The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 26
Friendship is a love that never dies


Notas iniciais do capítulo

ooolá fofas, como vão? :3 eu vou muito bem, recebi o boletim e consegui um 7,5 em matemática, melhor do que eu esperava HAHAHA minha nota mais alta foi em inglês e a mais baixa em português, meu irmão ficou p da vida por eu saber melhor a língua inglesa do que a língua que eu mesma falo, mas tudo bem né. EEEENFIM.
Sem mais delongas, como avisei anteriormente que meus capítulos novos irão sair toda a sexta-feira, está ai um fresquinho no dia prometido! Beeeijos e até sexta que vem :*



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Como era segunda-feira, todos resolveram aproveitar o feriadão de páscoa somado com o Spring Break, e se mandaram para o litoral curtir o sol que resolveu vir para ficar nos Estados Unidos. Isso deixou as estradas bem vazias, logo que quem queria viajar já tinha ido faz tempo, então os trinta minutos que levaríamos para chegar em uma das melhores pizzarias de Los Angeles se resumiram a quinze minutos no máximo, por causa dos semáforos. Nem deu tempo para que eu e Gina infernizássemos nossos namorados com nossas vozes esganiçadas falando sem parar o caminho todo e berrando as músicas do rádio.

Rony parou no estacionamento do lugar onde os outros casais já nos aguardavam, eu já pulava no assento do carro tamanha era minha vontade de agarrá-los, quatro dias sem vê-los foi demais para mim.

Desci do carro e corri em direção deles, cuidando para que eu não caísse de boca no chão por causa do meu salto alto.

- Mione! Gina! –Berrou Cho me abraçando, Luna foi abraçar Gina. – Ai que saudades!

- Pois é amiga! –Nós pulávamos feito crianças e os meninos nos olhavam como se nem nos conhecessem. Rony deu o típico “abraço de macho” em Cedrico e McLaggen e pronto, já haviam se cumprimentado. Já nós mulheres sentimentais ficamos agarradas por um tempo gritando sem parar. Deus, eu nunca fui uma adolescente louca assim, essas meninas estavam me fazendo mal.

- Mais alguns berros e os seguranças tiram as adolescentes piradas daqui. –Falou o Diggory e a japonesa cerrou os olhos para ele, que se encolheu de medo. Ah, que saudades dessas briguinhas.

Dei um oi animado para os meninos e resolvemos entrar na pizzaria, que não estava muito cheia, mas creio que era a que tinha mais pessoas de todas as pizzarias de LA. Pegamos uma das maiores mesas do lugar e nos sentamos, os meninos esfomeados já queriam comer, parece que não tinham comida em casa, já as meninas só queriam conversar. Ou a nossa língua, fofocar.

- Como passaram o final de semana? –Perguntei para as meninas.

- Ah, fazendo programinhas de idoso. Ced foi lá em casa, ficamos assistindo filmes, comendo pipoca... Enfim, boiando. Só que deu tempo de namorarmos bastante. –Cho sorriu maliciosa e nós rimos.

- Comigo foi a mesma coisa. Tirando a parte de namorarmos bastante, sempre vinha alguém e atrapalhava. –Rimos novamente com a carinha triste de Luna.

- Conheço uma pessoinha que me atrapalhou duas vezes durante a viagem... –Olhei para Gina, que se fez de desentendida.

- Eu? Calúnia. –Gargalhamos alto.

- Aham, calúnia.

- Gina, sua má. Acabando com os momentos “in love” do casalzinho com cara de inocente. –Disse Cho.

- De inocente esses dois não tem nada, até na cachoeira eles tiveram seus momentos “in love”! –Arregalei meus olhos e senti minhas bochechas ficarem quentes, com esse comentário de Gina todos os meninos olharam para nós.

- Foi exatamente isso que eu ouvi? –Questionou Cedrico com uma cara confusa.

- Shiu, voltem suas atenções ao cardápio, por favor. –Pedi querendo enfiar minha cabeça dentro da terra. – GINA, seja discreta! –Exclamei e a ruiva riu.

- Tudo bem, desculpa. Mas é sério, até na cachoeira. –Rolei meus olhos e as meninas riram alto.

- Não quero nem imaginar os lugares bizarros em que você e Harry já tiveram seus momentos “in love”, Gigi.

- Nem imagine, Mi. –Rimos.

- Gente, tenho uma super novidade! –Dei um imenso sorrindo, vibrando na cadeira. Recebi vários olhares curiosos.

- Você não ficou grávida, né? –Brincou Cho e as outras riram.

- Óbvio que não, sua doida. É que vou fazer um teste para entrar na Harvard! –Dessa vez recebi olhares orgulhosos.

- Sério? Que perfeito isso! Parabéns Mi! –Sorri e agradeci a japonesa.

- É mais do que perfeito. Você merece, Mi! –Disse Luna com seu sorrisinho doce, a agradeci também. 

- Meninas, não queremos interromper suas conversas produtivas, mas estamos com fome! –Disse McLaggen fazendo bico.

- Novidade vocês com fome. –Cho bufou. – Tudo bem, vamos pedir comida seus esfomeados. –O grupinho de meninos festejou, chamando por um garçom.

Uma loira chegou prontamente com um uniforme preto e vermelho, um pouco curto e inapropriado. Já vi que vai dar merda. Pedimos calmamente por uma pizza da casa com almôndegas cozidas no forno, calabresa e salsicha italiana, e uma pizza de frango ao molho de churrasco, as duas em tamanho grande.

- E para tomar? –Perguntou a loira com um sorriso exageradamente simpático no rosto, Cho arqueou uma sobrancelha percebendo que o sorriso era direcionado aos meninos, principalmente para Rony. Então ela gostava de um menino mais exótico com belos músculos, cabelos ruivos e olhos azuis? Bom saber disso.

- Coca-cola...? –A afirmativa de Cedrico saiu mais como uma interrogação, pois ele queria saber nossa opinião. Ele ficou visivelmente confuso quando percebeu nossas expressões de descontentamento.

