The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 27
The worst/best day ever


Notas iniciais do capítulo

hey hey hey hey o/ tudo bom? eu vou bem :D
que saudaaades de vocês hein, só que começar a postar uma vez por semana não estivesse me favorecendo bastante, ainda bem! agora tenho certeza que atrasar postagens nem em sonho que eu irei. bom né? mas imprevistos acontecem, só que até agora não tive motivos para atrasar!
enfim, sexta-feira que vem vou na casa da minha melhor amiga que já falei dela por aqui (a nicole, que me dá ideias para a fic), e por isso vou postar bem cedo para não atrasar nem adiantar a postagem, uma coisa que vocês precisam saber de mim: sou pontual, sério.
então né, antes de desejar uma ótima leitura para vocês, queria super agradecer os reviews e avisar que esse capítulo é sobre o aniversário da Mione, no começinho resumi o que aconteceu antes de setembro, pois no último capítulo finalizei em abril. (manu sempre querendo colocar em ordem cronológica)
e por último, queria dar os créditos à nicole que me ajudou muito nesse capítulo nos meus momentos "sem inspiração". Obrigada ni por todo o apoio ♥ ah, e queria avisar também que como amantes de fics, eu e ela estamos planejando uma fic juntas, quem sabe um dia desses ai aparecemos postando ela, dai faço propagando aqui na minha, pode deixar HAHAHAHA
sem mais delongas, boa leitura meninas! beijinhos e até o próximo :*



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  Sabe quando você acha que o tempo passa rápido demais? Quando os meses parecem voar e quando você finalmente pára um pouco para se tocar, vê que já está mais na metade do ano? Dizem que quando nos divertimos o tempo passa mais rápido, não é? Então foi exatamente isso que ocorreu comigo.

  Eu tive minhas férias de primavera, que se resumiram a sair algumas vezes em algum lugar diferente, como ver um filme no cinema, dar uma volta no parque ou até dar uma passadinha em Manhattan Beach, sentir o mar acariciar nossos pés. Todas as atividades com meus melhores amigos e meu namorado por perto, é claro. Só que uma semana de férias nem fez cócegas, nós queríamos muito mais. Mas fazer o que? Tivemos que voltar para nossa vida "feliz" na escola.

  Os professores estavam bem mais dispostos depois do Spring Break, o que foi uma felicidade para nós. Só que como sempre, a professora Umbridge achou algo para se incomodar e descontou na gente, eu nem estranhei, apenas ignorei seus surtos psicóticos de bipolaridade.

  Saindo um pouco do assunto “escola” porque já está me causando enjôo, no mês de abril tivemos o aniversário de Sophia para comemorar. Ela exigiu uma festa temática com o tema da Moranguinho. Santo Deus. Meu pai, obviamente, deu a festa para sua princesinha e enquanto as amiguinhas e amiguinhos da minha irmã corriam ao meu redor, eu me entupia de brigadeiro com Rony ao meu lado, me provocando dizendo que eu engordaria.

Depois que o terror da festa de aniversário infantil passou, pude retornar a vida escolar entediante. Eu estava com uma facilidade incrível para aprender e fazer o que os professores pediam, então eu estava livre de problemas. Só que a vaca da Dolores decidiu infiltrar sua vida pessoal nas aulas e graças a sua falta de sexo, comecei a tirar notas baixas em biologia, pois é. Deus, biologia um dia foi fácil para mim, só que até agora minha nota mais alta foi B-, e meus pais não podem nem imaginar isso, então preciso recuperar, e rápido.

Em cheerleading eu estava numa boa com os treinos e estava bem tranqüilo, nos apresentamos uma vez em abril e foi bem divertido, por mais que o nervosismo sempre tome conta de mim.

Lilá Brown? Ah, essa daí mal olhava na minha cara, o que era bem curioso e me fez ficar desconfiada, mas resolvi aproveitar meus momentos de sossego sem essa vadia me atormentando.

Mudando de assunto, como meu ruivinho havia dado um bichinho de pelúcia para mim, dei um meu “Stitch” do filme adorável “Lilo & Stitch” para ele, mas antes passei meu perfume de baunilha que Ron tanto gosta. Ele amou o presente e passou seu perfume no Sulley, o que me fez dormir agarrada com a pelúcia todas as noites.

No dia 25 de maio, um dia antes do aniversário de Cho, ela brigou com o ar dizendo que se chovesse no dia da festa dela, ela iria se revoltar. E como até as tempestades parecem temer a fúria da japonesa, não choveu no sábado do dia 26 e a festa ocorreu. Só que foi uma festa mais reservada, só com amigos e alguns familiares dela, e foi realizada em um cassino, onde aprendi a jogar Poker de verdade, e não Strip Poker que nem na festa do Cedrico.

No dia 12 de junho, Fleur foi fazer ultrassom para saber o sexo do bebê que esperava, seria seu presente de aniversário. Descobrimos que seria uma menina e Gui me disse que já estava aguardando o dia em que sua filhinha iria aparecer com um namorado em casa e ele tiraria o menino de lá a base de chinelada.

Em julho, tivemos a entrega das notas no começo do mês, e eu poderia até dizer que meus resultados não foram bons. Em biologia, minha média do semestre foi D, o que causou uma bela de uma confusão em casa. Fui questionada várias vezes sobre como consegui fazer isso, se eu soubesse não teria tirado essa nota, né.

Fui proibida pelos meus pais de sair durante metade das férias de verão, além de ter que ajudar em casa. Só que esse último não foi problema para mim, eu sabia que se fosse para Harvard, teria que morar sozinha e me virar, só que ficar sem nem poder ver meu namorado ou meus amigos, foi sufocante. Só que eu sei que merecia, pois mais brinquei do que estudei então... Lá se vão quinze dias de curtição por água abaixo.

No dia 31 de julho foi o aniversário de Harry, e eu só pude ir na festa reservada dele, porque Lily praticamente implorou para meus pais que deixassem, e finalmente pude sair de casa um pouco e respirar ar puro na casa dos Potters. Pude ver Rony novamente e não desgrudei dele nem por um segundo, pois depois da festa eu teria que agüentar mais quatro dias sem vê-lo.

