The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 28
The prom


Notas iniciais do capítulo

oláaaa meninas :D cá estou eu, meio-dia, publicando mais um capítulo, pois vou na casa da nicole HAHAHAHAH
chegamos na formatura da Mione o/ já vou avisando, se segurem nas suas cadeiras quando chegar o final desse capítulo ;)
créditos para minha melhor amiga novamente, minha gênia, minha irmã de pais diferentes, minha parceira, minha bff, minha tuuudo ♥ você merece esses créditos e muito mais por todo o apoio, ni!
boa leitura para você, espero que gostem(: beijiiinhos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/200570/chapter/28

O resto do mês de setembro foi resumido por pessoas babando no novo bebê da família vinte e quatro horas por dia. É sério, até a vó Nina veio conhecer a primeira bisnetinha, o que foi uma alegria para eu poder ver o resto da família Weasley novamente. Fleur não demorou muito para ser recuperar e voltar a ser aquela loirinha radiante de sempre, e ter uma filha melhorou mais ainda sua aparência, não sei se era impressão minha só que para mim a francesinha sempre mantinha um sorriso de orelha em orelha e olhinhos brilhantes. Agora entendi plenamente o que minha mãe quer dizer quando fala que ter um filho é uma dádiva de Deus.

Em outubro a escola passou por momentos calmos e monótonos. Era outono e o pessoal estava menos agitado do que o normal, o que foi uma ótima coisa para eu poder recuperar minha nota em ciências.

Em cheerleading descobri que frio e vestido não combinam, mais ainda quando se é de manhã. Rony me proibiu de andar por ai com roupas curtas e eu só obedeci porque ficar com minhas pernas de fora com o ventinho que subia pelo uniforme não era algo que me agradava, caso contrário eu manteria o uniforme normalmente porque quando um homem me disser que roupa eu devo usar ou não e eu obedecer, pode crer que o mundo está desmoronando.

A professora Dolores finalmente deu sossego para mim quando percebeu que cortar o barato de Lilá era mais divertido, tanto para ela quando para mim. E minhas notas aumentaram! Não de uma vez, foi aumentando gradativamente. De D foi pra C+, de C+ foi pra B+, de B+ foi pra A- nas minhas notas finais. E A- comparado com B-, rapaz, é muito bom.

Voltando a falar do animal oxigenado não identificado que possui o nome científico de Lilá Brown, manteve em sua toca o tempo todo. Nem ousava abrir a boca para falar comigo. Se eu achava isso totalmente estranho? Com certeza. Se era uma coisa anormal ela de repente parar de me atormentar, sem um motivo óbvio? Era. Sem dúvidas era. Se eu ia cutucar a onça com vara curta? Claro que não. Já estávamos quase no mês da formatura, os professores estavam nos dando folga, escola agora era sinônimo de diversão, então pra que eu iria me preocupar com a vadia loira e suas fiéis seguidoras? Era hora de relaxar, e gozar.


Além do dia 26 de outubro ser uma sexta-feira e aniversário do Cedrico, começamos a fazer a contagem regressiva para o dia 30 de novembro, a bendita formatura. Eu sei, décadas de demora ainda, mas sempre tem os metidinhos a planejadores de festa que querem fazer tudo adiantado. Até o cardápio eles já estavam planejando, nunca vi pessoas mais organizadas. Eu por exemplo, iria fazer a maior desorganização do caramba, por fim não ia nem ter festa se dependesse de mim. Sim, sou tão desorganizada quanto meu namorado.

No aniversário do Cedrico fomos na fazenda do vô dele. Mas ai você pensa “Nossa, que festinha chata, em uma fazenda? Que coisa mais antiquada. Até um barzinho de esquina é melhor!”, só que se você visse a festança que foi, você não acreditaria.

Por ser um local isolado de zona urbana, a música era tocada no volume máximo até a hora que quiséssemos, tinha um salão de festas enorme cheio de luzes coloridas piscando pelo local escuro, a piscina térmica do lado de fora estava coberta de balões pretos - o que fez minha alegria na festa, porque né – e dançamos até o sol raiar, no meu caso agarrada a um balão que Rony estourou me abraçando e quase matei meu namorado, mas tudo bem.

Não podíamos nos esquecer do aniversário de Molly no penúltimo dia de outubro, é claro. Fizemos uma festa mais reservada para comemorar seus 48 anos muito bem vividos e ela foi proibida de cozinhar para seu próprio aniversário, no que resultou em uma menina que mal sabe fazer gelo, outra que faz muita bagunça na cozinha e não consegue preparar comidas sendo organizada, outra que tinha uma filha para amamentar e trocar fraldas e por fim, uma que sabia cozinhar. Lê-se Gina, eu, Fleur e minha mãe, respectivamente. Só que até que deu certo, fizemos várias coisas gostosas e foi uma comemoração ótima.

Dia 2 de novembro foi o aniversário da minha mãe, ela completou 33 anos. Fiz um bolo muito fofo, comprei rosas e uma pulseira para ela. Sophia fingiu que as flores foi ela que havia comprado e deu pra minha mãe com sua carinha de inocente. Essa menina ainda me paga.


Oito dias depois foi a vez de meu pai completar mais um aninho de vida, 37 anos de pura belezura em um corpo delgado de dentista. Para ele fiz cookies com sua inicial em cima feita de chocolate e um coração em volta, Sophia me ajudou a mexer a massa só para dizer que fez aquilo para ele também. Sempre indo de carona nos outros, essa menina é esperta. A única coisa que ela fez foi um desenho que continha meu pai, ela e Perebas fazendo cocô no tapete, uma das coisas que o coelhinho fazia que dava vontade em meu pai de matá-lo. Ele riu muito com o desenho.

Dia 20 de novembro, dois dias antes do dia de Ação de Graças, meus pais resolveram renovar seus votos, pois era aniversário de casamento dos dois, 17 anos convivendo juntos na maioria das vezes em plena harmonia, se é que me entende. Mamãe entrou de vestido branco simples em uma igrejinha pequena de Los Angeles, papai a aguardava de terno e Sophia foi na frente da minha mãe, com um vestidinho rosa com branco e jogando pétalas de rosa no caminho. Uma cena adorável que me fez derrubar uma lágrima solitária.

