The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 23
Only you make me feel like this


Notas iniciais do capítulo

HEY FOFINHAS! Tudo bom com vocês? E chegou mais um dia de postagem sem atrasar, yey o/ Tenho uma novidadeee, tirei 8.3 na prova de matemática que substituiu meu 4.5, por isso não fiquei sem internet! Bom isso? Sim ou óbvio? HAHAHAHAHA
aaah, devido as reclamações de leitoras bravas por causa da Gina, resolvi dar uma folga pro Ron e pra Mione. Querem safadezas? TENHAM SUAS SAFADEZAS, leitoras safadenhas do meu coração. u_u HAHAHAHAH
beijinhos e até a próxima :*



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Rony POV

Me acordei com Hermione se debatendo ao meu lado, parecendo que estava com crise de falta de ar. Desesperado, fui logo tentando acordá-la, pois quando era pequena já teve uma crise bem feia de bloqueio dos pulmões, e a chance de estar ocorrendo de novo me apavorou.


– Hermione? Hermione, acorda! –Gritei, percebendo que sacudi-la não estava adiantando. Ela foi abrindo os olhos até que me encarou assustada.

– O que houve? –Perguntou enquanto ofegava.

– Você teve um pesadelo, começou a gritar e parecer que estava com falta de ar. –Ela limpou o suor da testa e inspirou.

– Mas já passou, não é? Vamos voltar a dormir. –Por mais que eu ainda estivesse preocupado, decidi me deitar novamente só que manter meus ouvidos alertas a cada barulho que ela fizesse na cama. Hermione se aninhou em mim e percebendo que rapidamente ela entrou em um sono leve, fechei meus olhos e fiquei aguardando. Só que o cansaço me dominou e cai em um sono profundo, o que me impediu de ver qualquer movimento da minha namorada.

Abri os olhos sentindo falta do calor do seu corpo no meu e percebi que ela não estava mais lá, levantei e fui procurá-la no banheiro, ela não estava no quarto. Caminhei pelos corredores, desci as escadas, fui na cozinha sabendo que ela poderia ter ido tomar água e o cômodo estava vazio, depois de revistar a casa inteira senti um aperto no coração, ela poderia ser sonâmbula, não poderia?

E se Hermione tivesse saído de casa e andasse inconciente pela fazenda? Corri para fora angustiado e olhei para os lados, percebendo as luzes do estábulo acesas. Os cavalos é que não iriam acendê-las sozinhos.

Fui rápido até lá e adentrei pela porta semiaberta, onde pude ouvir a voz suave dela, o que me acalmou. Percebi que ela conversava com Lua e penteava sua crina, como eu não havia pensado nisso! Quando era mais nova, Hermione me contou que amava pentear cavalos e que isso a deixava calma! Com pude ser tão burro...

Caminhei em passos leves, não querendo assustá-la, mas parece que minha tentativa foi frustada, ela se virou e deu um grito.


– Calma amor, sou eu! –Hermione pôs a mão no peito enquanto arfava.

– Você quer me matar de susto?

– Não, acho que VOCÊ quer me matar de susto! Como sai assim sem avisar? –Perguntei indignado.

– Não queria te acordar... –Fui caminhando até ela.

– Mas queria me matar de preocupação? –Coloquei uma das mãos na testa, visivelmente alterado.

– Desculpa, amor... –Se aproximou de mim com um bico adorável nos lábios e me abraçou. – Eu estava angustiada por causa do pesadelo, ai resolvi vir aqui para me acalmar e fazer o sono voltar, eu estava quase indo para cama já. –Não resisti e retribui o abraço, feliz por tê-la em meus braços novamente.

– Te desculpo. Agora... Quer voltar para o quarto?

– Não estou com sono, sinceramente. –Ela resmungou e me beijou suavemente.

– Sei de uma coisa que pode te deixar cansada... –Desfiz o nó que prendia seu roupão e ela sorriu.

– E o que seria?

– Sempre se fazendo de desentendida, não é? –Repeti sua frase do dia em que rolamos na lama, arrancando uma risada dela.

– Não estou me fazendo de desentendida. Já que não quer me falar o que seria, me mostre... –Hermione se pôs na ponta do pé e beijou meu pescoço. Ah... Aqueles lábios aveludados, ainda iriam me matar um dia desses.

– Com muito prazer, senhorita Granger. –Sorri, deslizando o roupão por seu corpo, aproveitando para delinear suas curvas delicadas com minhas mãos. Coloquei seus cabelos em cima de seu ombro direito, para poder passar a língua de leve em seu pescoço e beijá-lo. Acariciei seus braços arrepiados e ela arfou em meu ouvido, se agarrando em meus cabelos.


Um vento frio que adentrou pela fresta da porta aberta do estábulo, somado com meus toques sutis, mas provocantes, fizeram com que os seios de Hermione se enrijecessem por debaixo da sua blusa fina do pijama, o que fez minha cabeça rodar só de olhá-los.

Suas mãozinhas suaves acariciavam minhas costas enquanto nos beijávamos lentamente, nos deliciando com a dança envolvente de nossas línguas. Quando suas unhas deslizaram em mim, um arrepio forte subiu pelo meu corpo e perdi o controle, beijando-a com mais intensidade e voracidade.

Me livrei rápido de sua blusa e nos encostei na parede de madeira do celeiro, enquanto acariciava seu belo corpo, gravando cada centímetro de sua pele macia. A cada toque, um arrepio de ambos, uma arfada, um sussurro provocante, um gemido baixo.

Ela me ajudou a tirar seu shorts e depois disso, suas mãos insistiam em tentar tirar minha calça de moletom, era engraçado ver sua necessidade disso, por mais que eu não fosse o mais controlado da situação. Mas resolvi ajudá-la, livrando-me da calça e ficando só de box.


– Amor... Não é melhor nós... Irmos para o quarto? –Hermione perguntou entre beijos, com a respiração um pouco ofegante.