- Coca-cola. –Confirmou a japonesa, semicerrando os olhos para a garçonete, que fingiu nem ver.

- Certo. Já venho trazer a bebida. –Dando uma piscadinha discreta para Ron, ela saiu rebolando.

- Não fui com a cara dela. –Comentou Gina rosnando.

- Sabe que nem eu? Geralmente não julgo as pessoas pela aparência, mas essa daí estava jogando charme para o Rony e até quem está do outro lado da pizzaria conseguiu sentir a aura de safadeza em volta daquela menina. –O ruivo olhou para Luna confuso.

- Como assim?

- Sempre tão ingênuo... –Disse Cho, virando-se para Rony. – Você não percebeu quando a loira bonitona piscou para você antes de sair?

- Depois os garçons que são tarados, não é? –Falei, cruzando os braços em meu peito.

- Não é minha culpa se mamãe me fez lindo assim, amor! –Rony arrastou a cadeira para mais perto de mim e me roubou um selinho, revirei os olhos e ele suspirou. – Ciumentinha linda. –A loira voltou com outro garçom e eles distribuíram os copos pela mesa.

- Hey... –Parei para ler o crachá no busto da garçonete. – Lindsay.

- Sim?

- Acho que meu namorado ingênuo não percebeu que você estava se oferecendo para ele. Deixe seu número no guardanapo que ele vai se tocar! –Sorri forçadamente e ela escancarou sua boca.

- Eu não sabia que ele tinha namorada! Nossa, me desculpe! –A garçonete pôs a mão na boca demonstrando uma falsa incredulidade e eu rolei meus olhos. Ela não teve nem a mínima decência de fingir que não tinha se jogado para cima de Rony?

- Então você dá em cima de todos os caras daqui? –Cho entrelaçou as mãos em cima da mesa, fingindo estar interessada na resposta dela.

- Não, olha, me desculpe. Não voltarei a incomodá-los. Tom, vou servir outras mesas. –Ela se retirou quase correndo e nós meninas caímos na gargalhada, fazendo um high five no ar.

- Suas pestes. –Diggory disse e rimos mais ainda.

- Coitada, amor! –Rony disse enquanto ria.

- Coitada? Se fosse um garçom que tivesse dando em cima de mim, vocês dois sairiam no tapa então isso foi o mínimo que eu pude fazer. –Falei dando de ombros e ele riu mais ainda.

- Verdade. Um brinde por termos as namoradas mais piradas da face da terra? –Ron ergueu o copo de coca no ar.

- Um brinde! –Todos ergueram e brindamos a noite, por estarmos reunidos e nos divertindo.

As pizzas enormes chegaram e os homens das cavernas dos nossos namorados atacaram como se nunca tivessem comido na vida. Várias vezes eu quase cuspi toda a minha coca porque os palhaços comentavam cada coisa que eu chegava até a me afogar com a pizza. Uma hora Cedrico disse que um gordão da mesa ao lado da nossa parecia estar tendo um orgasmo enquanto comia sua pizza gigante sozinho, minha reação foi ser bem discreta e rir descontroladamente.

Na mesa ao lado esquerdo da nossa tinha um careca com brinco de brilhantes e tatuagens no braço, ele jantava com outro cara que tinha um moicano azul e piercing no nariz, os dois comiam salada e agiam como se estivessem no castelo da rainha da Inglaterra, pois tinham mais classe que ela se duvidar. Comentamos sobre os dois baixinhos só que eles perceberam nossos olharem, até que o careca manda beijinho para o Diggory e pisca para o Ron, o de moicano fez o mesmo com Harry e McLaggen. E mais uma vez eu tinha uma crise de risos que fazia toda a pizzaria parar e olhar para nós.

Rir foi o que nós mais fizemos. O ambiente que antes era sério e familiar com pessoas normais comendo silenciosamente, conversando baixinho sobre assuntos produtivos, agora era recheado de gargalhadas e conversas animadas dos adolescentes da mesa oito, a nossa mesa. Várias vezes pensei que seriamos chutados de lá pelos seguranças que nos encaravam como se fossemos loucos, mas o que são os amigos se não passarem pelo menos um momento vergonhoso juntos?

- Quem quer sobremesa? –Questionou Diggory e as meninas surtaram na mesa.

- Que pergunta, amor. É como oferecer um pedaço de pizza ao gordo que tem orgasmos enquanto come. –Gargalhamos alto. Sorte que o gordão já havia se mandado embora.

- Concordo.

- TOM, querido! –Gritou McLaggen. O garçom Tom era um primo de McLaggen que ele nem sabia que existia, por isso já estavam tão próximos.

- O que desejam? –Tom apareceu com seu bloquinho em mãos. – Primo, faça-me o favor de parar de me chamar de querido? Aqueles dois ali do lado, o careca e o do moicano já estavam até me tarando achando que sou gay. –Sussurrou ele e nós rimos.

- Os dois taram qualquer coisa que tenha um órgão sexual masculino no meio das pernas, primo. O que querem? –Demoramos um pouco para pararmos de rir, mas logo nos acalmamos e podemos fazer nossos pedidos. Para as meninas, decidimos por “Apple Berry Burst Crumble”, uma mistura de torta de maçã com morango, mirtilo e amora. Servido quente com duas bolas de sorvete de baunilha regados por calda de frutas vermelhas. É hoje que eu viro uma balofa que tem orgasmos enquanto come.

Já os meninos pediram um “BJ's Famous Pizookie” que é uma espécie de cookie grande servido quente com gotas de chocolate e duas bolas de sorvete de baunilha. E todos vamos virar balofos que tem orgasmos enquanto comem.

Pela pizzaria estar mais vazia pelo horário, que já se passavam das dez e meia, a sobremesa não demorou para ficar pronta, para a nossa alegria. Coloquei o primeiro pedaço da minha sobremesa na boca e quase faleci, aquilo havia sido feito por anjos, só pode.

