The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 38
We all have to grow up


Notas iniciais do capítulo

heeey, olha aqui eu mais cedo! Pois é :D a pedidos de leitoras para que eu postasse mais cedo, atendi ao pedido de vocês. tudo bem, um dia mais cedo, mas se o problema fosse vontade de postar para matar a curiosidade de vocês, postaria todo dia se desse, mas o problema é escrever. Tem dias que como qualquer escritora normal não tenho inspiração, e sem inspiração não sai um capítulo bom, meus capítulos são grandes também, não posso ficar o dia todo digitando no computador... São vários fatores, como tem dia que estou tão inspirada e com tempo que bastam dois dias para finalizar um capítulo.
Obviamente, lembrando a todas que não estou brigando com ninguém, pelo contrário, só queria que vocês entendessem.
enfim, vocês merecem o melhor de mim sempre, e é isso que estou fazendo :3 presentinho adiantado para vocês, todas descobrirão o segredinho da chave! :D espero que gostem do capítulo, nos vemos lá embaixo, beijinhos :*



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Rony POV

Obviamente, fiquei muito nervoso mesmo quando apenas pensei em pedir Hermione em casamento, tinha a possibilidade dela dizer não, não é? E acho que isso me faria desmoronar, era por isso que estava tão nervoso.

Mas então o “pensei” mudou para “fazer”, sabendo que ela ficaria de folga por uma semana, aproveitei para achar um lugar ótimo para o pedido, e olha que precisei passar noites e noites devaneando até a fazenda se encaixar perfeitamente no que eu queria.

Eu tinha que fazer algo bonito, não simplesmente chegar gritando “HERMIONE, CASA COMIGO?” como eu fiz quando tinha treze anos, em um baile promovido pela escola, em que passei pelo corredor berrando um convite para a menina mais bonita da minha sala, além de ter dado um baita susto na coitada, cuspido nela sem querer porque gritei, ganhei um fora histórico e fui zuado até outra vergonha alheia ser causada, e mesmo assim depois disso Fred e Jorge gostam de ficar me recordando dessa história.

Mas eu não queria contar para mamãe o que eu estava planejando fazer, pois ela ficaria muito animada e acabaria dando com a língua nos dentes, é sério, eu conheço muito bem a minha mãe. Gina só me botaria mais pânico, me faria fazer xixi nas calças e minha cara ficar púrpura no dia de tanto nervosismo, meu pai seria um bom confidente, mas eu queria fazer uma surpresa também...

E foi quando meu avô ligou perguntando quando que iríamos passar alguns dias lá na casa de campo e dizendo que queria comemorar meu aniversário comigo, foi que pude adicioná-lo como meu confidente.

Eu poderia muito bem chamar minha avó, mas ela é igualzinha minha mãe, então descartei a possibilidade. Já meu avô tinha acesso a toda a fazenda, poderia arranjar um local e deixar tudo perfeito, e ele não daria com a língua nos dentes.

E foi isso que eu fiz, deixei Hermione e o resto da minha família sem saber de nada, e na segunda-feira enrolei a corda no meu pescoço e subi no banquinho, agora a pergunta que não queria calar era se minha namorada iria me empurrar do banquinho dizendo não ou cortar a corta com um sim bem bonito.

Só sei que eu estava para morrer no final da tarde de segunda, mais ainda quando vi Hermione caminhando na minha direção tão linda e radiante, vestindo um vestido lindo que abraçava suas curvas delicadas, seu cheiro de baunilha me alcançando e arrancando todos os meus sentidos, seu belo sorriso e seu olhar inocente preso naquelas irís cor de mel se aproximando conforme ela dava mais passos, pude sentir minhas pernas fraquejarem sobre o meu corpo, tremendo sem eu desejar.

Endireitei minha posição, tentando fazer meus joelhos pararem de bambear, dei uma olhada para ver se minha roupa ainda estava do jeito certo, passei minhas mãos nervosamente pela minha camisa e minha calça, respirei fundo e murmurei para mim mesmo um “se acalma, babaca”.

Dei uma rápida olhada em volta e estava tudo perfeito, como meu vô Timus prometeu que seria, velas e flores na água para iluminar o anoitecer, música que ele iria ligar quando estivéssemos no meio do lago... Sim, ele estava escondido atrás de uma moita segurando uma câmera e com o aparelho de som ao seu lado. Ele é realmente um cara incrível.

Quando ela finalmente chegou próxima o bastante de mim para seu perfume delicioso me embriagar, não pude conter minha vontade de envolver meus braços nela e provar sua textura macia feito pêssego.


– Como você consegue ser tão linda? Tem certeza que não tem nenhum parentesco com a Afrodite? -Ela sorriu e enterrou o rosto em meu pescoço, seu nariz roçando na minha pele provocando mais tremores indesejáveis. Se fosse Gina no lugar do meu avô, eu já estaria morto uma hora dessas de tanto nervosismo.

– Se for assim, acho que você é filho dela. –Hermione disse, beijando meu rosto. Sorri mais, tentando disfarças minhas pernas ridiculamente trêmulas.

– Vamos? –Estiquei minha mão para ela e a ajudei a sentar no barco em segurança. Antes de entrar com ela, vi o sol dourado lá longe já ameaçava se esconder atrás das árvores.

– Nossa, você arrumou tudo isso? –Perguntou Hermione, seus olhos brilhando de encantamento, enquanto eu remava para o meio do lago.

– Tive uma ajudinha de fora... –Comentei, lançando uma olhadela onde meu avô estava escondido, e imediatamente a música escolhida por mim começou a tocar. Eu sabia que Hermione adorava Taylor Swift e suas letras românticas, e eu achava que Mine se encaixava perfeitamente para o momento.

– O que... O que está acontecendo? –Ela indagou, meio rindo e meio surpresa. Não respondi, apenas parei no meio do lago, onde várias vitórias régias com velas e flores de lótus no rodeavam, provocando uma linda iluminação através da noite que já caia. Antes que ela fizesse outra pergunta, me levantei do barco. – Ron, tá louco, o que você está fazendo? –Mione arregalou os olhos de uma maneira que me fez rir baixinho.