– Você acha que consegue resistir até lá? –Desci uma das minhas mãos pelo seu busto, pela sua barriga e chegando em sua intimidade, que clamava por mim. Ela se agarrou em mim, querendo intensificar o contato, mas parei por ali, provocando-a.

– Mas é loucura... Estamos em um celeiro, Ron... –Mordi seu pescoço de leve e sorri.

– Os cavalos não vão contar o que fizemos. E uma loucura de vez em quando não mata ninguém, delícia. –Ela estremeceu e se jogou em meu colo, como se fosse uma resposta silenciosa de que ela queria continuar.

Arranquei sua peça íntima a beira da loucura e me livrei na minha, coloquei-a em cima de um monte de feno com serragem por cima, não era uma cama box, mas dava de fazer o que queríamos.


– Amor, a proteção! –Hermione me lembrou e peguei minha calça de moletom, enfiando a mão dentro do bolso e retirando o pacotinho de lá. – Sempre preparado... –Ela sorriu maliciosamente.

– Desde a sua promessa de ontem, andei com isso vinte e quatro horas por dia. –Sorri da mesma maneira e vesti a proteção em meu “amiguinho” que já doía de tanto clamar pela minha namorada.

Depois de estar devidamente previnido, fui até ela e sem nenhum aviso, me movimentei firmemente dentro dela, o que arrancou um gemido alto de sua boca.


– Amor, assim você vai acordar os outros. –Brinquei, sabendo que a possibilidade de isso ocorrer era de uma em um milhão, já que todos lá de casa dormem profundamente.

– Então não faça mais isso! –Nem liguei para seu pedido, continuei com os movimentos fortes e rápidos, que me faziam revirar os olhos. Ah, como eu sentia falta do seu corpo úmido e quente.

Todas as vezes que percebia que Hermione estava quase em seu clímax, diminuía a velocidade querendo fazer que aquilo durasse mais, só que sem querer eu estava deixando-a louca, uma hora ela tentou até me bater por causa disso. Já cansada das minhas brincadeiras intencionais, trocamos de posição.

Ah... Aquele sobe e desce dela me deixava louco. Agarrei em seu quadril intensificando os movimentos e quando via que minhas mãos iriam deixar marcas, aliviava a pressão dos meus dedos, mesmo sendo impossível com ela rebolando em mim.


– Amor... Você vai me... Matar! –Falei fazendo um esforço absurdo para não gemer alto.

– Prove... Do seu veneno! –Ela sorriu diabolicamente enquanto ofegava. Hermione mordia meu pescoço e sussurrava safadezas em meu ouvido, me deixando a beira do precipício.


Mas uma hora não agüentei mais, levantei e peguei-a no colo, colocando-a contra a parede e me movimentando da forma que eu quisesse, de preferência rapidamente e intensamente.

Ela revirava os olhos e gritava meu nome, vi seu clímax chegando e comecei a estimulá-la para que ela ficasse em sua nuvem de prazer por mais tempo. Hermione tremeu como se estivesse convulsionando em meu colo e seus músculos me apertaram, o que fez com que eu fechasse meus olhos com força e explodisse dentro dela.


Beijei-a para empedir que gritássemos de prazer e quando finalmente meu ápice terminou, abri meus olhos tentando controlar as batidas do meu coração e minha respiração. Sorri enquanto admirava dois lindos olhos cor de mel me encarando. Hermione estava com um brilho de suor em sua pele, a boca entreaberta tentando puxar mais oxigênio para si e nossos corações estavam quase no mesmo ritmo.


– Você é louco. –Ela disse sorrindo, enquanto sua respiração voltava ao normal.

– Errado. Nós somos loucos porque eu te deixo louca. –Dei um selinho nela e sorri. Coloquei-a no chão e peguei um pano limpo sobre um dos armários do estábulo, colocando ele em cima da nossa cama improvisada, logo depois coloquei Hermione em cima dela.

– Vamos dormir aqui?

– Daqui a pouco já amanhece e sumimos daqui, tudo bem? –Ela assentiu e coloquei o roupão sobre seu corpo frio por causa do suor. Peguei outro pano para mim e deitei ao seu lado, cobrindo apenas do meu quadril para baixo, pois já sabia que Hermione deitaria sobre meu peito. Dito e feito, ela se aninhou em mim antes de beijar meus lábios apaixonadamente.

– Eu te amo, meu louco. –Ri baixo e beijei sua testa.

– Também te amo, muito mais do que imagina. Durma bem. –Fiquei acariciando seus cabelos e sentindo seu cheiro de baunilha, que mesmo após nossa relação ardente continuava em sua pele sedosa. Dominado pelo cansado, adormeci rapidamente, refletindo sobre quantas loucuras nós ainda iríamos fazer em toda nossa vida juntos.


...


Hermione POV

Suspirei profundamente antes de me espreguiçar e abrir meus olhos para comprovar se a noite no estábulo foi só um sonho ou real. Olhei para o lado e Rony dormia serenamente com um dos braços me envolvendo, nós estávamos nus, cavalos bufavam e nós dormíamos em cima de uma cama improvisada feita de feno e serragem. É, foi real. Uma das realidades mais deliciosas da minha vida.

Ah... Ronald Weasley ainda me mataria um dia desses. Meu safado lindo, só meu. Só que então me lembrei de uma coisa, a porta estava semiaberta e já estava quase amanhecendo, E SE ALGUÉM TIVESSE NOS VISTO?


Chequei o horário no meu relógio de pulso e já eram cinco e quarenta e cinco, eu sei que as atividades começavam às seis da manhã, mas e se alguém tivesse vindo aqui para alimentar os cavalos ou algo assim? Os animais estavam agitados, alguns bufavam e outros batiam com os cascos no chão, eles não ficariam assim por nada.

Levantei lentamente, tirando o braço do ruivo que me envolvia e ele abriu as pálpebras devagar, revelando seus lindos olhos azuis.