- Deus, isso está maravilhoso. –Falei, contendo um gemido de deliciamento. Agora sei o porquê que o gordão gemia. As outras meninas concordaram plenamente comigo. – Amor, abre a boquinha. –Peguei um pedaço com o dedo indicador e o dedão, fazendo uma espécie de pinça, e posicionei em frente a boca de Rony. Ele abriu sua boca e mordeu o pedaço, gemendo feito o gordão, e todos gargalharam.

- Acho que vou ter um orgasmo. –Gina, Cho e Luna ofereceram para seus respectivos namorados, que imitaram o meu. Rony chegou a lamber meus dedos do tanto que gostou.

Terminamos de comer e ficamos mais alguns minutos nos entupindo com coca-cola até sair pelos nossos narizes e rindo de tudo e de todos, parecíamos estar bêbados.

- Acho que é melhor irmos embora, né amor? –Perguntou Rony se esfregando em mim feito um gato.

- É. –Olhei no relógio e já se passavam das onze e meia.

- Então vamos embora também. Vamos sair mais nesse Spring Break?

- Que pergunta, Luninha. –Disse Cho e nós rimos.

- É, que pergunta. Mas onde vamos?

- Disney California Adventure Park algum dia desses? –Quiquei na cadeira.

- Disney? Oh meu Deus, oh meu Deus! –Todos gargalharam com minha animação.

- Disney sim, Mionezinha. É uma ótima ideia, amor! –Cedrico disse e Cho sorriu, dando um selinho no namorado.

- Combinado então? Sexta-feira na Disney California? –Perguntou Rony com um sorriso imenso no rosto. Pelo jeito não era só eu a criançinha feliz dali. Eu já havia ido na Disney, aquela que tem o castelo da Cinderela e tudo mais, só que eu era muito nova e não aproveitei muito. Tudo bem, a Disney California Adventure Park não era tão gigante e monstruosa feito a Disney do castelo da Cinderela, mas já me deixaria mais do que contente.

- Combinado! –Os três casais disseram em uníssono. Pagamos a conta e nos despedimos, combinando de como iríamos fazer sexta-feira, iríamos bem cedo e voltaríamos bem tarde, para aproveitar. O melhor Spring Break de todos.

- Who loves Disney? Hermione loves Disney. –Fiquei cantarolando essa musiquinha ridícula inventada antes de entrar no carro do meu namorado, Rony só ria da minha felicidade.

- Não quero estragar seu sonho de infância nem nada, mas nós vamos em montanhas russas assustadoras e brinquedos radicais que deixarão de cabelos bagunçados. –Soquei seus braços quando ele bagunçou meus cabelos que se mantiveram perfeitos até agora.

- Sou mais corajosa do que imagina, Rony. É mais fácil você se negar a ir em um brinquedo do que eu. –Coloquei o cinto e o ruivo arqueou uma sobrancelha.

- Ora, será mesmo?

- Uhum. Conheça a menina mais apaixonada por montanhas russas que você já conheceu. É sério, nenhuma é capaz de me assustar. –Falei com mais convicção do que deveria.

- Então você iria na Kingda Ka sem problemas, não é?

- Ron, saiba brincar e não me pergunte se eu iria na maior montanha russa do mundo, seu chato. Eu até iria, mas estaria morta na descida. –Ele gargalhou alto.

(Montanha russa Kingda Ka: http://www.youtube.com/watch?v=HN8nv4tVFuA
N/A: dá até umas cócegas na minha barriga quando vejo esse vídeo, sério HAHAHAHAH)

- Eu só iria naquele monstro se me pagassem.

- Sempre subornando as pessoas... –Bufei e ele riu, ligando o carro.

- Vamos dois lerdos! –Gritou Rony para Harry e Gina que se despediam de Cho e Cedrico. A ruiva mostrou o dedo do meio para o irmão, que começou uma discussão com ela dizendo que se Arthur descobrisse que sua princesinha sabe mostrar o dedo do meio, ela iria apanhar e eu já estava quase matando as duas criançinhas.

- Vamos de carona com eles! –Gritou Gina um pouco antes de entrar no carro do Diggory com Harry.

- Essa idiota me fez ficar esperando até agora e...

- Shhh. –Coloquei meu dedo indicador sobre os lábios dele. – Estou a passos de matar você e sua irmã então, shut up and drive. –Tirei meus sapatos e cruzei minhas pernas em cima do porta luvas, fazendo uma pose extremamente cafona estilo “gangster”.

- Realmente, esse seu lado mandona me excita, e muito. –Gargalhei e liguei o rádio, onde tocava um dos clássicos preferidos na minha opinião: Guns N' Roses - Sweet Child O' Mine. Guitarra tinha um som tão bonito e só com o Guns aprendi isso, pois em outros grupos de rock o som da guitarra me assusta.  

Enquanto Ron dirigia pelas rodovias vazias com apenas pontinhos brilhantes guiando a estrada, eu balançava a cabeça no ritmo da música e aproveitava o ventinho que fazia com a janela aberta. Quando a música terminou soltei um “aaaah” de descontentamento e o ruivo ao meu lado riu.

- Quando era pequena eu tinha um diário que continha meus desejos mais internos, se lembra?

- Lembro, tanto que uma vez na quarta série peguei seu diário e o escondi. Mas antes li um pouco dele, é claro. –Rolei meus olhos e ele riu alto.

- O que você leu tanto? –Olhei para ele, que mantinha o olhar preso na estrada.

- Que você queria aprender a fazer cupcakes bonitos para dar para seus pais no aniversário deles, na páscoa, no natal... Enfim, em todos os dias comemorativos que existem. –Ri. Nem eu me lembrava disso, mesmo tendo o diário até nos dias de hoje.

- E o que mais?