Rony ficou agarrado comigo a cerimônia toda, como se ele fosse o noivo e eu a noiva, era até engraçado. Acho que se ele fosse uma menina estaria chorando. Depois da renovação, fomos para uma pizzaria onde comemoramos com um belo rodízio, toda a família Weasley estava presente. Foi um momento realmente maravilhoso.

No dia 22 de novembro, quarta quinta-feira do mês e dia de Ação de Graças, passamos na enorme casa dos Weasleys. Duas mesas gigantes foram unidas no quintal para que todos pudessem sentar. Vó Ella, vô Timus, vó Nina e tio Bilius estavam presentes, além dos outros moradores da casa e minha família. Todas as mulheres juntas prepararam um banquete com direito a três perus e outros acompanhamentos e pratos deliciosos. De sobremesa tinha cookies e sorvete, uma baita combinação.

Não foi um dia delicioso só por causa do almoço esplêndido servido, mas também por causa da confraternização. O dia de Ação de Graças é para juntar a família em um momento de gratidão a Deus pela união e por todos os bons acontecimentos do ano, e foi isso que aconteceu.

No jantar fiquei com minha família mesmo, Dona Carmelita preparou mais um peru e a ave já estava até saindo pelo meu nariz. É sério, não quero mais ver perus pelo menos daqui a uns cinco meses.

Era dia 23, uma sexta-feira a tarde e eu estava com meus amigos no shopping comprando roupas para a formatura. Enquanto os meninos foram para a loja de smokings, nós meninas fomos para a loja de vestidos. Como eu seria a oradora da turma, optei por um vestido longo e mais formal para a cerimônia.


– Nossa Mi, dá uma voltinha! –Pediu Cho. Sorri tímida e girei em frente ao espelho com meu vestido vermelho de cetim com um leve decote que valorizaria meus seios, só que não ficaria a mostra por causa da minha beca. Nas minhas costas o vestido fazia um X, o que o fazia ficar lindo em 360 graus.

– Que linda que a nossa Mi está! –Disse Gina dando pulinhos.

– Vestida para matar. –Luna falou batendo palminhas de excitação. Gargalhei com a reação delas.

– Calma que falta uma coisinha. –A vendedora se aproximou de mim e prendeu uma flor de brilhantes e pérolas logo debaixo do meu busto. – Agora sim. Ficou perfeito em você! –Sorri, dando mais uma volta em frente ao espelho.

– Nem sei o que dizer. –E eu não sabia mesmo.

– Eu sei, um tal ruivo vai morrer do coração quando te ver, Mione. –Brincou Cho e caímos na gargalhada.


(Vestido: http://2.bp.blogspot.com/_eX20aYZKUwk/S38sN5GtkdI/AAAAAAAAC54/m3OdJM3OijM/s400/Nosvos+By+Hurla9.JPG)

Depois de meu vestido estar devidamente guardado em um cabide com uma espécie de capa por cima para não sujá-lo ou amassá-lo, aguardei as meninas escolherem os seus e virei uma espécie de juíza. Todas elas optaram por vestidos simples, já que a beca iria cobri-los. Cho escolheu um verde esmeralda brilhante com um leve decote que nem o meu, Gina escolheu um azul marinho tomara que caia e por fim, Luna escolheu um vestido pêssego.

Passamos para a sessão de calçados e não comprei nenhum, pois já tinha um scarpin nude para usar com meu vestido. Já as outras passaram um tempão provando saltos e vendo se machucaria os pés delas. Sorte que Ron chegou para me salvar do tédio que estava me consumindo.


– E ai amor, se divertindo? –Perguntou o ruivo em um tom de deboche.

– Claro, nada vai ultrapassar essa diversão que estou sentindo. –Falei, apoiando meu rosto na palma da minha mão e Rony riu alto.

– Coitadinha do meu baby. –Ele sentou-se ao meu lado em uma das poltronas em forma de boca da loja e bateu de leve em suas pernas, sinalizando que queria que eu sentasse em seu colo. Obedeci e me joguei em cima de suas coxas, me sentando de lado com os braços em volta de seu pescoço.

– Bem melhor agora. –Sorrimos e demos um beijo rápido.

– Amor, como é seu vestido? –Questionou ele curioso enquanto eu brincava com algumas mechas de seu cabelo.

– Surpresa.

– Não posso nem saber a cor?

– Vermelho. –O ruivo escancarou sua boca.

– Oh meu deus, você vai me matar. –Cho que ouviu a conversa por estar ao nosso lado provando outro peep toe preto, riu baixinho.

– Não falei, Mi? –Nós duas rimos e Ron nos olhou confuso.

– Nem ligue, é uma longa história. E seu smoking?

– O que tem ele?

– Já comprou?

– Sim. Ele é preto com branco. –Fiz uma cara de “sério, capitão óbvio?” e ele riu, fazendo cócegas na minha cintura.

– Não começa, chatinho. –Mordi seu lábio inferior de leve e ele sorriu, me dando um selinho.

– Hey dois pombinhos, vamos para outra loja agora. –Avisou Gina. Sai do colo de Rony suspirando profundamente.

– Oba. –Falei sem entusiasmo e as meninas riram.

– Meninos ficam de fora, vá procurar sua matilha, Rony. –Cho disse e o ruivo riu.

– Estou indo. Se precisar da minha salvação, grite. –Ri. Demos um último selinho e ele saiu. Fomos em outra loja de roupas mais modernas, onde procuraríamos peças para a festa pós-formatura e para nossa apresentação de dança. Sim, iríamos nos apresentar.

Os professores decidiram que como somos as melhores dançarinas entre as cheerleaders da escola, fomos nomeadas para dançar no momento em que a festa começasse. Nenhum dos alunos do colégio sabia, nenhum mesmo. Vamos chegar de surpresa, caminhar até a pista de dança e remexer o esqueleto ao som de Deja Vu, da Beyoncé.