Eu estava prestes a pedi-la em casamento, meu corpo todo tremia mais agora do que nunca, mas meu peito berrava que era a hora certa para dizer uma coisa.


– Eu te amo, Hermione! –Gritei, escutando as palavras fazerem eco.

– Ronald Weasley, você é louco! –Ela gritou de volta, rindo.

– Por você, sua boba. –Pulei na água quando avistei a bendita flor de lótus contendo a aliança, pois era parte do plano. Pude escutar Hermione soltar um grito de susto.

– Ronald! RONALD! Volta aqui! –Voltei para a superfície sorrindo para ela.

– Olha o que eu achei. –Peguei a vitória régia, colocando-a dentro do barco. – Tem uma coisa ai que dependendo da sua resposta, me fará a pessoa mais feliz do mundo. –Entrei novamente no barco, sacudindo meus cabelos molhados do meu rosto e olhando-a, ela estava em um misto de choque e surpresa.

Peguei a caixinha de veludo, murmurando para mim um “é agora”, me ajoelhei para impedir que ela me visse titubeando, mas meus braços tremiam convulsivamente, meu rosto com certeza estava rubro uma hora dessas, pois senti um calorão tomar conta de mim.

Abri minha boca, para ver se conseguiria formar alguma frase coerente, mas pelo jeito meu nervosismo me fez perder a capacidade da fala. Em nenhum momento me senti assim com uma garota, o que eu sentia por Hermione era maior do que tudo, e era por isso que eu me sentia tão próximo da morte. Ela era única, e somente minha,


– Hermione Jean Granger... –Vacilei um pouco, pigarreei e abri a caixinha de veludo, mostrando a aliança que havia escolhido sozinho, um anel de ouro branco com um coração de diamante.

Tudo o que eu falei a seguir, saiu tão naturalmente que era como se não fosse eu que estava dizendo, e sim como se meu coração tivesse ganhado voz própria. Não era algo ensaiado, por mais que pensei na possibilidade, mas toda as vezes que treinei diante do espelho não era a mesma coisa do que seria quando eu estivesse encarando os lindos olhos de Hermione.


– ...Hermione, quer casar comigo? –Não sei como não vomitei em cima dela de nervosismo, quero dizer, graças a Deus que isso não aconteceu. Mas quando a pergunta final foi dita, tudo que Hermione fez foi continuar me olhando fixamente, os olhos derramando lágrimas por cima das mãos que tampavam a boca, meu nervosismo se acentuou mais ainda, era como se ela tivesse virado uma estátua, não tinha certeza nem se ela respirava, exatamente igual como no dia que a pedi em namoro.

– Bom... –Me apressei em me explicar, antes que um de nós caíssemos duros no barco. – S-só estou te pedido em noivado... O c-casamento pode acontecer daqui a um ano, dois, o tempo que você precisar... Só quero ter certeza que você realmente quer começar uma vida comigo e... –Levei um susto terrível quando do nada Hermione se levanta no barco e pula em mim, me fazendo cair sentado novamente enquanto ela se abaixava, me abraçando com força.

– SIM, SIM, SIM, SIM! –Gritava ela, agarrada em mim. Tudo que fiz foi rir de alívio, abraçando-a de volta. Meu coração batendo descompassado no pomo de adão. – Ah, eu te amo seu idiota. –Hermione começou a me beijar descontroladamente, nosso beijo intenso e apaixonado misturado com as lágrimas dela, seu corpo tão próximo ao meu que eu conseguia sentir as batidas aceleradas do seu coração.

Só que o que eu não esperava era que o barco virasse com nós dois dentro, e nós dois nos espatifássemos na água lago. Quando voltei a superfície, trazendo Hermione no meu colo para que ela não se afogasse, ao invés de estar chateado com essa parte terrivelmente fail do pedido, que não contava nos meus objetivos, eu só conseguia sorrir, a felicidade pulando em meu peito.

Voltamos à terra firme e a caixinha de veludo continuava segurava presa em minha mão e fechada, a abri novamente tirando o anel e me aproximei de Hermione, que estava de pé afastando os cabelos molhados do rosto.


– Essa queda no lago foi algo inesperado e não planejado, mas creio que agora é hora de colocar o anel em sua mão. –Ela riu em concordância e me estendeu a mão direita, os olhos ainda marejados. Como anel de diamante não tem tradição em ser na mão esquerda ou na direita, coloquei no anelar direito dela, junto com a aliança de compromisso.

– Você queria me matar do coração, Ronald? –Hermione perguntou, rindo com os olhos ainda marejados.

– É óbvio que não, mas pensei que eu fosse morrer durante o pedido. É sério, fiquei seriamente nervoso. –A abracei e ela riu contra meu peito, me abraçando de volta.

– Percebi, eu já não conseguia distinguir o que era mais vermelho, seus cabelos ou o seu rosto. –Gargalhei, beijando-a calmamente. – Ah, como eu te amo... –Sussurrou ela na pausa de um beijo.

– Eu também...

– Essa semana quem deveria ganhar um presente é você. –Ela sorriu docemente, beijando a extensão do meu maxilar.

– O melhor presente de todos foi você ter aceitado. –Sorri de volta, acariciando seus cabelos. – Que tal se formos até a colina ver o sol terminar de se pôr? Acho que se voltarmos agora para casa sou capaz de sufocar com abraços alguém até a morte de tão feliz que estou. –Hermione gargalhou.

– É uma ótima ideia, e também quero saborear esse momento somente com você... –Meu sorriso aumentou, entrelacei nossos dedos observando sua pequena mão tão linda agora com aquela aliança que indicava que um dia ela se tornaria minha esposa, eu não poderia estar mais feliz...