E graças a deus meu castigo terminou, pude retornar a fazer minhas atividades normais e pelo menos três vezes por semana não parei em casa. Manhattan Beach virou nosso lugar preferido para passar o verão, levamos barracas e passamos três dias por lá, apenas curtindo a praia e o calor infernal que fazia na Califórnia.

  No dia 11 de agosto foi o aniversário de Gina, uma festa linda baseada nas cores lilás, preto e branco. Por mais que a festa tivesse sido pequena, foi uma comemoração incrível e tudo estava maravilhoso.

Terminada as férias no dia 20 de agosto, pude começar a fazer a contagem regressiva para meu aniversário. Meus pais não falaram nada comigo sobre festa ou alguma comemoração, então pensei que para eles estivesse longe demais da data ainda para planejar algo. Sei que não é “Sweet 16”, a idade mais importante para as americanas mimadas, só que é o ano da minha formatura, o ano que vem vou aprender a voar com minhas próprias asas então, eu queria algo especial para festejar com as pessoas que eu amo.

  Só que antes do meu aniversário, teve ainda o aniversário da Luninha no dia primeiro e McLaggen no dia 5, os dois comemoraram em uma só festa no dia 3, organizada só para amigos. Foi uma diversão ficar com a casa de McLaggen só para nós curtirmos.

E o dia chegou. Dia 19 de setembro, uma quarta-feira que poderia ser normal para alguns, mas para mim não era tão normal assim. Primeiro, porque era recesso escolar, bendito mês para discutir as médias. Segundo, porque era meu aniversário, oras. Eu ainda estava deitada na cama quando o sol invadiu meu quarto, senti ódio de mim mesma por não ter fechado a cortina na noite anterior.

Curiosamente nenhum dos meus amigos, qualquer um dos Weasleys ou minha própria família tocou no assunto do meu aniversário. Achei estranho, só que eu é que não iria lembrá-los de uma das datas mais importantes da minha vida. Sempre fui orgulhosa nesse ponto de não lembrar ninguém, desde pequena eu esperava os outros se lembrarem para depois se remoerem de remorso por não terem se lembrado.

Olhei no meu relógio de pulso e já se passavam das nove e quinze, joguei meu corpo para fora da cama e calcei meus chinelos de dedo. Quando fui fechar a cortina para evitar que eu me cegasse com a iluminação excessiva para meu estado pós-acordei, percebi que estava um dia lindo, um céu azul sem nuvens e o sol radiante dando inveja a todas as estrelas menos brilhantes que ele.

Abri a janela respirando o ar puro da manhã e escutando o belo canto dos pássaros que pousavam na árvore próxima ao meu quarto. Parece que tudo resolveu amanhecer em seu perfeito estado para comemorar meu aniversário, até as flores pareciam mais coloridas hoje. 

Fui ao banheiro e me olhei no espelho, eu não parecia mais alta, mais velha ou que tivesse evoluído em alguma coisa. As mudanças a partir de agora seriam apenas mentais e não fazia mais sentido me aproximar de um mural em formato de girafa para medir minha altura e marcar quantos centímetros eu cresci desde meu último aniversário. Hermione Granger estava a alguns passos de se tornar adulta.

Fiz minha higiene matinal tomando um banho morno para relaxar meus músculos doídos pelo último treino de cheerleading e para lavar meus cabelos armados pela fricção com o travesseiro. Após do banho, coloquei um shorts de algodão e uma regata, porque estava realmente calor, por mais que estivéssemos nos aproximando do outono. Sequei meus cabelos e os prendi em um coque, cabelo grosso solto definitivamente não combina com uma temperatura de 30 ºC. 

Depois de estar devidamente arrumada, desci as escadas e percebi que minha mãe estava na cozinha. Cheguei silenciosamente aguardando um café da manhã especial para mim, que era o que ela sempre fazia nos meus aniversários, só que o que tinha em cima da bancada de especial não tinha nada. Só coisas comuns como pão, requeijão, torradas, algumas coisas para botar no pão e geléias para as torradas, além de uma jarra de suco de laranja. Estranhei, mas não comentei nada.

- Bom dia, filha. –Dona Rachel disse com um sorriso no rosto.

- Bom dia, mãe. –Sentei na bancada e peguei um pão, passando um pouco de requeijão nele.

- Dormiu bem? –Perguntou ela sentando-se de frente para mim.

- Dormi sim, obrigada por perguntar. –Respondi sorrindo e dando uma mordida no meu pão. – Mãe, não está se esquecendo de nada?

- Não fale de boca cheia, Mione. –Ri e tampei minha boca, mastigando mais rápido. – Hum... Que eu saiba, não. –Arqueei uma sobrancelha. – Por quê? Hoje é apenas quarta-feira... É algum feriado ou algo assim? Não era só recesso escolar? –Suspirei. Ela não poderia ter esquecido, não é? Ela é minha mãe, droga. Foi ela quem deu a luz à dezessete anos atrás.

- Esquece.

- O que foi? Não é meu aniversário de casamento, né? Ah, é só em novembro. Por favor filha, me fale! Agora fiquei preocupada, e a senhorita parece chateada com algo. –Chateada, eu? Magina. Você só se esqueceu do meu aniversário, mamãe. Só isso.

- Não é nada de importante, mãe. Vou assistir tv, beijinhos. –Sai da cozinha levando meu pão comigo e me joguei no sofá da sala, pegando o controle e ligando a televisão. Por mais que na tela da tv passasse um programa interessante sobre animais marinhos, eu não conseguia prender minha atenção nela. Impossível que ninguém tenha se lembrado, nem meu pai que estava no trabalho me ligou para me desejar felicidades, nem meu namorado, nem meus amigos! Nem Dona Carmelita que sempre dizia um “parabéns” meio xoxo se lembrou dessa vez.