– Que bela forma de acordar, uma deusa nua de cabelos ondulados e olhos cor de mel na minha frente. –Impossível não retribuir seu sorriso fofo.

– Bom dia, meu lindo. –Me abaixei, beijando sua bochecha. - Temos que ir para nosso quarto, já são cinco e quarenta e cinco! –Alertei.

– Todo mundo só acorda às seis horas, não se preocupe.

– Mas os cavalos estão elétricos, acho que alguém veio aqui! –Comecei a me vestir e ele riu por causa da minha preocupação. Senti uma dor em todo meu corpo quando me abaixei para juntar meu shorts, dormir em cima de feno não foi a ideia mais esperta do mundo.

– É que às seis horas é a hora da alimentação deles, e pelo menos quinze minutos antes eles ficam pedindo seu café da manhã, é normal. –Fiquei mais calma, terminando de vestir minha blusa. Rony se levantou e me abraçou por trás, repousando suas mãos em minha barriga.

– Foi bom pra você? –Ele perguntou em uma voz sedutora e eu comecei a rir.

– Não poderia ter sido melhor, gatinho. –Me virei, dando um selinho em seus lábios perfeitos. Ele sorriu e me soltou, indo se vestir. Aproveitei que Ron era lento para se arrumar e fiquei tirando a serragem dos meus cabelos.

Depois disso, fiquei acariciando o potrinho de Tink, para que eu não dormisse em pé, já que dormi por três horas no máximo. A mãe do filhote fez amizade comigo rapidinho, o que não foi o caso de Lua que bufava cada vez que passava na sua frente.


– Amor, o que será que os cavalos pensariam de nós se pudessem pensar? Eles viram tudo.

– Que vão adicionar mais posições em seus acasalamentos, esse negócio do Storm ficar só subindo nas meninas está muito antiquado, agora elas tem que subir nele. –Tive uma crise de risos com isso, maldito ruivo engraçado.

– Vamos? –Depois da nossa crise passa, fomos caminhando calmamente enquanto observávamos o sol tímido iluminando um pouco do céu escuro. Mas antes disso, olhei para trás para confirmar que não havianenhum vestígio do que havíamos feito. Chegando em casa, a porta da frente já estava aberta e eu gelei.

Por favor, por favor, ninguém nos veja.

Fiquei repetindo a frase na minha cabeça, até que Ella apareceu e se assustou com nossa presença naquela hora da manhã.


– O que faziam lá fora, crianças? –Olhei para meu namorando, aguardando que ele respondesse por mim, pois minha mente sonolenta não estava nem a fim de elaborar uma mentira.

– Hermione teve pesadelos às quatro horas da manhã mais ou menos, e não conseguia mais dormir. Eu acabei ficando sem sono também e por isso, resolvermos ir ver os cavalos que estavam agitados, ficamos lá por um tempo brincando com os potrinhos, até que o cansaço nos atingiu e retornamos agora. –Parecia realmente convincente, nada parecido com a mentira gaguejada que eu daria.

– Coitadinhos, devem estar com sono. Vão lá para cima e durmam o tanto que precisarem, não temos coisas importantes para fazer hoje de manhã.

– Mesmo? –Perguntei e ela assentiu.

– O café vocês podem tomar depois, sem problemas. –Pensei um pouco e olhei para Rony.

– Nós vamos lá então. Obrigado vó, se precisar de algo nos chame! –Ella sorriu.

– Tudo bem, descansem. –Sorrimos e subi com o ruivo até nosso quarto. Como era bom deitar em um colchão confortável e me cobrir com um edredom macio novamente. Rony deitou-se ao meu lado e sorriu, me aninhando em seus braços.

– Não se preocupe com o horário, apenas durma. –Por mais que eu me sentisse mal por não ajudar as meninas com o café da manhã, assenti e beijei a bochecha de Ron.

– Ok. Ah, amor... –Ele me olhou, aguardando minha continuação. – Obrigada por todas as loucuras que você me faz cometer, minha vida não teria o sentido que tem agora sem você. –Dei um sorriso sincero e ele deu um beijo carinhoso em minha testa.

– Se depender de mim, vou fazer sua vida ter sentido até que estejamos velhinhos, um ao lado do outro, sentado na varanda de nossa casa com nossos netinhos correndo em volta. –Acariciei seu rosto, sem deixar de sorrir.

– Promete que estaremos juntos até lá? Que vamos ficar lado a lado até que a vida resolva nos levar embora? –Pedi.

– Prometo. Prometo hoje e sempre. –Nos beijamos calmamente e deitei minha cabeça em seu peito, caindo rapidamente no mundo dos meus sonhos em que Rony é o personagem principal.


...

Com o meu corpo já devidamente descansado, abri meus olhos e Ron permanecia agarrado em mim, meu bicho preguiça lindo. Vi a luz do sol adentrando no quarto e olhei no relógio, eram dez e quinze da manhã, hora de levantar!

Levantei com o intuito de não acordar meu namorado e juntei um shorts jeans e uma t-shirt confortável dentro da minha mala, me mandei para o banheiro e tomei um banho delicioso.

Lavei meus cabelos com cuidado para tirar toda a serragem restante, ouvi o barulho da porta se abrindo e era o ruivo, sempre interrompendo meu banho.


– Posso me juntar? –Ele sorriu e fiz uma expressão pensativa.

– Vem, mas já vou avisando que estou acabando meu banho. –Ron fez bico e se despiu, entrando no box comigo.

– Se eu não estivesse com meu corpo doído por causa da nossa loucura de ontem, iria fazer esse banho durar horas. –Meu corpo se arrepiou apenas com suas palavras.

– Temos muitas loucuras para cometer ainda, amor. –Me recordei da minha lingerie de coelhinha que trouxe só para zuar, mas já estava planejando um momento de usá-lo.

– Óbvio que temos.

– Hoje à noite, por exemplo...

– Como assim?

– Nada, nada. –Sua expressão curiosa me fez rir.