Fomos em silêncio até a colina, apenas trocando olhares tímidos e cheio de significados durante o caminho. Quando chegamos, percebi que a chegada da primavera estava fazendo bem ao local, além de continuar tendo a melhor vista de tirar o fôlego para o sol poente, a enorme árvore que sombreava a colina estava mais verde do que nunca feito a grama muito bem aparada e flores de todas as cores rodeavam o espaço, a luz dourada vindo do sol que já estava pequeno mais adiante atrás das árvores iluminava o lugar do jeito mais perfeito existente.

Deitamos na grama e aproveitamos o calor do sol que nos banhava, nos aquecendo e nos secando também.

Alguns breves minutos depois, levantei meu corpo da grama e coloquei meus braços dos lados da cabeça de Hermione, me colocando sobre ela sem soltar meu peso em cima dela. Tudo que ela fez foi me olhar com aqueles pares de olhos lindos e sorrir encantadoramente, para depois me puxar pela nuca e começar a me beijar.

Suas mãozinhas ágeis alcançaram os botões da minha camisa e começaram a desabotoá-los, já uma das minhas mãos se ocupava e descer pela pernas dela, procurando a barra do seu vestido e aproveitando para sentia a textura macia da sua pele que fazia meu corpo ficar em chamas só de sentir.

Já sem minha camisa e as mãos dela explorando meu corpo livremente, me arrepiando por inteiro, desci beijos pela pele descoberta do seu pescoço erguendo a barra do vestido e abrindo o zíper de trás.

Logo já estávamos do jeitinho que Deus nos fez, por mais que eu mantivesse meus toques gentis e doces, era como se meu corpo pegasse fogo, Hermione tinha esse dom de me incendiar até com seu jeito inocente e ingênua de ser.

Depois de estar prevenido, comecei a me movimentar dentro dela lentamente, fazendo com que o momento durasse bastante, que era nosso desejo. Tudo que eu conseguia ver era Hermione mordendo seu lábio inferior lindamente, de olhos fechados e soltando baixos gemidos, só conseguia pensar no quanto que ela era perfeita.

Beijei-a quando senti meu ápice se aproximando, seus braços envolveram meus ombros e suas unhas afundaram na pele das minhas costas, me fazendo soltar um gemido gutural, não demorou muito para que eu subisse na nuvem mais alta do prazer.

Descendo de lá devagar, abri meus olhos contemplando o rosto levemente suado e satisfeito de Hermione.


– Eu te amo. –Ela sussurrou antes de me beijar mais uma vez.


Hermione POV

Eu não conseguia acreditar que tudo aquilo que estava acontecendo era verdade. Depois que Rony se deitou ao meu lado me aninhando em seu peito quente, não pude deixar de olhar mais uma vez para minha mão direita e checar se o anel de noivado continuava ali. Percebendo que continuava, soltei um suspiro.


– Acho que é bom nós voltarmos, está anoitecendo... –Falei mirando o céu azul marinho salpicado de estrelas brilhantes.

– É, e está ficando frio também. –Ron acariciou minhas costas nuas frias.

– É. –Concordei, me levantando e indo me vestir. – Parece tudo tão surreal... –Comentei, olhando mais uma vez meu anel enquanto colocava meu vestido.

– Não está arrependida do que fez, não é? –Olhei-o incrédula.

– É óbvio que não, idiota. –Nós dois rimos.

– Entre tapas e beijos. –Gargalhamos novamente.

– Exatamente, é assim que o nosso relacionamento funciona. –Calcei meu oxford e me levantei, afastando a grama e as flores do meu cabelo e da minha roupa. – Estou com cara de quem transou? –Perguntei sem rodeios, o que fez Rony rir.

– Está, e mesmo se não estivesse, a retardada da minha irmã sente cheiro de acasalamento de longe. –Gargalhei alto, descendo a colina com a ajuda do ruivo.

– Verdade. –Caminhamos em silêncio de volta a casa, meu coração palpitando de ansiedade para contar a notícia. – Como contaremos? –Indaguei de repente, erguendo minha mão direita. – No jantar?

– Não sei... Lá nós decidimos. –Chegando em casa, havia movimentação por todos os lados. Fleur amamentava uma Victoire aos berros andando de um lado para o outro, os meninos assistiam ao jogo na sala na companhia de muita coca-cola e petiscos, as meninas conversavam na outra sala mais próxima a varanda.

– E agora? –Sussurrei, entrando de fininho na companhia de Ron.

– A MULHER MAIS INCRÍVEL DO MUNDO VAI CASAR COMIGO! –O ruivo gritou do nada me fazendo pular de susto, as meninas que estavam absortas na conversa nos olharam, assim como os meninos que pararam de prestar atenção no jogo e os gêmeos que até se afogaram com a coca, até a pequena Vic pareceu achar os gritos do tio mais interessante que cessou o choro sem motivo aparente dela.

Todos ficaram visivelmente surpresos na hora, e muito confusos. Durante alguns segundos, os olhares ficaram presos em mim e em Rony, que sorria abertamente, já eu queria me sumir dali de qualquer jeito, eu deveria estar escarlate de vergonha uma hora dessas, com uma mistura de verde doentio, pois um enjôo súbito de nervosismo me atingiu.


TOUCHDOWN! –Gritou Jorge, quebrando o silêncio desconfortável. Todos se viraram para ver se ele falava do jogo, mas não, ele estava comemorando mesmo. A partir daí todo mundo se levantou sorrindo, parecendo finalmente assimilar a situação e compreender. Então um mar braços me afogou em abraços calorosos.

– Agora ferrou pra você, Mione... –Começou Jorge, me abraçando.

– ...Quero ver você conseguir agüentar uma vida inteira com esse babaca ai. –Gargalhei, retribuindo os abraços do Fred e do irmão.

– Realmente, uma boa sorte para você, Mione. Depois que você entra em um casamento, não tem como sair. –Disse Gui, recebendo um olhar repreensivo de Fleur. – Aliás, quem entra é porque não quer sair mesmo, quer viver para sempre com o amor da sua vida. –Todos riram, inclusive eu, enquanto retribuía o abraço dele.