Se eles estavam pensando que eu iria chegar e dizer “Hey, é meu aniversário hoje, sabia?”, estavam muito enganados. Porque eu posso até estar me corroendo por dentro de raiva de não ser lembrada, mas eu os faria se remoer depois de arrependimento por não terem se lembrado. Eles teriam que me agradar muito para isso ser esquecido.

E as horas se passaram... Eram onze da manhã e eu estava com Bichento em meu colo ainda jogada no sofá enquanto Sophia afagava seu coelhinho sentada no tapete. Não que eu me importasse com minha irmã, até porque ela sempre está mais perdida do que filho de puta em dia dos pais e nunca sabe em qual dia da semana estamos, só que ela nunca se esqueceu e sempre tentou preparar um cupcake para mim de presente. E hoje nem um “mana, feliz aniversário” eu ganhei.

Decidi ligar para minha amigas, não para puxar assunto e ver se elas se recordavam de que dia era hoje, mas só para ver se elas não tinham morrido mesmo. O primeiro número que disquei no meu telefone de casa foi o de Gina. Ela me disse que tinha trabalho extra de Estudos Sociais para fazer e que não podia falar comigo. Gina estudando? Fazendo trabalhos para entregar no prazo certo? Curioso, muito curioso. Se eu não tivesse visto o professor mandar Harry para fazer dupla com a namorada para ajudá-la na matéria, não acreditaria nisso.

  Se ela tocou no assunto do aniversário da sua melhor amiga? Não. Eu sei, impossível. Gina é minha melhor amiga a anos! Como ela pode ter esquecido também?

Apoiei meu cotovelo no braço do sofá e meu rosto na palma da minha mão, fazendo uma expressão extremamente emburrada. Droga, droga, droga, droga. Daqui a pouco saio por ai com uma seta vermelha que pisca apontada para mim e escrito em verde neon “hoje é aniversário desta menina”. Acho que só assim os outros iriam perceber. Parece que até o Bichento percebeu que eu estava chateada, mas não fazia ideia do porque.

Nem fiz questão de ajudar no almoço, pois Dona Carmelita fez isso por mim. E também eu não estava nem um pouco afim de fazer qualquer coisa, a não ser matar mentalmente cada pessoa que eu gostava. Minha avó materna mantinha em seu calendário um circulo enorme no dia 19 de setembro avisando que era aniversário de “alguém”, e mesmo assim não ligou ou mandou uma carta via pombo.

Durante o almoço, me mantive quieta apenas assentindo ou soltando um “uhum” baixinho. Eu dava mais atenção para meu prato do que para minha mãe, que conversava comigo normalmente, ignorando minha cara de desinteresse.

Meio dia e meio terminei de comer e fui escovar meus dentes no banheiro do meu quarto, já aproveitei e me tranquei lá mesmo, deitando na minha cama e pegando meu celular em cima da cômoda. Disquei o número de Cho e aguardei um momento. Com ela foi a mesma coisa, o papinho de que estava ocupada. Já Luna conversou comigo, só que eu fiquei sem assunto e desliguei. Me afundei no meio dos travesseiros e berrei de raiva. Amanhã na escola eu chegarei no estilo do Jason, fazendo um massacre com minha serra elétrica.

Passei um tempo com a cabeça enfiada no meio dos meus travesseiros e com minha tv fazendo um som de fundo melancólico tocando a música All by Myself da Céline Dion, piorando meu estado deplorável de abandono.

- Mione? –Minha mãe bateu na porta e eu não disse nada. Só que parece que não temos privacidade nessa casa e ela entrou sem um aviso breve.

- Privacidade? Cadê você? Ah, fugiu. –Debochei.

- Moçinha, não fale assim comigo. Acho que o respeito fugiu também. –Suspirei, me pondo sentada na cama para poder olhar para minha mãe.

- O que foi? –Abracei meus joelhos.

- Só queria te avisar que as três horas vamos lá na casa dos Weasleys, Fleur quer fazer um segundo chá de bebê para comemorar a chegada da sua filhinha! Esse mês que ela vai completar a gestação e a menininha vai nascer, sabia? –Sabia também que esse é o mês do aniversário da sua filhinha? 

- Eu já sabia, Rony me falou. O mesmo mês em que outra pessoa nasceu. –Modo de indiretas ligado.

- É... Enfim, as três horas esteja pronta e bem linda! Beijinhos. –Minha mãe me soprou um beijo e eu apenas a olhei com indiferença, me jogando na cama novamente depois que ela saiu do meu quarto.

- Maldição. –Falei comigo mesma, com a voz abafada pelo travesseiro que estava pressionado no meu rosto novamente. – Pior aniversário de todos. Prefiro até meu aniversário de quatro anos em que Rony pegou um pedaço do bolo em que a professora do jardim havia feito especialmente para mim, e tacou em meu cabelo. Chorei a festa toda porque meu cabelo ficou um horror, todo melado. Mas pelo menos tive uma festinha. 

Eu só queria ficar em casa me entupindo de chocolate até sair pelos meus orifícios, mas não, eu tenho agora que ir para a casa dos Weasleys onde vou me encontrar com meu namorado e minha melhor amiga e terei que fingir que está tudo bem, porque para eles hoje é apenas uma quarta-feira normal.

Quando deu duas horas eu ainda estava trancafiada no meu quarto ouvindo músicas sobre solidão, sendo extremamente dramática e verificando minhas redes sociais em meu notebook. Pelo jeito nenhum dos meus amigos viu seu facebook hoje, onde na página inicial já tem um lembrete de que hoje é aniversário de Hermione Jean Granger.

  Porém, resolvi me arrumar antes que minha mãe viesse me lembrar de fazer isso. Peguei um vestido florido dentro do meu closet e um sapato rosa claro, quase nude estilo boneca com um salto não muito alto. No meu cabelo fiz uma trança lateral e enfeitei com um laçinho de fita preta no final da trança. Passei uma maquiagem leve, esborrifei meu perfume e finalmente fiquei pronta.

(Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48940436&.locale=pt-br)

 Dei uma volta no espelho e percebi que era assim que eu me vestiria para minha festa de aniversário, se eu tivesse uma, é claro. Olhei no relógio em cima do meu criado-mudo e já eram duas e cinqüenta da tarde, desci para o andar de baixo e minha mãe terminava de ajeitar o sapatinho da minha irmã. Até que escutei a buzina do carro do meu pai do lado de fora.

– Papai veio nos buscar?

- Aham. Você sabe que mamãe é medrosa para dirigir. Vamos? –Assenti e sai de casa, corri para o carro e entrei, rezando para que pelo menos meu pai tivesse se lembrado.

- Oi filha, você está muito linda! –Suspirei.

- Obrigada, pai. –Falei sem ânimo. O caminho todo permaneci quieta, olhando a paisagem pela janela e fazendo um monólogo com meus pais.

- O que aconteceu, pequena? –Meu pai perguntou, estacionando o carro na frente da casa dos Weasleys.

- Não é nada, pai.

- Você não sai do carro enquanto não me contar. –Ele travou as portas e eu bufei.

- TPM, contente agora? –Cruzei meus braços em meu peito e meu pai riu baixinho.

- Tadinha. Estou mais contente sim. –Na hora que ele destravou as portas, sai quase que correndo. Odeio ser pressionada. Parei no portão da casa e aguardei meus pais e minha irmã, que abriram o portão e entraram na minha frente.

- Ai que droga, acho que esqueci a chave de casa lá dentro do carro. Deixe-me ver. –Minha mãe começou a revirar sua bolsa com uma expressão atordoada.

- Vou lá no carro ver. Hermione, vá entrando na frente, filha! –Suspirei profundamente e bati na porta, não tendo uma resposta. Ué, que estranho. Bati novamente e nem um sinal de que havia gente lá dentro.

- Mãe, acho que eles não estão!

- É óbvio que estão, se não eles não teriam nos convidado! Tente abrir a porta! –Fiz o que ela mandou e a porta abriu mais do que eu esperava, olhei para os lados e estava tudo escuro.

- Mãe, acho que não... –Antes que eu pudesse terminar minha frase, uma multidão apareceu gritando “SURPRESA” e me dando um baita susto, tanto que quase cai para trás. A multidão que eu reconheci por todos os Weasleys e meus amigos começou a cantar “parabéns pra você”, senti meus olhos se inundando em lágrimas. ELES SE LEMBRARAM! E prepararam uma surpresa para mim! É demais para meu coraçãozinho.

Meus pais entraram cantando parabéns também e Sophia ficou ao meu lado sorrindo e batendo palmas. Eu não sabia se ria, cantava junto, chorava ou tudo isso junto, parecendo que eu estava em meio a um surto psicótico. Quando a música terminou todos vieram juntos me abraçar, tanto que eu nem reconhecia mais qual braço era de quem.

- Eu achei que você tinham se esquecido! –Falei em meio a lágrimas, recebendo um abraço de Molly.

- Jamais, querida! –Disse ela sorrindo. 

- Mi, vou te dizer uma coisa, foi muito difícil agir como se eu não soubesse de nada. Eu estava me mordendo aqui para não contar sobre a surpresa quando você ligou para mim com sua voz tristinha, pobre amiga. –Gina me abraçou e eu ri, retribuindo o abraço.

- Nem me fale. Mas valeu a pena! A cara dela quando gritamos “Surpresa” foi ótima. –Cho disse e todos riram, concordando com ela.

Gui veio me desejar um feliz aniversário e Fleur estava radiante com sua barriga de nove meses de gestação, por mais que ela reclamasse a cada dez segundos de dor nas pernas, enjôo ou fadiga, a francesinha permanecia linda com seu vestidinho azul claro mais solto na barriga, seus cabelos louros caídos no ombro, os olhos azuis sempre cintilantes e um quê de brilho de grávida. Ela deixou que eu repousasse a mão em sua barriga e sua filha se mexeu com meu toque, quase derreti.

Depois, McLaggen, Harry e Cedrico vieram me parabenizar com direito a cutucões, cabelo bagunçado e abraços sufocantes. Não foi diferente com os gêmeos. Percy e Carlinhos não estavam presentes, estavam mais ocupados com seus empregos. Por mim tanto faz.

  As meninas me encheram de beijos e meus pais pediram mil desculpas por me torturarem fingindo que não sabiam que era meu aniversário, eu os desculpei em meio a mais lágrimas. Como já disse, é demais para meu coraçãozinho.

Minha irmã fofa me abraçou um monte. Os melhores sogros do mundo, Molly e Arthur me esmagaram bastante e disseram que sempre irão ser meus pais adotivos. Eu me sentia tão querida e amada no meio daquele povo que veio para minha festa surpresa, só que eu sentia falta de algo. E esse “algo” tem nome: Rony.

- Mione, vem conhecer minha namorada! –Pediu Jorge me arrastando para outro canto da casa, onde uma morena muito bonita vestindo um vestido roxo de veludo olhava tímida para todos no local. – Angelina, esta é Hermione, namorado do Rony! E Mione, esta é Angelina, minha namorada.

- Ahn... Prazer, Angelina Johnson! –A morena se aproximou de mim sorrindo e me cumprimentou.

- Prazer, Hermione Granger! –Falei retribuindo o sorriso. – Meus parabéns, Jorge. Ela é realmente bonita!

- Sei disso, as vezes penso que nem mereço ela. Um ruivo feio assim como eu... –Jorge disse e Angelina riu, beijando a bochecha do namorado.

- Obrigada, Hermione. Você também é uma moça muito linda! Rony teve sorte. E Jorge, meu amor, você é lindo e me merece sim. –O ruivo sorriu e os dois deram um selinho.

- Agradeço o elogio, Angelina. Mas enfim... Cadê o Ron, Jorge? –Perguntei me remexendo inquieta.

- Ah... Seu amorzinho já deve estar vindo. Falando na criatura, olhe lá para as escadas. –Obedeci o gêmeo e vi meu namorado descendo as escadas com um olhar preocupado, como se procurasse alguém em meio ao monte de pessoas. – Corra para seu amor, Mione. –Angelina riu com o comentário do namorado e literalmente corri para meu amor, desviando de todo mundo para chegar em seus braços.