– Ah... Me conta! Não vai me deixar curioso, né?

– Vou sim. Agora, tome seu banho que o meu eu já finalizei. –Entreguei a ele o sabonete e sai do box, rindo mais ainda da sua cara confusa. Enquanto secava meu corpo, Ron me olhava como se quisesse me comer com os olhos, era vergonhoso, mas eu estava adorando.

– Amor, por que você tem que ser tão gostosa? –Apenas ri, enquanto ruborizava. - Olha o que você faz comigo. –Percebi seu amiguinho de baixo já animado, encarei como um elogio. Pobre Ron, teria que aliviar sua tensão sozinho.

– Esse corpinho foi mamãe que deu. E seu problema, resolva isso você. –Dei um sorriso travesso e sai do banheiro enrolada na toalha, nem deu tempo de vez sua cara indignada. Me vesti no quarto e deixei meus cabelos molhados mesmo, aguardei Ron terminar seu banho admirando a paisagem na varanda.

Depois que o ruivo terminou de se arrumar, desci com ele e todos já estavam acordados, alguns na sala, alguns do lado de fora. Todos nos cumprimentaram com um bom dia, retribui sorrindo. Percebi a falta de duas velhas carrancudas, deviam estar fazendo macumba contra nós.

Peguei uma maçã verde em cima da mesa e só comi aquilo mesmo enquanto assistia tv com as meninas, tio Bilius, Arthur, Harry e Gui. Timus e os gêmeos estavam treinando jogadas de futebol americano na frente de casa.

Gina pediu licença e sumiu escada acima, logo depois foi Harry que subiu. Hum... Sinto cheiro de atracamento. Ótima hora para me vingar das interrupções de Gina.


– Vou lá escovar meus dentes, já volto. –Levantei do sofá e subi as escadas, Rony pareceu perceber o que eu iria fazer por causa do sorriso maroto que dei a ele. Fui quietinha pelos corredores até que escutei barulhos de beijo, virei no corredor e vi a ruiva se agarrando com Harry.

– Gente, tenham um pouco de decência, por favor. Tem vários quartos aqui com chaves e tal, não precisam recorrer ao corredor. –Falei em um tom inocente e Gina me fuzilou com os olhos.

– Mione, estou sentindo cheiro de vingança no ar. –Fiz minha melhor cara de desintendida.

– Vingança, vingança por quê? Subi aqui para escovar meus dentes como sempre faço após uma refeição e o que encontro? Dois adolescentes fogosos. –Estava ficando difícil conter minhas risadas.

– O seu quarto fica para lá. –Ela apontou para a direita e Harry riu.

– Amor, é claro que ela está se vingando. Você vive interrompendo seu irmão e ela.

– Hum, vingança justa. Tudo bem Mi, juro que não interromperei mais seus momentos de acasalamento. –Nós três rimos.

– Acasalamento você vai ver, Gigi. Jura mesmo? –Arqueei uma sobrancelha e ela riu.

– Amorzinho, se eu perder o controle e ir interromper os dois, você me pára? –A ruiva fez bico e o moreno riu.

– Paro sim. De que jeito você prefere, te agarrando em um canto pra fazer você parar com essa obsessão ou... –Antes que ele desse a segunda opção, Gina o interrompeu.

– Escolho essa.

– Ok... Já resolvi meus problemas com você amiga, e não estou a fim de saber mais detalhes dos seus atracamentos com meu melhor amigo. –Rimos.

– Tudo bem, você realmente não merece saber. Tudo certo então? –Assenti e ela sorriu, beijando minha bochecha. – Agora desça e nos deixe em paz. –Gargalhei alto.

– Beleza. Beijos e ótimos atracamentos para vocês! –Mandei beijos soprados e desci as escadas correndo.

– Se vingou, amor? –Foi o que Ron perguntou quando me viu.

– Vinguei. Ela prometeu não nos encher mais. –Ele riu enquanto todos nos olhavam com cara de “sobre que merda eles estão falando?”.

– Ótimo. –O ruivo piscou e eu sorri, indo me juntar com eles novamente.


Ficamos mais algum tempo vendo tv e Ella planejou um piquenique na colina da fazenda, eu fiquei sem saber o que era essa colina, pois era surpresa. Argh, odeio surpresas e odeio ficar curiosa.

Depois, como de costume, fui ajudar a fazer o almoço. Ella e Nina resolveram fazer uma grande tigela de panquecas de camarão, arroz e reaproveitar os legumes e verduras que sobraram de ontem. Gina foi tentar girar a massa da panqueca dentro da frigideira e quase fomos atingidas por uma panqueca voadora, pois é. Já eu nem tentei para que não ocorresse isso comigo também, preferi ficar cuidando do arroz e fazendo as saladas mesmo, era mais seguro.

Por mais que o almoço não tivesse sido o mais elaborado da semana, tudo ficou lindo e delicioso, como sempre. Soube disso só provando um pouco do camarão com molho secreto de Nina.

Anunciamos o almoço e tio Bilius foi o primeiro a chegar, o mais esfomeado da família. Depois de agradecermos todo o alimento que estava na mesa, começamos a nos servir. Tive que brigar com Rony para que não enchesse demais o prato, além de ter o segundo nome igual o do tio Bilius é esfomeado também.

E desde que Ron era criança até nos dias de hoje, ele repete a mesma frase quando brigo com ele por causa de sua gula: “O que foi? Estou com fome!”. Por que tudo que esse ruivo faz eu acho terrivelmente fofo?

Terminando o almoço, Ella mandou os meninos arrumarem a cozinha rápido porque depois iríamos fazer os pratos para o pequinique. Eles pareciam ter medo dela, pois toda vez que ela ordenava algo, eles obedeciam sem questionar. Bem que eu queria ter esse poder todo de controlá-los.