- Hum... Deixe eu pensar um pouco. –Até pensando o Ron era lindo. Eu poderia até fazer alguma piadinha tipo “você pensa?” ou “está sentindo esse cheiro de queimado? Devem ser seus neurônios contáveis que estão queimando”, só que era impossível. O jeito com que seus lábios se moviam quando ele pensava, o jeito forte e estranhamente sensual que ele segurava o volante... Tudo isso me impedia de tirar uma com a cara dele. – Ah, você queria ter um panda de animal de estimação, que você os achava os bichinhos mais fofos do mundo.

- É são. –Nós dois ficamos rindo. – Um dos meus sonhos também foi ter algum menino tocando Sweet Child O' Mine para mim e cantando. Eu tinha quatorze anos quando escrevi esse sonho, quando descobri que você estava aprendendo a tocar guitarra. –Ele sorriu para mim.

- Sério? –Assenti sorrindo. – Será que naquele tempo você já não guardava um sentimento por mim?

- Olha, meio impossível, pois no começo da puberdade somada com meus primeiros sintomas de TPM, eu só conseguia odiar os outros. Só que eu odiava quietinha, é óbvio, não comecei a terceira guerra mundial porque as outras meninas tinham mais peito do que eu. –Rony caiu na gargalhada.

- Em compensação hoje... –Fiz uma expressão de indignação quando seus olhos foram parar sobre meu busto e eu o tampei com os braços, ele riu e voltou a olhar para a estrada. – Brincadeira. Você sofreu assim mesmo no começo da puberdade e nos primeiros sintomas da TPM?

- Óbvio. Primeiro porque sempre fui a atrasada da turma, enquanto as outras meninas criavam peito, meus últimos dentes de leite caíam. –Rony fez um esforço enorme para não rir, só que ignorei.  – E meninas são mais obcecadas por esse negócio de “como meu corpo vai ficar?” e “será que vou ter peitão, bundão, coxão e todas as palavras com ão?” –Nem eu consegui conter uma risada depois dessa. – Então imagine a pressão social em cima de mim sobre começar a ganhar traços de mulher e eu querendo que ninguém percebesse. Como tenho bons genes de mulheres na minha família com peitão, tenho peitões, só que era assustador com quinze anos ter que esconder meu busto de vergonha quando os meninos percebiam que a nerd Hermione Granger estava evoluindo.

- Eles olhavam para seus peitos? Isso foi na outra escola, né?

- Olhavam, bando de neandertais acéfalos. Foi sim.

- Se você ainda estudasse comigo, iria arrancar os olhos desses marmanjos folgados. –Gargalhei, achando os ciúmes dele uma graçinha.

- Como se você não olhasse para os peitos das outras meninas.

- Eu? –O ruivo escancarou a boca falsamente. – Que grande calúnia. –Rolei meus olhos e ele riu, roubando um selinho meu. Ficamos mais alguns minutos falando bobagens, até que a duas quadras da minha casa, Rony já estaciona o carro. Olhei para ele confusa.

- Ron, é mais para frente minha casa. –Falei e recebi um olhar quase que maníaco. Não estava entendendo nada, até que meu namorado vem pra cima de mim invadindo o banco do passageiro.

- Você não sabe o tanto que tive que me segurar essa noite, Hermione. –Meu pescoço foi atacado sem dó alguma, se deixasse marcas o culpado seria ele. Tentei afastá-lo e avisar que estava muito tarde para isso, só que meus pulsos foram presos e fiquei imobilizada pelo seu corpo grande. – Isso, quietinha. –Por mais que meu cérebro gritasse que era errado sucumbir aos desejos dele, meu corpo dizia completamente o contrário.

- É assim então? Não vou ter chance de dominar?

- Talvez depois, se você se comportar, é claro. –Dei um sorriso malicioso e ele arrancou seu blazer e sua camiseta, me deixando espalmar seu corpo escultural. Rony abaixou o banco e quando estava quase que no ângulo de uma cama, suas mãos fortes agarraram minhas coxas e ele se encaixou entre elas. Poucos minutos depois o ruivo estava sem suas roupas, e só eu mantinha meu vestido, por mais que Rony não quisesse. É que meu vestido é muito dificultoso de vestir.

- Por um lado, eu amei esse vestido, você ficou muito linda nele. Mas ainda preferia ver você sem ele. –Ri, puxando o para perto e colando nossas bocas. Ele tirou uma proteção do porta luvas e se “vestiu”, arrancando minha peça íntima e erguendo a barra do meu vestido, se pondo novamente entre minhas pernas. Então os movimentos lentos de vai e vem começaram, se o vidro do carro não fosse fumê de maneira alguma eu estaria fazendo uma coisa dessas, mas como é fumê e está tarde, que se foda.

  Os vidros começaram a ficar embaçados com nossas respirações ofegantes e eu estava ficando com medo de que alguém que passasse na rua percebesse a movimentação exagerada dentro do carro, mas novamente, que se foda.

Enlacei minhas pernas na cintura do Ron enquanto ele me beijava. Alguns minutos de gemidos que eu continha mordendo meus lábios com força, ele sentou no banco do motorista novamente e me encaixei em cima dele, com um joelho em cada lado do seu corpo. Nessa hora cheguei a tirar sangue dos meus pobres lábios mordidos, pois Rony ficava gemendo roucamente em meu ouvido, me levando a loucura.

Meus olhos giraram dentro da órbita quando senti uma pressão no ventre que já havia sentido antes, eu sabia o que viria agora. Fechei minhas pálpebras com força e gritei o nome do meu namorado, que me abraçou para que eu não desmanchasse feito um pudim em cima dele. Como sempre, ele veio logo depois de mim, soltando um urro de prazer.

  Eu arfava encostada em seu ombro, com um leve suor cobrindo nossas peles e um sorriso de satisfação surgiu em meu rosto. Abri meus olhos, encarando os olhos azuis mais lindos da face da terra. Beijei os lábios macios de Ron apaixonadamente.