- Ron! –Gritei jogando meus braços ao redor de seu pescoço e me pendurando nele. Ele abriu um grande sorrindo e me abraçou, me girando no ar. Dei um beijo urgente nele, como se eu precisasse só disso para sobreviver. Rony retribuiu com grande êxito e não me soltou de seus braços, o que era muito bom.

- Feliz aniversário, amor! Tudo que te desejo é o melhor sempre, que seus sonhos se tornem realidade e que nosso amor nunca acabe. –Sorri, abraçando-o mais forte.

- Tendo esse último, consigo realizar os dois primeiros. –Rony sorriu e me beijou mais uma vez.

- O presente fica para depois, tudo bem? Tenho mais uma surpresa para você. –O ruivo passou os dedos nas minhas costas descobertas pelo decote do vestido e me arrepiei toda.

- Certo. Foi você que teve essa ideia? –Ron assentiu. – Idiota, quase me matou do coração para fazer essa surpresa. Você não faz ideia o que eu sofri lá em casa, me torturando a casa minuto que passava e você ai todo engraçadinho arrumando as coisas pelas minhas costas. –O ruivo riu alto.

- Vou recompensar toda essa sua tortura vivida, amor. Eu prometo. –Abri um sorriso de orelha em orelha, enquanto brincava com algumas mechas de seu cabelo.

- Mione, venha cortar o bolo querida! –Gritou Molly e me soltei do meu namorado, entrelaçando minha mão com a dele. Quando cheguei no local destinado para a festa, minha boca se escancarou.

- BALÕES! –Gritei correndo pelo local e todos caíram na gargalhada. Cheguei na mesa do bolo e era a coisa mais incrível que eu já havia visto na minha vida, deu até vontade de chorar novamente. Eu nunca havia ganhado um bolo de quatro andares.

(Local: http://capricho.abril.com.br/blogs/15anos/files/2012/05/bal%C3%A3o2.jpg

Bolo: http://2.bp.blogspot.com/_H36NOhacAgg/S-6ksbsIwuI/AAAAAAAAA8s/jlHejKe7dmg/s1600/BoloLilasRosaMarrom01.jpg )

- Alô? Teste, 1, 2... –Molly ficou repetindo no microfone. – Certo. Sejam bem-vindos a festa surpresa de Hermione Granger... –Ela me apontou e todos me olharam, sorri envergonhada. – Organizada pelo seu namorado e meu filho, Rony... –Ron fez uma espécie de reverência e todos riram. – Mione, venha dar seu discurso! –Com meu rosto coberto de vergonha, neguei e todos começaram a gritar “Discurso” em coro. Desisti de resistir e fui pegar o microfone, eu tremia.

- Seus bobos. Ronald Weasley, eu vou te matar por ter escondido isso de mim. Você sabe que surpresas não são uma das minhas coisas preferidas! –O ruivo riu e me mandou beijo. – Gente, muito obrigada por essa festa surpresa, eu nem sei como agradecer, isso é simplesmente incrível. Muito obrigada mesmo. Eu amo todos vocês! Agora, aproveitem a festa! –Finalizei com um sorriso e todos aplaudiram.

Fui cortar o bolo que era tão lindo que nem dava vontade de cortar, mas fazer o que. O primeiro pedaço foi para o organizador da festa, é claro. Rony realmente merecia. Depois todos foram se servir e começamos a festa. Eu poderia resumir que me diverti como nunca antes, além de me entupir de brigadeiro feito por minhas amigas, dancei feito louca, cantei no karaokê, ou como diria Fred, relinchei no karaokê. Maldito gêmeo ruivo. 

A algumas horas atrás eu estava achando esse aniversário o pior da minha vida, agora ele se tornou o melhor de sempre. Seria difícil alguma festa ultrapassar essa. Todos que eu mais amo ao meu redor festejando comigo era a melhor coisa que eu poderia ter.

Já era sete da noite e eu tomava refrigerante com minhas amigas e dançava, só que de repente vi Rony fazendo um sinal para Molly, que pegou o microfone e começou a falar.

- Gente, que tal uma volta no shopping agora de noite?

- Mas e minha festa? –Perguntei fazendo bico. – Aqui está ótimo!

- Querida, você e Rony ficam. –Disse ela sorrindo. Eles queriam nos deixar sozinhos? Que lindo.

- Ah... Entendi. Tudo bem então. Se divirtam no shopping! –Todos riram e se despediram de mim, Arthur me mostrou a mesa com presentes em um canto da cozinha e quase morri de felicidade. Novamente, é demais para meu coraçãozinho.

Quando todos deixaram a casa, alertando que retornariam as onze da noite, Rony me puxou pela cintura e sorriu.

- E a surpresa? –Perguntei sorrindo.

- Vá até na sala de piano e me aguarde. Quando eu der três batidinhas na porta, você sai. –Sem questionar, me soltei dos braços dele e sai, cruzando a sala e chegando na sala do piano, onde fechei a porta e Rony fechou as cortinas vermelho sangue, me impedindo de ver o lado de fora. Sentei no banco de frente ao piano e aguardei, enquanto dedilhava as teclas suavemente. Eu estava curiosa, muito curiosa.

 Escutei três batidas na porta de vidro depois de uns quinze minutos de espera e fechei a tampa do piano rapidamente. Levantei e deslizei a porta, abri as cortinas e não vi Rony em lugar algum. Minha surpresa seria esconde-esconde? Achei um bilhete no chão e o recolhi, lendo em seguida.

Dê a volta pela casa e vá até a piscina. Nem tente me desobedecer, a porta de trás está trancada.

Ri baixinho e obedeci o que o bilhete dizia. Dei a volta pela casa e cheguei na piscina iluminada, perto da beira tinha uma vela acesa e outro bilhete. Que joguinho mais “daora”. Corri até lá e a velha tinha formato de coração, a coisa mais linda do mundo. Juntei o bilhete que continha mais uma pista.