Eu era acostumada a dançar de tênis, geralmente de All Star porque é estilo resumido em um calçado, só que agora meu sapato seria um salto alto e além disso, vamos usar cadeiras na dança. Só tenho duas palavras para explicar como estou me sentindo em relação a tudo isso: Me fudi.

Chegamos na loja e as meninas já foram selecionando roupas para mim, porque eu não sou muito ligada a moda, se é que me entende. Seria bem capaz eu pegar uma calça jeans, uma t-shirt e uma sapatilha para dançar.


– Vamos ter que arrasar, ok? –Cho me jogou um colete de paetês e comecei a rir.

– Para a entrada ser triunfal eles terão que ter certeza que somos as divas daquele local no final da apresentação. –Gina me jogou uma hot pant preta e eu arregalei os olhos.

– Gina, uma hot pant? Sério? Isso é curto demais... –Ergui a peça de roupa com uma cara de nojo.

– Óbvio. Depois da apresentação que vai durar talvez dois minutos nós trocaremos de roupa, não se preocupe freira santinha do pau oco. –Ri, mais aliviada por isso.

– Gente, concordo com a Mione, é muito curto... –Disse Luna e fiquei feliz por não ser a única contra as roupas naquele lugar.

– Ai vocês duas, deixem de drama. São só dois minutos com as hot pants! Ninguém vai morrer, anjinhos de candura, uma perna seca e a outra dura. –Cho disse e caímos na risada.

Depois de escolhermos basicamente as mais semelhantes peças de roupa, fomos nos calçados. Christian Louboutin preto básico para todas. Porcentagem de quebrar o pé dançando com esse sapato aumentado para 85%.


(Colete: http://www.kodifik.com.br/web/blog/wp-content/uploads/2009/09/colete-de-paetes.jpg

Hot pant: http://www.iglow.com.br/docs/fotos/upload/image/hotpants/Hot%20Pant%20preto.png

Sapato:
http://1.bp.blogspot.com/-Dvi1TpwQ2Ko/TmeMaeKTe4I/AAAAAAAAAS4/AG2O8GSSYv4/s1600/louboutin+preto+basico.)


– Por fim, a roupa mais importante. A roupa da festa, é claro! –Cho bateu palminhas sorrindo e correu em busca de mais roupa. Eu já estava ficando cansada disso, sério. O corpinho esbelto de Hermione Granger infelizmente não foi feito para fazer compras.

Para a festa, elas que escolheram a roupa para mim sem eu ver. Estou prestes a matar minhas três melhores amigas, se elas aparecerem dia 30 com roupas que eu não usaria nem dentro do caixão durante meu funeral, juro que assassino elas.


– Pelo amor de deus, dêem dicas, só uma pelo menos! –Implorei. Ficar sem saber o que elas compraram para mim como presente atrasado de aniversário estava me matando.

– Nada disso, senhorita. Aguarde mais uma semana e saberás. –Bufei contrariada e elas riram. Encontramos os meninos na praça de alimentação e eu continuava emburrada.

– O que houve, baby? –Rony e sua nova mania de me chamar de “baby”.

– Essas idiotas compraram minha roupa para festa e não me deixaram ver o que era. Capaz de terem comprado uma burca para mim e eu não sei. –A coca-cola que Gina tomado foi toda cuspida em cima da mesa, todo mundo começou a rir de mim.

– Bem capaz mesmo, não se dá de confiar na senhorita Chang. –Sussurrou Cedrico, mas parece que a japa ouviu e acertou seu braço com um tapa.

– Seu babaca. –Diggory fez beicinho e voltamos a rir.

– Mi, relaxa. Juro que suas roupas são lindas! –Disse Luna sorrindo.

– Em você eu acredito, Luninha. –Cho abriu a boca em sinal de choque e eu gargalhei.

Voltamos para casa e mais alguns dias se passaram, até chegarmos no dia 29 de novembro, aniversário de Gui. Ele disse todo emocionado que o melhor presente que ele poderia receber era sua princesinha completando 2 meses de pura saúde e esperteza sorrindo toda boba para ele. Impossível não se derreter com isso.

Se eu consegui dormir nessa noite? Não, não consegui. Mais ainda porque eu sabia que quando acordasse para ir para o colégio e chegasse lá, os alunos estariam a mil com a preparação das coisas. Sim, tinha aula, infelizmente. Das oito da manhã até as onze horas teríamos que ficar lá escutando o que os planejadores haviam organizado. Como funcionaria a cerimônia, como seria meu discurso, o que teria para comer, onde seria a pista de dança e tal.


Levantei da cama animada sabendo que não teríamos que estudar hoje, nem amanhã, nem depois de amanhã, enfim, Campbell Hall se tornaria somente mais uma lembrança feliz da minha vida escolar. É claro, com alguns momentos nem tão felizes assim, mas a maior parte dessa experiência foi incrível e vai ser difícil de esquecer.


Quando escrevi meu discurso na sala de aula seguindo as orientações dos professores, eu CHOREI feito uma criança. Sério, não sei se meu sistema nervoso está comprometido desde a surpresa que ganhei de Rony no dia do meu aniversário, mas só sei que é bom não usar muita maquiagem na cerimônia, se não vai borrar tudo com minhas lágrimas.

Depois de organizarmos tudo, irmos no salão de festas gigante onde a cerimônia e a festa ocorreria, voltamos para casa mais ansiosos do que nunca. Mamãe me recebeu na porta balançando o convite que havia recebido para a formatura e me abraçou, totalmente orgulhosa por lá estar escrito “Oradora da turma: Hermione Jean Granger”. Até ai não senti nada de frio na barriga, mas foi só minha mãe chegar quase chorando que o nervosismo deu início.

As sete e quinze da noite era para estarmos já no salão de festas, sete e meia os convidados começariam a chegar, oito horas começaria a cerimônia, nove horas começaria a festa. Nem preciso dizer que quase morri até quatro e meia da tarde chegar para eu começar a me arrumar, não é?

