós conseguimos porque não nadamos para a costa, nadamos de encontro ao outro.

E agora vamos seguir a maré de acordo com o vento, nos deixando levar, sendo embalados pela brisa, pelo nosso amor, que perdura em nossos corações. Com uma força que se fará tão antiga quanto nosso amor, um amor de almas que se formaram apenas uma, um amor eterno. Eu te amo, minha pequena.”

Me toquei que chorava feito um bebê quando os aplausos e assovios dos outros me chamaram para a realidade. Não conseguiria expressar minha felicidade nem se tentasse, simplesmente não cabia em mim.

De repente todos começaram a pegar o pedaço de uma foto e escrever coisas atrás, para depois colocar em um mural que parecia um quebra-cabeça que eu não sabia para o que servia. E foi ai que entendi que eram os votos de felicidade de cada um. O quebra-cabeça se formou e uma imagem de um grande coração ficou visível. Agora era impossível segurar as lágrimas.

Uma chuva de pétalas de rosa ocorreu e todos ficaram maravilhados, inclusive eu.


Só que o que eu não esperava, era que Ron se aproximasse de mim com uma embalagem de presente em mãos.


– É pra você, amor... –Disse ele no microfone e eu rasguei a embalagem sem rodeios, pois minhas mãos trêmulas também não estavam colaborando. O presente era uma linda imagem do nosso filho no ultrassom. – DJ, aquele som especial agora, por favor. –O som do coração do nosso bebê começou a soar na caixa de som, me fazendo desmanchar nos braços de Rony enquanto ele me abraçava. – Agora o seu coração bate em compasso com o meu, mas não está só. Agora temos um anjo para zelar, o fruto do nosso amor. –Pude ouvir o barulho de palmas e gritos ficar mais forte, abri meus olhos cheios de lágrima e pude ver minha mãe soluçando agarrada com Molly, até meu pai chorava.

Implorei para que não me matassem mais com essas surpresas e o ruivo apenas riu, me guiando para a pista de dança novamente onde aproveitamos o calor um do outro e aproveitamos para conversar sobre tudo, sobre nossa vida daqui para frente, sobre nosso filho...

Seus olhos azuis brilhavam como pedras de topázio e ele não conseguia parar de sorrir, como eu. Era definitivamente o dia mais incrível da minha vida.

Curtimos até o sol começar a raiar no horizonte, pintando o céu de um tom belíssimo de laranja.

Entregamos as lembrançinhas para os convidados, um cupcake com o tema praia para cada um e uma linda garrafinha tampada com rolha onde dentro tinha areia, algumas conchas e um casal de noivos em miniatura, uma fofura.

Depois, partimos para a minha ansiada lua de mel.


– Para onde vamos? –Perguntei ansiosa logo depois de me despedir de todos e seguir para o aeroporto com Ron.

– Curiosa... –Disse o ruivo rindo. – Vai saber quando chegarmos lá. –Ele desceu as escadas de um jato particular e me olhou, como se aguardasse minha subida.

– Tá... Vamos de jato particular? –Indaguei sem entender.

– Você acha que eu iria para a lua de mel com minha esposa na classe social de um avião lotado? Nem em sonho, amor. –Ainda admirada com toda essa mania de exigir o melhor sempre, subi atordoada no avião e quando cheguei lá dentro, me choquei com todo o luxo.


Deus, acho que vou morar por aqui mesmo.


(Interior do jato: http://3.bp.blogspot.com/-Oi2Gb9uBC4c/UC1w5_fEhBI/AAAAAAAATpo/roA-VJ5-B3Q/s1600/bombardier-challenger-604-2.jpg)

Porém, nem deu tempo de curtir muito tudo o avião luxuoso porque logo que deitei para descansar em uma poltrona, já de barriga cheia por comer um monte na festa, capotei em um piscar de olhos.

A última coisa que vi e senti foi Ron me cobrir com um cobertor muito macio depois de colocar meu cinto.

Meu sono excessivo me impossibilitou de dizer qualquer coisa, mas eu teria duas semanas para falar tudo o que quisesse. E o melhor, só estaria eu e o ruivo.


Rony POV

Acho que o sorriso largo estampado em meu rosto não sairia tão cedo.

A mulher que dormia serenamente ao meu lado, feito o bebê que estaria adormecido em seu ventre também, era minha esposa. Minha esposa!

Estava tudo dando tão certo. Agora eu tinha uma casa, uma esposa e em breve teria um filho. Eu não poderia estar mais feliz, simplesmente não poderia. Acho que o homem mais feliz na Terra era eu naquele momento.

Enquanto o jato cruzava o céu que ia clareando de tempos em tempos, eu observava Hermione em seu sono pesado. Parecia uma princesa até dormindo, a mulher mais linda que eu já havia conhecido.

Só adormeci quando o cansaço me pegou de vez, e eu percebi que seria impossível manter os olhos abertos. Mas mesmo assim, segurei a mão de Hermione enquanto a outra acariciava sua barriga e dormi próximo a ela, escutando sua respiração baixa e calma.

Dormi tanto que só acordei quando o piloto avisou que havíamos chegado ao nosso destino e que daqui a algum tempo iríamos pousar.

Olhei para o lado e minha linda esposa ainda dormia, aparentando que não acordaria nem se houvesse uma chuva de meteoros.

Abri um pouco a janelinha do meu lado e a luz do sol iluminou o pouco espaço que deixei aberto. Segundo o piloto, agora eram duas horas da tarde onde estávamos e a visão do símbolo que passávamos em frente ficou mais bonito ainda destacado pelo céu muito azul.

Pensei em deixar Hermione dormir, mas era uma vista tão bonita que ela iria adorar.


Chamei ela baixinho algumas vezes, beijei seu rosto e logo ela despertou, se espreguiçando adoravelmente.


– Já chegamos? –Perguntou em um sussurro preguiçoso.

– Já. Quero que veja uma coisa. –Apontei para a janela aberta e ela olhou com curiosidade. Quando percebeu onde se encontrava, sua boca se arregalou junto com seus olhos.

– A T-Torre E-Eiffel? –Falou animada, abrindo um enorme sorriso. – Ron! Estamos em... Paris?

– Bem vinda à cidade do amor, princesa.


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Notas finais do capítulo

geeeente, primeiramente queria perguntar um negócio: Nicole tem futuro para decoradora e estilista? HAHAHAHAHAH gostaram dos vestidos? Eu particularmente amei.
E também quero saber se gostaram da cerimônia né... Da festa... E do destino da lua de mel deles? Sonho, não é? *-* aaah, eles vão para dois lugares, passar uma semana em Paris e a outra semana... Quem tenta adivinhar para onde eles vão? Vamos ver se alguém acerta :D
Gente, ficou ENORME o capítulo, mil desculpas D:
Aguardo ansiosamente a opinião de vocês, e no próximo capítulo veremos a linda lua de mel deles e o desenvolvimento da gravidez da Mione *-* beijiiinhos e até semana que vem ;*



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