  Siga as pétalas, encontrará a chave perto da porta.

  Segui em frente passando ao lado da trilha pétalas de rosas de todas as cores e peguei a chave, abrindo a porta de trás e fazendo o que ele mandou, seguindo as pétalas. Cheguei ao pé da escada onde na parede tinha uma foto minha e do Ron abraçados em formato de quebra cabeça, faltando uma peça. Peguei outro bilhete no corrimão que dizia:

“Os quebra-cabeças possuem peças diferentes uma das outras, e mesmo assim se encaixam.” Você é a peça que faltava no meu quebra cabeça, meu amor.  Olhe atrás do seu vestido e complete nosso quebra cabeça.

Um sorriso bobo cresceu nos meus lábios e passei minha mão atrás do meu vestido onde senti a peça que faltava do quebra cabeça.  Eu nem havia sentido quando ele colou a peça nas minhas costas com fita durex. Completei a foto e subi as escadas, nos degraus várias fotos nossas estavam espalhadas com frases fofas. Em uma delas, eu devia ter uns treze anos e dormia encostada no ombro de Rony, que dormia também com a cabeça no encosto do sofá dele.

 “Sabes que estás apaixonado quando não queres dormir pela noite, porque tua vida real supera aos teus sonhos.”

Meus olhos marejados encontraram a foto em que estávamos no Rio e eu chutava Rony no meio das pernas quando ele me derrubou na areia, ri involuntariamente recordando do momento. Atrás da foto estava escrito:

“Querendo ser frio, me derreto apenas de roçar tua pele.”

  Continuei seguindo as pétalas pelos corredores escuros iluminados apenas pela luz de algumas velas, dando um ar extremamente romântico, abalando com meu estado emocional e me fazendo chorar sem parar, achei uma foto próxima a entrado do quarto de Ron.

O ruivo devia ter seus seis anos na foto e eu estava com ele, com meus cabelos armados e dentes da frente maiores que os outros. Ele estava abraçado comigo beijando minha bochecha, eu fazia cara de nojo. Ri me lembrando daquele dia. Minha mãe queria tirar uma foto nossa e pediu para que Rony me beijasse, achei nojento e tentei fugir dele, mas ele me beijou e eu realmente não esperei gostar do carinho.

“Quando era criança aprendi o ABC. Agora que cresci aprendi a amar você.”

 Recolhi a foto e sequei as lágrimas que escorreram, quando eu encontrasse o Ron iria matá-lo de tanto abraçar seu corpo robusto. Caminhei até a cama cheia de pétalas, lençol preto contrastando com um coração de pluma vermelho, velas aromáticas e várias outras fotos nossas jogadas no colchão. Meu choro aumentou e percebi um fio pendurado no teto com um bilhete diferente dos outros na ponta, o teto estava cheio de estrelas que brilhavam no escuro.

Tirei o bilhete e comecei a ler, na metade da leitura mais lágrimas começaram a cair no papel. Estava dizendo que agora uma estrela de verdade possuía meu nome, Rony havia dado meu nome a uma estrela! Minhas mãos tremiam segurando a folha, e em outro papel estavam escritos as coordenadas da minha estrela e uma frase:

“Entre tantas estrelas brilhando no céu, te encontrei bem ao fundo brilhando para mim.” Coloque as coordenadas na luneta lá fora. 

Obedeci e coloquei as coordenadas. O céu estava lindo e sem nenhuma nuvem, perfeito para olhar as estrelas. Achei a minha que era bem brilhante e se destacava entre as outras estrelas pequenas ao seu redor. Estava difícil enxergar com os olhos cheios de lágrima. Eu já estava quase morrendo com tantas surpresas, só que tinha outro bilhete pendurado na luneta.

 Gostou? Espero que sim. Mas ainda falta uma coisa! Vá até o banheiro do meu quarto.

  Segui até o banheiro secando minhas lágrimas que desciam incontrolavelmente. Chegando ao cômodo, ele estava todo iluminado com velas aromáticas também e uma rosa em cima da bancada. Peguei a flor e inspirei seu perfume, pegando um bilhete amarrado em seu caule.

 “Amar é ter o céu e querer apenas uma estrela; amar é ter o oceano e querer apenas uma gota; amar é ter o universo e querer apenas uma pessoa: você.” Ainda não acabou. Olhe perto da banheira.

Funguei e me aproximei da banheira que estava com água morna até a borda e pétalas de rosas vermelhas na água, sais de banho rosa escreviam “Eu te amo” no fundo da banheira. Antes de cair no choro de novo, achei uma caixa preta de veludo plana, parecia uma embalagem de jóias. Peguei a caixa e a abri, dentro tinha um colar de ouro com um pingente em formato de coração de turquesa circundado de diamantes, aquilo deveria ter sido uma fortuna! Era demais para uma pessoa feito eu, eu tinha que devolver.

Escutei alguns passos em meio ao silêncio e quando olhei para trás, Rony segurava sua bela guitarra vermelha e começava a tocar “Sweet Child O' Mine”. Agora mesmo ficou impossível segurar as lágrimas que desciam em cascata. Os olhos azuis dele, se assemelhando com a pedra de turquesa no pingente do colar, olhavam nos meus intensamente, sem perder o contato visual por um só momento, e isso fazia com que a letra da música me atravessasse.

She's got a smile that it seems to me, reminds me of childhood memories

Ela tem um sorriso que mexe comigo, me faz lembrar de memórias de infância

Where everything was as fresh as the bright blue sky

Onde tudo era tão claro quanto o brilhante céu azul

Now and then when I see her face she takes me away to that special place

De vez em quando, quando eu vejo seu rosto ela me leva para aquele lugar especial

And if I stare too long I'd probably break down and cry

E se eu olhasse muito eu provavelmente perderia o controle e choraria

Ohh! Ohh! Sweet child o' mine

Ohh! Ohh! Minha doce criança

Quando a música terminou, realizando um dos meus maiores sonhos da adolescência, abracei meu namorado com tanta força que parecia que eu queria fundir nossos corpos em um só.