- Ah, como eu te amo. –Ele disse, antes de me abraçar fortemente e enfiar o nariz entre meus cabelos, inspirando meu cheiro.

- Digo o mesmo. –Sorri, com a respiração e o coração mais calmos. Nos ajeitamos e cheguei em casa só depois da meia noite, pois fiquei paranóica sobre eu estar com cara de quem fez coisa errada.

- Mamãe vai perceber, mamãe vai perceber... –Fiquei repetindo com a voz chorosa.

- Quanto drama, Mimi. –Arqueei uma sobrancelha. Mimi? Sério? – Ela não vai perceber, só se você sair correndo gritando pela casa que você fez coisa errada com seu namorado dentro do carro. –Ron falou debochado e semicerrei meus olhos para ele.

- Óbvio que não vou fazer isso.

- Então não entre em pânico, dramática. –O ruivo me beijou calmamente. – Tenha uma boa noite, durma com os anjinhos, sonhe comigo e não esquece que te amo. -Sorri

- Boa noite, durma com os anjinhos e sonhe comigo também, amor. Nem você esqueça que eu te amo. –Dei um último selinho nele e sai do carro.

- Hey, obrigado por essa noite. –Ele piscou e senti minhas bochechas corarem.

- Eu que agradeço. –Soprei um beijo e ele fez o mesmo, ligando o carro e fazendo a volta. Quando Ron desapareceu pela neblina que descia durante a madrugada, soltei um suspiro involuntário e voltei a realidade, percebendo que teria que enfrentar uma mamãe brava porque não retornei suas quatro ligações perdidas. 

Abri o portão e entrei calmamente, cuidando para não fazer barulho. Abri a porta de casa e a maldita fez o maior do rangido, como se quisesse me entregar mesmo. Minha vontade foi de chutar essa porta infernal que nunca havia feito um barulhinho, só que resolveu fazer bem agora. As luzes se acenderam e me deparei com uma mulher mais baixa que eu de cabelos castanhos e lisos bem bagunçados como se ela houvesse acabado de levantar da cama. A mulher mantinha as mãos na cintura e uma expressão raivosa no rosto.

- M-mãe? –Gaguejei dando um sorriso torto, um pouco mais feliz por ela não estar com nenhum objeto pontiagudo na mão.

- Quando eu disse “divirta-se”, não foi com o intuito de fazer essa diversão durar até depois da meia noite e a senhorita não retornar minhas ligações. –Sabia que ignorar o meu celular durante meus amassos com o Ron não daria certo.

- Mãe, a diversão durou até agora, mas não bebi nem injetei drogas, ok? –Falei com um tom mais debochado do que deveria. Eu não podia estar enfrentando a fera, não mesmo.

- Fico feliz que pelo menos isso você não fez. –Suspirei e me aproximei dela.

- Desculpa? Eu estava com meus amigos e a salvo, mãe. –Fiz bico e minha mãe cruzou os braços em seu peito.

- Tem celular pra que?

- Estava no silencioso sem querer. –Menti, sentindo remorso, pois nunca precisei mentir para minha mãe e agora as mentiras vinham como uma avalanche.

- Hum, certo. Me esqueci que daqui a cinco meses só faltarão um ano para que minha menininha que antes brincava de boneca, vá se cuidar sozinha. Voar feito um passarinho... –Sério? Discussão emocionante logo agora?

- Mamãe...

- Meu peixinho irá se distanciar de mim e nadar sozinho em mar aberto... –Suspirei e a abracei, escutando um soluço.

- Vai descansar, mamãe. Papai deve estar te aguardando lá em cima.

- Seu pai está é roncando depois do calmante que dei a ele para impedi-lo de ir até a pizzaria te buscar pelos cabelos. –Arregalei meus olhos. – Pois é, você tem uma mãe perfeita.

- A melhor mãe do mundo! –Sorri e dei um beijo estralado na bochecha dela, que deu um sorriso fofo.

- Vá se deitar antes que seu pai perceba. Tenha bons sonhos!

- Obrigada igualmente, mãe. –Soprei um beijo a ela e subi as escadas descalço, para evitar mais barulho. Passei pelo quarto dos meus pais prendendo minha respiração para que nem ela fosse ouvida. Entrei em meu quarto e me joguei na cama, que por sorte não rangeu feito a porta demoníaca lá de baixo.

  Me desafiei a tomar um banho rápido e silencioso, e consegui tirando o fato de que quase cai escorregando no piso molhado, mas tudo bem. Coloquei um pijama curto qualquer e liguei meu ventilador no mínimo, para apenas fazer uma brisa em mim.

Escutei um miado desesperado na porta do meu quarto e a abri, dando de cara com um Bichento manhoso. A porta do quarto de Sophia estava aberta indicando que meu gatinho ruivo havia feito o escambau para sair de lá e ir para meu quarto, percebendo minha chegada.  A bela luminária de flor do quarto da minha irmã estava acesa, indicando que ela é igualzinha a mim quando eu era criança, morria de medo de escuro.

(Luminária: http://www.wdicas.com/wp-content/uploads/2011/03/lumin%C3%A1ria-infantil-para-quarto-menina-flor.jpg)

Fechei a porta do quarto dela e voltei para o meu, apagando a luz e jogando meu corpo cansado no colchão. Apaguei a luz do meu abajur, mas antes disso ri baixo refletindo sobre o quão louco meu namorado é. Com ele faço coisas que nem em minha outra vida eu pensaria em fazer, e essa é a verdadeira diversão do negócio.

Bichento se aconchegou ao meu lado e fiquei afagando seu pelo sedoso para ouvir seu ronronado e adormecer como se estivesse sendo ninada.

...