– Parrabéns, Mione. Toda a felicidade do mundo parra você. –Fleur sorriu docemente, me abraçando com um dos braços livres, o outro segurava firmemente uma Victoire curiosa.

– Ah, eu mal posso acreditar! Parabéns! –Vó Ella me abraçou fungando. – Meu netinho se casando... Quero ver logo os outros meninos seguindo o exemplo de Ron. –E lançou um olhar significativo à Harry e aos gêmeos, que fingiram que não era para eles a indireta.

– Eu não estou surpreso, pois era cúmplice, mas mesmo assim, felicidades. –Timus riu, me abraçando.

– Qual é o seu problema, Mi? Logo meu irmão? Nasceu sem cérebro, foi? Bateu a cabeça em uma pedra no fundo do lago? –Gina fingiu uma bufada e uma revirada de olhos, para depois rir e me abraçar. – Parabéns e boa sorte.

– Obrigada pela consideração, cunhadinha. –Ri, retribuindo o abraço.

– Agora sim, minha nora oficial. –Arthur me abraçou sorrindo.

– Isso é perfeito! –Molly me abraçou com os olhos marejados. – Como ninguém me avisou que meu filho iria pedir minha querida Hermione em casamento? Eu queria estar presente, tudo bem que iria afogar todo mundo por causa das minhas lágrimas, mas mesmo assim... –Fungou ela, ainda me abraçando.

– Não é problema, então. –Timus disse sorrindo e mudando o canal da tv e imeditamente começou a passar um vídeo. Primeiro, apareceu Rony arrumando o barco no lago, quase caindo e depois se ajeitando rapidamente, fazendo sinal de “positivo” para a câmera, sorrindo de um jeito nervoso e fazendo todos nós rirmos. Era o vídeo do pedido!

– Ah, isso vai ser engraçado. –Gina puxou Harry pela mão e correu para sala, onde se enfiaram no meio dos gêmeos. Fomos todos para o cômodo assistir, tentei com todas as minhas forças conter as lágrimas, mas só Rony percebeu quando uma lágrima teimosa escorreu no canto do meu olho.

No final do vídeo, todos fizeram um coral de “own”, Molly e Ella chorando feito loucas, Fleur secando delicadamente as lágrimas que escorreram no seu rosto de porcelana, os meninos sorrindo, e só Gina continha uma expressão desconfiada.


– O que foi Gina? –Perguntei e ela me olhou.

– Pra onde vocês foram depois do pedido? –Ela arqueou as sobrancelhas e eu dei uma risada nervosa.

– Não te interessa, ruiva. –Respondeu Rony, me abraçando pela cintura mantendo um sorriso no rosto.

– Cavalo. –Murmurou Gina, recebendo um muxoxo de desaprovação da mãe.

– Então acho que está na hora de um jantar de comemoração! –Anunciou Ella sorridente.

A partir daí, todos voltaram a se mexer. Fleur deixou sua pequena com Gui, que aparentemente se esquecera completamente de que estava chorando, os gêmeos se mantiveram na sala assistindo um jogo de basquete, as mulheres foram para a cozinha e Rony me arrastou para o quarto.


– Mas amor, eu quero ajudar...

– Você precisa de um banho, Srta. Weasley. –Ele sorriu de lado, me fazendo sorrir também.

– É, você tem razão. –Passei a mão em meus cabelos cobertos de grama e isso o fez rir.

– Te vejo daqui a pouco. –Depois de me dar um selinho, ele pegou suas roupas e foi para o banheiro do corredor. Suspirei, pegando alguma calça e camiseta qualquer, para depois me enfiar no chuveiro de água morna do quarto.

Era surreal, simplesmente surreal que eu fosse agora noiva do Ron. Surreal e assustador ao mesmo tempo. Logo eu, Hermione Granger, a menininha conservadora que preferiu crescer namorando livros, e não adolescentes desprovidos de cérebro e com os hormônios a flor da pele.

Eu não queria acreditar, mas teria que virar adulta, algo que eu tanto ansiava lá pelos meus doze anos, sonhava em me tornar uma médica famosa cheia de teorias para mostrar para o mundo e ganhar prêmios por isso, e agora eu estava com receio do amanhã.

Bom, não era bem um receio, era só um pensamento bobo, pois aconteceu tudo rápido demais.

Pensei em parar de pensar em tudo, já estava até ficando com enjôo de tanta coisa entrando e saindo na minha cabeça. Eu só sabia que estava feliz, muito feliz. E me manteria assim.

Sai do banho e me vesti rapidamente, dando de cara com um ruivo secando as costas com um pouco de dificuldade no quarto, trajando apenas uma calça jeans. Preciso falar que meus pensamentos evaporaram?

Deu tempo para descer na cozinha e ajudar as meninas no preparo do jantar, o que me deixou realmente feliz. Depois de colocar os pratos cheirosos na mesa arrumada pelos meninos, que imediatamente apareceram correndo e foram babar na travessa de batata assada com carne, lasanha de presunto e queijo, e coisas do tipo.


– Para comemorar da forma tradicional, um brinde. –Vô Timus foi servindo as taças dispostas na mesa com vinho.

– Não, nada disso, pode parando. –Vó Ella o interrompeu, suas feições bonitas sendo trocadas por uma expressão severa, lembrei-me de Minerva na hora.

– O que? –Perguntou ele, erguendo as sobrancelhas.

– Vinho para as crianças? Nem pensar.

– Ah Ella, deixe, é por uma causa boa. –Molly sorriu bondosamente e pude ver Rony arregalando os olhos.

– Quem é você e o que fez com a minha mãe? –Todos gargalharam quando ela fingiu dar um tapa no filho.

Depois de brindarmos um gole de vinho, se não Ella iria pirar. O jantar foi algo simplesmente incrível, só senti falta dos meus pais ali... O que minha mãe faria quando soubesse da mais nova novidade? E meu pai? Só esse pensamento já fez meu estômago embrulhar.