Aguardamos na sala vendo programas de culinárias, tudo o que a mulherzinha gorda de cabelos mal pintados ensinava, Nina dizia que já sabia fazer aquilo, e várias vezes ela corrigiu a mulher da tv dizendo que tinha que por menos ovos, que podia ficar menos tempo fervendo e outras coisas, era engraçadíssimo de se ver.

Foi necessário uma hora para que a cozinha estivesse brilhando novamente, é sério, do que adiantam oito meninos que trabalhando juntos são bem mais lentos do que só uma mulher trabalhando?

Ella elogiou o trabalhando, pois a cozinha estava realmente limpa. Mas os homens lerdos já levaram uma bronca pela demora. Eles saíram soltando muxoxos e reclamações, Nina foi atrás deles e brigou com cada um, e todos eles abraçaram Nina e ficaram bajulando ela, que se pôs a rir. Era impossível ficar sem gargalhar com esses palhaços por perto, não dá de ter uma conversa séria com eles.

Para o piquenique optamos por frutas frescas com temperos diversos como canela, calda de chocolate, caramelo... E as naturais também. Preparamos sanduíches leves sem ligar para o fato de que os meninos preferem ovo frito e bacon, para beber escolhemos vitaminas de fruta e água gelada. O que mais demorou para fazer, foi com certeza as três tortas grandes de maçã, alimentar dezesseis bocas não era uma tarefa fácil.

Enquanto as mulheres mais velhas cozinhavam seriamente checando o tempero das tortas e escolhendo as maçãs mais bonitas dos pomares, eu e Gina passávamos nossos dedos na massa e comíamos escondidas. Ah se elas nos pegassem, nossa cova já começaria a ser cavada.


– Vamos mostrar como está ficando a torta para nossos meninos? –Gina sussurrou discretamente para mim, recebendo um olhar desconfiado de Fleur que preparava as vitaminas.

– Vamos. Eu distraio a Fleur e você pega um pouco da massa, e vice-versa. –A ruiva assentiu, rindo baixinho e ela sumiu por trás da francesinha.

– Fleur, você acha que é menino ou menina? –Me escorei na bancada vendo Gina passando o dedo indicador na massa e o escondendo atrás das costas.

– Meus sentidos de mãe acham que vai serr uma menine, já Gui torrce para um menino, pois segundo ele não querr ter uma filha com desejos estrranhos quando engrravidar, feito eu. –Rimos, eu sentia pena do pobre Gui, ter uma mulher tão complicada.

– Você tem muitos enjôos, cunha? –Agora era a vez de Gina enrolar Fleur. Caminhei discretamente até chegar no pote contendo a massa, passei meu dedo sempre cuidando para ver se a loira não me observava.

– Só à noite, antes de dorrmir semprre reclamo, o que deixa meu marrido doido. –Ri junto com as duas só para disfarçar. Fiz um sinal de “ok” para Gina e ela se levantou da bancada.

– Pobre mano. Fleur, vou ao banheiro, qualquer coisa avisa a vó! –A francesinha assentiu. – Mi, vem comigo?

– Vou sim, mas vamos rápido. –Saímos da cozinha ainda escondendo nossos dedos e fomos para o lado de fora correndo.

– Eles estão lá! –Apontou Gina para perto do estábulo. Fomos até lá e os homens nos olharam desconfiados.

– Estão com cara de quem aprontou. –Falou Timus e nós duas sorrimos inocentemente.

– Só viemos dar um pouquinho da massa da torta para nossos namorados provarem, vô. –A ruiva fez bico e ele riu.

– Se sua vó pega...

– Nem fale uma coisa dessas. HARRY JAMES POTTER! –O moreno chegou ao lado de Rony, os dois riam.

– Suas safadas, vou lá fofocar para Nina e Ella. –Disse Harry, recebendo um belo tapa em seu braço de Gina.

– Amor, você não vai fofocar, né? –Perguntei para Ron, beijando sua bochecha.

– Hum... Depende. Vai me dar essa massa para eu experimentar ou não? –Ri e levei meu dedo indicador até sua boca, ele lambeu meu dedo e eu estupidamente senti um calafrio percorrer na minha espinha, talvez por causa de seu sorriso malicioso.

– Cara, isso está ótimo. –Falou Harry não querendo soltar o dedo da namorada.

– Concordo. –Rony lambeu os lábios e eu fiquei observando-o com cara de pata. Precisei pigarrear para sair do meu transe e para fazer Harry e Gina pararem de se lamber.

– Vem Gigi, antes que as meninas notem nossa falta.

– É mesmo! Tchau homens lindões que a gente ama! –Acenou a ruiva para eles, que riram.

– Gi, manda Fleur me trazer massa de torta no dedo para mim também. –Disse Gui.

– Está doido? Ela nem faz ideia que viemos aqui. –Acenei para eles e puxei Gina pelo braço, antes que ela perdesse tempo falando com eles. Voltamos para a cozinha e Fleur parecia muito desconfiada.

– Forram constrruir o banheirro parra depois usá-lo, porr acaso? –Rimos para disfarçar.

– Claro que não cunha, é que estou “naqueles dias”. –Gina mentiu, fazendo aspas no ar. – E a Mione foi buscar absorvente na minha mala. –Ela sussurrou, parecendo bem convincente. Por que todos sabem mentir menos eu?

– Hum, então tá. Agorra trratem de se mexer! –Ordenou ela e fizemos posição de sentido, soltando um “Sim, senhora” e começamos a rir.


Fomos terminando de fazer os pratos enquanto eu e Gina brincávamos silenciosamente de guerrinha de comida, ela ficava jogando farinha dentro da minha blusa e eu ia lá e me vingava, até que uma hora Ella percebeu e ganhamos uma bronca. Chacoalhei minha blusa fazendo com que muita farinha caísse no chão e fiz uma cara de susto, o que fez todas rirem.

Depois de tudo pronto só faltou o local ser arrumado, já se passavam das três da tarde e eu é que não iria subir uma colina com várias coisas nas costas nesse sol forte.