O New Beetle de Cho estacionou na frente da minha casa pontualmente e as meninas desceram do carro carregadas de coisas, até meu pai teve que ajudar. Depois nos enfiamos dentro do meu quarto e não saímos mais.


– Ok, alguém pelo amor de deus me ajuda com esse vestido? –Pediu Cho se virando de costas para que pudéssemos fechar o zíper, eu havia acabado de sair do banho de calcinha e sutiã. Luna ajudou a japonesa enquanto eu ajudava Gina, depois foi a vez delas me ajudarem com o meu que insistia em ficar torto.

– Vocês estão colocando muito rápido, não vai dar certo assim. –Falei, ajeitando meu busto no decote.

– É vocês duas, façam o favor de se acalmarem. São só cinco horas ainda. –Luna disse, me ajudando com a parte de trás do vestido.

– SÓ cinco horas? –Gritou Cho, fazendo nós três pularem de susto. – Temos cabelo e maquiagem para fazer ainda, além de organizar nossas coisas para a apresentação e a festa, e só nos restam duas horas para isso.

– Cho, não pira menina, duas horas está ótimo. –Concordamos com Gina e a japa bufou.

– Então vamos agilizar. –Depois de o meu vestido estar devidamente arrumado, começamos a nos maquiar. Como a maquiagem mais “tchãm” ficaria para a apresentação e a festa, foi rápido preparar nossa pele com base, corretivo, pó e iluminador. Passei duas camadas de rímel, sombra dourada, blush pêssego e um gloss incolor. As outras meninas optaram por ficarem bastante semelhantes a mim.

No meu cabelo apenas reforcei os cachos e passei um spray de brilho, Gina quis ondas, Luna alisou e Cho cacheou. Depois que ficamos prontas, abri meu closet que possuía um grande espelho no fundo e olhamos o resultado.


– Deus, estamos lindas! –Falou Cho enquanto pulava em cima de seu peep toe.

– Mais do que isso. Alguma dúvida de que seremos as mais bonitas de lá hoje? –Perguntou Gina sorrindo e mexendo em suas mechas ruivas agora onduladas.

– Nenhuma dúvida. –Luna disse dando uma voltinha com seu lindo vestido e concordamos com ela.

Acho que jamais cansaria de me olhar no espelho, meu vestido vermelho combinou perfeitamente comigo me deixando bonita, sexy e ao mesmo tempo, elegante, o que era extremamente necessário para a ocasião.

Logo após terminarmos de organizar as roupas extras e as maquiagens para mais tarde, descemos para o andar de baixo onde minha mãe tomava café com bobs na cabeça e meu pai sentado ao lado dela fazendo comentários engraçados sobre seu cabelo.


– Amor, vai assim para a formatura da Mione, esses bobs combinam com seu vestido rosa.

– Deixa de ser chato, Robert. E meu vestido é coral, e não rosa.

– Mesma coisa. –Rimos da discussãozinha e ouvindo nossas risadas, meus pais olharam para nós e suas bocas foram ao chão.

– Minhas princesas estão tão lindas! -Minha mãe falou se levantando e indo em direção de nós. – Dêem uma voltinha para mim, queridas. –Pediu ela e sorrimos, dando a voltinha que ela queria. – Magníficas.

– Acho que os anjos desceram para a terra. –Comentou meu pai. – Estão lindas, meninas.

– Obrigada, Sr. Granger. –Agradeceram as três.

– É pai, obrigada. –Falei abrindo um sorriso. Escutamos uma buzina no lado de fora e Cho foi a primeira a correr até a porta.

– O que uma limousine está fazendo na frente da sua casa, Mi? –Fiz uma expressão confusa e caminhei até a porta, quando olhei para fora vi os meninos saindo rindo de dentro do carro comprido e brilhante.

– Me belisca, acho que estou sonhando. –Disse Gina em uma expressão de choque e Cho a beliscou, a ruiva deu um grito de dor. – Não falei literalmente, japonesa lerda. –A japinha mostrou a língua para ela e caímos na risada.

– Lilá vai se morder de inveja. –Falou Luna sorrindo de uma forma maléfica.

– Vai mesmo. –Nós quatro sorrimos do mesmo jeito que a loirinha.

– Gente, vamos nos esconder e fazer uma entrada triunfal! –Cho correu escada acima e nós rimos, seguindo-a. Chegando no topo da escada, aguardamos a entrada dos meninos.

– Boa noite, meninos. Estão tão elegantes! –Falou minha mãe sorrindo e eles foram entrando um por um cumprimentando meus pais.

– Boa noite, Sra. e Sra. Granger. Onde estão as meninas? –Perguntou Cedrico com um olhar curioso.

– Estão lá em cima. MENINAS! –Gritou meu pai como se nós estivéssemos trancafiadas no quarto. Bom saber que ele é um ótimo ator.

– Estamos indo! –Gina gritou de volta. – Agora? –Ela sussurrou para nós e Cho assentiu. A ruiva foi a primeira a descer com um sorriso no rosto, por um flash reluzindo pela casa percebi que minha mãe tirava fotos. A próxima a descer foi Luna, depois foi a japonesa, sendo muito mais delicada do que o costume. A última foi eu, com passos lentos fui descendo degrau por degrau com medo de cair do salto, mas sem deixar isso transparecer na minha cara. Bom, talvez eu tivesse com uma leve expressão de pânico e nervosismo. Recebi um flash em meus olhos que quase me cegaram, foi triste.

– Mãe, espera eu descer se não vou acabar rolando essa escada a baixo e não poderei ir para a formatura. –Cruzei meus braços em meu peito e todos riram.

– Que entrada triunfal, Mi. –Cho debochou e mostrei a língua para ela, esquecendo da minha entrada triunfal. Desci o resto da escada e quando cheguei na planície novamente, tive tempo de dar oi para meu namorado, só que quando o vi até esqueci o que ia dizer. Rony estava com um smoking tradicional, sapato social e se não fosse pelos cabelos bagunçados, eu diria que ele estava indo para um casamento. Tão lindo que eu não conseguia nem tirar palavras da minha garganta. Parecia que nem ele conseguia falar, pois me olhava quase babando.