Levantei da cama depois das dez e meia super disposta, só que já aguardando levar a bronca do meu pai quando aparecesse no andar de baixo, onde vozes já eram audíveis. É, sei que sou pessimista de vez em quando, ou melhor, realista. Papai não era desses que iria começar a brigar comigo, depois passar para um discurso que o faria choramingar e então me abraçaria e me perdoaria. Ele era difícil de driblar e mentira com meu pai não tinha vez, ele descobriria a verdade uma hora ou outra. Já vou preparando minha bunda para receber algumas chineladas.

Fiz minha higiene matinal, vesti uma regata e uma saia de pregas para facilitar minha fuga quando papai pegasse sua cinta de couro e corresse atrás de mim com ela gritando ameaças. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e sai do quarto olhando para todas as direções, procurando por um homem de cabelo castanho claro feito o meu e me lançando um olhar mortal, só que não vi ninguém.

Desci as escadas correndo e olhei para a cozinha, onde meus pais estavam. Treinei meu melhor olhar de inocente e cheguei na cozinha, pegando uma torrada em cima da mesa e passando geléia de framboesa. Sentei na bancada e mordi minha torrada, escutando um pigarreado.

- Bom dia! –Falei sorrindo para meus pais, minha mãe retribuiu o bom dia, já meu pai... Bom, a gente discutiu um pouco. Ele questionou o horário que voltei, o porquê que voltei aquela hora... Mantive meu tom calmo e olhar inocente, pois o que eu menos queria agora era ficar de castigo. Sexta eu TINHA que ir para Disney com meus amigos, já virou uma necessidade.

Por sorte, fui perdoada e tive o consentimento para poder ir para a Disney, só que eu não podia falar para Sophia, se não ela iria querer ir junto e eu não teria escolha, teria que carregá-la pelo parque de um lado para o outro, e isso estava fora dos meus anseios.

Passei o resto do dia comemorando internamente, tentando não demonstrar muito minha felicidade, mas estava impossível. E nem venha me achar infantil, pois qualquer um ficaria feliz em ir para Disney, não é? Talvez Tessie e Muriel não ficariam feliz, pois reclamariam o passeio todo só que... Mas que merda eu estou fazendo em pensar nessas velhas? Já me livrei das duas desde que deixei a fazenda então, é bom parar de relembrá-las até por pensamento.

  E os dias passaram, eu passava as horas brincando com Perebas, com Bichento, o gato mais ciumento da face da Terra, brincando com Sophia, boiando, assistindo tv, planejando secretamente o passeio com minhas amigas. Só que quanto mais ansiosa você está, menos as horas andam, é o inferno.

...

E até que enfim, o maldito dia chegou. Eram seis horas e eu estava inquieta aguardando a buzina de Ron chegar aos meus ouvidos, sentada no sofá, balançando as pernas nervosamente, vestindo um shorts jeans confortável, uma t-shirt com estampa de panda, pois até meu namorado sabe que eu amo pandas, uma jaqueta de malha fina amarrada na cintura, all star preto e uma mochila com coisas que eu precisaria, como toalha nos brinquedos que me molhariam.

Até que um barulho de motor sendo desligado e uma buzina soou, pulei do sofá e gritei um tchau esganiçado para meus pais.

- Voltei aqui, se despeça direito menina. –Ri, recebendo um beijo em meu rosto. – Se cuide e pelo amor de Deus, retorne minhas ligações.

- Pode deixar, mãe! Tchau pai! –Gritei e ele me puxou para um abraço.

- Chegue depois da meia noite que você vai ver o que é bom para tosse. –Mostrei a língua para meu pai e esquivei de uma cutucada na costela.

- Beijo, gente! –Escutei alguns “divirtam-se” e corri para o lado de fora.

- Olha só, a criançinha está mais ansiosa do que todos nós juntos. –Harry e Gina que estavam dentro do carro com a janela aberta riram alto com Rony.

- Vocês que são sem graça e não entram no espírito da coisa. –Eles riram mais ainda e o ruivo me puxou para um beijo rápido.

- Só não te dou um oi decente, pois estamos atrasados. Entre no carro, criançinha linda do papai. –Bufei e ele riu. Adentrei no carro, dando oi para Gina e Harry e colocando meu cinto de segurança.

  O trajeto até a Disney da Califórnia levou cinqüenta e um minutos, só que foi muito bem aproveitado, pois ficamos discutindo em quais brinquedos iríamos e não iríamos. Eu já disse que iria em todos, recebendo palmas de um namorado orgulhoso pela namorada corajosa.

Chegando próximo ao parque já visualizei píer com a roda gigante com a cara do Mickey e a montanha russa que eu prometi que iria sem medo algum. Escutando os gritos de quem já estava no brinquedo fez um calafrio passar por mim.

  Cho, Cedrico, Luna e Mc Laggen já nos aguardavam no estacionamento enorme do parque. Desci do carro saltitando e os meninos ficaram rindo da minha alegria.

- Quero ver se vai ficar feliz assim na hora de ir na montanha russa, Mionezinha. –Diggory disse, bagunçando meu cabelo que estava preso em um coque. Mordi sua mão me livrando dele e arrumei meu cabelo.

- Isso mesmo Mione, morde ele, eu deixo. –Cho disse e eu ri alto.
  Adentramos no parque já dando de cara com o Mickey e lá foram as meninas mais contentes do local tirar fotos que mais fotos com ele. Percebi o quão loucamente feliz nós estávamos, quando vi uma menininha de uns seis anos nos olhando como se tivéssemos com melancias na cabeça. Ela até deixou o sorvete com o formato da Minnie cair no chão quando Cho deu um berro histórico quando visualizou o Pateta mais longe.

- Viu Ron? Não sou só eu a criançinha feliz. –Falei e todos os meninos riram quando corremos para perto do Pateta, tirando mais algumas milhões de fotos.

Depois de darmos uma boa volta no parque, resolvemos ir no primeiro brinquedo do dia, o Silly Symphony Swings, uma espécie de balanço em que vai girando e ganhando altura.