– Meninas, vamos subir e nos arrumarmos, já os garotos... TIMUS, venha aqui! –Gritou Ella e vô Timus apareceu prontamente. – Sabe como organizar um piquenique, mande os meninos se mexerem e quem não trabalhar não ganhar torta da vó Ella. Eu e as meninas vamos nos arrumar.

– Amo esse teu jeitinho mandona, docinho. –Ele piscou para Ella que sorriu toda boba. Só eu senti esse cheiro de safadeza no ar?

– Vai logo, neném. Gatinhas, lá para cima! –Antes que eu acompanhasse as meninas pude escutar Rony falando “Sobrou pra gente, vô?”. Ri baixo e subi as escadas, fui para meu quarto e peguei de dentro da mala uma t-shirt branca com estampa preta, um shorts de cintura alta que eu não considero hot pants por não ser muito curto, camisa xadrez, coturno e meu óculos aviador. No meu cabelo fiz uma trança de cada lado para controlar seu lado rebelde. Não demorei mais do que dez minutos para me arrumar.


(Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=47756174&.locale=pt-br)

Na troca de roupas tive que tirar toda a farinha que restava em mim, maldita seja minha melhor amiga. Passei repelente para evitar novamente os interrogatórios de mamãe no final do dia.

Desci até a varanda e percebi que tinha terminado de me arrumar antes que as outras, ou elas haviam me esquecido aqui. Primeira opção, eu acho. Fiquei sozinha aguardando as outras quando meu namorado que tenho absoluta certeza de que quer me matar de susto, me abraçou por trás sem aviso prévio.


– Amor, faça o favor de anuncia sua chegada da próxima vez! –Bufei, me virando de frente para ele.

– Ui assustadinha. –Rolei meus olhos e ele riu. – Sabe por que estou aqui?

– Fugiu do trabalho pesado, preguiçoso? –Ron bufou e eu gargalhei, mordendo sua bochecha de leve.

– Quase isso, joguei a toalha quadriculada na grama, aproveitei a distração dos caras e desci a colina correndo, o que quase resultou em um tombo bem feio. E sabe por que fiz isso?

– Para... Fugir do trabalho pesado, preguiçoso? –Antes que Rony me mordesse como castigo, o empurrei enquanto ria.

– Não, engraçadinha. Vim rápido para ver se eu pegava você durante a troca de roupas. –Mortei minha língua para ele, que riu e abraçou minha cintura. Vi os meninos voltando, cada um com uma expressão nada contente, ri discretamente e fugi para longe, para não me meter em confusão.

– Hey vô Timus, vou levar Hermione até na colina. Estaremos esperando vocês lá! –Antes que os meninos pudessem espancar meu namorado, ele correu comigo. – A propósito, está linda. –O ruivo disse enquanto corríamos, não tive tempo de agradecer porque estava rindo.

Próximo ao lago, viramos à direita, passando por trás de alguns celeiros e andando mais um pouco, avistei uma bela colina com o pico plano, podendo assim fazer um ótimo piquenique. Acalmei meu alterego de criança para não correr em direção do lugar e fomos caminhando lentamente. A calma de Ron ainda iria me matar de ansiedade.


– Agora vem a parte triste. –Ele reclamou, quando chegamos em uma espécie de escada feita para escalar a colina, que nem era tão alta. Maldito drama.

– Preguiçoso. Vem! –Sai na frente, subindo correndo. Ser cheerleader realmente me deu um grande pique para essas situações. Cheguei no cume e observei o local que dava uma vista maravilhosa de toda fazenda, um enorme Oiti crescia no centro da colina dando bastante sombra, mais até do que a necessária para um piquenique confortável.


Na grama verde e bem cortada já estava estendido a grande toalha xadrez vermelha repleta de comida em cima, até de uma almofada para cada um.


– Gostou?

– Que pergunta, Rony. –Ele riu e me abraçou, beijando minha bochecha.

– Adorei sua camisa xadrez, mas ficaria melhor desamarrada... –Rony desfez o nó da minha camisa que a segurava embaixo do meu busto e eu cerrei meus olhos.

– Nem quero saber como sua mente é vinte e quatro horas por dia, só deve ter titica dentro. –Refiz o nó e ele gargalhou.

– Nem queira saber mesmo, melhor para você. –Ri e olhei para baixo, os outros estavam vindo.

– Ok. Agora se recomponha e esqueça seu lado pervertido, é um piquenique em família Rony, e nada te dá direitos de me envergonhar na frente de todos. –Falei e o ruivo riu.

– Tudo bem, chatinha. Até seu jeitinho implicante eu gosto, pára de ser amável uma vez na vida, Hermione. –O encarei confusa e ele riu, apertando minha bochecha. – Tão lentinha para algumas coisas e tão rapidinha para outras. –Ele deu uma pisca e eu corei, beliscando seu braço com força.

– Esses adolescentes vivem entre tapas e beijos, é incrível. –Ella disse quando chegou no topo e todos riram. – Sentem, crianças! –Quando todos estavam presentes, nos sentamos e começamos a comer, enquanto conversávamos descontraidamente.

– O que achou daqui, Mi? Lindo, não? -Nina questionou, mordendo mais um pedaço de cookie.

– Cada centímetro. –Sorri, pegando mais um pedaço de torta de maçã que estava uma delícia. Demorei um pouco para perceber a falta de Tessie e Muriel, as duas haviam negado qualquer situação social desde a briga em que as peruas velhas perderam. Por mim poderiam ficar trancafiadas em seu quartinho até a hora de ir embora, não me faziam falta.

– Sabe Ron, nem era para você estar comendo essa torta de maçã, fiquei sabendo que você fugiu do trabalho... –Rony encarou Ella de olhos arregalados com dois pedaços de torta enfiados na boca, todos riram alto.

– Ah vó...

– Não fala de boca cheia. Pode comer, Roniquinho. Mas da próxima vez, não irei deixar! –O ruivo emburrou e eu chorei de rir.