– Maravilhosa. –Foi a única palavra que saiu da sua boca e todos começaram a rir.

– Você não está diferente. –Sorri e o puxei para um selinho, respeitando todos a nossa volta.

– Amor, te comprei isso. –Ele pegou um corsage de rosa vermelha de dentro do bolso e sorriu.

– Um corsage? Mas amor, é formatura de ensino médio. –Ron ignorou meus protestos e pegou meu pulso que estava com a pulseira que ele havia comprado para mim no Rio.

– É para mostrar que você está lá acompanhada por mim, só por mim. –O ruivo sorriu torto e eu me derreti, passando os dedos sobre a flor em meu pulso.

– Todas nós temos, Mi! –Luna disse, erguendo o braço e mostrando a flor branca em seu pulso, as outras fizeram o mesmo. A noite está ficando cada vez mais perfeita.

Nos despedimos dos meus pais com um “até depois” e partimos para o salão de festas, pois já estávamos atrasados.


– Sério? Uma limousine? –Perguntei rindo e adentrando no automóvel enquanto o motorista vestido de smoking, luvas brancas e um clássico chapéu de motorista, segurava a porta para nós.

– Claro, nossas princesas merecem o melhor na noite de formatura. –Disse Harry em um tom galanteador e nós meninas nos entreolhamos com um sorriso bobo no rosto. O carro por dentro me fez babar, era tudo muito luxuoso e deveria valer mais do que minha casa.


(Interior da limousine: http://3.bp.blogspot.com/_FY0ntRAuxOc/S9l8Qew2RNI/AAAAAAAABwI/1BYY9KqhuXo/s1600/kalimousine.jpg)


– Gente, isso é lindo. –Cho tirou as palavras da minha boca.

– Não é? Olha, o que é isso? –Cedrico pegou uma das garrafinhas transparentes dentro do mini frigobar.

– Vodka, senhor. –Respondeu o motorista.

– Oba! Querem uma, rapazes?

– Diggory, não agora, por favor. Não quero que paguem um vexame indo pegar o canudo bêbados. –Ron riu abraçado a mim.

– É Diggory, obedeça minha namorada. –Semicerrei meus olhos para o ruivo, que riu e beijou minha testa.

O caminho todo fomos descobrindo o que tinha de especial na limousine. Tirando o teto solar que revirou todo meu cabelo, tudo estava ótimo. Tinha até um mini globo de espelho que fez nossa festa.

Depois de alguns minutos no trânsito finalmente chegamos no salão de festa com dois minutos de atraso apenas, o que foi ótimo para retocarmos a maquiagem e arrumarmos nossos cabelos, principalmente eu que estava toda descabelada. Maldito teto solar da limosine. Colocamos nossas becas pretas e os capelos, que iriam bagunçar meu cabelo novamente. Que vida, hein.

Sete e meia da noite os convidados começaram a entrar e achar as suas mesas, o local se encheu em menos de 10 minutos. Nós estávamos atrás de uma cortina vermelha enorme que ia do teto até o chão, quando desse oito horas o diretor iria lá na frente falar algumas coisas e anunciar a nossa entrada.


– Olhe lá sua mãe, seu pai e a Sô, amor! –Eu e Rony olhávamos por uma frestinha vendo a chegada dos nossos familiares. A família Weasley estava distribuída por uma mesa enorme e em outra mesa menor, meus pais e minha irmã se sentavam.

– Até Victoire veio nos prestigiar com sua presença. –Apontei o bebê que dormia nos braços de Fleur.

– Acho que na valsa com os pais, quero dançar com ela, assim o dançarino horroroso aqui não pisará no pé de ninguém. –Gargalhamos.

Deu oito horas da noite em ponto e o diretor começou a falar. Desejou uma boa noite, falou mais alguns cumprimentos, enrolou, enrolou mais um pouco e até que enfim, nos chamou.


– É a nossa hora, Mi! –Exclamou Gina, batendo palminhas.

– Se você não tivesse se saído bem na prova final, não seria sua hora, Gi. –Cho brincou e caímos na risada com a cara da ruiva. É que Gina por ser mais nova que a gente e querer se formar no mesmo ano que nós teve que estudar o triplo durante o ano para poder valer como seu terceiro ano do ensino médio, sorte que ela conseguiu.

Entramos depois de o diretor sinalizar, quando me dei conta do tanto de gente que havia lá senti até náusea de pensar que eu teria que discursar na frente dessa multidão toda. Nos sentamos nas cadeiras enumeradas para cada aluno e fiquei entre Gina e Luna, Cho ficou ao lado de Gina, os meninos foram nas fileiras de cima.

E novamente o diretor enrolou, enrolou, homenageou os professores, os alunos, enrolou mais um pouco... Deu nove horas e ele continuava falando.


– E agora, a oradora da turma, Hermione Jean Granger. –Ele disse e eu que estava quase dormindo de olhos abertos, cheguei a pular na cadeira. Levantei ao som de aplausos e caminhei lentamente até onde diretor estava, escutei os meninos gritando coisas como “Vai Mione!” e “Arrasa”, vou matá-los quando isso acabar.

Cheguei no pedestal e eu devia estar roxa de vergonha por causa dos meninos. Já era uma pressão chegar lá e falar tudo declaradamente sem gaguejar ou chorar, agora ficou o dobro mais difícil com eles gritando incentivos como se estivessem em um jogo de futebol.


– Boa noite a todos. –Os cumprimentei quando o silêncio reinou no local. - O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Essa frase retrata bem o importante momento pelo qual estamos passando... –Comecei meu discurso falando que o momento em que estávamos agora não era uma despedida, e sim um começo de uma nova vida.


Homenageei os professores, os alunos e falei coisas que me deram vontade de chorar, sorte que consegui segurar, mesmo com Cedrico gritando “chora manteiga derretida”. Quando eu digo que vou matar um por um, é porque tenho motivos.