- Todos estão de acordo em ir? –Rony perguntou, sempre muito cuidadoso com os amigos, e todos assentiram. – Tem certeza de que querem ir? É muito radical gente. –Debochou o ruivo e nós rimos.

- Ron, chega de enrolar, vamos! –Entrei na fila que não estava tão grande, o que era ótimo, mas ainda para um parque tão conhecido.

(Silly Symphony Swings: http://www.youtube.com/watch?v=qBsrjwrjUMI)

Sentamos nos balanços e Rony foi ao meu lado, Gina e Harry atrás de nós, Cho e Cedrico em nossa frente e mais a frente, Luna e McLaggen. O brinquedo começou a girar e até ai tudo bem, só alguns gritinhos pós emoção. Só que depois que ele ganhou altura, a japonesa na minha frente começou a... Espera ai, ela não gritava, ela estava cantando! Oh céus, que vergonha.

- I BELIEVE I CAN FLY!!! I believe I can touch the sky... –Cantava, ou melhor, berrava a japinha de braços abertos fingindo que voava, Cedrico só ria. Os outros gritando e nós tendo uma crise de risos, até a mulher que controlava o brinquedo começou a rir por causa da gente, era contagiante.

Depois de ter a barriga doída por causa das risadas, fomos no Goofy's Sky School, que Cedrico achou ideal para Cho, só que ela não sabia que a atração era para crianças, até que sentamos no carrinho e ele começou a andar calmamente pelos trilhos.

- Isso é um brinquedo infantil!

- Ah é amor? Sério que você percebeu só agora? Viu, eu falei que era ideal para você. –Eu diria “pobre Diggory” se ele não merecesse os tapas levados. Se fosse Rony que tivesse dito isso para mim, eu o espancaria durante o passeio “super emocionante” também.

(Goofy's Sky School: http://www.youtube.com/watch?v=SjxKPajj1hw)  

Já se passavam das onze horas e estávamos zanzando pelo parque conhecendo cada local e eu estava me sentindo uma criança novamente. Nunca fui uma criança qualificada como “normal”. Sempre tive Q.I acima da média, preferia ler um livro a brincar de boneca... E estar nesse parque com meus amigos estava me mostrando o que seria uma infância “normal”, e era maravilhosa.

- Depois do meio dia vamos comer e ir nos brinquedos que nos molharão, o bom agora é ir na montanha russa. –Ron disse. Estávamos sentados em alguns bancos distribuídos pelo parque, cada menina no colo de seu namorado.

- Concordo. Vamos? –Falou Cedrico com os olhos brilhando.

- Eu não quero ir, vou passar mal. –Luna disse com sua voz suave chorosa, McLaggen abraçou a namorada e beijou carinhosamente a testa dela.

- Fico contigo amor, nunca fui fã de montanhas russas mesmo. –A loirinha sorriu e deu um beijinho de esquimó em McLaggen. Argh, casalzinho fofo.

- Certo. Quem vai então? –Perguntou Diggory. Ele e Ron levantaram a mão, mantive minha mão abaixada e recebi olhares confusos.

- Amor, você não ia? –O ruivo questionou.

- E ainda vou! –Levantei a mão com convicção e todos riram. – Cho, vai! Por mim! –Fiz bico para a japinha.

- É amor, vai! Juro que seguro sua mão. –Cedrico falou sorrindo para a namorada.

- Eu vou, que droga! –Gritou ela para todos que estivessem por perto ouvissem.

- Então vamos! –Caminhamos animados até o píer e até ai eu estava com a coragem acima do normal no momento, só que quando eu avistei aquela montanha russa enorme e escutei os berros de quem se “divertia” no brinquedo, fiquei a um passo de desistir. Entramos na fila e me agarrei no braço de Ron.

- O que houve, amor? –Ele perguntou com o tom de voz divertido. – Não vai desistir, não é?

- Óbvio que não. –Falei tentando soar confiante, só que minha voz soou trêmula.

- Se quiser desistir...

- Eu não vou desistir! –E dessa vez soou com bastante confiança. Quando eu botava algo na minha cabeça, eu ia até o fim, oras.

Quando nossa vez chegou, um calafrio passou por mim e eu o ignorei, sentando em um dos locais vazios, Rony sentou ao meu lado e logo veio um cara arrumar trancar nossas proteções. Cho estava tão confiante quanto eu, ou tentava aparentar confiante. A montanha russa começou a escorregar pelos trilhos lentamente e escutei um “Bom passeio” vindo do cara que arrumou nossas travas.

Enquanto ia devagar, eu estava contente. Só que uma hora algo puxou os carrinhos para trás e o mesmo carinha fez uma contagem regressiva, quando chegou no um, os carrinhos foram lançados para frente em alta velocidade, o que fez um grito escapar da minha garganta.

- QUE DROGA! –Berrei e Rony ria alto ao meu lado. Cho, que estava no carrinho de trás com Cedrico quase chorava.

- CEDRICO DIGGORY, EU VOU TE MATAR! SEU FILHO DE UMA CADELA, DEIXA SÓ ISSO ACABAR PARA VOCÊ VER! –Cho gritava descontrolada e eu cai na gargalhada, o que me impediu de berrar sem parar nas quedas altas e nas curvas que o brinquedo fazia. – SEGURAR MINHA MÃO UMA OVA, VOU ARRANCAR SUAS BOLAS COM MEUS DENTES QUANDO ESSE INFERNO TERMINAR! –Eu só conseguia escutar as gargalhadas altas que Cedrico dava, ele não tinha noção do perigo, não?

O trajeto todo foi resumido em gritos de uma japonesa totalmente fora de si, meus risos, os risos do Ron e do Cedrico. Eu jamais imaginei que iria morrer de tanto rir num brinquedo desses.

Saindo da montanha russa, Diggory teve que fugir da namorada violenta toda descabelada que jurava que iria ficar viúva, mas mesmo assim iria matar o namorado. McLaggen e Luna que não entenderam o motivo dos berros e dos risos no brinquedo, explicamos o motivo e os dois caíram na gargalhada, até Cho ficou mais calminha e disse que se divertiu.