Eu estava comendo devagar para não me engasgar com as piadas do tio Bilius e nem me toquei de que os gêmeos estavam querendo aprontar alguma coisa. Só quando levei um pedaço de torta de limão na cara foi quando percebi que quando eles disseram que iriam me incomodar a viagem toda, era sério.


– FRED E JORGE WEASLEY, PELA SEGUNDA VEZ, VOU MATÁ-LOS! –Gritei enquanto todos riam da minha cara, e os clones ruivos choravam de tanto rir, desviando dos meus ataques. – Beleza, agora estou toda suja de torta. –Bufei, sentando na almofada novamente. Não dava de pegar os gêmeos ágeis, simplesmente não dava.

– Mas veja pelo lado bom, você está uma delícia. –Rony lambeu minha bochecha e eu revirei meus olhos.

– Mione, vá até a cachoeira e se lave, depois volte. –Sugeriu Nina e Gina me lançou um olhar malicioso.

– Olha que essa cachoeira tem história...

– GINA! –A repreendi.

– Calei, bebê. Calminha. –E todos estavam rindo de novo.

– Ok, eu vou. –Levantei e meu namorado se levantou junto.

– Vou contigo!

– Tudo bem então... –Arqueei uma sobrancelha e ele riu. – Já voltamos! –Acenei, ignorando o sorriso safado de Gina e desci a colina com Rony em minha retaguarda.

– Vai me ajudar a tirar a torta do meu rosto, Ron? –Perguntei debochadamente, caminhando em direção da trilha da cachoeira.

– Se você quiser que eu faça outra coisa além disso, dependendo do que for estarei aqui para atender seus pedidos. –Ele sorriu maroto e eu ri baixo. Corri na frente e pude escutar os passos do ruivo se aproximando. – Vai tirar o pai da forca, bebê? –Rony perguntou e eu ri, passando na frente dele. – Ah, então é uma corrida? –Fiz sinal positivo e corri mais rápido ainda. Mas eu esqueci que ele é um menino... Não que faça diferença, mas ele é bem rápido.

Só que por sorte, ou generosidade dele, cheguei na cachoeira primeiro.


– Ganhei! Duas vezes já! –Comemorei, dando pulinhos ridículos e comecei a rir com minha infantilidade. Rony parou e se apoiou nos joelhos, ofegando enquanto ria. Me ajoelhei na beira da água e peguei um pouco com as mãos, esfregando em meu rosto. Droga, meu cabelo estava todo melado.

Enquanto eu distraidamente reclamava do meu cabelo em silêncio, Rony me empurrou em direção da água e eu cai com tudo.


– RONALD! –Berrei, tentando sair da cachoeira, mas o fundo escorregadio me impedia.

– BOMBA! –Ele se jogou na cachoeira e eu gritei de raiva, batendo com as mãos na água com força.

– Cabeça de bagre! –Cruzei meus braços em meu peito, virando de costas para ele.

– Ah amor, vamos... Se divirta! –Rony me pegou no colo e fiquei me debatendo, tentando sair. E igual a última vez que viemos aqui, ele me levou atrás da queda d’água. – E se a gente terminar o que começamos aqui? –Seu sorriso malicioso fez meu corpo inteiro se arrepiar.

– Temos que voltar rápido, Ron.

– Talvez podemos demorar mais um pouco, sei mentir bem... –O ruivo beijou meu pescoço e o mordeu de leve, raspando os dentes ali provocantemente.

– Isso não é uma qualidade. –Controlei minha voz para que ela não saísse falhada.

– Jamais mentiria para você.

– Pode estar mentindo aqui. –Rony me encarou.

– Não confia em mim? –Me toquei que falei coisa errada, e na hora errada. Maldita Hermione Granger que não pensa antes de falar.

– Claro que confio, mas... –Ele me soltou e saiu para longe de mim sem dizer uma palavra. – Rony, volta aqui! –Fui atrás dele e o abracei por trás antes que saísse da cachoeira. – Me desculpa. Falei sem pensar, amor. –Choraminguei. – Você sabe como adoro te rebater quando você tenta me seduzir, é que gosto de ver sua insistência, pois me agrada muito... –Falei em uma voz sedutora, que o deixou arrepiado.

– Tudo bem... Sei que não iria ficar brabo com você por muito tempo mesmo. –Rony se virou e sorriu, me pegando no colo. Enlacei minhas pernas em sua cintura e o beijei apaixonadamente, enquanto ele nos levava para a queda d’água novamente. Fomos nos despindo no caminho, primeiro a camiseta e jogando-a na grama, depois o shorts dele...

– Maldito botãozinho. –O ruivo reclamou, tentando tirar meu shorts, sem sucesso. Ri e fiz esse trabalho para ele. Nos escondemos bem atrás do véu de água e quase nos finalmente, Gina teve que aparecer.

– GENTE, se estiverem fazendo alguma coisa, mil desculpas, sério. Não foi minha intenção! –Rony bufou e eu apenas ri, descendo de seu colo e saindo de trás da queda d’água. – Deus, estão nus. Ahn, enfim... –Tive que me conter para não rir da cara de culpada de Gina. – Estamos indo para casa, se quiserem comer vovó levou o que sobrou para lá então... Quinze minutos para terminarem o que começaram, se não vovó vai desconfiar. Tchau e desculpa! –Ela se virou e saiu correndo, pude escutar Harry gargalhando alto.

– HERMIONE, JÁ PARA CÁ! Não desperdice nossos quinze minutos. –Ri e nadei até estar de volta ao meu namorado. Me agarrei em seu colo novamente depois de checar que o menino preparado já estava com a proteção.

Rony quase me matou para fazer durar quinze minutos, ele foi rápido, intenso e voraz, sempre me fazendo enxergar estrelas.


– Você... Sabe que eu queria... Te fazer gritar meu nome por horas... Mas só tivemos malditos quinze minutos... Mais tarde eu faço o trabalho completo... –Rony disse após nosso clímax ter chegado, eu ainda estava um pouco dormente com tudo.