– Com licença gente. –Me levantei e fui até a varanda, respirar um ar puro. O embrulho desconfortável na minha barriga foi passando.

– O que foi amor? –Perguntou uma voz masculina levemente rouca logo atrás de mim em um tom preocupado.

– Ah, só um desconforto. Tenho certeza que estava certa, TPM. –Rony riu.

– Você está pálida, não parece bem...

– Pele branca por falta do sol, como disse Felipe no Rio de Janeiro quando chegamos no hotel. –Sorri divertida com a expressão de choque no rosto dele.

– Você se lembra do brasileirinho metido que deu em cima de você...?

– Claro que lembro, marco meus xavecos em uma listinha. –Brinquei, mas pelo jeito alguém não percebeu que era brincadeira.

– Ora, mesmo? Posso ver essa lista? –Ele perguntou em um tom sério, me fazendo cair na gargalhada.

– É brincadeira, Rony. É que tenho mais neurônios que você cabeça de tomate, por isso que tenho memória boa. –Baguncei os cabelos dele sorrindo.

– Recorrendo a ofensas, castorzinho? –Dessa vez foi ele que bagunçou os meus cabelos.

– Não são ofensas, cenoura. São palavras carinhosas. –Ron riu, me puxando pela cintura e mordendo minha bochecha com força. Gritei e o afastei rindo.

– Acredite, sua mordida dói muito mais, ratinha. –Agarrei o braço dele, mordendo com força, fazendo-o berrar. – VIU! –Bradou o ruivo quando me afastei gargalhando. – Peste... –Soprei um beijo e sai correndo para dentro de casa novamente.

– Pensei que estavam se matando, já estava indo atrás até para te ajudar a matar meu irmão, Mione. –Comentou Gina, sentada no sofá com Harry deitado no colo dela.

– Obrigado pela consideração, maninha querida. –Rony bufou, lancei um olhar significativo a ruiva e nós duas começamos a rir.

Antes de curtir uma noite vendo tv com a minha futura oficial família, resolvi ligar para minha família atual, pois mamãe deveria estar tendo ataques uma hora dessas.


– Quer ajuda para contar...? –Questionou Ron gentilmente.

– Não precisa, vou deixar para contar cara a cara, vai ser mais fácil. –Suspirei, tentando engolir minhas próprias palavras. Era como se a responsabilidade agora fosse a de criar um filho, mas casar era tão importante para minha mãe quanto isso.

– Tudo bem, qualquer coisa me chama. –Ele beijou o topo da minha cabeça e se afastou para começar uma guerrinha de almofada com os gêmeos, Gina e Harry.

Subi até meu quarto pegando o celular abandonado no criado-mudo, disquei os números e aguardei.


Olha a hora, Hermione! Dez horas da noite! E você foi viajar de manhã! Se quiser me matar, me avise primeiro e... –A voz estridente e visivelmente nervosa da minha mãe quase explodiu meus tímpanos.

– Tudo bem mãe, estou viva, bem alimentada e o bicho-papão não me comeu. –O que era para ser uma brincadeira, só a enfureceu mais ainda.

...Irresponsável! É isso que você é! Ora... Não pode nem ligar para a mãe para avisar que chegou bem, hein? Pensar que uma boa parte da sua mesada vai nos créditos desse maldito celular que você nem usa... –Se ela estava me chamando de irresponsável por não ter ligado para ela, o que diria quando soubesse que aceitei me casar sem nem ter completado dezoito anos ainda? Ó céus...

Filha, o que sua mãe quer dizer... –Disse meu pai em voz alta, houve um ruído e então ele estava de posse do telefone, para minha alegria. – É que você tem que nos avisar quando chega. Não é maior de idade ainda, o mínimo que pode fazer ao viajar sem nossa companhia é isso. –Suspirei profundamente. É... Até setembro chegar, não vão sair do meu pé.

– Certo, me desculpe. Não vou cometer mais esse grande erro.

Não debocha... –Papai tem sensor de debochamento, pois é. – Você está errada e tem que admitir. Mas... Chegou bem?

– Perfeitamente bem. Acredita que cheguei a tomar café no meio da viagem? –Escutei uma exclamação de surpresa do outro lado da linha.

Hermione? Tomando café? Milagre. –Ri, parando ao escutar um “deixe eu falar com ela”. – Gatinha, sua adorável mãe quer falar com você.

Como estão todos? E a pequena Victoire? –Depois de contar nos mínimos detalhes de como a loirinha estava e dizendo que estavam todos bem, minha mãe me liberou após ela e meu pai me desejarem uma boa noite e dizerem que me amam. Esse é o mais importante, eles me amam e vão respeitar minhas decisões.

Após esse pensamento, voltei mais leve para a sala no andar de baixo e fiquei assistindo tv com os outros, Fleur já havia se despedido e subido para dar de mama para Vic, Gui a acompanhou.

Minutos depois, não resisti a uma briga de almofadas com os outros, e por incrível que pareça, Ella não interrompeu, apenas se afastou rindo.


– Uma hora parecem tão adultos, e agora, olhe! –Comentou ela para Molly e Arthur, que assistiam a cena rindo, Timus tirava fotos para recordação.

Caímos exaustos falando bobagens quando já se passava das onze e meia, Gina e Harry foram os últimos a se deitar, pois ficaram tomando refrigerante na cozinha comigo e com Rony. Eu estava resistindo bastante, pois como sempre e estranhamente, o cansaço me dominava. Quando os dois decidiram ir dormir, fomos também.

Chegando no quarto, a última coisa que me recordo foi de cair com roupa e tudo na cama, adormecendo em breves minutos.

...

Quando o primeiro raio de sol adentrou pela varanda que estava com a cortina aberta, despertei, por mais que meu corpo desejasse passar a eternidade na cama. Eu só queria ter certeza que não tinha sonhado com a noite passada.