- Seu idiota, quer me matar? –Ele riu, acariciando meus cabelos e me abraçando com a mesma força que eu, sabendo que se me soltasse eu caía, pois meus joelhos cederiam tamanho meu nervosismo.

- Claro que não. Gostou, amor?

- Se eu gostei? Menino, foi até além do que eu merecia. E não vou aceitar esse colar, deve ter sido muito caro.

- Será que devo repetir que você só merece o melhor? Não aceito devolução. –Ron tirou a caixa preta de veludo das minhas mãos e tirou o colar, afastando meus cabelos para colocar a jóia. – Você adora meus olhos, não é? Então, essa pedra de turquesa é para lembrar a cor dos melhor, assim sempre andarei com você. –Eu não conseguia mais conter o choro, era impossível. – Amor, se acalma! –O ruivo riu, tentando me impedir de tremer. Como agradecer com palavras não iria nunca ser suficiente, resolvi agradecer do melhor jeito que eu conheço.

- Eu te amo, idiota. Eu te amo. –Me agarrei em seu pescoço e o beijei desesperadamente. Ele soltou a guitarra no chão do banheiro e me pegou no colo, para apressar nosso caminho até o quarto. Logo nos livramos das nossas vestes no calor do momento e fizemos amor como se fosse a primeira e a última vez.

Nossos toques continham uma dose de paixão, de desejo e até de inocência, pois eu estava tão nervosa quanto no dia da minha primeira vez. Chegava a ser ridículo meu nervosismo exagerado, mas quem mandou Rony abalar com meu sistema nervoso?

  Tudo rolou tão naturalmente, como se eu não tivesse feito aquilo várias vezes, parecia que eu havia voltado a ser aquela menina tímida que nem beijar garotos beijava, e só Rony fazia com que eu me sentisse assim.

  Nossos corpos se encaixavam com perfeição e nossos movimentos eram ritmados, parecendo uma dança sensual. O brilho da lua lá fora batia em nossas peles descobertas, provocando uma iluminação extremamente romântica, aumentando o poder de sedução do momento.

  Depois de deitarmos nossos corpos cansados e suados na cama, decidimos incrementar com champagne e morango com chocolate, me deixando no topo das nuvens, um pouco mais alto que isso ainda. Não podia ser melhor, simplesmente não podia.

- Não sabia que você era tão romântico assim... –Comentei com a cabeça encostada no ombro de Rony enquanto ele passava os dedos de leve em minhas costas nuas.

- Nem eu... –Rimos. – Você pensou que eu fosse o que? Um homem das cavernas?

- Exatamente. –Ri e ele fez cócegas em minha cintura, me fazendo rir mais ainda.

- Nunca fui romântico com outras meninas, pois elas não me davam motivos para eu ser assim, já você me deixou feito um bobo apaixonado, então aprendi a ser romântico com quem merece. –Sorri soltando um suspiro involuntário, brincando com algumas mechas do cabelo ruivo dele.

- Eu aqui pensando que te dei um box do Percy Jackson e você me deu tudo isso, fiquei até envergonhada. –Escondi meu rosto na curva de seu pescoço e Rony gargalhou.

- Para mim o que vale são todos os dias que passo ao seu lado, não só meu aniversário. E eu amei o box, já estou no terceiro livro. –Fiz uma cara de espanto. – Que é? Achou que o menino aqui não lia?

- Exatamente. –Recebi um olhar semicerrado e voltei a rir. Ficamos alguns minutos em silêncio, até que grudei meu corpo nu no dele e beijei-o lentamente.

- Hum... Segundo round? –Ri.

- Se perdeu nas contas, meu amor? Já vai ser o terceiro round. –Sorri maliciosa e ele retribuiu o sorriso. Rony estava se aproximando de mim para me beijar até que o celular dele toca.

- Que droga, não é nem dez e quinze ainda. Mamãe falou onze horas, não é? –Reclamou o ruivo, soltando um muxoxo.

- É, mas pode ser que eles já estejam voltando agora!

- Ah, deixa tocar... –O insistente jogou o celular dentro da gaveta do criado-mudo e voltou a me beijar, só que o empurrei e dessa vez quem soltou um muxoxo foi eu.

- Ron, pode ser importante!

- Tudo bem! –Exclamou ele como uma criança birrenta. Finalmente ele pegou seu celular que tocava “Help” dos “The Beatles”. Rony atendeu com uma desanimação histórica e de repente seus olhos foram se arregalando e ele só concordava com o que a pessoa do outro lado do telefone falava, até que ele abriu um sorriso e disse “já estamos indo”.  – AMOR! –Gritou o ruivo desligando a ligação.

- Quem era e o que houve?

- Minha mãe ligou para avisar que a bolsa de Fleur estourou!

- Oh meu deus, sério? –Abri um sorriso tão grande quanto o dele. – Então vamos para o hospital, oras! –Rony assentiu e começamos a nos vestir rapidamente, batendo um recorde. Ron pegou uma camiseta qualquer e uma calça jeans, se apressando para colocar o tênis. Já com meu vestido, segui meu namorado até a garagem e só dentro do carro que coloquei meus sapatos e dei uma breve arrumada nos meus cabelos.

Mesmo sendo de noite, as ruas estavam com um pouco de trânsito e Rony se remexia nervoso ao meu lado. Se ele estava assim por sua sobrinha nova, não quero nem imaginar quando for a minha vez da bolsa estourar, ele vai me deixar tão nervosa que vai ser capaz de eu dar a luz no carro mesmo.

Chegamos no California Hospital Medical Center após trinta minutos desde que saímos de casa e adentramos no hospital de mãos entrelaçadas, um mais eufórico do que o outro.

- Para vocês? –Falou gentilmente uma secretária baixinha já de idade na recepção.

- Procuramos por uma grávida em trabalho de parto chamada Fleur Delacour, ela já deu entrada no hospital? –Perguntei.

- Ah, sim. Chegou a meia hora aproximadamente. Vocês são o que dela?