– ...Obrigada, pais, mestres, funcionários, amigos, alunos. Não diremos adeus, e sim um “até qualquer dia”! –Finalizei com um sorriso no rosto e todos me aplaudiram, olhei para trás e os meninos agora assoviavam e gritavam meu nome, as meninas não estavam diferentes. Mas lá no meio dos alunos, uma se destacava. Lilá Brown sorria de um jeito que até me dava medo e aplaudia. O que a cobrinha estava aprontando?

– Pode se sentar, senhorita. –Sussurrou o diretor para mim e me liguei novamente, indo sentar sem tirar os olhos da vadia loira.

– O que houve, Mi? –Perguntou Rony se inclinando para falar em meu ouvido.

– Não é nada. –E não era mesmo. Lilá é cínica por profissão já, então não seria hoje que me preocuparia com ela. Eu iria aproveitar minha noite com quem me importava.


Depois de mais algumas palavras ditas pelos professores, começou a entrega dos canudos. Minhas mãos já estavam doendo de tanto aplaudir e eu estava quase sem voz de tanto gritar pelos meus amigos, até que chegou minha vez e me levantei sorrindo, sem deixar transparecer que estava morrendo de medo de cair do salto novamente. Chegando na mesa dos professores onde a entrega estava sendo feita, professora Umbridge se levantou ajeitando seu vestido longo rosa cheio de pedrarias e estendeu meu canudo. ELA iria ser minha “madrinha” de formatura? Tantos professores e logo ela?


– Parabéns, Hermione. Espero que consiga tudo que anseia. –Dolores falou abraçada a mim. Logo na formatura ela resolveu ser legal?

– Obrigada. –Sorri, pegando o canudo e erguendo-o no ar para a foto, chegando a pular de felicidade. Voltei para meu lugar quase surtando e as meninas me parabenizaram. Ainda faltava Rony e Luna irem lá na frente. Na hora que o diretor chamou meu namorado, antes de voltar para o lugar com seu canudo, ele se virou e me soprou um beijo, todos os alunos me olharam e eu quase morri de vergonha, mas me derreti por dentro.

Depois que todos os alunos foram chamados, o diretor nos parabenizou e comemoramos jogando nossos capelos para cima, garantindo uma boa foto de recordação.


– Sem mais delongas, que a festa dê início! Se divirtam jovens, a noite é de vocês! –Anunciou o diretor e todos gritaram.

– Vamos meninas, para a limousine. –Gritou Cho no meio dos berros dos outros alunos animados.

– Onde vocês vão? –Perguntou Cedrico quando estávamos quase saindo do palco.

– Trocar de roupa, amor. Não vamos festejar com esses vestidos longos! –Mentiu a japonesa, nos puxando para fora do salão, desviando da multidão de gente.

– E a nossa família? –Perguntei fazendo biquinho.

– Os parabéns ficam para depois. Agora precisamos da nossa entrada triunfal! –Disse Gina e eu assenti, correndo com elas até o estacionamento.

O motorista estava do lado de dentro ouvindo música e entramos desesperada, o que fez o coitado levar um susto.


– Moço, não olha, vamos nos trocar. –Pediu Gina e ele assentiu, apertando em um botão que fez uma espécie de placa preta cobrir o vidro que dava visualização dos passageiros. Cho me entregou a hot pant e foi uma tristeza vesti-la, por mais que o veículo fosse comprido e tivesse espaço para nos contorcermos inteira, só que o problema era nos contorcer.

Depois de muito esforço, fiquei pronta e esfumei um pouco de sombra preta com glitter na pálpebra móvel, ajudei Gina que empacou com a hot pant e maquiei Luna. Não demoramos mais do que 10 minutos para nos arrumarmos, a ruiva gritou um “Obrigada” para o motorista e corremos para fora do carro.

Perto da saída de segurança tinha quatro cadeiras que algum professor sabendo da nossa apresentação arrumou ali. Cada uma pegou uma cadeira e corremos para a entrada, onde nos entreolhamos nervosas.


– Prontas? –Perguntou Cho.

– Prontas. –Falei sorrindo. O DJ que estava perto da entrada, percebeu nossa chegada e parou a música que tocava. Entramos arrastando as cadeiras enquanto todos nos olhávamos admirados. Chegando na pista de dança, Deja Vu começou a tocar e a nossa apresentação deu início.


(Dança: http://www.youtube.com/watch?v=zY3gw4TK88E)

Foi muito engraçado a cara de surpresa dos meninos, a cara de admiração dos outros e a carranca de Lilá. Sim, eu percebi tudo isso mesmo dançando. Quando a apresentação terminou, corremos para fora ouvindo os aplausos.


– Foi mágico gente, MÁGICO! –Gritou Gina e nós todas rimos.
Chegamos no estacionamento novamente e pulamos na limousine.

– Roupas de festa, roupas de festa... –Cho ficou repetindo. – Agora vamos para o banheiro gente, aqui vai ser impossível. –Concordamos e nos mandamos com sacolas para o banheiro externo do local.

– Estou com medo de ver como é minha roupa. –Admiti e as meninas riram.

– Está aqui, Mi. Não se emocione. –A ruivinha me entregou uma sacola e mexi nela, tirando um vestido de lá. Ele era simplesmente incrível! Preto, com renda e paetês, um dos vestidos mais lindos que eu já havia visto. Tirei os sapatos e era um Louboutin de spikes.

– Isso deve ter custado uma fortuna! –Falei abraçada à minhas novas roupas. – Não posso aceitar. –Coloquei de volta na sacola e Cho gritou.

– Nada disso, vista ai e não reclame. –Obedeci aos comandos da japonesa maléfica. Depois de me vestir, as três me maquiaram e ajeitaram meus cabelos, quando me olhei no espelho minha reação foi me maravilhar, eu estava perfeita.


(Cabelo: http://guiadicas.net/fotos/2012/01/Penteados-de-cachos-formatura-2.jpg

Sapato: http://www.meuscalcados.com.br/wp-content/uploads/2012/02/sapatos-online-louboutin.jpg

Vestido: http://modices.com.br/wp-images/2010/12/Taylor-Swift-copy.jpg

Maquiagem: http://www.muitochique.com/wp-content/uploads/2011/09/Maquiagem-para-festa-de-casamento-6.jpg)


Rony POV


– Ué, para onde elas foram? –Perguntei percebendo a falta das meninas no salão.