– Pelo menos realizou seu desejo... –Falei, recuperando minha respiração normal.

– É. –Ele sorriu e me beijou. Retribui e desci de seu colo, nadando até na beira e pegando minhas roupas. Me vesti e fiquei aguardando meu namorado lento, que logo que terminou de se arrumar, me pôs em suas costas alegando que eu estava de pernas bambas. Eu iria xingá-lo muito se não fosse verdade.

– Vamos nos secar um pouco antes de irmos para casa. –Ron falou, me colocando sentada e um balanço em forma de banco, próximo ao lago. O sol que já começava a se pôr e aquecia meu corpo frio. O ruivo sentou-se ao meu lado, me envolvendo com seus braços. Descansei minha cabeça em seu ombro e suspirei.

Aproveitei o silêncio para pensar em tudo... Eu amava Ron, sem dúvida alguma, mas e se um dia o destino brincasse com a gente e nos separasse? Seria tão injusto, ele é a coluna que me dá sustentação, ele é quem me faz rir, ele é meu melhor amigo e o melhor namorado do mundo, a peça que faltava do meu quebra-cabeça... Mas não se pode ficar pensando muito no futuro, tentando adivinhá-lo, que nos esquecemos de viver o presente. A mesma coisa sobre viver encabulada com o passado.


– Seu cenho está franzido, pensando em algo importante, senhorita Granger? –Sua voz suave me tirou dos meus devaneios.

– Nada que seja relevante. –Sorri de leve, me ajeitando em seus braços.

– Vou fingir que acredito, você sabe que leio sua mente. –Bufei e ele riu. – Sim, eu te amo Mione. Com todas as minhas forças. –Ele beijou minha testa e sorriu. - Viu? Desfranziu o cenho, era sobre isso que pensava?

– Mais ou menos... Mas não importa. O que importa é que eu te amo e você me ama, não é?

– Sim, até que a morte nos separe. –Sorri. - Vem, vamos para casa, está ficando tarde. –O ruivo apontou o céu que começava a escurecer. Levantei e ele me botou em suas costas novamente. – Mal espero para levar nossa filha em minhas costas. –Um sorriso bobo brotou em meus lábios. Eu queria acreditar que iríamos casar, ter filhos, um futuro juntos... Se dependesse da gente, isso iria acontecer, mas o maldito destino... Ah, o destino que se foda, vamos vencer todas as barreiras sem nem precisarmos nos esforçar.

Chegando em casa, todos os familiares estavam na varanda e nos encararam assustados quando viram nossos corpos molhados.


– Tudo culpa do Rony. –O apontei e eles riram.

– Pelo jeito o banho foi longo... –Comentou Gina e eu a fuzilei com os olhos. – Te amo, tá amiga? –Gargalhei.

– Também te amo, chata. –Me virei para Ella e Nina. – Meninas, e o jantar?

– Hoje vai ter pizza. Se precisarmos da sua ajuda, te chamamos! –Disse Ella.

– Tudo bem, vou lá em cima trocar de roupa. Vem Ron! –Entrei e fui correndo até meu quarto. Peguei uma roupa simples qualquer e me vesti na frente do ruivo mesmo, que decidiu não me encarar feito um maníaco dessa vez. Só que foi minha vez de ver de camarote Rony se trocando, ele passava a toalha em cada trecho que escorria água em seu corpo, e eu lá com minha cara de maníaca do pântano.

– Quer secar para mim? –Ele deu um sorriso safado e eu sai do meu transe, pigarreando.

– Melhor não, tenho jantar para preparar com as meninas depois e... –Ron terminou de vestir sua bermuda e veio para cima de mim, me derrubando na cama.

– Eu disse que faria o trabalho completo, vou cumprir o prometido. –Meu pobre pescoço foi atacado por sua boca e eu arfei.

– D-depois Ron, depois... A porta está aberta! –Alertei.

– Está com medo de que alguém nos pegue no flagra, Hermione? –Ele sorriu maroto. – Quando é proibido, é mais gostoso. –Suas mãos deslizaram para meu quadril e eu gemi baixo em seu ouvido. Escutei passos se aproximando e o joguei para o lado, tudo bem que tive que fazer o maior esforço, mas consegui me privar de um momento bem constrangedor.


Nina bateu na porta e eu me ajeitei rapidamente, arrumando minhas roupas e meu cabelo.


– Pode entrar! –Ela obedeceu e deu um sorriso leve.

– Desculpe se eu me intrometi no momento errado, mas é que precisamos da sua ajuda, mãozinhas de anjo. –Sorri pelo apelido. Não era a primeira vez que me davam um apelido desses por causa das minhas habilidades culinárias.

– Já estou indo, vó Nina. Só vou ajeitar meus cabelos e eu desço! –Nina assentiu e saiu do quarto, deixando a porta fechada.

– Pode ir lá, mas vai se preparando para mais tarde. –Recebi um olhar malicioso do ruivo e senti um tremor subir dos meus pés a cabeça.

– Estarei bem preparada. –E novamente a imagem da minha fantasia de coelhinha entrou na minha mente.


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Notas finais do capítulo

contentes com as partes hots? Juro que tem mais pela frente, aguardem :B pararam de odiar a pobre Gina? ): HAHAHAH
gente, continuem felizes com esses capítulos cheios de love porque depois de mais uns dois capítulos, vou começar a detalhar os meses para fazer a fic andar mais rápido, depois vou parar em algum mês e vou fazer como faço agora. e nos capítulos mais a frente, não vão ser só mar de rosas! sem spoilers, claro... HAHAHAH
mas nada que o Ron e a Mione não superem juntos, o amor vence tudo, não é?
aaaah, e os reviews lindos que recebo de vocês, respondo outro dia, estou realmente ocupada nesses dias ): mas muito obrigada por todo o apoio dado ♥
e ai, gostaram do capítulo? odiaram? comentem :D
beijos e até o próximo ;*



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