- Cunhada e cunhado. O marido dela é irmão dele. –Apontei para Rony que se balançava nervoso.

- Estou até impressionada com tantos ruivos aqui nesse hospital. –Rimos. – Sigam até ao corredor de Obstetrícia onde estarão mais familiares de vocês, eles vão saber o que fazer e estarão mais atualizados sobre o parto.

- Obrigada. –Sorri simpaticamente e puxei Ron pela mão, olhando nas placas informando onde se situava cada ramo da medicina, achei a setinha apontando para o corredor de Obstetrícia e acelerei meus passos, já visualizando Arthur, os gêmeos, Gina e Gabrielle, a irmã mais nova fofa de Fleur.

- Que bom que chegaram! –Falou Arthur se levantando e dando um beijo em minha bochecha. – Fleur está lá dentro, o médico disse que voltava pra dizer como foi o parto e até agora nada. Molly, Monsieur e Apolline estão vendo o parto por trás de um vidro, já Gui está com a esposa. –A propósito, Monsieur e Apolline são os pais de Fleur. Sentamos para aguardar alguma notícia e fiquei conversando distraidamente com Gabrielle e Gina.

Meia hora depois um homem de jaleco branco sai da sala sorrindo e todos nós ficamos na expectativa.

- Senhorita Delacour e sua filhinha, ou melhor, Victoire como ela gritou na hora que a cabeça saiu, estão ótimas. –Rimos, imaginando Fleur berrando o nome que escolheu na hora errada para sua filha. – Foi um parto normal perfeito sem nenhuma complicação e a menina é saudável e muito bonitinha. Daqui a uns quinze minutos alguma enfermeira irá chamá-los para conhecer o bebê.

Aguardamos ansiosos os quinze minutos até que a bendita enfermeira apareceu e nos levou para uma sala, onde lavamos nossos braços com sabonetes anticépticos para não transmitirmos nada para o bebê.

Fomos entrando de três em três e eu, Rony e Gina fomos os últimos a entrar. Chegando no quarto branco milimetricamente limpo onde Fleur estava, pegamos ela amamentando sua filhinha, uma das cenas mais lindas que eu já vi. A vovó coruja Molly tirava várias fotos da netinha.

- O médico contou prra vocês de como eu escolhi o nome dela? –Rimos baixinho para não acordar Victoire que agora dormia serenamente com a boquinha ainda no bico do peito de sua mãe. Gui olhava para filha com um brilho nos olhos visível a quilômetros.

- Sim, Victoire é um nome lindo. –Quando falei isso, a pequena abriu os olhinhos azuis e me olhou.

- Ela é tão curriosa. Acho que querr te conhecerr, Mi. A titia que faz aniverrsário no dia em que ela nasceu. Venha, pegue-a no colo! –Mordi meu lábio inferior um pouco receosa. Nunca gostei de pegar bebês no colo, parece que vou derrubá-los a qualquer momento.

- Pode ir, Mi. –Molly me encorajou e me aproximei da cama em que Fleur estava deitada, ela me estendeu o bebê e a ajeitei em meus braços, tendo o máximo de cuidado. Victoire era tão molinha e perfeita, parecia ser de mentira. Sua pele se assemelhava com a da sua mãe, bem clara parecendo porcelana. Ela possuía alguns fiozinhos de cabelo loiro cobrindo sua cabeça pequena, iria ser igualzinha a Fleur se não tivesse a boca e os olhos de Gui.

(Victoire: http://www.redevida.com.br/images/noticias/bb%282%29.jpg )

Rony se aproximou de mim, olhando a princesinha em meus braços e acariciando sua pequena mão, Victoire agarrou o dedo do ruivo com sua força de bebê e ele derreteu.

- Você é forte, sobrinha. –Todos riram.

- Quer pegá-la no colo? –Rony pensou por um momento e assentiu sorrindo.

- Não se preocupe, tenho experiência. –Ele apontou Gina com a cabeça e eu ri.

- Ela é só um ano mais nova que você, Ron. Eu que tive a Sophia para segurar nos braços fiquei com receio de pegar essa lindinha!

- Grande coisa. Ainda consigo pegar Gina no colo, quer ver? -Rony ergueu a ruiva no ar que começou a bater com os punhos nele. Gargalhamos da cena mais infantil do dia. Depois que meu namorado soltou a irmã que só não xingava o irmão porque segundo ela "havia uma criança no recinto", passei a criança para os braços dele, a pequena arregalou os olhos para Ron demonstrando curiosidade em relação ao novo tio e ele riu, acariciando sua bochechinha.

- Tio Ron vai ser o melhor tio de todos, você vai ver. –Todos se derreteram quando o cantinho dos lábios de Victoire se crisparam em um sorriso discreto. A noite não poderia ter sido finalizada de um jeito melhor, primeiro minha festa surpresa, depois a surpresa do meu namorado e agora isso? É o melhor aniversário de todos, sem dúvidas, e um dos melhores dias da minha vida.

Será que a formatura que ocorrerá daqui a dois meses superará esse dia? É meio impossível de isso acontecer, mas veremos.


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Notas finais do capítulo

até que valeu a pena a Mione achar que tinham esquecido dela, né? que baita presentão! quem quer o Ron embrulhado em papel de presente levanta a mão o/ HAHAHAHAH
esse capítulo foi super cheio de love, fofura e a raiva da Mione quando ela achou que tinham esquecido do seu aniversário, só que tem um motivo de porque foi tão "só love" esse capítulo, é minha indireta de que para o próximo capítulo vocês terão que se segurarem nas suas cadeiras giratórias, porque já vou avisando: a formatura da Mi com certeza não vai ser melhor do que o aniversário dela. *manu maléfica dando spoiler*
saindo dessa atmosfera evil, queria saber se gostaram no capítulo, né? HAHAHAHA o que acharam? o Rony é fofo? sim ou óbvio?
reviews e recomendações são muito bem-vindas quando vindas de vocês, melhores leitoras do mundo *-* beijinhos e até sexta que vem!



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