A primeira coisa que notei, foi que estava de pijama. Rony devia ter feito isso para mim. Olhando brevemente em volta, percebi que era realmente o quarto da fazenda, e o ar com cheiro de pinho que adentrava por uma fresta na porta de vidro da varanda somado com o leve canto dos passarinhos mais próximo me comprovava isso.

Olhei para o lado e lá estava Ron totalmente descoberto trajando apenas uma calça de moletom, deitado de barriga para cima expondo seu belo físico, dormindo serenamente com a respiração leve como uma pluma.

Me virei para admirá-lo melhor e um breve rangido do colchão o fez abrir os olhos.


– Hmmm... Bom dia. –Falou ele dando um sorriso preguiçoso.

– Bom dia. –Sorri de volta, me inclinando para poder depositar um beijo carinhoso no rosto dele.

– Ontem... Eu estava sonhando? –Perguntou o ruivo, se espreguiçando e apoiando a cabeça nas mãos para poder me olhar melhor.

– Se estava, teve o mesmo sonho que eu... –Continuei sorrindo, acariciando o peitoral descoberto dele.

– Creio que meu sonho foi mil vezes melhor, porque uma mulher incrível ia casar comigo... Já essa mulher, vai casar com um palhaço cabeça-oca. –Rimos.

– Tolo. –Me aninhei no peito dele, apreciando o carinho recebido nos meus cabelos. – Palhaço cabeça-oca é só uma das suas qualidades...

– Qualidades? –Gargalhei.

– Claro que são, afinal, não conseguiria viver sem meu palhaço cabeça-oca do meu lado. –Falei apoiando meu queixo no peito dele para poder visualizá-lo, seu rosto se abriu em um imenso sorriso.

– Linda. -Beijou minha testa, ainda sorrindo.

Durante pelo menos meia hora permanecemos assim, apenas curtindo um ao outro, deixando o tempo passar. Até que Ella bateu na porta calmamente anunciando o café da manhã.

Depois de fazer minha higiene matinal, coloquei uma calça skinny e uma regata, pois por mais que a primavera se aproximasse, as manhãs continuavam frias.

Desci com Ron até a cozinha, onde aproveitei meu café da manhã com meus sogros, vó Ella e vô Timus, os outros decidiram adicionar mais algumas horinhas de sono.

Algumas horas após, depois de um almoço mais do que satisfatório, os gêmeos saíram de fininho, pegaram a mangueira do quintal, me chamaram para o lado de fora e quando cheguei lá, fui recebida por um jato de água fria bem na cara, e a partir daí uma lutinha de mangueira deu início, Gina tomou a posse da mangueira e fez os gêmeos escorregarem para dentro da fonte na frente de casa, fazendo um barulhão e esparramando água para todos os lados. Chorei de tanto rir o tempo todo.

Mas os clones ruivos se vingaram, Jorge jogou Gina por cima dos ombros e Fred fez o mesmo comigo.


– Eu sou uma baleia, se lembra? Você vai morrer se continuar comigo nas costas! –Berrei tentando me soltar dele.

– Então vamos botar a baleia na água. –Sem mais rodeios, fui parar dentro da piscina com Gina, que xingava os irmãos. Não deixando barato, puxei Fred e Jorge pelas bermudas, e eles só tinham duas escolhas. Ou mostravam suas bundas brancas para nós, ou pulavam na piscina, eles escolheram a segunda opção, pois escorregaram.

– Hermione, sua praga. –Gritou Jorge, rindo.

– Peste da nossa vida, carrapato irritante... –Começou Fred, mas eu o interrompi empurrando sua cabeça ruiva em direção do fundo da piscina, fazendo-o quase se afogar.

– Também te amo, criatura abominável. –Falei rindo e saindo da piscina para fugir dele.

– Ninguém toca na minha menina. –Rony apareceu lindamente sem camisa, me abraçando para eu não cair quando tropecei nos próprios pés com a visão dele.

– Vamos disputar por ela, então? –Provocaram os gêmeos em uníssono.

– Disputar? Pra que? Ela já é minha, bobocas. –Ele saiu correndo atrás dos gêmeos, que riram e desembestaram a correr também. Logo, os três foram parar na piscina brigando feito crianças, Gina incentivando. E eu não conseguia parar de sorrir, era algo quase permanente.

Os dias que se seguiram até o aniversário de Rony finalmente chegar foram mais do que incríveis, sem dúvidas nenhuma. Andei a cavalo, caindo uma vez, porque os gêmeos assustaram meu cavalo com um pacotinho de estalinhos de Festa Junina. Fizemos trilha pela fazenda, passei por clareiras lindas nunca vista antes e pequenos córregos de água cristalina, tudo perfeito.

Um dia antes do início do mês de março, vó Nina e tio Bilius chegaram para a nossa alegria. Os dois sempre agradáveis e queridos comigo, deixando a casa mais cheia e animada.


...

Até que o dia primeiro de março chegou, o ruivo dormia em sono pesado ao meu lado e já era nove da manhã, teria que acordá-lo de alguma forma especial. Pensei por um momento e dei um sorriso maroto por causa da minha ideia.

Desci sorrateiramente e fui até a cozinha onde os outros tomavam café e conversavam, falei que já descia de volta com Rony e peguei um pote com alguns morangos, passando nutella em cima. Subi novamente e entrei no quarto em silêncio, subindo no colchão e percebendo que o ruivo não acordaria fácil de jeito nenhum, devia ser porque noite passada passamos a madrugada toda em uma competição de vídeo game com Harry, Gina e os gêmeos.

Me aproximei do corpo inerte de Ron, peguei um dos morangos e passei o lado coberto de nutella e passei pelo peitoral dele com cuidado, percebendo que ele só se remexeu um pouco.

Limpei lentamente com a língua e dessa vez ele se mexeu mais, abrindo os olhos preguiçosamente. Mordi um pedaço do morango e engoli, vendo-o sorrir para mim.