– Foram trocar de roupa. –Disse Cedrico. É, fazia sentido, dançar de vestido longo não iria dar certo. Mais ainda com as cheerleaders das nossas namoradas. – Agora que está um alvoroço aqui, que tal batizarmos o ponche? –Ele sorriu maroto.

– Vão lá vocês, eu é que não vou me ferrar. Lavo minhas mãos. –Diggory riu, tirando uma das garrafinhas de vodka do bolso e pedindo ajuda para Harry e McLaggen.

Fiquei aguardando por alguns minutos até que a música que tocava parou do nada. Olhei para o DJ e ele encarava a porta de entrada, que estranho. De repente todos olhavam de boca aberta para quem fosse que estivesse entrando, quando percebi que eram três meninas quase pirei.


– HEY TRÊS BOBOCAS, corram aqui! –Eles se apressaram e chegaram ao meu lado, a boca deles caiu feito a minha. Hermione estava tão sexy que deu vontade de roubá-la e me esconder com ela em algum canto, tudo bem que o shorts estava muito curto para o meu gosto, mas minha namorada estava um arraso.

As quatro começaram a fazer uma apresentação de dança usando cadeiras, o que quase me fez babar. E sério, não tinha nenhuma menina que se comparasse a elas. Vi pelo canto do meu olho que Lilá se mordia de raiva, ela que se foda.

Depois da apresentação terminar, as meninas sumiram de novo. De certo perceberam minha feição nada contente pelas roupas e foram trocar.


– Isso foi... Incrível. –Falou Cedrico.

– Elas não cansam de arrasar com tudo e com todos, não? –Rimos com o comentário de McLaggen.

Passados alguns minutos, elas voltaram já com suas roupas de festas. As quatro estavam belíssimas, só que é claro, Hermione roubou meu ar com um só olhar.


– Como estou? –Ela perguntou chegando em minha frente e dando um giro.

– Mais perfeita, impossível. –Sorri e a puxei pela cintura, beijando-a lentamente.

– Amor... –Se soltamos quando perdemos fôlego. – O que achou da nossa apresentação?

– Vocês arrasaram! Fiquei até sem palavras. –Ela sorriu. O diretor anunciou a valsa com os pais e fui dançar com minha mãe, que me parabenizou um monte e chorou em meu ombro. Ter uma mamãe sensível é assim mesmo. Depois, a verdadeira festa começou.

As luzes se apagaram dando lugar a holofotes coloridos piscando de um lado para o outro, além de um globo de espelho enorme no teto. Nós meninos bebíamos ponche batizado e dançávamos livremente, enquanto as meninas ficavam em um canto fofocando e comendo. Não demorou muito para que elas se entediassem e viessem dançar com nós.

Era onze e meia e os adultos já haviam ido embora fazia um tempão, o que fez a festa ficar melhor ainda.


– Amor, você não está bebendo muito, não é? –Perguntou Hermione se esfregando em mim feito uma gatinha enquanto dançávamos. Eu estava a passos de agarrá-la no meio da pista de dança.

– Claro que não, baby. –Respondi beijando seu pescoço, por mais que fosse um pouco mentira, porque eu já estava no estágio inicial de bêbado, aquele momento em que você fica meio zonzo, mas só isso.

– Ok, então. Vou no banheiro, já volto. Cuida da minha bolsa? –Ela apontou para uma bolsa em cima da mesa.

– Cuido. –Hermione sorriu me dando um selinho e saiu saltitando em direção do banheiro. Me escorei na mesa e coloquei a bolsa dela em meu colo.

– Que linda sua bolsa, Roniquinha. –Debochou Cedrico ficando ao meu lado.

– Obrigado, Cedriquinha. –Ele riu, jogando o braço por cima do meu ombro.

– Cara, eu estou muito bêbado.

– Não estou diferente, Brow. –Diggory riu mais ainda. Acho que ele estava um pouquinho pior do que eu, enquanto ele ria descontroladamente minha visão se embaçava.

Senti o celular de Hermione vibrar dentro da bolsa e uma curiosidade enorme cresceu em mim. E se eu dessa uma olhadinha? Só uma espiadinha? Eu deixaria ela ver meu celular, então acho que posso ver o seu também. Peguei o aparelho de dentro da bolsa e percebi que era uma mensagem nova que havia chegado de um número desconhecido.

Cliquei em “Abrir a nova mensagem” e comecei a ler. Minha boca foi se abrindo a medida de que eu lia as palavras na tela daquele celular. Eu não queria acreditar que aquilo que lia era verdade, simplesmente não queria.

“Oi baby, como está sendo sua formatura? Está se divertindo? Espero que sim, mas é meio difícil com o ferrugem te acompanhando. Argh, não gosto de nem te imaginar nos braços daquele sardento. Quando que é seu teste para entrar para a Harvard, mesmo? Estou com saudades do seu corpinho gemendo debaixo do meu, Mi, e podemos repetir aquela noite no dia da sua aula demonstrativa, não é? O que acha? Pronta para gritar muito meu nome, linda?

Tomara que passe e se mude logo aqui para Boston, quero ter o privilégio de ver a cara de bunda do Ronald quando você deixá-lo. Beijos de quem te ama e te deseja. Morrendo de saudades, Victor.”


Hermione POV

Minha bexiga estava quase explodindo e ir no banheiro foi a salvação da noite. O banheiro estava vazio e ninguém ouviu meus gemidos de alívio, ainda bem. Sai da cabine e fui lavar as mãos, ajeitando meus cabelos logo após isso.

Sai do banheiro indo a encontro de Rony e ele estava com uma expressão furiosa, enquanto seus amigos tentavam acalmá-lo.


– Amor, o que houve?

– Amor, o que houve? –Ele me imitou, fazendo uma voz de deboche. – O QUE HOUVE? Pergunta para o Victor! –Gritou ele e eu fiquei sem entender nada.