(California Screamin' : http://www.youtube.com/watch?v=v_cHDsHuMbE)

- Agora vamos relaxar, por favor. –Implorou ela e resolvemos ir comer em um local que parecia agradável. Optamos por fast-food mais leve, mesmo com os meninos querendo comer hambúrgueres com bacon, ovo e outras frituras que não fariam nada bem a eles, então nós meninas tivemos que intervir e agir como mamães, os proibindo de comer frituras.

Depois do almoço, relaxamos próximo ao píer, observado a água e aproveitando o sol agradável que fazia. Tendo absoluta certeza de que ninguém vomitaria, fomos no brinquedo que envolve água, o Grizzly River Run. Creio que fui eu quem mais se molhou, as quedas d’água ficavam me buscando, é sério.

- Vou invadir o banheiro e te secar, amor! –Gritou Ron antes que eu entrasse no banheiro feminino para trocar de roupa, pois a minha estava ensopada. Uma velhinha que entrava no banheiro também, olhou para meu namorado como se ele fosse um maníaco. Ele tem que aprender que algumas coisas não se devem falar gritando, ainda mais quando se dá para maliciar.

- Fala mais alto que não escutei, menino discreto. Vai acabar sendo preso por invadir o banheiro feminino! –Falei e ele deu de ombros. Ri e fui trocar de roupas.

Nós estávamos passeando pelo parque indo naqueles joguinhos que se você acertar a bola dentro da boca do palhaço ganha um bichinho de pelúcia, ou você pesca um peixinho e o número que tiver embaixo é o número do seu prêmio e tal... Nós meninas ordenamos que os meninos ganhassem todos os prêmios para mostrar que nos amam. Em um dos jogos, Rony ganhou o “Sulley” de “Monstros S.A” de pelúcia muito fofo.

(Sulley: http://i.s8.com.br/images/toys/cover/img5/21877235_4.jpg)

- Mi, vou dar o Sulley pra você, pois foi o único prêmio que recebi, mas o mais importante. Toda vez que você sentir medo de monstros a noite, você abraça o Sulley bem forte e pense que ele sou eu, pois sempre vou te proteger. Ele protege a Boo dos outros monstros no filme, não é? –Assenti sorrindo. – Então. Agora o Sulley protege você e a Boo. –Meu sorriso se abriu mais ainda agora em um sorriso apaixonado, abracei Ron quase o esmagando. Argh, ruivo mais lindo.

- Seu fofo. Eu te amo! –Ele sorriu e acariciou meu rosto, me beijando calmamente.

- Eu também, minha linda. Agora, pegue o Sulley que ele é seu! –Rony me entregou a pelúcia e eu sorri, abraçando o bichinho azul.

Passamos o resto do dia indo nos brinquedos que faltavam, como o “Twilight Tower of Terror”, um da pequena sereia que eu particularmente achei adorável demais, na verdade eu e as outras meninas, já os meninos insensíveis nem acharam graça alguma na atração infantil bonitinha. Fomos em mais algumas atrações em 3D, vimos o desfile dos personagens e tirei várias fotos com um cara vestido de “Sulley”, fui mais uma vez na montanha russa por causa da insistência dos meninos e quando começou a escurecer, resolvemos ir embora, por mais que eu quisesse muito ficar. Me despedi dos outros, agradecendo pelo dia incrível e fomos para casa.

Eu estava dentro do carro ao lado do meu namorado a caminho de casa, agarrada com meu Sulley de pelúcia, com um balão de gás hélio sendo impedido de voar livremente graças ao teto do automóvel e comendo um picolé com o formato da cabeça do Mickey. Eu comia um de morango, Gina comia de creme, Harry de chocolate e Ron de vez em quando parava de prestar atenção na estrada para mordiscar meu picolé.

Hoje havia sido um dia tão perfeito, quase surreal. E eu provavelmente chegaria em casa contando pra Deus e o mundo como foi meu passeio na Disney California. Rony estacionou na frente de casa passando um pouco das sete e meia da noite, dei um beijo carinhoso nele e dei tchau para Gina e Harry. Mamãe apareceu no portão, prolongando a despedida, pois ficou babando no meu namorado, é claro. Ela também insistiu que eles ficassem para o jantar, ai apareceu meu pai para salvar os coitados. Depois que eles foram embora, adentrei em casa saltitando, pronta para contar tudo que vi e tudo que fiz.

- Hermione, avisei para ser discreta sobre ter ido na Disney e você me aparece com um bichinho de pelúcia e um balão da Minnie? –Dei um sorriso inocente.

- Mamãe, o Sulley foi o Ron que me deu, e o balão... Ah mãe, a senhora sabe que eu amo balões desde pequena. Aliás, quem não ama balões? –Ela riu e sacudiu a cabeça.

- Eu não amo balões! –Disse meu pai adentrando na sala onde eu estava com minha mãe.

- Seu desagradável. –Bati nele com meu balão e ele riu, me puxando para um abraço de urso e fingindo que ia estourar minha cabeça da Minnie flutuante. – Estoure meu balão e estourarei seus miolos, papai. –Finalizei o dia assim, com um pai me provocando e com uma mãe rindo das nossas infantilidades.


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Notas finais do capítulo

gente, primeiramente queria agradecer pela compreensão de todas sobre eu mudar a data da postagem e quero esclarecer que isso não irá mudar nada na minha história, ela continuará a mesma de sempre, do jeito que vocês gostam :D
eeeenfim, gostaram do capítulo meninas? :3 Houve alguma parte preferida? :D só uma curiosidade: manu também ama balões, tanto que um dia a manu roubou um balão de uma criança. MUAHAHAHA Ok, parei de falar em terceira pessoa HAHAHAHAHAHAH
não esqueçam de deixar suas opiniões! beijinhos e até o próximo capítulo ;*



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