– Bom dia para você também... Que ótimo presente... -Levei um dos morangos até sua boca, ele mordeu do jeito mais sexy o possível, mastigou e engoliu, dando um sorriso torto em seguida.

– Vamos levantar, todos estão ansiosos para te parabenizar. –Sorri, beijando-o de leve.

– Certo... Estava com sono ainda, mas você me deixou bem acordado. –Ri, levantando e pegando roupas na minha mala.

– Nem vem, Sr. dezoito anos. –Brinquei, quando ele me abraçou por trás, depositando um beijo em minha nuca.

– Mais tarde vai me parabenizar do jeito que mereço, senhorita?

– Sim, criançinha teimosa. –Dei um breve beijo no rosto dele e me afastei, indo me trocar. Coloquei um vestido leve e acinturado, calcei sapatilhas e descemos juntos. Quando chegamos na cozinha, os presentes se levantaram para parabenizá-lo, eu assistia a bela cena de família sorrindo.

– Então mais tarde, vamos para a festa! –Anunciou vô Timus, sorrindo abertamente depois de abraçar com força o neto.

Dito e feito. Depois do almoço muito caprichado de Ella, como sempre, mas dessa vez era mais caprichado ainda por causa da ocasião, passamos a tarde na sala de jogos de Timus jogando poker, eu que já havia aprendido com Cho a jogar, posso dizer que me dei bem e surpreendi a todos.

À noite os preparativos começaram, o salão de festas ficou muito organizado e ajudei as meninas a preparar os quitutes. Tinha de tudo, mas o que chamou minha atenção foi o lindo bolo enorme com um bonequinho ruivo correndo de uma bonequinha ruiva de cabelos curtos.


Descobri que significava Rony correndo de Molly e as algemas abertas caídas ao chão, era a libertação dele. Não pude deixar de rir da ideia muito bem colocada.


Rony POV

Adorei os bonequinhos do meu bolo, até a minha mãe riu. Mas o que eu fiquei olhando durante os parabéns, foi os rostos sorridentes na minha frente. Eu estava tão feliz e realizado...

Toda a minha família a minha volta comemorando comigo o início da minha vida adulta e responsável, minha futura esposa batendo palmas com seus belos cachos balançando com a brisa que vinha do lado de fora, deixando mais estonteante ainda sua visão, seus lábios avermelhados abertos em um enorme sorriso e eu mirando tudo isso sentindo a alegria pulsar dentro de mim.

Tudo que pedi quando assoprei as dezoito velas azuis no topo do meu bolo foi que desse tudo certo na minha vida, que eu tivesse um futuro incrível ao lado da minha família, que agora Hermione estava inclusa.

Depois de abraçar muito todos, Hermione me puxou dizendo que queria mostrar seu presente. Sai do salão de festar e subi com ela até o quarto, onde ela me botou sentado na cama e sumiu para um canto mais escondido do cômodo. De lá ela saiu com uma caixa muito bem embrulhada em mãos.


– Bom... É simples, não se compara com o carro que te dei, mas é de coração... –Se sentou ao meu lado dando um sorriso tímido e colocando uma mecha dos cabelos atrás da orelha, típico de quando estava nervosa.

– Nada é simples vindo de você. –Sorri de volta quando ela corou e peguei a caixa em minhas mãos. Abri com cuidado e me deparei com uma agenda de couro.

– Isso é algo nosso, algo que eu montei especialmente para nós...

–Hermione pegou a agenda e a abriu, folheando as páginas para eu ver. – São fotos nossas marcadas com as datas, trechos de músicas que me lembram você, poemas que escrevi quando estava absorta em pensamentos sobre você... Tem até uma página do meu diário pessoal de quando era mais nova, em que eu admito que achava você lindo e que queria que meu príncipe encantado fosse ruivo. –Ela riu nervosamente, enquanto eu observava a páginas encantado. – Está tudo organizado, desde quando nos conhecemos ainda crianças, até agora.

– Uau, isto é... –Eu não conseguia achar as palavras para descrever, era tudo tão lindo, tão perfeito, só que pela expressão entristecida que Hermione fez, ela deveria ter notado o quão maravilhado eu estava pelo presente.

Quando chegou no final da agenda, pude ver uma coisa escrita em caneta preta com a linda letra caprichada de Hermione. Aproximei-me para ler e sussurrei o que estava escrito.


– O destino nos trouxe até aqui... A partir de agora nós escrevemos o nosso próprio destino... –Fiquei em silêncio, saboreando enorme e lindo significado que tinha essa pequena frase.

– Se não gostou, eu posso guardar e...

– Shh, nada disso! Eu amei, Hermione. Amei do fundo do meu coração, e estou sendo sincero. É a coisa mais doce que já me fizeram, a coisa mais linda e vale muito mais do que qualquer carro. –Sorri, pegando na mão livre dela e acariciando-a, ela sorriu também.

– Mesmo? Mas é tão simples...

– É perfeito. –Falei com sinceridade. – Isso vai me fazer lembrar do nosso amor todos os dias, não tem coisa melhor. –Aproximei meu rosto do dela, quase tocando nossos narizes. A beijei com calma e paixão, como agradecimento ao presente. – Obrigado, obrigado mesmo. –Falei após nos separarmos para tomar ar. – Vamos voltar?

Guardei a agenda na minha mala cuidadosamente e desci com ela de volta para o salão de festas, lá dançamos junto com os outros, cantamos no karaokê que meu avô instalou, até minhas avós soltaram a voz para cantar Spice Girls, foi sem dúvidas muito divertido.

Ligamos também meu notebook e meus amigos entraram online para me desejarem feliz aniversário. Eles apareceram no telão na parede, Cho começou a acenar loucamente quando percebeu isso, Cedrico riu e começou a imitar a namorada, levando uma mordida dela em seguida, fazendo todos rirem.