– Como assim? –Perguntei totalmente confusa.

– Rony, se acalma, você vai acabar fazendo uma besteira... –Alertou Harry.

– POR QUE NINGUÉM ME EXPLICA O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? –Bradei e minhas amigas que estavam no outro lado do salão comendo chegaram com expressões tão confusas quanto a minha.

– Ok, que escândalo é esse?

– Escândalo? Ah, não é nada, só descobri que sou corno! –Comecei a ficar nervosa percebendo a alteração de Rony, e estar confusa com tudo não melhorava em nada.

– Rony, faça o favor de explicar direito e não grite! –Cho mandou, se pondo ao meu lado. As outras fizeram o mesmo.

“Tomara que passe e se mude logo aqui para Boston, quero ter o privilégio de ver a cara de bunda do Ronald quando você deixá-lo. Beijos de quem te ama e te deseja. Morrendo de saudades, Victor.”–O ruivo leu isso no meu celular, o que só causou mais nós na minha cabeça. – Então é assim, Hermione? Quer passar tanto na Harvard para ir ver seu amantezinho? –Ele jogou meu celular no chão, me abaixei para pegá-lo e li uma mensagem de um número que eu nunca havia visto na minha vida.

– Victor? Como assim? Fazem anos que não vejo ele, Ronald! Desde o dia em que mudei de escola, aos 14 anos! –Ele queria resolver na base de grito? Vou gritar então. – Quem é que seja que mandou essa mensagem, quis provocar essa briga!

– Para de inventar desculpas, Hermione. Admite, você é só mais uma nesse mundo! Como fui tão burro de acreditar que você era perfeita? Bem que dizem que as quietinhas são as mais perigosas! –Meus olhos começaram a arder, indicando que eu iria começar a chorar.

– RONALD, cala a boca se não vou te encher de tapa, menino!

– Não se mete, Gina. O problema não é com você!

– Já chega. –Meu rosto começou a ser inundado por lágrimas. – Quando voltar a ser o Rony de antes, volte a falar comigo. Não vou gastar minha voz com você bêbado e alterado. –Recuei enquanto soluçava.

– É o melhor a fazer, se não alguém vai acabar magoado. E também Rony, você está fazendo o maior escândalo, casais se resolvem conversando, cara! CONVERSANDO! –Disse Harry, aproveitei a distração de todas e sai correndo para longe dali, com os olhos embaçados por causa das lágrimas que desciam sem parar.

– HERMIONE, volte aqui! –Senti uma mão forte agarrando meu braço e me puxando com violência. – Não terminei ainda.

– Me solta, está me machucando! –Gritei, tentando me livrar de seus braços. Os outros vieram ajudar percebendo que o negócio havia ficado sério.

– Pensei que você fosse diferente, Hermione.

– EU SOU DIFERENTE!

– Errado. É só mais uma vadia. –Aquelas palavras me cortaram feito a faca mais afiada. Ele finalmente me soltou e eu cai no chão. Levantei com o pânico tomando conta de mim e corri para fora do salão pela saída de emergência sem ligar para as pessoas que viram tudo.

Cheguei no estacionamento e entrei no banheiro externo, me sentando na soleira da porta e abraçando meus joelhos, voltando a chorar. Toda a dor que meu coração estava sentindo sendo refletido em meus soluços altos. Eu preferiria sentir até a dor de um corte profundo, mas eu saberia que uma hora a dor iria passar, só que a dor que eu sentia agora, não passaria tão fácil.


É só mais uma vadia.

É só mais uma vadia.

É só mais uma vadia.

A frase de cinco palavras ecoava na minha cabeça me trazendo mais angústia. Aquele Rony enfurecido me ferindo sem medir os estragos não era o namorado que eu conhecia.


Meu celular começou a vibrar do meu lado e eu o taquei no chão com toda a minha força, fazendo-o se partir em pedaços.


– MALDIÇÃO! Era para ser a melhor noite da minha vida, e essa maldita mensagem estragou tudo! –Gritei aumentando o volume do meu choro, a dor crescendo cada vez mais em meu peito. Nem morfina adiantava mais. Soltei meus cabelos com violência, arrancando algumas mechas, não me importei.

– Posso fazer sua noite ficar perfeita de novo, Mione... –Levantei meu olhar para uma voz conhecida, fiquei com muito medo de que pertencesse a pessoa que eu achava que era. – Não borre sua maquiagem por um idiota, querida.

– Malfoy, SOME DAQUI! –Berrei me levantando assustada, encarando aqueles olhos acinzentados.

– Não seja má comigo, Mionezinha. Vamos aproveitar a noite e dançar para esquecer os problemas! –O loiro foi se aproximando de mim e comecei a gritar por socorro. – Sempre tão escandalosa! –Ele segurou meus pulsos com força e tentou me beijar, chutei no meio de suas pernas e sai correndo.

– VADIA! É isso o que você é mesmo, uma VADIA! –Senti lágrimas quentes escorrendo pela minha bochecha enquanto eu corria desesperada.

– Vou te fazer pagar por tudo que você já me fez, sua vagabunda. –Senti meu braço sendo puxando e meu rosto sendo acertado por um tapa muito forte que me fez cair bater com a cabeça na calçada. Antes de tudo escurecer e perder a consciência, vi Draco fugindo.

Por favor, alguém me acorde e me mostre que tudo isso foi apenas um terrível pesadelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e agoooooooora, gente? :O desfecho de toda essa confusão no próximo capítulo! gostaram? não gostarma muito? odiaram? aguardo seus comentários e os reviews, quero dizer que já li e queria agradecer por todo o carinho de sempre *-* quando der, eu respondo!
beijinhos e até o próximo :*
(ROUPAS DE FESTA DAS OUTRAS MENINAS:
Gina:
http://lookbook.nu/look/3501761-coral-skirt
Luna:
http://lookbook.nu/look/3502969-Papillon
Cho:
http://lookbook.nu/look/3501869-White-flowers-Pink-details)