Luna apareceu de repente atrás dos dois com fones de ouvido, dançando distraída de um jeito hilário, não percebendo que estava sendo vista por todos. Quando percebeu, ela ficou roxa de vergonha, se recuperando rapidamente ao me ver na webcam, abrindo um grande sorriso e me desejando tudo de bom. Percebi que sentia muita saudade dos três.

Antes de desligar, a japonesa me fez jurar que iria comemorar com eles meu aniversário atrasado quando voltasse de viagem, depois disso, voltamos a aproveitar a festa como antes.


– Atenção aqui! –Pediu meu vô pegando o microfone, todos que antes conversavam distraidamente se calaram, até Victoire que balbuciava animada no colo da mãe parou de fazer os barulhinhos adoráveis com a boca. – Aplaudam nossa querida Hermione Granger. –Olhei para os lados e vi Hermione subindo no palco improvisado que tinha um piano em cima, e eu só tinha percebido isso agora.

Ela se sentou no banquinho preto, se aproximando do instrumento e acariciou as teclas com seus dedos habilidosos. Todos se aproximaram para ouvir melhor, principalmente eu que estava muito surpreso.


– Essa vai para o meu amor... Feliz aniversário, baby. –Ela disse no microfone para depois uma leve e agradável melodia começar a ser tocada. Quando reconheci a melodia de “Sweet Child O’ Mine”, ela começou a cantar graciosamente com sua voz aveludada enquanto tocava. Me senti prestes a chorar feito um bebê.

Foi com certeza um dos melhores presentes que eu já poderia ter recebido. Quando ela terminou, corri para abraçá-la e esconder meus olhos marejados de todos.

Já se passava da meia noite e continuávamos a todo vapor dançando e comemorando, mas Hermione parecia sonolenta e por isso voltou para casa. Não demorei muito para segui-la e ir dormir abraçadinho com ela.

Chegando no quarto, me deparei com uma caixa de presente vermelha enorme, com capacidade de caber um homem adulto dentro, um laço branco gigante envolvendo a caixa. Confuso, me aproximei e ela se abriu automaticamente, caindo como quatro paredes, e Hermione apareceu trajando uma lingerie preta muito sexy, batom vermelho realçando os lábios e um olhar que fez meu corpo todo estremecer.


– Mais um presentinho... Que tal? –A única coisa que meu cérebro dormente de tesão se lembra, foi de fazer amor várias e várias vezes com Hermione a madrugada toda.


...

Como tudo que é bom sempre acaba, chegou a hora de irmos embora, infelizmente, e voltar a realidade. Depois de uma longa e comovida despedida da minha família no final de semana, fomos embora, Gina e Harry dessa vez no carro dos gêmeos e minha namorada sozinha comigo no carro porque eu tinha outros planos que todos já conheciam, menos Hermione.


Hermione POV

Foi com certeza os melhores dias passados na fazenda com a minha mais nova família, sem dúvidas. O sorriso insistente ainda se fixava nos meus lábios.

A despedida foi muito triste recheada de lágrimas, agora eu voltaria ao mundo real e o receio de ter de contar para os meus pais sobre o noivado se afundou no meu estômago como uma rocha de toneladas.

Na viagem de volta, sem Gina e Harry que foram com os gêmeos, passei o tempo todo encarando a paisagem suspirando a cada minuto, não queria chegar em casa nunca.

Mesmo com os olhos desfocados e o pensamento longe, notei que mudamos de direção chegando em Los Angeles, para um caminho que não dava nem na minha casa, nem na casa de Rony.


– Amor, estamos no caminho errado... –Falei, mesmo sabendo que ele era um motorista ótimo e bom conhecedor da cidade.

– Não estamos, você verá. –Disse ele, um sorriso misterioso brincando nos lábios. Me mantive quieta novamente, se Ron disse que estávamos no rumo certo, acreditei que estávamos no rumo certo, por mais que agora passássemos por uma rua tranqüila com belas casas construídas, quintais verdes e floridos, nada parecido com a rua movimentada em que eu vivia.

Quando estava pronta para questionar onde estávamos indo, Rony estacionou o carro ao lado da calçada de uma casa ainda em construção, mas que era visível que se destacaria no meio das outras moradias. Essa seria sem dúvida mais ampla, o quintal maior e muito mais magnífica.


– Está com a chave que eu te dei? –Perguntou o ruivo quebrando o silêncio em que eu observava ao redor totalmente confusa.

– Estou sim. –Tirei a chave guardada cuidadosamente na minha bolsa dentro da caixinha de veludo e entreguei para ele. Ron a pegou e colocou-a em um chaveiro em formato de casa. – Rony? O que... O que é isso? –Indaguei, mais confusa ainda.

– Não quero que você perca a chave da nossa futura casa.


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Notas finais do capítulo

e ai, o que acharam meninas? eu particularmente adorei escrever o ponto de vista do Rony para o pedido, adoro visualizá-lo como o menino que entra em pânico em situações de pressão, e não só como o ruivo bonitão e tudo de bom. HAHAHAHAH
gostaram dos presentes do Ron? e do segredo da chave?
antes de me despedir como sempre, queria dar uma notícia. iniciei uma nova fic com a nicole, sim, minha bff co-autora invisível, só que na nova fic sou a co-autora visível dela HAHAHAHAH então, a fic é sobre a Saga Crepúsculo, pois a ni é fã assídua da saga, sei que quem lê minha fic são fãs de Harry Potter, mas não é impossível ser fã das duas sagas, não é? A nicole é potterhead também. E se não me engano já vi twihards aqui pela minha fic também, então, seria ótimo vê-las por lá! :D
Sem mais delongas, quem tiver interessada, está aqui: http://www.fanfiction.com.br/historia/249956/Hook_Me_Up :3
Por fim, me despeço por aqui, sei que já agradeci milhões de vezes, mas não me canso de dizer o quanto sou grata por vocês! *-* O capítulo que virá, será tenso! Afinal, nem só de contos de fadas que vivem os humanos. Beijinhos, aguardo comentários e lembrando que a postagem do capítulo da semana que vem voltará a ser na sexta. Bye! ;*